Lucro da Caixa chega aos 640 milhões com vendas dos bancos em Espanha e África do Sul

Banco público conseguiu aumentar lucros em 70% nos primeiros nove meses do ano, com o resultado a ser impulsionado pela venda dos negócios em Espanha e África do Sul.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) registou uma subida de 74% dos lucros para 640,9 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, com o resultado a ser impulsionado sobretudo pela alienação dos bancos em Espanha e África do Sul.

O banco público fechou nos últimos meses as vendas do espanhol Banco Caixa Geral ao Abanca e do sul-africano Mercantile Bank ao Capitec, dois negócios que deram um ganho de quase 160 milhões à CGD. “Esta evolução originou a reversão de 159 milhões de euros da imparidade resultante do preço de venda alcançado no processo negocial”, lê-se no comunicado das contas. Neste momento, há mais duas vendas em curso: em Cabo Verde e no Brasil.

O resultado recorrente, sem contar com efeitos extraordinários como estas duas operações, situou-se nos 480 milhões de euros, registando uma subida de 30% face ao mesmo período do ano passado.

BCE pressiona margem

No que toca à margem financeira, que resulta da diferença entre os juros cobrados e os juros pagos e tem sido altamente pressionada pela política monetária do Banco Central Europeu (BCE), houve uma redução de 2,2% para os 851 milhões de euros. “Há uma enorme pressão na margem”, reconheceu José de Brito, administrador financeiro da CGD, na apresentação de resultados. “É de prever que a pressão continue a fazer-se sentir no quarto trimestre e no início do próximo ano”, acrescentou, citando a queda das taxas nos últimos meses e que ainda não estão totalmente refletidas no pricing.

As receitas com comissões aumentaram 2,8% para 467,7 milhões de euros, refletindo o aumento das comissões aplicadas aos clientes — um aspeto transversal ao resto da banca.

Feitas as contas, o produto bancário manteve-se estável entre janeiro e setembro nos 1.387,4 milhões de euros.

Stock de crédito baixa dos 50 mil milhões

Olhando para o balanço, o crédito a clientes caiu quase 4% com o stock de empréstimos a baixar dos 50 mil milhões de euros no final de setembro. O banco destaca a redução do financiamento a empresas públicas, que contraiu 30% face ao mesmo período do ano passado, totalizando agora os 3,5 mil milhões de euros. José de Brito explicou que as empresas do Estado estão a procurar financiamento mais barato no Tesouro.

Nos depósitos de clientes, onde o banco continua a reclamar uma posição de liderança, com uma quota acima de 25%, há um aumento de 3,0% para 64,7 mil milhões de euros.

Manteve-se a tendência de melhoria da qualidade dos ativos, destaca a instituição, com o rácio de NPL (crédito malparado) a atingir os 6,6% e o rácio líquido (já contabilizadas as imparidades e que mostra o real risco de crédito da CGD) a situar-se nos 2,2%, o que corresponde a um valor global de 1,3 mil milhões de euros.

Os rácios, fully loaded, CET1, Tier 1 e Total situaram-se em 15,6%, 16,6% e 18,0%, respetivamente, cumprindo confortavelmente os requisitos de capital.

(Notícia atualizada às 17h38 com mais informação)

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Resultados dão força ao PSI-20. Bolsa renova máximos de seis meses

Altri e BCP reagiram em alta aos lucros apresentados na última sessão, enquanto a Nos corrige. O destaque ficou, ainda assim, na forte valorização da Pharol.

A época de resultados está a dar ganhos à bolsa de Lisboa. O PSI-20 fechou esta sexta-feira com uma valorização de 0,16% para 5.304,81 pontos, com o BCP a impulsionar. O banco liderado por Miguel Maya apresentou lucros de 270 milhões entre janeiro e setembro — mais 5% que no período homólogo e o melhor resultado em 12 anos — e valorizou 0,6% para 0,2165 euros por ação.

Além do BCP, também a Altri reagiu aos resultados apresentados: o lucro de 90,7 milhões de euros acumulado nos nove primeiros meses do ano representa uma quebra de 25% face ao mesmo período do ano passado. Ainda assim, a empresa valorizou 1,44% para 5,98 euros. As cotadas que mais subiram foram, no entanto, a Pharol e os CTT. A holding dona da Oi disparou 8,86% em bolsa, enquanto a operadora postal valorizou 3,55%.

PSI-20 em máximos de seis meses

Na energia, a tendência foi contrária, com a família EDP no verde, mas a Galp Energia a deslizar. A Corticeira Amorim também esteve sob pressão, dado que os lucros caíram 7,1% para os 54,4 milhões de euros. Apesar de ter decidido distribuir dividendos extraordinários de 8,5 cêntimos, os investidores castigaram a corticeira, que perdeu 1,6%.

A Nos foi a cotada que mais caiu, 1,93% para 5,32 euros por ação. O preço dos títulos corrigem do forte ganhos de quase 5% na sessão anterior, em resultado da apresentação de resultados. A telecom lucrou 138,1 milhões de euros entre janeiro e setembro, um aumento de 10,4% face ao mesmo período de 2018 que resulta do crescimento do negócio das telecomunicações e de uma “forte recuperação” na área do cinema e audiovisuais.

A praça nacional acabou por ter uma performance acima das pares europeias. “A última sessão da semana foi negativa para a maioria das bolsas europeias. Depois de ontem ter sobressaído um certo otimismo relativamente ao acordo comercial entre os EUA e a China, hoje os investidores não se revelavam tão seguros quanto a este acordo de suspensão das tarifas aduaneiras de forma gradual”, explicou o BPI numa nota de fecho da sessão.

O índice pan-europeu Stoxx 600 perdeu 0,44%, enquanto o alemão DAX perdeu 0,49%, o francês CAC 40 recuou 0,23% e o espanhol IBEX 35 desvalorizou 0,71%. Além de Lisboa, também Milão foi exceção com o FTSE MIB a avançar 0,13%.

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Novo Banco agrava prejuízos para 572,3 milhões de euros

Depois de fechar o semestre com um resultado líquido negativo de 400 milhões, os prejuízos agravaram-se para 572,3 milhões até setembro. No ano passado, no mesmo período, tinha perdido 420 milhões.

O Novo Banco perdeu 572,3 milhões de euros até setembro. Os prejuízos do banco liderado por António Ramalho agravaram-se nos três meses do verão, período que ficou marcado pela venda de mais uma carteira de crédito malparado superior a 2,7 mil milhões de euros ao fundo Davidson Kempner, a NATA II.

De acordo com o comunicado enviado à CMVM, o Novo Banco, detido a 75% pelos americanos do Lone Star e a 25% pelo Fundo de Resolução, fechou os primeiros nove meses do ano com um prejuízo de 572,3 milhões, o que compara com os 400,1 milhões no primeiro semestre. No mesmo período do ano passado tinha perdido 420 milhões.

O Grupo Novo Banco explica que para o agravar das contas contribuiu “uma perda de -712,4 milhões na atividade legacy”. “Neste período, o Grupo Novo Banco registou perdas relacionadas com o processo de restruturação e desalavancagem de ativos não produtivos, designadamente o projeto Sertorius, o projeto Albatros, o projeto NATA II e o processo de venda da GNB Vida, cujo impacto negativo ascendeu a -391 milhões de euros”, acrescenta.

O ativo do Novo Banco Legacy decresceu 51,5% face a dezembro de 2018, sendo de destacar a redução na carteira de crédito líquida em cerca de -573 milhões de euros (-25,0%), nos imóveis no valor de -625 milhões de euros (-37,6%) e em outros ativos em -4.290 milhões (-63,9%), dos quais -4.076 milhões resultam do desreconhecimento da GNB Vida”, remata.

Novo Banco, o “bom”, dá lucro

António Ramalho voltou a apresentar contas separadas relativas à parte má, o Novo Banco Legacy, e à boa, o Novo Banco Recorrente. Enquanto a legacy continua a pesar nas contas, a parte boa acabou por atenuar as perdas do Grupo Novo Banco. “Registou um resultado positivo de 140,1 milhões de euros, apresentando um acréscimo de 101,3 milhões face ao período homólogo do ano anterior”, diz o banco.

O desempenho positivo da margem financeira (+80,3 milhões de euros) e a melhoria muito significativa das reservas de justo valor que compensou o menor nível de resultados de operações financeiras” contribuíram para este resultado positivo que continua, contudo, a ser mais do que anulado pelas perdas provocadas pelo legado.

“O crescimento sustentado da atividade, com todos os indicadores a evoluírem favoravelmente, e a redução em 51,5% do perímetro do banco legado (menos 5.487 milhões) confirmam que estamos em linha com os objetivos definidos e com os compromissos assumidos com a DGCOMP”, afirma António Ramalho, CEO do Novo Banco.

Pedido ao Fundo de Resolução? Valor está em aberto

Com o agravar dos prejuízos, é expectável que o valor a pedir pelo Novo Banco ao Fundo de Resolução, no âmbito do mecanismo de capital contingente, venha a aumentar. O Jornal Económico avançou que o montante poderia ascender a 700 milhões de euros, este ano, acima dos 600 milhões que o Governo tem previstos. O banco liderado por António Ramalho não confirma.

“O Novo Banco tem os seus rácios de Common Equity Tier 1 (CET1) e Tier 1 protegidos em níveis predeterminados até aos montantes das perdas já verificadas nos ativos protegidos pelo Mecanismo de Capital Contingente. A compensação do final do ano dependerá das perdas e custos, das recuperações e das exigências de capital em vigor à data“, diz. No final do primeiro semestre, com prejuízos de 400 milhões, o banco previa pedir 541 milhões.

“Em setembro de 2019 o rácio CET1 foi de 13,5% e o rácio de solvabilidade total de 15,1% valores que representam um aumento face aos apurados no final de 2018 devido ao aumento das reservas de capital aplicáveis ao Novo Banco em base subconsolidada”, acrescenta.

(Notícia atualizada às 17h13 com mais informação)

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Presidente da CIP ‘mete-se’ na campanha do PSD… e apoia Pinto Luz

António Saraiva é presidente da CIP e apoia Miguel Pinto Luz na candidatura ao PSD. Tem condições para levar o PSD "a elevar-se à posição que deve ter na sociedade portuguesa".

António Saraiva apoia Miguel Pinto luz na corrida à liderança do PSD. O presidente da CIP fez uma declaração em vídeo à campanha do vice-presidente da Câmara de Cascais onde declara que “tem um conjunto de características que ajudarão o Partido Social Democrata elevar-se à posição que deve ter na sociedade portuguesa”.

António Saraiva não é militante do PSD, nem sequer fez alguma vez uma declaração de simpatia pelo partido social democrata, mas explica que são razões de caráter pessoal que o levam a fazer esta declaração de apoio no dia do Conselho Nacional do partido. Saraiva assumiu que reconhece em Miguel Pinto Luz “a capacidade, pelo conhecimento pessoal” que tem do autarca “um conjunto de caraterísticas que ajudarão o Partido Social Democrata elevar-se à posição que deve ter na sociedade portuguesa”.

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Marcelo lembra que “já há um precedente” sobre intervenções de deputados únicos no parlamento

  • Lusa
  • 8 Novembro 2019

Depois de ser conhecida a possibilidade dos partidos Chega, Iniciativa Liberal e Livre não poderem intervir nos debates quinzenais, o Presidente lembra que há um precedente, do deputado único do PAN.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lembrou esta sexta-feira que “já há um precedente” quanto às intervenções de deputados únicos nos debates quinzenais no parlamento, mas ressalvou que esta “é uma decisão da Assembleia da República”.

O chefe de Estado falava aos jornalistas no Hospital Curry Cabral, em Lisboa, questionado sobre a possibilidade de os deputados únicos dos partidos Chega, Iniciativa Liberal e Livre não poderem intervir nos debates quinzenais.

“É uma decisão da Assembleia da República”, começou por responder, lembrando em seguida que “já há um precedente”, numa alusão ao facto de este direito ter sido atribuído ao PAN na anterior legislatura. “Mas é uma decisão da Assembleia da República e o Presidente da República não se pronuncia sobre o funcionamento e a organização da Assembleia da República”, acrescentou.

A conferência de líderes – em que estão representados os grupos parlamentares e os deputados únicos representantes de partidos não têm assento – decidiu esta sexta-feira que no primeiro debate quinzenal com o primeiro-ministro desta legislatura os deputados do Chega, da Iniciativa Liberal e do Livre não deverão ter direito a falar.

Esta decisão foi tomada com base num relatório de um grupo de trabalho liderado pelo deputado do BE e vice-presidente do parlamento José Manuel Pureza, tendo em conta o Regimento da Assembleia da República, que só prevê tempos de intervenção em debates como os com o primeiro-ministro para grupos parlamentares.

Contudo, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, discorda das conclusões do relatório e, quanto aos futuros debates quinzenais, e a situação ficou de ser analisada “com urgência” na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.

Segundo a porta-voz da conferência de líderes, Maria da Luz Rosinha, o presidente da Assembleia da República pediu “urgência” à Comissão de Assuntos Constitucionais na análise da proposta de revisão do regimento feita pelo deputado da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, para que se alterem as atuais regras.

No início da anterior legislatura, apesar do que está estabelecido no regimento, a conferência de líderes decidiu dar ao então deputado único do PAN, André Silva, o direito a intervir nos debates de matérias de “prioridade absoluta”, debates quinzenais e do estado da nação.

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Trump diz que EUA não concordaram em reduzir tarifas em acordo com China

Depois do anúncio de que a China e os Estados Unidos tinham concordado em reduzir as tarifas adicionais à medida que as negociações avançavam, Donald Trump vem dizer que ainda não aceitou os termos.

Depois do anúncio da China de que tinha chegado a consenso com os Estados Unidos para reduzir progressivamente as taxas aduaneiras adicionais sobre bens importados durante a primeira fase do acordo comercial, Donald Trump disse que ainda não aceitou tal medida.

O Presidente norte-americano confirmou, no entanto, que esta é a vontade dos chineses, segundo adianta a Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês). Trump disse, em declarações aos jornalistas esta sexta-feira, que a medida dada como certa pelos negociadores chineses na passada quinta-feira não estava confirmada.

A China tinha anunciado que concordou com os Estados Unidos reduzir “progressivamente” as taxas alfandegárias adicionais sobre bens importados um do outro, à medida que os dois países avançarem nas negociações por um acordo comercial. O porta-voz do Ministério chinês do Comércio, Gao Feng, adiantou mesmo que a anulação parcial das taxas era uma condição para a realização de um acordo definitivo.

Nesta sexta-feira, começaram a emergir informações de que o acordo estava a enfrentar obstáculos internos na Casa Branca, o que retirou algum otimismo que havia entre os investidores de que as duas partes estavam próximas de colocar um ponto final a esta disputa e levou Wall Street a tropeçar, no arranque desta sessão.

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Os ingredientes que fizeram este Web Summit

Uma boa dose de crítica às grandes tecnológicas, com uma pitada de autoconsciência e futuro q.b. Estes foram os ingredientes com que se fez o Web Summit 2019, a quarta edição do evento em Lisboa.

A Altice Arena serviu de palco principal do Web Summit nos quatro dias do evento.Eóin Noonan/Web Summit via Sportsfile

A consciência do “eu” marcou o quarto Web Summit em Lisboa. Assim como a noção de que um conjunto de empresas que todos conhecemos ganharam tal dimensão que, hoje, são merecedoras de uma regulamentação específica, desenhada à medida.

Como apontou o Presidente Marcelo na conferência, as sucessivas edições do Web Summit em Portugal são já um reflexo da evolução da tecnologia moderna. Em 2017, em plena euforia da bitcoin, falou-se muito de criptomoedas e mais de inteligência artificial. Em 2018, no rescaldo do escândalo da Cambridge Analytica e do Facebook, o tema foi a regulamentação.

Um ano passou e estes continuaram a ser assuntos na ordem do dia. Mas, sobretudo, o Web Summit de 2019 foi tomado por uma reflexão quase metafísica sobre o papel da tecnologia nas nossas vidas, o propósito por detrás das ideias e, claro, como desenvolver produtos e serviços mais sustentáveis para o planeta.

Olhemos, por exemplo, para as declarações de Margrethe Vestager, a comissária europeia que tem sido o rosto da “luta” regulatória contra gigantes Google, Apple e Amazon, descrita convenientemente pela organização do evento como “a mulher mais importante no setor da tecnologia” nos dias que correm.

“A minha primeira prioridade serão sempre os humanos. A tecnologia tem de nos servir. O desafio que temos é criar uma comunidade tecnológica muito mais diversa e que reflita o mundo em que queremos viver”, disse. Mas foi ainda mais longe: “Podemos ter nova tecnologia, mas não temos novos valores”.

Ou para as de Edward Snowden, o whistleblower que finalmente marcou “presença” no evento por videochamada, a partir de Moscovo (Rússia). Quando questionado sobre que conselho poderia dar aos milhares de empreendedores que estavam a assistir, afirmou: “Em vez de pedirem às pessoas para confiarem em vocês e nos vossos serviços, façam com que as pessoas nem tenham de confiar em vocês”.

Lotação esgotada para ver Edward Snowden em videochamada.Eóin Noonan/Web Summit via Sportsfile

Partir ou não partir, eis a questão

Num Web Summit onde cada vez mais as grandes empresas se misturam com as startups, a regulação foi assunto que não passou ao lado. Há um consenso mais ou menos generalizado de que é preciso criar regras para as GAFA — Google, Amazon, Facebook e Apple –, mas também um clamor crescente que pede uma solução mais drástica: o desmembramento.

Por exemplo, no caso do Facebook, já se defende que as autoridades devem forçar a empresa a vender o WhatsApp e o Instagram, que adquiriu há alguns anos e conferem ao grupo um estatuto próximo de monopólio. Mas o barro não colou na parede. No palco principal, Vestager disse em alto e bom som que esse mecanismo só pode ser usado em último recurso. Horas antes, a comissária com a pasta da justiça, Věra Jourová, aceitava chamar-lhe de “bomba atómica”, uma carta a jogar só em casos (ainda) mais extremos.

Margrethe Vestager arrancou vários aplausos aos participantes do evento.Piaras Ó Mídheach/Web Summit via Sportsfile

Não terá sido inocente a decisão da organização de convidar para o Web Summit — um evento que contou com o forte patrocínio da Huawei — o Chief Technology Officer dos Estados Unidos da América (EUA), Michael Kratsios. E também não terá sido de forma inocente que a Casa Branca aceitou. Numa palestra na Altice Arena, o conselheiro máximo de tecnologia do presidente Donald Trump aproveitou a ocasião para tecer duras críticas à marca chinesa e aos países que apoiam a China.

Quem está a par das movimentações no setor rapidamente entendeu a mensagem: entre os países parceiros do regime de Xi Jinping e da Huawei está Portugal. “Continuam a aceitar abrir os braços à China para construir infraestruturas críticas, como o 5G”, afirmou, num claro recado ao governo português e às principais operadoras de telecomunicações portuguesas, que estão a usar equipamento dessa marca nas suas redes de última geração.

“O governo chinês viola a privacidade de todos os cidadãos no seu país. A lei chinesa obriga todas as empresas, incluindo a Huawei, a colaborar com o governo”, disse Kratsios, repetindo a narrativa que tem sido veiculada pela Casa Branca e que deixa sempre a Huawei de cabelos em pé. Horas depois de Kratsios ter sido assobiado à saída do palco do Web Summit, a marca chinesa emitiu um comunicado a dizer que o discurso foi “um insulto aos valores europeus” e a reiterar que “a cibersegurança e a proteção da privacidade” são as suas mais altas prioridades.

Alguns países continuam a aceitar abrir os braços à China para construir infraestruturas críticas, como o 5G.

Michael Kratsios

Chief Technology Officer dos EUA

Robôs já (nos) dominam

Se tem pesadelos com máquinas a conquistarem o mundo, este Web Summit não foi para si. Como o ECO mostrou nesta fotogaleria, os robôs dominaram o evento e até a Sophia, a humanoide mais famosa do país, trouxe companhia para o evento.

A demonstração não entusiasmou particularmente os veteranos do Web Summit, que já se acostumaram a ver as criações da Hanson Robotics marcarem presença neste evento. Só que, nesta edição, o protagonismo dos humanoides foi roubado por um outro robô, o Spot, desenvolvido pela Boston Dynamics, uma das empresas mais promissoras do mundo nesta área.

O Spot já era internacionalmente conhecido no mundo da tecnologia, mas o Web Summit foi a primeira oportunidade que muitos tiveram de ver este “cão robô” em ação. Entrou pelo próprio pé na Altice Arena, pelo meio da multidão, subiu o palco pé ante pé e, vaidoso, exibiu-se aos milhares de participantes do evento.

A performance merece o título de “wow factor” da edição deste ano do Web Summit, ou não fosse essa a interjeição que mais se escutou nos poucos minutos que Marc Reibert, fundador, teve para falar. O Spot destacou-se pela naturalidade dos movimentos, que deixaram muita gente confusa: será ele um robô cão, ou um cão disfarçado de robô?

O robô Spot foi uma das estrelas deste Web Summit.Harry Murphy/Web Summit via Sportsfile

Em 2020 há mais. Repetindo a estratégia de outros anos, a organização do Web Summit anunciou bilhetes para a próxima edição, com desconto, mal o evento deste ano tinha acabado. De resto, da edição de 2019, com mais de 70.000 participantes, surge uma certeza: a Altice Arena começa a ser pequena para acolher tanta gente. Nas próximas edições, não seria surpresa ver um maior controlo na atribuição de credenciais e subidas nos preços dos bilhetes.

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OCDE propõe taxa mínima para empresas a nível global

  • ECO
  • 8 Novembro 2019

A OCDE está a trabalhar numa proposta global, a pedido do G20, para evitar medidas unilaterais que aumentem as tensões comerciais. Tecnológicas e multinacionais serão principais afetadas.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) defendeu esta sexta-feira que as gigantes tecnológicas e as grandes multinacionais suportem um valor mínimo de tributação, mesmo que tenham conseguido de forma legal e com sucesso proteger os seus lucros em paraísos fiscais, avança o Financial Times (acesso condicionado).

O objetivo da medida é garantir aos países que estas empresas pagam um valor mínimo de tributação pelos rendimentos conseguidos nesses países. A proposta da organização liderada Ángel Gurría é a segunda parte de uma proposta mais alargada sobre coordenação de política fiscal nesta matéria.

No mês passado, a OCDE propôs que os governos abandonem uma prática histórica na tributação de empresas, ao permitir aos Estados que apliquem taxas de imposto a empresas mesmo que estas não tenham presença física nos países onde operam.

Na proposta avançada esta sexta-feira, a OCDE avança com a aplicação de uma tributação mínima que permita cobrar impostos a empresas que tenham conseguido aplicar os seus lucros em territórios classificados como paraísos fiscais.

O Financial Times explica que as duas propostas combinadas eliminam a vantagem que algumas empresas têm ao mudar os seus lucros para outras sedes fiscais para minimizar a fatura fiscal. Uma estratégia habitual junto das empresas tecnológicas. Além disso, os países deixariam de ter incentivos para baixar as suas taxas de imposto.

A primeira proposta daria, por exemplo, a França o direito de tributar a Google na parte das vendas aos anunciantes franceses.

“Uma taxa mínima de imposto em relação a todos os rendimentos reduz o incentivo para que quem paga imposto tente mudar os lucros e estabelece um patamar mínimo de concorrência entre as várias jurisdições”, argumenta a OCDE.

Os países do G20 concordaram em atribuir à OCDE a missão de desenhar um plano detalhado até ao final de 2020, que se for aprovado será incluído nos regimes fiscais a nível nacional, e evitará medidas unilaterais que poderiam agravar as tensões comerciais.

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Samsung Next: “Adoraríamos investir mais em Portugal”

A Unbabel é o único investimento português do fundo da Samsung dedicado a startups. A diretora Christina Bechhold Russ conta que ficou "impressionada" com a capacidade técnica que encontrou no Porto.

David Eun, Chief Innovation Officer da Samsung Electronics e presidente da Samsung NEXT. David Fitzgerald/Web Summit via Sportsfile

O fundo de investimento em startups da Samsung está à procura de oportunidades em Portugal. Com 65 investimentos (dos quais apenas um é português), o objetivo é expandir. Em entrevista ao ECO a partir do Web Summit, a diretora do Samsung Next, Christina Bechhold Russ, conta como está a construir relações em Portugal, não só entre empreendedores mas também com outros investidores.

“Temos um investimento em Portugal: a Unbabel”, começa por explicar Bechold Russ, sobre a startup português. O fundo que gere foca-se em financiamento seed a series B e exclusivamente a software e services, sendo que compra participações entre 1% e 5%. O objetivo é procurar soluções que possam adaptar-se aos dispositos da Samsung.

É o que está a fazer com a Unbabel, tecnológica que desenvolveu uma plataforma de tradução a partir de inteligência artificial. “Temos trabalhado muito de perto para encontrar formas de a Unbabel trabalhar com a Samsung a nível global”, diz. Apesar de ainda não haver nenhum acordo específico, a diretora do fundo conta que a empresa tem tido encontros na sede da Samsung, na Coreia.

Porto capta atenção da Samsung

Mas esta não é a única empresa portuguesa para a qual o fundo está a olhar. “Adoraríamos encontrar mais investimentos em Portugal, particularmente no Porto. Não só é uma cidade linda, como fiquei impressionada pelo talento técnico que lá encontrei. Estive no Porto pela primeira vez há três anos e fiquei muito impressionada pela Universidade do Porto e por todas as empresas”, afirmou.

A diretora do Samsung Next participou este ano pela primeira vez na Web Summit, mas já conhece Portugal, não poupando elogios ao Porto. Nos últimos cinco anos, empresas estrangeiras como a Xing, Critical Techworks, Blip, Vestas, Natixis ou Euronext escolheram a cidade para instalarem centros de investigação e desenvolvimento, sendo que o número de projetos de investimento direto estrangeiro na região norte aumentou 71%.

“Fizeram um ótimo trabalho na construção de um ecossistema local de empreendedores, engenheiros, mentores e resultados. É também um ótimo local para viver e penso que as pessoas se sentem atraídos pelo estilo de vida. Não é algo que se possa desvalorizar. Parece realmente que o Porto é neste momento o centro“, considera a diretora do Samsung Next.

Avaliações mais baixas criam oportunidades

Então porque é que ainda não há mais investimentos? “Ainda estamos a construir uma rede de contactos. Uma das coisas que gostaríamos era de construir uma relação com os fundos locais e business angels em Portugal”, explica Christina Bechhold Russ.

O fundo começou nos Estados Unidos e é ainda lá que tem maior número de participações. Na Europa, está apenas há dois anos. Apesar disso, Bechold Russ acredita que há oportunidades na região, especialmente devido às elevadas avaliações do outro lado do Atlântico.

“Silicon Valley sempre foi um sítio com avaliações mais elevadas. É historicamente verdade e penso que continuará a ser, mas penso que é uma das razões pelas quais os investidores estão tão entusiasmados com a Europa. Vejo muito dinheiro vindo dos EUA e mais negócios a serem feitos porque as avaliações estão mais baixas. É um bom momento para novos ecossistemas“, acrescentou.

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O professor que acredita na avaliação dos líderes pelas suas equipas

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  • 8 Novembro 2019

Os professores Manuel Vilares e Pedro Coelho, da Nova IMS, são os docentes responsáveis pela validação académica da metodologia Best Team Leaders.

Nesta entrevista, Manuel Vilares, catedrático daquela academia, falou-nos sobre a metodologia que desafia todos os líderes a deixarem-se avaliar pelas suas equipas. A inovação desta metodologia, resulta de poder ajudar a alterar o paradigma e conseguir olhar para o líder a partir da equipa que ele cria, desenvolve e motiva. Serem os liderados a reconhecer o líder não é usual, mas nos Best Team Leaders, além da certificação de competências, o reconhecimento público é um adicional qualitativo de extrema importância.

Avaliação de líderes é um processo que exige algum rigor, pois estamos a falar de pessoas. O que distingue a metodologia Best Team Leaders das demais avaliações?

Manuel Vilares (MV): Nesta avaliação, o que destacaria é a forma inovadora como trata a ideia de liderança, ouvindo apenas as equipas do líder e não os seus pares e as suas chefias. Esta opção confere à metodologia uma vertente de maior credibilidade. Também considero que ser a equipa a contribuir para a distinção e reconhecimento público do líder, altera o paradigma de ser sempre o líder a reconhecer os liderados. Esta metodologia é inovadora também por isso. O facto de estar a ser testada já há sete anos, permite-lhe ter robustez e fiabilidade em termos de resultados.

Ao validar a metodologia de avaliação BTL não se está, no fundo, a reconhecer a importância de avaliar lideranças? É mais do que isso?

MV: A qualidade das lideranças é muitas vezes enfatizada, sendo considerada como um dos fatores que mais contribui para o desenvolvimento das empresas, organizações e mesmo dos países. Torna-se portanto fundamental avaliar a qualidade das lideranças de modo a poder gerir e melhorar essa qualidade. Mas para ser possível essa gestão e melhoria, constitui um requisito fundamental medir bem. Medir mal é ainda pior do que não medir pois pode induzir a tomada de decisões e medidas erradas. É neste contexto que surgiu a necessidade de validar cientificamente a metodologia adotada no projeto BTL.

Medir é sempre um bom caminho para o desenvolvimento das organizações e das pessoas. No caso concreto, e na sua opinião, quais as grandes vantagens desta medição?

MV: A qualidade da liderança é um determinante fundamental para o desenvolvimento das organizações. Mas se a qualidade da liderança não for medida, muito dificilmente poderá ser gerida e portanto melhorada. Ao identificar os pontos fortes e os pontos fracos, a medição torna-se portanto um requisito indispensável para melhorar a qualidade das lideranças. De notar, no entanto, e como se referiu, é indispensável adotar nesta medição as metodologias adequadas como se verifica no caso da avaliação BTL.

Na vossa academia, Nova IMS, que mais estudos ou avaliações são feitas de forma regular?

MV: A Nova IMS tem desenvolvido vários projetos nesta área de avaliação da qualidade. Aquele que talvez seja o mais conhecido é designado por ECSI – Índice Nacional de Satisfação do Cliente. Este projeto, que já tem cerca de vinte anos, avalia a qualidade do serviço prestado e a satisfação do cliente de muitas das principais empresas portuguesas. De certo modo, este projeto, do qual eu e o professor Pedro Coelho somos os responsáveis científicos, avalia também a qualidade das lideranças dessas empresas e organizações pois existe uma elevada correlação entre, por um lado, a qualidade das lideranças das organizações e empresas e, por outro lado, a qualidade dos serviços prestados e da satisfação do cliente dessas organizações.

Quais os seus conselhos para os líderes que apostam na sua avaliação?

MV: Conhecer de forma isenta, e tanto quanto possível precisa, as avaliações que os nossos colaboradores fazem do nosso desempenho. Isso constitui uma informação de inegável valor que, diria mesmo, é indispensável para o nosso processo de melhoria como líderes, porque há sempre espaço para melhorar. Os verdadeiros líderes não podem ter medo de serem avaliados. No nosso país, cada vez mais, está a verificar-se uma maior abertura para estas avaliações, o que não pode deixar de constituir um indicador de desenvolvimento e de abertura de mentalidades das lideranças do nosso país.

As inscrições para os Best Team Leaders 2019 estão abertas até dia 10 de novembro

Destaques da Entrevista:

“Se a qualidade de liderança não for medida, muito dificilmente poderá ser gerida e, portanto, melhorada. Ao identificar os pontos fortes e os pontos fracos, a medição torna-se um requisito indispensável para melhorar a qualidade das lideranças.”

“Os verdadeiros líderes não podem ter medo de serem avaliados. No nosso país, cada vez mais, está a verificar-se uma maior abertura para estas avaliações, o que não pode deixar de constituir um indicador de desenvolvimento e de abertura de mentalidades das lideranças do nosso país.”

A NOVA Information Management School, antigo Instituto Superior de Estatística e Gestão de Informação, é uma faculdade da Universidade Nova de Lisboa, que tem como base de aprendizagem a estatística e a análise de dados. Foi criada em 1989 e a taxa de colocação dos seus alunos é cerca de 100%.

 

Manuel Vilares

Atualmente, é professor catedrático do Instituto Superior de Estatística e Gestão de Informação da Universidade Nova de Lisboa e consultor do Banco de Portugal. É desde o início membro do Comité Português do projeto ECSI (European Customer Satisfaction Index).
Foi presidente da Comissão de Reestruturação do Sistema Estatístico Nacional e Presidente do Instituto Nacional de Estatística. Foi igualmente consultor de alto nível da Comissão Europeia para os assuntos de estatística e economia. Foi ainda peer reviewer de vários projetos internacionais, sendo de destacar o projeto ESIS – Development of European Satisfaction System for the New Economy.

As suas principais áreas de docência, investigação e consultoria são a econometria, a economia, os sistemas de informação estatística e o comportamento do consumidor, com particular destaque nos modelos de satisfação e lealdade do cliente, sendo autor de livros e artigos científicos publicados em Portugal e no estrangeiro.

Neste contexto, assinala-se em particular o livro em coautoria com o professor Pedro Coelho, editado pela Escolar Editora em 2.ª edição, com o título Satisfação e Lealdade do Cliente – Metodologias de avaliação, gestão e análise.

Tem agregação em Econometria pela Universidade Nova de Lisboa, doutoramento de Estado em Ciências Económicas pela Universidade de Dijon, mestrado em Ciências Económicas pela Universidade de Dijon e licenciatura em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto.

Pedro Coelho

Pedro Coelho é, atualmente, professor catedrático da Universidade Nova de Lisboa e presidente do Conselho Científico da NOVA Information Management School (NOVA IMS). É igualmente investigador do Centro de Investigação em Gestão de Informação (MagIC) dessa universidade, professor visitante da Faculty of Economics – Ljubljana University (FELU), coordenador de dados e informação da Unidade de Investigação Clínica da Universidade Nova de Lisboa, membro da Comissão de Avaliação de Tecnologias de Saúde e consultor sénior da Comissão Europeia.

Pedro Coelho foi, também, presidente da Assembleia Geral da Associação Portuguesa de Classificação e Análise de Dados (CLAD), vogal do Conselho Superior de Estatística de Portugal e presidente do Conselho Fiscal do Centro Europeu de Estatística para os Países em Vias de Desenvolvimento (CESD – Lisboa) e diretor da NOVA Information Management School.

Pedro Coelho tem agregação em Estatística (NOVA), doutoramento em Estatística (na especialidade de Sondagens e Estudos de Mercado), mestrado em Estatística e Gestão de Informação e licenciatura em Engenharia de Sistemas Decisionais.

É autor de mais de cerca de duas centenas de estudos e projetos, destacando-se a coordenação do Índice Nacional de Satisfação do Cliente (ECSI – Portugal) e do Índice de Sustentabilidade do SNS, bem como diversos projetos no âmbito da avaliação de políticas públicas para o estado português e organizações internacionais (ex. Comissão Europeia e OCDE).

É, ainda, autor de mais de uma centena de publicações científicas e apresentou igualmente perto de uma centena de seminários, conferências e comunicações. Tem sido consultor de diversas organizações, destacando-se o Eurostat, o Banco de Portugal, o Instituto Nacional de Estatística e a Comissão Europeia. Na sua qualidade de consultor sénior da Comissão Europeia, desenvolve atividade relativa à criação e aplicação de metodologias no âmbito da avaliação da aplicação dos fundos estruturais.

Algumas imagens do Evento em anos anteriores

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Guerra comercial derruba Wall Street após recordes

Bolsas norte-americanas encerraram esta quinta-feira em máximos históricos. Mas novos receios em torno da resolução da disputa comercial estão a condicionar Wall Street esta sexta-feira.

Wall Street encerrou esta quinta-feira em máximos de sempre, mas tropeça agora no arranque da sessão, perante renovados receios em torno da resolução da guerra comercial que tem oposto as duas maiores economias do mundo nos últimos meses.

Esta quinta-feira as notícias sobre o tema criaram um sentimento misto entre os investidores. Por um lado, os chineses adiantaram que tinham chegado a um entendimento com os norte-americanos para a remoção das taxas alfandegárias em várias fases. Mas a informação de que o acordo está a enfrentar obstáculos internos na Casa Branca retirou algum otimismo que havia entre os investidores de que as duas partes estavam próximas de colocar um ponto final a esta disputa.

Neste sentido, o S&P 500 cai 0,13% para 3.081,25 pontos, depois de ter encerrado a última sessão em recorde. Também o tecnológico Nasdaq está em baixa de 0,14%. Só o industrial Dow Jones segue em sentido contrário, somando 0,02%.

No plano empresarial, destaque para as ações da Walt Disney, que avança 4,7% para 139,36 dólares, após ter apresentado resultados acima do esperado.

A temporada de apresentação de resultados no S&P 500 tem sido positiva: das 430 companhias que já prestaram contas, quase 75% delas superou o consenso do mercado.

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Qual o futuro da indústria? As resposta da Fábrica 2030 (em video)

Neste episódio #ecoolhunter ouvimos os especialistas que estiveram presentes na conferência que assinalou o 3.º aniversário do ECO sobre os desafios de Portugal com a indústria 4.0.

http://videos.sapo.pt/ynV6HlObsQhSNE40lnsK

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