Renault é líder pelo 22.º ano. Veja as marcas mais vendidas

Não é um, nem são dois anos à frente da concorrência, mas sim 22 anos consecutivos em que a marca do losango fica no primeiro lugar. Peugeot fica em segundo lugar.

A Renault liderou as vendas de automóveis no mercado nacional. Não é um, nem são dois anos à frente da concorrência, mas sim 22 anos consecutivos em que a marca do losango fica em primeiro lugar, sendo responsável por quase 13% de todos os ligeiros de passageiros que durante os últimos 12 meses pisaram pela primeira vez o asfalto português.

A fabricante francesa comercializou 29.014 veículos ligeiros de passageiros no ano passado, um número inferior em 7,1% ao registado no mesmo período do ano anterior, com modelos como o Clio, o Captur ou Mégane, além do elétrico Zoe, em destaque. Ainda assim foi o suficiente para manter a Renault no topo, a uma distância de mais de 5.000 unidades face ao segundo classificado, a Peugeot.

A marca do leão, também ela francesa, conseguiu comercializar 23.668 unidades, apresentando assim um crescimento de 3% face ao ano anterior, aproximando-a da rival da mesma nacionalidade. A Citröen, que também pertence ao grupo PSA, liderado pelo português Carlos Tavares, ficou na quinta posição, com 14.007 unidades comercializadas. As vendas cresceram 9,4%.

A fechar o pódio das vendas de ligeiros de passageiros no mercado nacional voltou a ficar a Mercedes. A marca da estrela registou um crescimento tímido nas vendas, mas o suficiente para manter a posição face a 2018. Com um total de 16.561 unidades registadas, ficou à frente da Fiat, da Citröen, mas também das rivais BMW e Volkswagen.

A VW voltou a registar uma quebra nas vendas. Representada pela SIVA, importador que entrou em dificuldades financeiras que acabaram com a venda da empresa à empresa austríaca Porsche Holdings, registou 10.371 veículos ligeiros de passageiros durante o ano passado, menos 16,4% que em 2018. Entre as marcas que mais vendem, só a Nissan apresentou uma quebra superior: 32,1%.

Veja o ranking das vendas de ligeiros de passageiros

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Novos recordes em Wall Street no arranque de 2020

Os mercados norte-americanos terminaram a primeira sessão do ano em terreno positivo, com as cotadas tecnológicas a protagonizar os maiores ganhos.

Wall Street fechou a primeira sessão de 2020 em terreno positivo, com os três principais índices em máximos. Os estímulos anunciados pelo Banco Popular da China e o otimismo em torno do acordo comercial entre Pequim e Washington animaram os investidores.

O índice de referência, o S&P 500, valorizou na sessão desta terça-feira 0,79% para 3.256,33 pontos. Igual tendência positiva foi sentida pelo índice tecnológico Nasdaq, que subiu 1,27% para 9.086,81 pontos. Também o industrial Dow Jones somou 1,12% para 28.858,14 pontos.

Durante a sessão desta quinta-feira, o S&P conseguiu chegar ao seu valor mais alto de sempre: 3.258,14 pontos. Também o Dow Jones registou um novo máximo: 28.872,80 pontos. E o Nasdaq atingiu igualmente um valor recorde: 9.093,43 pontos.

Os investidores estão animados, depois de Donald Trump ter anunciado, no Twitter, que os Estados Unidos irão assinar, no dia 15 deste mês, a Fase 1 do acordo comercial com a China. Tal é um passo significativo no alívio das tensões comerciais entre estas duas potências. Depois de concretizada esta fase, o presidente norte-americano deverá deslocar-se à capital chinesa para continuar as negociações comerciais.

A este sinal positivo somou-se, como fator influente na sessão desta terça-feira, o anúncio feito pelo Banco Popular da China de que irá reduzir em 50 pontos base os rácios de capital que são exigidos aos bancos para aumentar a liquidez da economia. A China começará, assim, 2020 com novos estímulos, que prometem aliviar as condições de financiamento de empresas e particulares.

“Em geral, não há muito negatividade entre os investidores”, explicou Rick Meckler, analista da Cherry Lane Investments, citado pela Reuters.

Na primeira sessão da semana, destaque para a Apple e para a Microsoft, cujos títulos subiram, respetivamente, 2,28% para 300,35 dólares e 1,85% para 160,62 dólares. As cotadas tecnológicas foram, de resto, as que mais puxaram pelos mercados norte-americanos, esta quinta-feira.

Também o Facebook brilhou. As ações da empresa de Mark Zuckerberg subiram 2,21% para 209,78 dólares. Também a Disney estreou 2020 com ganhos. Os títulos da gigante do entretenimento somaram 2,47% para 148,20 dólares.

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Uber baixa preços em 2020. Uber X fica 10% mais barato

Aplicação de mobilidade arranca novo ano com preços mais baixos em Portugal continental. Serviço espera tornar-se "mais acessível" para os utilizadores e trazer "melhores rendimentos" aos motoristas.

A Uber vai descer os preços das viagens em Portugal continental já a partir desta sexta-feira, apurou o ECO. A aplicação de transportes já informou os motoristas sobre a atualização dos preços e prepara-se para, durante o dia de sexta-feira, notificar os utilizadores da descida dos preços.

A Uber vai atualizar a estrutura dos preços das viagens em 2020, baixando os valores em todos os serviços disponibilizados pela aplicação. As descidas serão na ordem dos 10% no serviço Uber X, nas viagens para todos os utilizadores.

“Acreditamos que estes novos preços vão tornar o serviço ainda mais acessível para utilizadores e, simultaneamente, melhorar os rendimentos de motoristas”, justifica Mariana Ascenção, diretora de comunicação da Uber Portugal, contactada pelo ECO.

Estes novos preços vão tornar o serviço ainda mais acessível para utilizadores e, simultaneamente, melhorar os rendimentos de motoristas.

Mariana Ascenção

Diretora de comunicação da Uber Portugal

A título de exemplo, a tarifa do Uber X tinha como base o preço de um euro ao qual eram adicionados dez cêntimos por minuto (e de 60 cêntimos por quilómetro). A tarifa base passa, a partir desta sexta-feira, a ser de 90 cêntimos tornando-se o preço por minuto de nove cêntimos e, por quilómetro de 59 cêntimos.

“Encontrar este equilíbrio é essencial para que a mobilidade partilhada possa ser uma alternativa efetiva ao carro particular e continue a ser uma oportunidade económica atraente para parceiros e motoristas”, acrescenta Mariana Ascenção.

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Abstenção da ERC permitirá investidura de Sánchez

  • Lusa
  • 2 Janeiro 2020

A abstenção dos independentistas catalães da ERC no voto de confiança ao Governo espanhol permitirá que Pedro Sánchez assuma o cargo de primeiro-ministro de Espanha.

O Conselho Nacional da ERC (Esquerda Republicana da Catalunha) decidiu, esta quinta-feira, apoiar a abstenção dos seus 13 deputados no voto de confiança ao Governo, permitindo a investidura de Pedro Sánchez como primeiro-ministro de Espanha.

O Parlamento começa a debater a investidura de Pedro Sánchez a partir das 09:00 de sábado (08:00 em Lisboa), segundo anunciou a presidente do Congresso de Deputados, Meritxell Batet. O anúncio foi feito pouco depois da ERC ter confirmado que facilitará a investidura de Sánchez.

O debate começará com o discurso de Pedro Sánchez para apresentar o seu programa de Governo. Após a intervenção do líder do executivo em exercício, será a vez dos líderes das restantes forças políticas, que terão 30 minutos para apresentar as suas razões para aceitar o novo Governo, rejeitá-lo ou abster-se. Sanchez pode responder se desejar.

Quando todos os grupos parlamentares tiverem feito as suas intervenções, será realizada uma votação, marcada para domingo, dia 05 – em voz alta – para eleger o líder do próximo Governo, sendo que Sánchez deve obter 176 votos a favor. No caso, mais do que provável, de não atingir esse valor, a sessão será suspensa.

Na terça-feira, dia 07, os deputados regressam ao Congresso e Sánchez fará nova intervenção, mas desta vez com tempo limitado a 10 minutos. Os representantes dos outros partidos terão cinco minutos para responder.

No final, o parlamento vota novamente e Sánchez será reeleito se alcançar a maioria simples. O líder do PSOE já tem 161 votos, mas, para tomar posse do Governo, precisa da abstenção dos 13 deputados da ERC.

O PSOE tinha previsto iniciar, esta quinta-feira, o debate, mas a decisão dos independentistas de convocar a sua reunião para o mesmo dia atrasou os planos. Sánchez não achou apropriado intervir numa sessão plenária do Congresso sem conhecer a decisão do partido de Oriol Junqueras, embora tanto a liderança socialista como a ERC dessem como certa a abstenção deste último partido.

Por isso, a reunião federal do PSOE foi convocada para sexta-feira, 03 de janeiro, às 10:00 (09:00 em Lisboa), quando a decisão da ERC é já conhecida. A ordem do dia do plenário da direção federal do PSOE, composta por 50 membros, possui apenas um ponto: “Acordo de investidura”. A direção socialista deve aprovar os acordos com os parceiros necessários para que a investidura avance e também o acordo com o Unidas Podemos para o futuro governo de coligação.

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Morreu Maria do Carmo Espírito Santo Silva

Era a matricarca de um dos ramos do Grupo Espírito Santo e, por isso, a maior acionista do BES. Maria do Carmo Moniz Galvão Espírito Santo chegou a ser a mulher mais rica de Portugal.

Morreu esta quinta-feira, dia 2 de janeiro, Maria do Carmo Moniz Galvão Espírito Santo Silva, viúva de Manuel Ricardo Espírito Santo Silva, líder do grupo em 1973 aquando da nacionalização e no regresso a Portugal na década de oitenta, e mãe de Manuel Fernando Espírito Santo, antigo presidente da Rioforte. Era a matriarca do ramo da família Espírito Santo e, por isso, a maior acionista do BES.

Mulher discreta, nunca se deixou fotografar nem era dada à vida social. Depois da morte do marido, Maria do Carmo Moniz Galvão Espírito Santo Silva dividia o seu tempo entre o Estoril, Lausanne, onde residia. Os problemas de saúde tinham-na obrigado a regressar a Portugal nos últimos meses de 2019, e acaba por falecer no segundo dia de 2020.

Chegou a ser a mulher mais rica do país, nos rankings da revista Exame, e além das participações financeiras no GES e BES, Maria do Carmo Moniz Galvão Espírito Santo Silva tinha também o controlo de um dos maiores grupos automóveis, a Santogal.

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Vieira de Almeida nomeia três novos sócios

A sociedade liderada por João Vieira de Almeida nomeou três novos sócios. Carla Gonçalves Borges, Pedro Pereira Coutinho e Tiago Correia vão assumir as novas funções já em janeiro.

A sociedade de advogados Vieira de Almeida (VdA) nomeou três novos sócios. Os advogados Carla Gonçalves Borges, Pedro Pereira Coutinho e Tiago Correia Moreira integram o núcleo de sócios já a partir deste mês de janeiro.

“Estas nomeações têm como objetivo prosseguir uma estratégia de reforço das valências da firma em áreas core e desenvolver novas competências em setores chave da atividade económica que representem uma mais-valia para os clientes”, nota a sociedade em comunicado na página oficial.

Carla Gonçalves Borges integrou a VdA em 2013 e centra a sua prática na área de contencioso & arbitragem. O novo sócio, Pedro Pereira Coutinho, reforçou a área de imobiliário da sociedade liderada por João Vieira de Almeida em 2016. Por sua vez, Tiago Correia Moreira, advogado na área de bancário & financeiro, integra a VdA desde 2003.

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AEP quer em 2020 “políticas públicas que valorizem a iniciativa privada”

O presidente da AEP, Luís Miguel Ribeiro, revela quais os seus desejos para este ano do país, ao tecido empresarial, passando pelo futuro da própria associação.

Luís Miguel Ribeiro, presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP), já estabeleceu as metas para o próximo ano. Na sua ótica a (re)qualificação dos recursos humanos, a par do investimento são fatores determinantes para fomentar o crescimento das empresas e aumentar a produtividade.

O acordo sobre competitividade e rendimentos, que está ser negociado entre o Governo e os parceiros sociais, incide em algumas destas questões que já tiveram reflexo na proposta do Orçamento do Estado para 2020. Em causa está a possibilidade de as PME beneficiarem de um desagravamento fiscal através do aumento de 20% do limite de lucros reinvestidos que podem ser objeto de dedução em sede de IRC. E o teto passará dos atuais dez milhões para 12 milhões de euros. Por outro lado, as PME com lucro até 25 mil euros vão ser tributadas em sede de IRC com uma taxa de 17%. Também ao nível da tributação autónoma houve mexidas: a taxa de 10%, que até aqui se aplicava a aquisições de veículos com um custo inferior a 25.000 euros, passará a aplicar-se a compras inferiores a 27.500 euros. No segundo escalão, a taxa de 27,5% passará a aplicar-se a aquisições com custo entre 27.500 e 35.000 euros — antes, o intervalo era de 25.000 euros a 35.000 euros.

Estas eram algumas das contrapartidas pedidas pelos patrões para aumentar os salários no setor privado em 2,7%, no próximo ano.

Para a requalificação dos recursos humanos são necessárias verbas, mas para já o Executivo ainda não avançou com novas medidas nem sinalizou alterações à forma de atribuição destes apoio no âmbito dos fundos europeus, apesar de ser um dos pontos inscritos no programa do Governo. Mas este é um capítulo fundamental para “se alcançar acréscimos sustentados de produtividade e competitividade das empresas e do país”, lembra Luís Miguel Ribeiro nas suas respostas ao desafio colocado pelo ECO. O responsável pede ainda, nos seus desejos “um conjunto de politicas públicas que valorizem a iniciativa privada”.

Um desejo para o país

Um crescimento económico saudável, capaz de enfrentar os enormes desafios que se perspetivam, o que requer políticas públicas que valorizem a iniciativa privada, isto é, o papel das empresas, potenciando o aumento do investimento, das exportações, da inovação, da valorização da oferta nacional, da promoção da economia circular e do uso eficiente de recursos. Alcançar uma vincada (re)qualificação dos recursos humanos que, a par do investimento, está entre os principais determinantes para se alcançar acréscimos sustentados de produtividade e competitividade das empresas e do país.

Um desejo para o seu setor

Um movimento associativo empresarial mais coeso, ativo e interventivo na defesa dos interesses que legitimamente representa. Que se posicione como uma rede de apoio às empresas, designadamente às micro e PME, dotada de competências que lhes permitam fazer face aos desafios da rápida — mas incerta — mudança dos tempos em que vivemos, e que reclama uma constante necessidade e capacidade de adaptação.

Um desejo para a sua empresa

Que a AEP, no ano em que comemora os seus 170 anos, continue a cumprir a sua missão de defesa da atividade empresarial através de uma intervenção qualificada, cada vez mais próxima das empresas, posicionando-se como um parceiro incontornável para a sua competitividade e crescimento, assumindo-se como a maior e mais representativa associação empresarial de âmbito nacional e multissetorial.

3 desejos para 2020 é uma série de artigos a antecipar o que vai acontecer no próximo ano, nos mais variados domínios. Desafiámos políticos, empresários, gestores, advogados, reguladores, sindicatos e patrões a revelarem três desejos para o próximo ano: 1) Um desejo para o país, 2) Um desejo para o seu setor e, finalmente, 3) Um desejo para a empresa/entidade que gerem. Todos os dias, até ao final do ano, não faltarão desejos aqui no ECO.

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Vendas de carros elétricos aceleram. Tesla é líder, destronando a Nissan

A Nissan perdeu a liderança para a norte-americana Tesla que beneficiou do arranque da comercialização do Model 3. Vendeu 1.979 automóveis em Portugal, em 2019.

Enquanto as vendas de automóveis caíram, as de carros elétricos continuam a aumentar no mercado nacional. A comercialização de veículos 100% elétricos cresceu quase 70% no ano passado, com a Tesla, á boleia do Model 3, a conseguir destronar, no global do ano, a nipónica Nissan.

Em 2018, as vendas de veículos elétricos ligeiros de passageiros ascenderam a 4.073 unidades. No ano passado, segundo dados da ACAP, as vendas de elétricos ascenderam a 7.096 unidades, sendo que os ligeiros de passageiros cifraram-se em 6.883 unidades. Ou seja, houve um crescimento de 69%.

Este crescimento acontece num contexto de crescente oferta de modelos totalmente elétricos por parte das principais fabricantes de automóveis, mas também com o apetite demonstrado pelos consumidores por estes veículos — os “cheques” do Estado esgotaram num instante.

No ano passado, várias das principais marcas apresentaram novos modelos, enquanto outras lançaram atualizações de gamas que já estavam em comercialização. Um dos modelos que maior impacto teve no mercado foi o Model 3, da Tesla, que levou as vendas da fabricante norte-americana a dispararem em Portugal.

Poucos meses após a chegada do 3 ao mercado nacional, a Tesla passou para a liderança das vendas destes modelos. Afastou a Nissan da primeira posição logo em junho, mantendo-se na liderança desde então, embora com uma margem cada vez mais “magra”. Em dezembro, contudo, afastou-se novamente da fabricante nipónica.

Enquanto a Nissan, com o Leaf, vendeu 89 unidades, a fabricante de Elon Musk registou 302 veículos, elevando o total do ano para 1.979 Tesla comercializados em 2019, entre Model 3, S ou X. Ou seja, vendeu mais 220 unidades que a rival e mais de 800 na comparação com a terceira marca mais vendida entre os elétricos, a Renault, que renovou o Zoe.

A BMW, com o i3 e o i8, vendeu mais de 500 unidades, assim como a Jaguar, com o I-PACE, e a Hyundai, com o IONIQ Electric e o Kauai Electric. A Smart, que a partir deste ano passa a contar com uma oferta exclusivamente elétrica, encerrou 2019 com um total de 407 unidades comercializadas, de acordo com os dados da ACAP.

Veja o ranking da marcas de automóveis elétricos mais vendidas

Correção: O artigo publicado inicialmente comparava, erradamente, os números de vendas de veículos elétricos em 2019 com o de elétricos e híbridos em 2018, o que apontava no sentido de uma quebra nos novos registos. Pelo lapso, apresentamos o nosso pedido de desculpa aos leitores.

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Costa recebe líderes dos partidos à esquerda esta sexta para falar sobre OE

Governo responde a Marcelo com reuniões sobre OE em São Bento com líderes à esquerda. Reuniões no âmbito do OE acontecem pela terceira vez, salienta fonte do executivo.

O primeiro-ministro reúne-se esta sexta-feira em São Bento com os líderes dos partidos à esquerda para continuar as conversas sobre o Orçamento do Estado para 2020, disse ao ECO fonte oficial do Governo.

O objetivo é fazer um ponto de situação sobre o documento que começa a ser discutido no Parlamento na próxima semana e para o qual o executivo ainda não tem apoio parlamentar.

A mesma fonte salienta que já é a terceira vez que o chefe do executivo se reúne com os líderes dos partidos à esquerda desde o início de funções no âmbito da preparação do OE2020.

Esta quarta-feira o Presidente da República pediu um Governo “forte, concretizador e dialogante. Um apelo que surge numa altura em que o executivo é criticado à esquerda pela falta de vontade de negociar.

A mesma fonte sublinha que a proposta de lei do OE que está no Parlamento sofreu alterações face ao planos iniciais do Executivo dando como exemplos a autorização legislativa para baixar o IVA da energia e a eliminação da expressão contributivas no que se refere às pensões, alargando assim a possibilidade de aumentos mais generalizados.

A existência de reuniões esta sexta-feira foi revelada por Carlos César na reação à menagem de ano novo de Marcelo Rebelo de Sousa.

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Eurotemps. Soluções de recursos humanos à escala europeia

A Eurotemps reúne os serviços de 360 agências de seleção e recrutamento em Portugal, Espanha, França, Itália, Bélgica, Alemanha, Polónia e Luxemburgo. Talenter é a única portuguesa do consórcio.

“Vamos construir o futuro dos recursos humanos na Europa”. Esta é a máxima do Eurotemps, o primeiro consórcio de recursos humanos na Europa, que pretende dar resposta às necessidades crescentes de empresas que procuram parceiros de RH com um âmbito de atuação a nível europeu. No site oficial, as empresas podem aceder a serviços de recrutamento e seleção especializado de 360 agências em oito países na Europa. Em Portugal, o grupo de empresas de recrutamento Talenter é o único participante no consórcio.

A ideia surgiu da empresa de recrutamento francesa R.A.S. Interim, e o projeto conta ainda com a participação das empresas de recursos humanos e recrutamento R.A.S. Interim, em França, Luxemburgo e Espanha, da ASAP.be na Bélgica, da Expertum na Alemanha e da Orienta, na Itália e na Polónia.

“Mais do que um projeto de cariz comercial, a Eurotemps representa um espaço privilegiado de partilha de know-how e de práticas do setor numa perspetiva europeia o que, por si só, encerra uma enorme possibilidade de aprendizagem, inovação e melhoria efetiva nos nossos processos e serviços oferecidos”, sublinha César Santos, administrador da Talenter. “Através da Eurotemps, a Talenter fica também capacitada para dar resposta a necessidades de clientes no território europeu e com isso, naturalmente, aumentar o potencial comercial e de negócio do grupo”, acrescenta a empresa portuguesa em comunicado.

Nos próximos cinco anos, o consórcio Eurotemps quer aumentar a presença nos mercados locais, expandir para outros países da Europa e explorar a possibilidade de aumentar o leque de serviços oferecidos.

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Moção de Rio quer PSD preparado para governar a partir de 2021 e não fala de presidenciais

  • Lusa e ECO
  • 2 Janeiro 2020

A moção de Rui Rio à presidência do PSD defende que o partido deverá estabelecer compromissos eleitorais com outras forças políticas com linhas programáticas convergentes.

A moção de Rui Rio à presidência do PSD defende que o partido estará “a partir de 2021 em condições reforçadas para governar Portugal”, sobretudo se escolher “uma liderança responsável e mobilizadora”, num texto omisso sobre eleições presidenciais.

Na moção de 32 páginas “Portugal ao Centro”, divulgada esta quinta-feira no site do PSD e que será apresentada publicamente na próxima semana, o atual presidente do partido apenas se refere em detalhe às eleições autárquicas de 2021, lembrando as perdas registadas pelo partido em 2013 e 2017.

“É urgente inverter essa tendência, mas é também indispensável reconhecer que não se ganha em ano e meio o que se perdeu em década e meia”, alerta, defendendo uma “recuperação firme e sustentada” e baseada em apoio a recandidaturas vencedoras e boas escolhas nos municípios onde o partido ficou próximo de ganhar.

A moção defende ainda que o PSD deverá estabelecer compromissos eleitorais “com outras forças políticas, movimentos e grupos de cidadãos independentes” que tenham linhas programáticas convergentes.

“Estamos certos de que ao estabelecer uma boa dinâmica de trabalho, com espírito de entreajuda e uma boa organização poderemos justificar a ambição de um resultado vitorioso nas próximas eleições autárquicas”, refere a moção, garantindo a criação de uma Comissão Autárquica logo após o congresso.

O texto, que desenha a estratégia para um mandato de dois anos, – até ao início de 2022 – nunca se refere às eleições presidenciais de janeiro de 2021, ao contrário das moções dos adversários de Rio, que manifestaram o apoio a uma eventual recandidatura do ex-líder social-democrata Marcelo Rebelo de Sousa (Luís Montenegro fala em “incondicional apoio” e Miguel Pinto Luz coloca alguns “pressupostos”).

Como pilares de uma “estratégia sustentada de vitória”, Rio aponta uma nova cultura política, assente na credibilidade e confiança. “Sendo o PSD o maior partido da oposição exige-se-lhe que assuma uma conduta responsável, colocando os interesses de Portugal acima dos interesses do partido. Portugal primeiro não é um mero slogan”, avisa, considerando que “a política espetáculo não pode ter lugar num partido que aspira a governar Portugal”.

Fazer do combate à corrupção uma das suas bandeiras, reforçar a marca reformista do PSD, continuar a dinamizar o Conselho Estratégico Nacional e valorizar o grupo parlamentar como principal frente de oposição ao Governo são outros dos pilares apontados na moção de Rio.

“Não queremos um grupo monolítico, mas esperamos de cada deputado a lealdade e empenho para um esforço e convergência em torno das opções políticas e estratégicas que vierem a ser aprovadas no próximo Congresso do PSD”, defende a moção.

“Se conseguirmos concretizar com sucesso as linhas estratégicas que acabámos de enunciar, poderemos assumir que a partir de 2021 o PSD estará em condições reforçadas para governar Portugal”, defende o texto, embora admitido que “não valerá a pena entrar em exercícios de adivinhação ou em delírios prospetivos quanto ao cumprimento da legislatura do atual Governo”.

Rui Rio esclareceu, entretanto, que a meta de 2021 definida na moção para o PSD estar pronto a governar Portugal corresponde aos dois anos de mandato em que se propõe fazer esse trabalho como presidente do partido. “Obviamente que durante estes dois anos o PSD tem de se preparar ainda melhor para governar, sendo certo que está consciente que, por um lado, a legislatura deve durar quatro anos, mas pode não durar quatro anos”, declarou, adiantando que não está todavia à espera que “dure seis meses, nem sete”.

Sobre a forma como pretende governar se for reeleito e o PSD for Governo, Rio entende que “no atual sistema partidário é relativamente difícil a qualquer partido ter uma maioria absoluta”. “Só dois partidos têm condições de ganhar eleições em Portugal, o PSD e o PS, e a probabilidade de ganharem com maioria absoluta é muito difícil. Se continuarmos com o sistema partidário tal e quela como ele está, qualquer governo terá sempre de conseguir um apoio num outro partido”, considerou.

Defendendo que o mais importante é melhorar as propostas do partido, a moção de Rio às eleições diretas de 11 de janeiro acrescenta outra condição para um resultado ganhador nas próximas legislativas. “Se à ambição conseguirmos acrescentar uma liderança responsável e mobilizadora, a credibilidade e a confiança indispensáveis ao bom cumprimento dessa missão, então teremos reunidas as condições que nos poderão conduzir à vitória”, afirma.

Rio não colocou presidenciais na moção “de propósito”

O candidato à liderança do PSD Rui Rio afirmou, esta quinta-feira, que deixou de fora da moção de estratégia as eleições presidenciais propositadamente por respeito ao chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa. À margem de uma reunião com militantes do distrito de Bragança, em Macedo de Cavaleiros, Rio explicou que a ausência das presidenciais da moção divulgada “é de propósito, porque nas eleições presidenciais não são os partidos que indicam candidatos, são os candidatos que se propõem e depois os partidos apoiam ou não apoiam”.

“Aquilo que está mais em cima da mesa, naturalmente, é a recandidatura ou não do professor Marcelo Rebelo de Sousa que, ele próprio, pediu para se respeitar a posição dele, que dirá o que vai fazer no momento próprio”, concretizou, acrescentando: “Portanto, se ele vai dizer o que fazer no momento próprio, eu vou respeitar isso”.

“Do ponto de vista tático, se um partido começa a apoiar um candidato por antecipação, se depois por acaso esse candidato não se candidata, depois a nossa escolha é sempre uma segunda escolha”, assinalou o líder do PSD.

Para Rui Rio, tem de haver ponderação. “Nós também temos de ter equilíbrio, ponderação e bom senso, que é o que a experiência traz. Quando não temos tanta experiência assim, disparamos de qualquer maneira para produzir uma notícia, mas depois temos o médio prazo a seguir”, frisou.

(Notícia atualizada com mais declarações de Rui Rio às 20h37).

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Altice encaixa mais 200 milhões de euros com venda de torres de telecomunicações. Cellnex fica com 100%

A Cellnex adquiriu a totalidade do capital da portuguesa Omtel, a empresa que resultou da venda das torres de telecomunicações que eram da Meo. Altice Europe encaixa 200 milhões com o negócio.

A Cellnex comprou a totalidade das torres de telecomunicações (infraestrutura metálica) que tinham sido parcialmente vendidas pela Meo em 2018.Pixabay

A Cellnex alcançou “um acordo” para adquirir a totalidade do capital da portuguesa Omtel, a empresa que, em 2018, ficou com 3.000 torres de telecomunicações que eram da Meo, revelou a companhia espanhola, que tem a família Bennetton entre os principais acionistas. Este acordo prevê a instalação de novas torres no país.

O negócio avalia a Omtel em 800 milhões de euros, sendo que a Altice Europe ATC 0,00% aceitou vender os 25% que ainda detinha na companhia, encaixando 200 milhões de euros com a operação. A informação foi confirmada pela dona da Meo num comunicado.

Segundo a Cellnex, “a aquisição contempla igualmente a instalação de 400 novas infraestruturas nos próximos quatro anos”. No entanto, o plano poderá ser alargado em “350 novas infraestruturas até 2027, “tendo em conta a evolução do mercado português e o desenvolvimento da rede 5G”.

A Omtel nasceu em 2018 depois de a Altice ter vendido uma posição de 75% na rede de torres de telecomunicações em Portugal a um consórcio constituído pelo Morgan Stanley Infrastructure Partners e pelo Horizon Equity Partners, ligado a Sérgio Monteiro e a António Pires de Lima. A dona da Meo recorda que, em 2018, “reinvestiu 108,8 milhões de euros” pelos 25% que agora vendeu. Ao que o ECO apurou, a Omtel era avaliada em 660 milhões quando foi constituída.

“Através desta transação, a Altice Europe inicia uma parceria de longo prazo com a Cellnex em Portugal, que compromete tanto o fornecimento de serviços de alojamento mobile em infraestrutura passiva, bem como a construção de novas torres”, refere a Altice Europe, numa nota divulgada acerca da operação. A operação, que está a merecer destaque na imprensa espanhola, representa a entrada oficial da Cellnex no mercado português.

“Uma vez finalizada a integração da Omtel e concluída a construção das novas infraestruturas estima-se que o EBITDA [lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações] adicional gerado para o grupo [Cellnex] seja de 90 milhões de euros. A aquisição e os futuros investimentos serão financiados com a disponibilidade de caixa do grupo Cellnex e os fluxos de caixa gerados pela própria empresa”, informa a Cellnex, na mesma nota divulgada esta quinta-feira.

A venda das torres de telecomunicações que eram da Meo não deverá ter qualquer impacto na rede móvel da operadora em Portugal. Estes negócios que envolvem a venda das torres de telecomunicações abrangem apenas as infraestruturas metálicas onde os equipamentos são colocados, pelo que são vistos numa ótica de interesse imobiliário. Sobretudo quando vem aí o 5G, a quinta geração de redes móvel de comunicações, que vai exigir uma capilaridade maior do que a atual rede 4G.

Esse facto também é enaltecido pela Cellnex: “A Omtel gere um atrativo portefólio de infraestruturas que representam aproximadamente 25% das torres de telecomunicações do mercado português. Os contratos da Omtel com os seus clientes têm uma duração média de 20 anos com períodos adicionais de cinco anos, sendo o principal a Portugal Telecom (Meo)”, sublinha a empresa espanhola de infraestruturas.

Com este anúncio, as ações da Cellnex Telecom SA estão a valorizar 2,68% na bolsa espanhola, para 39,40 euros. Os títulos da Altice Europe somam 2,99% em Amesterdão, para 5,92 euros, num dia que já estava a ser de fortes ganhos nos mercados acionistas.

Cotação das ações da Altice Europe em Amesterdão

(Notícia atualizada pela última vez às 17h49)

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