Hoje nas notícias: mercado de trabalho, custo de vida em Lisboa e pagamentos

  • ECO
  • 23 Novembro 2020

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Uma falha técnica deixou pendentes transações na Zona Euro no valor de 250 mil milhões de euros. Entrar no mercado de trabalho numa situação de recessão penaliza salário durante dez anos. É o chamado “efeito cicatriz”, que poderá suceder agora com a crise pandémica. Ao mesmo tempo, com a pandemia aumentou também o custo de vida em Lisboa, com a capital portuguesa a subir seis posições num ranking internacional sobre a lista de cidades onde é mais caro viver. Em outubro deste ano, a Segurança Social pagou mais 19.178 pensões do que em igual período do ano passado, elevando para mais de 2,065 milhões os portugueses abrangidos por esta condição.

Entrar no mercado de trabalho em recessão penaliza salário durante dez anos

Quem entra no mercado de trabalho com a economia numa situação de recessão arrisca-se ter salários mais baixos durante muito tempo. Anteriores crises mostram que a perda salários demora entre dez a 15 anos a ser corrigida. O chamado “efeito cicatriz” poderá acontecer agora com a crise pandémica. O governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, já alertou para que os apoios ao emprego tenham como prioridade os jovens à procura de primeiro emprego. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Pandemia aumenta custo de vida em Lisboa

Lisboa subiu seis posições na lista de cidades onde é mais caro viver, ocupando agora a 80.ª posição do ranking que é liderado por Hong Kong. A capital portuguesa aproximou-se 3% do custo de vida de Nova Iorque, segundo o estudo Worldwide Cost of Living: How is Covid-19 affecting the prices of consumer goods?, da revista The Economist. Além de Hong Kong, também Zurique e Paris figuram no pódio das cidades mais caras para viver. Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago).

Falha técnica parou pagamentos de 250 mil milhões na Zona Euro

Uma falha técnica no sistema de pagamentos operado pelo Eurossistema impediu a concretização de pagamentos durante dez horas. O incidente ocorreu no passado dia 23 de outubro, deixando pendentes transações na Zona Euro no valor de 250 mil milhões de euros. Em Portugal, pagamentos na ordem dos mil milhões de euros ficaram “congelados”. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Num ano mais de 19 mil pessoas passaram à reforma

Em outubro desde ano, a Segurança Social pagou mais 19.178 pensões do que em igual período do ano passado. Trata-se de um aumento de 0,2%, de acordo com a informação estatística da Segurança Social. Contas feitas, o número de portugueses na reforma ultrapassou os 2,065 milhões, ao passo que em outubro de 2019 eram pouco mais de 2,046 milhões de cidadãos. Entre as causas para este aumento está o novo regime de reforma para as carreiras contributivas longas, que entrou em vigor na última legislatura e a aposentação antecipada devido a situações de desemprego de longa duração. Leia a notícia no Correio da Manhã (acesso pago).

Nova polícia europeia recruta 40 agentes das forças portuguesas

Foi criada uma nova polícia europeia. A Guarda de Fronteiras e Costeira começa a operar no início do próximo ano. Esta nova polícia vai contar com 40 agentes das forças portuguesas, entre os quais elementos da Polícia de Segurança Pública (PSP), Guarda Nacional Republicana (GNR), Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e Polícia Judiciária (PJ) que vão ajudar a combater o tráfico humano e de droga. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (link indisponível).

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Vacina da Oxford contra a Covid-19 com eficácia média de 70%

A vacina que a Oxford está a desenvolver contra a Covid-19 provou ter uma eficácia de 70% no ensaio clínico alargado a que foi sujeita. Este resultado fica aquém dos obtidos pela Pfizer e Moderna.

A vacina que a Universidade Oxford está a desenvolver em conjunto com a farmacêutica AstraZeneca revelou ter uma eficácia média de 70% no ensaio clínico alargado a que foi sujeita, avança a BBC (acesso livre, conteúdo em inglês). Trata-se de um resultado animador, mas demonstra uma eficácia menor face às vacinas desenvolvidas pela Pfizer e Moderna.

Estes resultados foram revelados esta segunda-feira, em comunicado conjunto, e têm por base um estudo que envolveu cerca de 20.000 voluntários, metade no Reino Unido e outra metade no Brasil. Segundo a estação de televisão britânica, que cita os resultados deste ensaio clínico, houve 30 casos de infeção por Covid-19 em pessoas que receberam a vacina e 101 casos em pessoas que estiveram envolvidas no estudo, mas receberam placebo.

Neste contexto, os cientistas revelaram que esta vacina da Oxford/AstraZeneca tem, em média, 70% de eficácia. Contudo, já que estes testes tiveram em conta dois regimes de dosagem, um dos dados que suscita dúvidas é o facto de a eficácia ter aumentado para 90% num subgrupo de voluntários que foram vacinados com meia dose na primeira toma e uma segunda dose dada na quantidade normal. “Estamos muito satisfeitos com esses resultados”, aponta Andrew Pollard, investigador deste estudo, em declarações à BBC.

Ao mesmo tempo, Sarah Gilbert, investigadora e professora da Universidade de Oxford, afirmou que “o anúncio de hoje deixa-nos a um passo mais próximo do momento em que podemos usar a vacina para acabar com a devastação causada” pelo vírus.

Este já é o terceiro consórcio a divulgar os resultados preliminares de uma futura vacina contra o novo coronavírus. Em relação aos dados já disponíveis, esta vacina tem uma taxa de eficácia menor do que as da Pfizer/BioNTech ou Moderna, que ultrapassam os 90%.

Além da eficácia, há outro fator positivo a ter em conta nesta vacina. Esta vacina é mais barata e também mais fácil de armazenar, podendo ser conservado num frigorífico comum, o que torna toda a logística menos complicada na sua distribuição, caso seja aprovada pelos reguladores. De salientar, que a vacina da Moderna pode ser armazenada por seis meses a -20 graus para transporte e armazenamento de longo prazo, enquanto a da Pfizer requer temperaturas muito mais baixas para armazenar.

Esta vacina encontra-se na fase 3 de ensaios clínicos, o que permite uma testagem alargada da potencial vacina e é crucial para aferir efeitos secundários, de modo a concluir se é eficaz e segura para a comercialização massificada. Face ao resultados promissores que tem demonstrado, a Comissão Europeia chegou a acordo com a AstraZeneca para a compra antecipada de 300 milhões de doses de uma futura vacina, sendo que este acordo também prevê a aquisição de mais 100 milhões de doses caso a vacina seja considerada segura e eficaz. Posteriormente, o Infarmed esclareceu à TSF que neste lote estão incluídas 6,9 milhões de doses para Portugal.

(Notícia atualizada às 08h30)

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BCE reitera que retoma económica só em 2022 e “enfraquecida”

  • Lusa
  • 23 Novembro 2020

“Enquanto a vacina não for massivamente distribuída, ficaremos num período de incertezas. A vacina traz principalmente uma perspetiva para o final do próximo ano e para 2022", diz economista-chefe.

O economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane, considera que o Produto Interno Bruto (PIB) europeu não deverá voltar ao nível de 2019 antes do outono de 2022.

“O que estamos a observar é que é a circulação do vírus que inevitavelmente constrange o comportamento do consumidor, mais do que as próprias medidas de contenção. A questão é conseguir saber é quanto tempo isso vai durar”, afirmou o economista irlandês, em entrevista ao jornal francês Les Echos.

Segundo Philip Lane, nas últimas semanas de 2020 não deverão ser registadas melhorias na economia.

Enquanto a vacina não for massivamente distribuída, ficaremos num período de incertezas. A vacina traz principalmente uma perspetiva para o final do próximo ano e para 2022. Não para os próximos seis meses”, adiantou.

Apesar disso, o economista considerou que mesmo com a vacina, os danos económicos serão duradouros. “O PIB não vai voltar ao patamar de 2019 antes do outono de 2022. Haverá efeitos de longo prazo, por exemplo tanto confiança e na economia, como no regresso ao trabalho. A economia europeia sairá desta crise duramente enfraquecida”, concluiu.

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Ventura e Marisa mais perto de Ana Gomes

  • ECO
  • 23 Novembro 2020

As intenções de voto colocam Marcelo na dianteira da corrida para Belém com 56,6%, Em segundo lugar, na sondagem da Intercampus para o Correio da Manhã e Jornal de Negócios, surge Ana Gomes com 16,1%.

Marcelo Rebelo de Sousa não tem rival que ponha em perigo a sua reeleição, mas a sua popularidade está a baixar, pondo assim em causa um desempenho nas urnas em janeiro semelhante ao de Mário Soares, que em 1991 foi reeleito por 70,35%, o valor mais elevado de sempre em democracia, revela a sondagem da Intercampus para o Correio da Manhã (acesso pago) e Jornal de Negócio (acesso pago). Por outro lado, as intenções de voto também revelam uma aproximação de André Ventura e Marisa Matias a Ana Gomes que também desceu.

As intenções de voto colocam Marcelo na dianteira da corrida para Belém com 56,6%, um resultado mais próximo do conseguido por Cavaco Silva, que em 2011 foi reeleito com 52,95% dos votos. Em segundo lugar surge Ana Gomes com 16,1%, uma quebra face aos 17,2% conseguidos em outubro, e em terceiro aparece André Ventura com 10,5%, uma subida de 2,3 pontos percentuais face à anterior sondagem.

Em subida está também a candidata do Bloco de Esquerda. Marisa Matias, que regista a maior subida (2,6 pontos percentuais) arrecadando agora 8,7% das intenções de voto. A sondagem revela ainda uma descida de João Ferreira do PCP que tem agora 2,3%.

Veja a ficha técnica da sondagem aqui.

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Oportunidades para empresárias mulheres em Portugal pioram em ano de pandemia

Portugal caiu seis posições no relatório Mastercard Index of Women Entrepreneurs 2020. Ranking que avalia os melhores países para mulheres empresárias é, pela primeira vez, liderado por Israel.

As mulheres empresárias foram desproporcionalmente afetadas pela pandemia Covid-19 em todo o mundo, com 87% a afirmar ter sido atingida negativamente, a nível global. A forte representação das mulheres nos setores que sofreram maior impacto pela desaceleração económica, o fosso digital em termos de género e a pressão das responsabilidades familiares, estão entre os fatores que deixaram as mulheres mais vulneráveis, conclui o relatório Mastercard Index of Women Entrepreneurs 2020, um ranking que avalia os melhores países para mulheres empresárias e que analisou 58 países. Portugal caiu seis posições desde 2019.

Os dados revelam que, em ano de Covid-19, as mulheres portuguesas tiveram menos oportunidades de evoluir no mundo dos negócios, ressalva o estudo, colocando Portugal atrás de países como Israel — o melhor país para mulheres empresárias — Suíça, Polónia, Reino Unido, Suécia, Espanha, Irlanda e França.

De acordo com a Mastercard, os dados revelam uma “necessidade urgente” de apoiar as mulheres empresárias. Em Portugal, as mulheres representam cerca de 30% dos gestores de topo, de acordo com os dados mais recentes do Boletim Económico do Banco de Portugal. Um estudo divulgado esta semana pela Zurich Group revela que a possibilidade de ter um posto de trabalho com flexibilidade poderá impulsionar mais mulheres a candidatarem-se a cargos de gestão nas empresas.

Comparado com 2019, Portugal caiu seis lugares no Índice Mastercard, para a 19.ª posição, mas o relatório destaca alguns passos positivos, tais como a introdução do direito à licença parcial remunerada para pais com filhos até determinada idade.

Apesar da classificação, Portugal figura na lista de países onde as mulheres têm maior acesso a recursos necessários para iniciar um negócio. “Nestes países, as mulheres prosperam num cenário de ecossistema empreendedor de apoio, combinado com uma grande facilidade de fazer negócios, um governo solidário, programas, infraestrutura física desenvolvida e sistemas financeiros e de negócios, disponibilidade de redes de negócios e orientação”, detalha o relatório.

“Uma crise revela sempre as vulnerabilidades no sistema e a Covid-19 expô-las fortemente. Temos visto a dimensão surpreendente de disparidades que as mulheres enfrentam nos negócios. Mas, ao contrário de qualquer outra recessão económica, a Covid-19 também abriu caminho a progressos consideráveis e percebemos o que podemos alcançar quando é dada a devida oportunidade. No entanto, temos a coragem de a aproveitar, de ouvir os dados expostos neste relatório de 2020 e de agir em conformidade? Ou vamos agarrar-nos a um sistema falhado e permitir que a pandemia elimine o progresso alcançado até agora? Estas são questões críticas que os decisores precisam de colocar em primeiro lugar para planear o caminho para a recuperação económica”, sublinha Sue Kelsey, vice-presidente executiva da MasterCard, citada em comunicado.

Entre os países europeus que constam do ranking apenas Portugal, Irlanda, Dinamarca, Bélgica, Roménia e Turquia perderam posições relativamente ao ano passado, sendo “o cenário global europeu bastante positivo”, refere o documento.

Para apoiar as mulheres empresárias, os países devem apostar em “medidas de alívio para as PME – desde subsídios salariais, regimes de licenças, limites máximos de contribuições até resgates fiscais –, bem como o apoio do estado aos cuidados prestados às crianças“.

Pela primeira vez na história do índice, Israel lidera as tabelas como melhor país para mulheres empresárias em todo o mundo, que tem sido impulsionado por um apoio institucional centrado nas PME, destaca o relatório. No pódio, encontramos ainda os Estados Unidos em segundo lugar e a Suíça em terceiro lugar.

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Homem, trabalhador remoto e com salário acima de 1.000 euros. Este é o perfil do freelancer em Portugal

Os freelancers portugueses são, na maioria, homens, com salários acima da média e que já trabalhavam remotamente antes da Covid-19. A qualidade salarial e a flexibilidade são as principais vantagens.

Os freelancers são trabalhadores sem vínculo laboral, que trabalham por conta própria e podem prestar serviços a vários empregadores. Em Portugal são, na maioria, homens, em teletrabalho, com salários acima da média e que valorizam a independência e a capacidade de gerir o seu próprio tempo.

Ter mais e melhores fontes de rendimento, e a possibilidade de escolher os próprios clientes são algumas das principais razões para escolher ser freelancer, conclui um estudo da Fivver, empresa que ajuda a conectar empresas a freelancers, e que contou com a participação de 250 freelancers portugueses.

Freelancers: homens, em teletrabalho e com salário acima da média

Mais de oito em cada dez freelancers em Portugal são homens (81%), com idades entre os 25 e os 44 anos. A maior parte reside nos distritos de Lisboa, Setúbal, Leiria (29%), Algarve (12%) e Beira Alta (11%) e trabalha remotamente, sendo que mais de metade (51%) dos freelancers já trabalhava remotamente antes da pandemia.

O estudo da Fiverr revela que o salário anual dos freelancers varia entre os 12.000 euros e 28.000 euros, com um rendimento médio mensal de mais de 1.000 euros. De acordo com a Pordata, a média salarial mensal, em Portugal, é de 970 euros para empregados por conta de outrem.

A gestão do tempo é uma das principais vantagens para os trabalhadores independentes, já que para a maioria deles na Europa essa ainda não é uma realidade. Para seis em cada dez trabalhadores da UE o equivalente a 118 milhões em 194 milhões de trabalhadores –, o início e o fim do horário laboral é definido pelo empregador, pela empresa ou pelo cliente, revelam dados do Eurostat.

A possibilidade de definir o seu próprio horário e uma maior flexibilidade são as principais razões apontadas pelos inquiridos para se terem tornado freelancers. Assegurar a “proximidade familiar” é outra desvantagens apontadas, refere o estudo. No que respeita aos desafios, a capacidade de dividir a vida pessoal e profissional é um dos maiores.

“O tempo torna-se no maior bem, uma vez que representa a quantidade de trabalho exequível, logo o dinheiro ganho, mas também o quanto se decide repartir entre o mesmo, a vida social, família, lazer e descanso. Todos têm as mesmas 24 horas por dia”, destaca a Fiverr, citada em comunicado.

Entre os serviços mais prestados em regime de freelancing destacam-se os de design (38%) — principalmente por empresas no setor do retalho, catering e lazer — seguindo-se os de web development (35%), marketing (33%) e suporte técnico (27%), mais requisitados por empresas ligadas a viagens e transportes.

Ter mais (e melhores) fontes de rendimentos

Para muitos trabalhadores independentes, o trabalho como freelancers não significa necessariamente deixar o emprego fixo. Pelo contrário, permite combinar várias oportunidades de emprego para ter mais rendimentos. Ter a oportunidade de ganhar mais também foi destacada por 44% dos inquiridos, bem como a possibilidade de ter diferentes fontes de rendimento.

“Se, por um lado, um contrato aufere mais certezas mas com uma menor evolução salarial, por outro ser trabalhador independente permite abre a possibilidade de ter um maior rendimento anualsaber gerir os altos e baixos (por vezes 100% negativo) é a chave para sobreviver neste modo de trabalho. Dinheiro à parte, a possibilidade de ter várias fontes de rendimento em vez de apenas uma poderá fazer toda a diferença, especialmente para aqueles que já perderam emprego anteriormente”, lê-se no estudo.

Para vender os seus serviços, os freelancers portugueses usam principalmente os contactos através do marketing direto e e-mail (54%), seguido pelos marketplaces e websites (52%).

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5 coisas que vão marcar o dia

No dia em que as propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2021 começam a ser discutidas e votadas no Parlamento, o INE mostra a evolução das taxas de juro no crédito à habitação em outubro.

Começa esta segunda-feira o início das discussões e votações das propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2021, naquele que será um processo demorada devido às mais de 1.500 propostas apresentadas pelos partidos. O INE dá a conhecer a evolução das taxas de juro no crédito à habitação em outubro, bem como o uso que as empresas dão às tecnologias de informação e comunicação. No mesmo dia, a OCDE publica um relatório com indicações para o desenvolvimento económico local.

Arrancam votações das propostas de alteração ao OE 2021

O Parlamento começa esta segunda-feira a discutir e votar as mais de 1.500 propostas de alteração que os partidos apresentaram à proposta do Governo para o Orçamento do Estado para 2021. Para os socialistas, este “é um número muito elevado e desajustado”, resultando num guião de votações com mais de 700 páginas. As votações vão estender-se durante toda a semana, sendo que na sexta-feira acontece a votação final global.

Evolução das taxas de juro no crédito à habitação

Em termos de dados económicos, o Instituto Nacional de Estatística (INE) vai mostrar esta segunda-feira como evoluíram as taxas de juro do crédito à habitação no mês de outubro. Em setembro, este indicador aliviou de máximo de cinco anos. A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos desceu ligeiramente para fixar-se nos 0,966% no nono mês do ano.

OCDE publica dados da criação de emprego

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) publica esta segunda-feira o Job Creation and Local Economic Development 2020, um relatório bienal que aborda questões emergentes para o desenvolvimento económico local. Neste documento são dadas orientações relativas a uma série de tópicos, desde o emprego e formação até à política económica e social. A edição de 2020 vai analisar ainda os impactos da pandemia.

Que uso dão as empresas às tecnologias de informação e comunicação?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) publica esta segunda-feira dados sobre o uso que as empresas dão às tecnologias de informação e comunicação (TIC), numa altura em que o mundo está cada vez mais digital. Os números mais recentes, referentes a 2019, mostram que 50% das empresas com dez ou mais trabalhadores utilizavam meios de comunicação digital (social media) e na sua quase totalidade (97%) as redes sociais era o meio de comunicação mais usado. Cerca de 21% das empresas tinham trabalhadores especialistas em TIC.

Arranca a 1ª Conferência ECOseguros – Seguros 2021

O ECOseguros organiza entre segunda e sexta-feira, a 1ª Conferência ECOseguros – Seguros 2021, dedicada ao tema “O papel da atividade seguradora na recuperação pós pandemia”, onde o papel dos seguros no futuro pós-pandemia estará no foco do debate entre os protagonistas do setor. A abertura será feita pelo chairman da Autoridade Europeia para Seguros e Pensões Ocupacionais (EIOPA) e o encerramento pela presidente da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF).

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Da “Segunda-feira Circular” à “Sexta-feira Verde”, conheça 7 alternativas sustentáveis à Black Friday

Além de criar uma “Sexta-feira Solidária” com o comércio local, já existem outras datas que apelam a um consumo sustentável: a "Segunda-feira Circular", "Terça-feira Generosa" e "Sexta-feira Verde".

A ideia foi lançada há poucos dias pelo presidente do Senado françês, Gérar Larcher: criar o movimento “Sexta-feira Solidária” para contrariar o consumo excessivo da tradicional “Black Friday”, mais um conceito importado dos Estados Unidos e já banalizado por toda a Europa, Portugal incluído. Criado do outro lado do Atlântico, este evento que se celebra sempre na quarta sexta-feira do mês de novembro (este ano, calha no dia 27 de novembro) é acusado de promover a compra de bens em excesso nas plataformas das grandes marcas internacionais (físicas ou online), em detrimento de um consumo mais local, sustentável e responsável, tão importante neste momento de pandemia de Covid-19.

A crise do novo coronavírus e os confinamentos que dela resultam em vários países europeus afetam gravemente esses negócios locais, forçados a fechar num período do ano normalmente muito bom para as vendas, frisou o presidente da Câmara Alta do Parlamento francês. Mas além da nova ideia de uma “Sexta-feira Solidária” para com o comércio local, já existem outras datas que tentam contrariar o consumo excessivo, como é o caso da “Segunda-feira Circular”, da “Terça-feira Generosa” e da “Sexta-feira Verde”.

Começando pelo início da semana, a “Segunda-feira Circular” é realizada todos os anos na segunda-feira antes da Black Friday. Este ano, essa data calha precisamente hoje, 23 de novembro. Desde a sua criação na Suécia, em 2017, este evento foi alargado a sete países europeus e também a Singapura, sob o mote: “Reutilizar, reciclar, alugar”. O objetivo é promover a economia circular, consumindo produtos em segunda mão, em vez da compra constante de novos produtos.

Na “Terça-feira Generosa” a ideia é fazer uma doação: de roupa, brinquedos, alimentos, sangue, tempo de voluntariado. O conceito foi criado em 2018 e celebra-se na terça-feira a seguir à Black Friday, data que corresponde ao Dia Mundial da Generosidade e Solidariedade e que este ano calha no feriado de 1 de dezembro.

Concorrente direta da Black Friday, a “Sexta-feira Verde” foi criada em 2017 e realiza-se no mesmo dia – 27 de novembro. A ideia é que os consumidores, em vez de aproveitarem os descontos massivos desta época para comprarem novos bens, alguns dos quais se calhar nem precisam, possam adotar comportamentos mais “verdes” e amigos do ambiente, tais como reparar ou dar, em vez de deitar fora, aumentar o tempo de vida dos produtos, comprar local, entre outros. Em alguns países, existe mesmo o movimento Green Friday, que conta com várias marcas e empresas associadas, as quais se comprometem a doar 10% do seu lucro a uma causa ambiental, além de desafiarem os clientes a mudarem os seus hábitos de consumo para ajudar a combater o aquecimento global e reduzir o impacto ambiental das suas compras.

Da EDP à Ikea, marcas apostam em alternativas à Black Friday

Em Portugal, e depois de em 2019 se ter estreado com a sua própria Green Friday — com descontos até 20% em eletrodomésticos eficientes –, este ano a EDP subiu a parada e oferece aos seus clientes uma semana completa: a Green Week (começou a 19 e estende-se até 26 de novembro) que promete descontos até 250 euros, não só em eletrodomésticos, como também ar condicionado, aquecimento de água, iluminação e painéis solares. Cada compra dá acesso ao plano de Eletricidade Verde e Gás Natural da EDP, permite acumular pontos no programa de fidelização Planeta Zero e está ainda a contribuir para a biodiversidade através de um donativo à Liga para a Proteção da Natureza.

Outra marca que em 2020 oferece uma alternativa mais sustentável à Black Friday é a Ikea, com a sua “Buy Back Friday”, que dá a oportunidade de vender, em vez de comprar, numa lógica de economia circular.

“Pela primeira vez, em 77 anos de história, as lojas IKEA em 27 mercados, vão comprar de volta peças de mobiliário da marca, aos seus clientes. O objetivo é dar uma segunda vida e uma nova casa a estes produtos indesejados, com pouca utilidade ou que se tornaram irrelevantes, através do seu reaproveitamento para venda em segunda mão”, diz a Ikea em comunicado. A campanha “Buy Back Friday” irá decorrer de 24 de novembro a 3 de dezembro 2020, e é uma das ações que o Grupo Ingka está a implementar para transformar o seu negócio e promover serviços circulares e de consumo sustentável.

Por cada venda, o cliente receberá um Cartão Presente Ikea a ser usado em qualquer loja no prazo de um ano da data da sua entrega. O valor de compra dependerá do tipo de artigo e do seu estado de conservação, podendo ir até 50% do preço original. Os membros Ikea Family que venderem os seus móveis IKEA, além do valor que lhes for atribuído, recebem ainda 50% adicional desse valor.

“Queremos oferecer soluções e alternativas sustentáveis ​​para os artigos que já não precisamos. Estamos a explorar novos modelos de negócio para desenvolver ofertas comercialmente viáveis, atribuindo um ciclo de vida mais longo benéfico para os produtos, desde o momento de compra ao momento que perde relevância nas nossas casas. Mais do que uma compra por impulso de artigos de que na verdade não precisamos tanto, durante a Black Friday, queremos ajudar os clientes a dar uma segunda vida aos seus móveis e a adotar um consumo mais responsável“, refere Helena Gouveia, diretora de marketing da IkeaPortugal.

A campanha “Buy Back Friday” faz parte da estratégia do Grupo Ingka para tornar a Ikea numa empresa com um negócio circular, com impacto positivo no clima até 2030. Atualmente, 45% do total das emissões globais de dióxido de carbono vêm da forma como o mundo produz e usa os produtos do seu dia-a-dia, incluindo os produtos para a casa. Deste modo, a campanha representa uma oportunidade de abordar o consumo insustentável e o seu impacto nas alterações climáticas, no dia mais consumista do ano, diz a Ikea.

“A visão da IKEA sempre foi criar um melhor dia a dia para as pessoas, o que agora significa tornar uma vida sustentável fácil e acessível para todos. Ser circular é uma boa oportunidade de negócio, bem como uma responsabilidade, e a crise climática exige que todos nós repensemos radicalmente os nossos hábitos de consumo. Mas só conseguiremos alcançar uma economia circular com investimento e a colaboração dos nossos clientes, outras empresas, comunidades locais e governos, para que possamos minimizar resíduos, criando um ciclo de reparação, reutilização, transformação e reciclagem”, afirma Ana Barbosa, responsável de sustentabilidade da IKEA Portugal.

No ano passado, o Grupo Ingka deu uma segunda vida a 47 milhões de produtos recuperados, reembalando e revendendo produtos nas lojas IKEA.

Na mesma onda, a Ingka Centres, gestora global de centros comerciais, que, em Portugal, opera os centros
comerciais MAR Shopping Algarve e MAR Shopping Matosinhos, lança no final deste mês uma campanha global com o objetivo de potenciar um consumo mais consciente e responsável durante o período da Black Friday. “Love Your Stuff For Longer” — “Desfrute das suas coisas por mais tempo”, em português — é o mote da iniciativa que promove um estilo de vida mais sustentável e que será assinalado com diversas ações nos centros comerciais da Ingka Centres na Europa e na Rússia.

Em Portugal, a campanha desenvolve-se entre esta segunda-feira, 23 de novembro e 6 de dezembro, com Repair Cafés (para combater o lixo eletrónico e tecnológico) em ambos os centros e uma iniciativa de Fashion Upcycle no MAR Shopping Matosinhos.

“Ao encorajar os clientes a refletir sobre o valor a longo prazo dos produtos que adquirem na Black Friday, a Ingka Centers e os seus parceiros esperam contribuir para que os consumidores repensem o seu ciclo de consumo, comprando apenas aquilo de que realmente precisam, preservando os artigos que adquirem e prolongando a vida dos mesmos, quer através da reciclagem, quer dando-lhes uma nova vida”, disse a empresa em comunicado.

Na prática, os Repair Cafés são pontos de recolha de equipamentos com potencial de reparação, que depois serão doados a instituições e famílias carenciadas das respetivas comunidades locais. Já a iniciativa Fashion Upcycle visa fomentar a reutilização de roupa e respetiva doação a instituições de solidariedade social de Matosinhos.

Durante a campanha, mais de 60 lojas terão assinalados produtos que, por terem um ciclo de vida mais longo, consumirem menos energia, terem sido produzidos mediante métodos sustentáveis ou com matérias-primas recicladas, entre outros aspetos, constituem escolhas de consumo inteligentes, quer para a carteira, quer para o planeta.

Jenny Pigeon, diretora global de sustentabilidade da Ingka Centers, afirma: “Ao incentivar as pessoas a pensar sobre o valor a longo prazo das compras que fazem nesta Black Friday – um dia que muitas vezes é simplesmente associado a preços baixos – estamos a tentar inspirar as pessoas a adotarem estilos de vida. Acreditamos firmemente que planeta e lucro não se excluem mutuamente e que, possuindo opções de escolha sustentáveis, os clientes mais facilmente se comprometem com um consumo mais responsável.”

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Em menos de um mês, SNS 24 mandou fazer 150 mil testes à Covid-19

Até momento, o SNS 24 atendeu mais de 3 milhões de chamadas e passou mais de 100 mil declarações provisórias de isolamento profilático. Em menos de um mês, prescreveu quase 150 mil testes à Covid.

Desde que a pandemia chegou a Portugal, a 2 de março, a linha SNS 24 tem vindo a adquirir uma série de valências, com o intuito de diminuir a pressão sobre o Sistema Nacional de Saúde (SNS). Se anteriormente funcionava sobretudo como uma linha de atendimento para triagem, aconselhamento e encaminhamento de doentes agudos não urgentes, agora concentra a maioria das atenções para travar a propagação do vírus SARS-CoV-2, a doença que provoca a Covid-19. Até ao momento, atendeu mais de três milhões de chamadas e passou mais de 100 mil declarações provisórias de isolamento profilático. Em menos de um mês, prescreveu quase 150 mil testes à Covid.

Há cerca de duas semanas, o SNS 24 adquiriu uma nova funcionalidade, passando também a emitir declarações provisórias de isolamento profilático por causa da Covid-19, sempre que se verifique uma situação de risco, o que permite acelerar esse processo. “À data de 16 de novembro, foram atribuídas 110.000 declarações provisórias“, esclareceram os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), em resposta colocada pelo ECO, já depois de os dados terem sido avançados pela diretora-geral da Saúde na conferência de imprensa desta segunda-feira.

Estas declarações funcionam por um período de 14 dias e são destinadas às pessoas que contactaram com indivíduos infetados pelo novo coronavírus, permitindo justificar faltas ao trabalho. Neste contexto, em função do contacto para a linha e da avaliação clínica do risco feita pelos profissionais de saúde é enviado um código ao utente por SMS ou e-mail que permite aceder a uma declaração provisória de isolamento profilático, sendo que posteriormente cada utente deverá ser contactado pelo delegado de saúde da área de residência.

Contudo, para efeitos de baixa médica é preciso o doente provar que não pode estar em casa em regime de teletrabalho. Isto significa que quando o exercício da atividade profissional do utente for “impossível” de fazer em isolamento, em casa, então é preciso um comprovativo da empresa nesse sentido. “Essa impossibilidade terá de ser demonstrada pela entidade patronal, sendo que essa prova não tem de ser feita perante o SNS 24, como é evidente, mas perante a Segurança Social”, explicou Luís Goes Pinheiro, presidente dos SPMS, aquando do anúncio.

A ideia é aliviar o sistema de saúde, evitando que os utentes se desloquem aos centros de saúde ou ao médico de saúde pública da área de residência. Esta nova funcionalidade arrancou a 4 de novembro, sendo, por isso, uma das últimas novidades desta linha de atendimento. Mas não a única. Em finais de outubro, a ministra da Saúde anunciou que o modelo de requisição de testes de diagnóstico à Covid-19 através da linha de saúde 24 voltou a funcionar, à semelhança do que aconteceu em março e abril. “Não é uma prescrição aleatória, é uma prescrição que é feita baseada e tomada de acordo com um algoritmo previamente validado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e aplicado estritamente nos termos que está desenhado pelo profissional na linha de saúde 24″, referiu Marta Temido, a 24 de outubro.

Assim, em pouco menos de um mês, “de outubro até ao dia 15 de novembro, foram prescritos 145.472 testes“. adiantaram os SPMS, ao ECO, acrescentando que o objetivo passa por “reduzir o risco de disseminação da infeção relacionada com as deslocações dos utentes às unidades de saúde”.

Esta funcionalidade já tinha sido utilizada nos meses mais “negros” da primeira vaga, isto é, em março e abril, ainda assim foi abolida, com o intuito de “aumentar a acuidade diagnóstica do teste laboratorial”, explicou a DGS aquando da revisão da norma. Segundo o presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar estavam a existir demasiados resultados negativos com a prescrição feita através da Linha SNS 24. Ganhamos acuidade neste processo pois estávamos com 15% de testes positivos e 85% de testes negativos”, afirmou, à data, Rui Nogueira, à TSF (acesso livre).

Três milhões de chamadas atendidas

Mas o atendimento de chamadas para rastreio de infetados é de longe a maior funcionalidade do SNS 24. Tanto que no início de março, houve relatos de falhas e interferências na linha, já que o sistema não estava preparado para tanta afluência de chamadas. Nesse sentido, o Executivo avançou na altura com o reforço dos recursos humanos, sobretudo de enfermeiros, tendo ainda estas chamadas passado a ser gratuitas durante “todo o período de exceção que é este período de pandemia”, explicou a antiga secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Jamila Madeira, que foi posteriormente exonerada, na sequência de uma revisão governamental.

E se março o foi o mês com mais atendimentos, “com 381 mil chamadas, seguindo-se setembro com mais de 306 mil chamadas atendidas”, segundo revelaram os SPMS ao Público (acesso pago), a verdade é que os números não páram de crescer: Ente o início de março e até este domingo, 15 de novembro, “a linha SNS 24 já atendeu 3.029.739 chamadas”, sendo que durante este período ” o dia que registou maior volume de atendimentos foi a 5 de novembro, com 38.577 chamadas atendidas”, adiantou ao ECO o organismo, superando o anterior recorde de 23.373 chamadas atendidas, registado a 19 de outubro.

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Falta de máscara na rua dá multa a sete pessoas por dia

Dados cedidos ao ECO revelam que, entre junho e 16 de novembro, GNR e PSP aplicaram 825 coimas por incumprimento relativo ao uso de máscara, mais de 130 por falta dela na via pública.

Menos de um mês depois de ter sido tornado obrigatório o uso de máscara nos espaços públicos, quando não é possível o distanciamento social recomendado, as autoridades já passaram mais de 130 multas relativamente ao incumprimento desta regra, ou seja, uma média de sete por dia. Mas o maior número de infrações é mesmo relativo ao uso de máscaras em espaços públicos fechados, com quase 690 contraordenações.

Entre junho e 16 de novembro, a Guarda Nacional Republicana (GNR) e a Polícia de Segurança Pública (PSP) aplicaram 825 coimas por incumprimento relativo ao uso de máscara na via pública ou em espaços fechados, segundo os dados cedidos pelo Ministério da Administração Interna, ao ECO. Contas feitas são cerca de 43,4 multas por dia. Destas, só entre 28 de outubro e 16 de novembro, “136 contraordenações” são relativas ao” incumprimento do uso de máscara nas vias e espaços públicos”, ou seja, aproximadamente 16,5% do total. Assim, em média, foram passadas sete multas por dia pelas autoridades.

Em finais de outubro, o Parlamento aprovou o uso obrigatório de máscara “no acesso, circulação ou permanência nos espaços e vias públicas, sempre que o distanciamento físico recomendado pelas autoridades de saúde se mostre impraticável”, isto é, pelo menos dois metros. Neste contexto, aquela que era até então uma recomendação passou a ser obrigatória, sendo que apenas as crianças com 10 ou menos anos não estão obrigadas a utilizarem máscara em espaços públicos, contudo, a lei prevê algumas exceções. De salientar que a medida vigora durante 70 dias, sendo que o decreto-lei publicado em Diário da República abre a porta à sua renovação.

Ainda assim, o maior número de infrações diz respeito ao incumprimento do uso destes equipamentos em espaços públicos fechados. Entre junho e 16 de novembro, foram passadas “689 contraordenações pelo incumprimento do uso obrigatório de máscara ou viseira nos estabelecimentos públicos, salas de espetáculos e outros”, refere a tutela liderada por Eduardo Cabrita. Contas feitas, representam 83,5% do total das contraordenações.

Em finais de abril, o Governo decretou o uso obrigatório o uso de máscaras em escolas, transportes públicos, comércio e outros espaços fechados com muita gente. Pouco tempo depois, o Executivo acatou também a recomendação do presidente do PSD, Rui Rio, para reduzir a taxa de IVA de 23% para 6% sobre estes equipamentos de proteção, bem como gel desinfetante. Além disso, para por forma a evitar a especulação de preços existentes nestes artigos no início da pandemia, decretou também a imposição de um limite máximo de 15% na percentagem de lucro destes artigos.

Com o aumento de novos casos de infeção por Covid-19, que tem deixado o país em alerta, tocando em máximos consecutivos, a utilização de máscaras é vista como cada vez mais necessária. Nesse sentido, o Governo decretou este fim de semana que, a partir da próxima terça-feira, o uso de máscara nos locais de trabalho passa também a ser obrigatório, exceto quando os postos de trabalho são isolados ou quando haja separação física entre diferentes postos, anunciou o primeiro-ministro.

Neste contexto, o Executivo veio também apertar a fiscalização desta medidas, bem como das restantes aplicadas para travar a propagação do vírus. A fiscalização está a cabo das forças de segurança e das polícias municipais que, numa primeira fase, têm um papel de “sensibilização e pedagogia” para a importância da utilização de máscara, mas que são ainda responsáveis pela aplicação de coimas em caso de incumprimento. Para os incumpridores desta regra, estão previstas multas de entre 100 euros e 500 euros, tal como acontece com o desrespeito pelas restantes normas decretadas no âmbito do estado de emergência.

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Governo à espera de propostas da euroAtlantic sobre a TAP

A trabalhar no plano de reestruturação da TAP, Pedro Nuno Santos reuniu-se com responsáveis da euroAtlantic. No início do próximo mês vai encontrar-se com sindicatos ligados à companhia aérea.

A euroAtlantic Airways pediu ao Governo uma solução comum de cooperação com a TAP que dê apoio às duas companhias aéreas. O Ministério das Infraestruturas e da Habitação confirmou ao ECO as negociações com a empresa e avança que está agora à espera que a companhia aérea liderada por Eugénio Fernandes apresente propostas concretas para serem avaliadas.

“Houve de facto uma reunião entre o ministro das Infraestruturas e da Habitação e a euroAtlantic sobre os apoios ao setor da aviação”, diz o gabinete de Pedro Nuno Santos, ao ECO. “Nessa mesma reunião ficou definido que a euroAtlantic apresentará propostas concretas ao gabinete do secretário de Estado Adjunto e das Comunicações sobre o tema, para que sejam analisadas“, acrescenta.

O CEO da euroAtlantic, Eugénio Fernandes, anunciou em entrevista ao Jornal Económico (acesso livre), que propôs uma “cooperação com a TAP para uma solução comum” por forma a minimizar perdas. Pontualmente, as duas empresas fazem já parcerias em relação a fornecedores e clientes. Lembra que a companhia aérea partilha algumas rotas com a TAP e aponta para aprofundar essas sinergias a “longo prazo”.

A companhia aérea portuguesa especializada em leasing, charter e carga aérea espera precisar de 40 a 50 milhões de euros nos próximos dois anos. Do lado da TAP, os montantes são muito diferentes: a companhia aérea já recebeu 700 milhões de euros e ainda vai receber mais 500 milhões até fim do ano para garantir a liquidez antes da reestruturação.

Governo reúne com sindicatos a uma semana de apresentar plano

Esse apoio público de 1,2 mil milhões de euros está condicionado à apresentação à Comissão Europeia de um plano de reestruturação que assegure a viabilidade de longo prazo da companhia aérea. Faltam poucas semanas para a data final para ser esse plano ser entregue em Bruxelas, a 10 de dezembro.

Sabe-se já que o objetivo é que a companhia aérea regresse a níveis operacionais e financeiros pré-pandemia em 2025. Para isso, é apenas certo que haja despedimentos e uma reestruturação da frota, mas as medidas concretas ainda não são conhecidas.

No início do mês de dezembro, o ministro Pedro Nuno Santos vai encontrar-se com os sindicatos afetos à TAP para apresentar linhas gerais e ouvir as reivindicações dos trabalhadores. No entanto, a proximidade em relação à data máxima para entrega do plano e o elevado número de encontros (há mais de uma dezena de sindicatos ligados à TAP) poderá limitar a margem de negociação.

Estes irão acontecer depois de uma série de reuniões entre os mesmos representantes dos funcionários e a responsáveis da TAP e da Boston Consulting Group (BCG), a consultora que está a desenhar o plano de reestruturação. No entanto, os trabalhadores saíram sem grandes informações novas e a pedir mais.

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Santander muda de ideias e passa a cobrar nos depósitos de grandes clientes

Banco de Pedro Castro e Almeida voltou atrás e começou a aplicar comissão variável nos depósitos de instituições financeiras. A CGD apertou as regras e cobra nos excedentes acima do milhão.

O Santander mudou de ideias e passou a cobrar pelos depósitos de grandes clientes financeiros, como bancos, seguradoras ou fundos de pensões. A alteração deu-se no verão. No início de agosto, o banco liderado por Pedro Castro e Almeida fez uma revisão do seu preçário e passou a incluir uma comissão de manutenção de 0,5% sobre excedentes de um milhão de euros em contas de depósitos de instituições financeiras. Também a Caixa Geral de Depósitos (CGD), que já aplicava uma comissão do género, apertou os requisitos. Agora todos os saldos acima do milhão de euros no banco público também pagam comissão de 0,4%, quando dantes essa fasquia estava nos cinco milhões.

O tema da rentabilidade dos bancos está na ordem do dia, perante o aumento das provisões e imparidades para a crise e com a pandemia a forçar o Banco Central Europeu (BCE) a manter os juros em mínimos históricos por mais tempo do que o previsto. Com as margens esmagadas, o setor financeiro procura alternativas para baixar custos e ter mais receitas. As comissões sobre os grandes clientes institucionais surge no primeiro plano por esta razão e por outra: os bancos têm excesso de liquidez e captar mais depósitos representa, neste momento, um ónus para o setor que tem de pagar para guardar o dinheiro no banco central.

No que diz respeito ao Santander Totta, aplicar uma comissão variável nos depósitos dos clientes instituições era algo que não estava inicialmente em cima da mesa, depois de o banco ter rejeitado essa opção em dezembro do ano passado. Isto apesar de o Banco de Portugal ter aberto a porta a essa possibilidade há mais de um ano, algo que alguns bancos, de resto, decidiram aproveitar. Entretanto, o banco de Castro e Almeida voltou atrás e já “penaliza” os grandes clientes financeiros. Contactada pelo ECO, a instituição não respondeu até à publicação do artigo.

Neste momento, entre os grandes bancos, apenas o Novo Banco não tem comissões variáveis nos depósitos de clientes institucionais. BCP, BPI e CGD há já algum tempo que cobram pela manutenção de depósitos de grandes clientes. Juntou-se agora o Santander.

No BPI, desde o início do ano que se cobra uma comissão de manutenção de 0,5% nas contas de depósitos de clientes institucionais de natureza financeira, incluindo de organismos públicos com estatuto equiparado (IGCP, por exemplo). Inicialmente era de 0,3%.

No BCP, essa comissão situa-se nos 0,4%, assim como na CGD. Ainda assim, o banco público apertou em outubro as regras: a comissão, que dantes incidia sobre o excedente do saldo médio superior a cinco milhões de euros, passou a ser aplicada aos excedentes superiores a um milhão. Paulo Macedo, CEO da Caixa, já tinha admitido apertar os requisitos se estivesse a assistir a um fluxo de depósitos para o banco.

O facto de em Portugal não ser permitido, por lei, cobrar juros nos depósitos, ao contrário de outros países europeus, torna a banca portuguesa numa espécie de cofre atrativo para grandes fundos internacionais e outras instituições financeiras virem depositar o seu dinheiro. Esta situação tem motivado queixas dos banqueiros nacionais, alegando desvantagem competitiva face aos pares europeus. Penalizar os depósitos destes clientes financeiros com comissões tem sido uma forma de se protegerem.

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