Brisa no top 10 dos maiores negócios na Europa em pandemia

Grupo José de Mello e a Arcus acordaram venda de 81,1% da concessionária a um consórcio de investidores internacionais por 2.433 milhões de euros. É o oitavo maior negócio num mercado sob pressão.

A venda da maior parte do capital da Brisa a um consórcio de investidores internacionais está entre os maiores negócios realizados na Europa desde que o coronavírus chegou ao continente. Superior à alienação da concessionária de autoestradas portuguesas, por 2.433 milhões de euros, houve apenas sete outras operações.

Entre março e abril, ou seja considerando o período no qual a Europa está a ser afetada pela pandemia de Covid-19, o maior negócio de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) foi a compra da Willis Towers Watson pela Aon, por 31.633 milhões de euros, gerando a maior corretora de seguros do mundo.

A fechar o pódio estão a venda de 50,26% do banco russo Sberbank of Russia ao Fundo Soberano da Rússia (por 26.401 milhões de euros) e a alienação da totalidade do capital da empresa especializada em testes de diagnóstico alemã Qiagen pela farmacêutica Thermo Fisher Scientific (por 10.017 milhões de euros), segundo os dados fornecidos pela Dealogic ao ECO.

A partir daqui, a lista inclui apenas negócios inferiores a cinco mil milhões de euros. Na oitava posição do ranking está a portuguesa Brisa, cuja venda ainda está em aberto, mas foi comunicado ao mercado a 28 de abril.

Dez maiores negócios de M&A na Europa

Fonte: Dealogic

O Grupo José de Mello e a Arcus fecharam venda de 81,1% da concessionária a um consórcio formado por investidores formado pela APG (gestora de ativos da ABP, o fundo de pensões dos funcionários públicos e do setor da educação dos Países Baixos), o NPS (serviço nacional de pensões da República da Coreia) e a SLAM (gestora de ativos da Swiss Life, a maior seguradora do ramo vida na Suíça).

O valor do negócio não foi na altura divulgado, mas o ECO avançou que a operação situava a avaliação global da Brisa em torno de três mil milhões de euros. O montante apontado pela Dealogic — 2.433 milhões de euros — confirma essa avaliação.

A conclusão da venda está ainda dependente de aprovação das entidades reguladoras competentes, o que o grupo espera aconteça no terceiro trimestre do ano. Após o fecho do negócio, o Grupo José de Mello vai permanecer como acionista de referência da Brisa, com uma posição de 17% e “participação ativa na gestão” da empresa.

Vírus já infetou negócios. Operações caem 32,7%

O surto de Covid-19 fez estagnar parte das operações de M&A, tendo já sido cancelados alguns negócios. Nos que se mantêm de pé, a estratégia poderá ser de esperar por um momento mais favorável no mercado. Essa tendência já se nota no total de fusões e aquisições fechadas desde que o vírus chegou à Europa.

Entre março e abril, foram realizadas um total de 1.237 operações de M&A na Europa. O número fica 32,7% abaixo dos 1.838 negócios registados no mesmo período do ano passado.

É entre os negócios mais pequenos que o impacto é maior já que a quebra financeira foi inferior. O montante abrangido por estas operações totalizou 116.595,77 milhões de euros, o que representa uma quebra de 13,9% face ao período homólogo. Em maio, já foram registados mais quatro dezenas de negócios, próximos dos 900 milhões de euros.

A incerteza gerada pelo surto de Covid-19, incluindo devido ao impacto negativo na liquidez nos mercados financeiros, está a penalizar o mercado de M&A. No entanto, após a pandemia, é esperado um novo aumento com a reabertura de processos de venda, o crescimento transações motivadas por dificuldades financeiras e criação de novas oportunidades de investimento após a quebra das avaliações.

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Aladdin entra em Portugal. No pico do stress, chegou o génio da gestão de risco

A gestora de ativos do Santander tornou-se, em abril, a primeira instituição financeira no país a implementar a plataforma tecnológica criada pela norte-americana BlackRock.

Há quase um século que não se via uma crise assim. Com a pandemia de coronavírus a parar as economias, o pânico dos investidores fez-se sentir nos mercados financeiros: o índice de medo disparou e as bolsas caíram a pique. Foi neste cenário que chegou a Portugal (pela mão do Santander) a tecnologia de ponta na gestão de risco, Aladdin.

A gestora de ativos do grupo Santander assinou um acordo com a BlackRock para adaptar a plataforma Aladdin e acelerar a transformação tecnológica em simultâneo nos dez mercados em que está presente. Após ter estado em implementação durante um ano, ficou ativa em Portugal, Espanha, Reino Unido, Luxemburgo e Polónia em abril.

“Foi necessário configurar toda a ferramenta para as necessidades da Santander Asset Management (SAM), carregar carteiras, regras de risco, entre outras operações”, explica o CEO Joaquim Calça e Pina, ao ECO, sobre o processo de implementação da plataforma desenvolvida e comercializada pela BlackRock.

A SAM espera que este sistema contribua para melhorar a rendibilidade dos fundos e resultados, contribuindo ainda para uma maior inovação na oferta de soluções de investimento. Ambas as circunstâncias permitirão reduzir o tempo de reação a possíveis mudanças em diversas circunstâncias como as condições mercado ou a parte regulatória.

Joaquim Calça e Pina

CEO da Santander Asset Management

O software foi criado pela maior gestora de ativos do mundo e começou a ser comercializado a outras financeiras na viragem do século. Acabou por tornar-se um ponto de referência na gestão de ativos e ganhar peso nos lucros da BlackRock. No entanto, a tecnologia nunca tinha chegado a Portugal. Foram precisas duas décadas.

Permite, não só a gestão de todas as carteiras, como a integração de regras e parametrizações de indicadores de riscos”, conta Calça e Pina. “Permite, sobretudo, a integração de todas as análises de riscos numa ferramenta de front-office. É muito mais fácil e imediato todo o controlo de riscos”.

A rapidez na análise de risco é especialmente importante para as gestoras de ativos no momento de stress gerado pela Covid-19 nos mercados financeiros. As bolsas europeias viveram, entre janeiro e março, o pior trimestre desde 2002 e os fundos de investimento portugueses espelharam esse desempenho. Nas ações não houve ganhos e só alguns fundos de obrigações conseguiram manter-se à tona. No caso do Santander, nenhum fundo fechou o trimestre positivo.

A inovação digital é uma pedra angular da estratégia e do processo de transformação da SAM de forma a manter-se uma gestora competitiva à escala global.

Joaquim Calça e Pina

CEO da Santander Asset Management

A SAM espera que este sistema contribua para melhorar a rendibilidade dos seus fundos e resultados, contribuindo ainda para uma maior inovação na oferta de soluções de investimento”, diz o responsável da gestora de ativos, que é a quarta maior do país, com 17,8% da quota de mercado nos fundos de investimento.

Calça e Pina acredita que poderá assim reduzir o tempo de reação não só a possíveis mudanças nas condições de mercado, como também na parte regulatória, “cujas constantes alterações constituem um dos maiores desafios para as gestoras de ativos”.

Numa fase seguinte, em agosto, o objetivo é implementar a plataforma no Brasil e na Argentina e, por último, nas unidades do México, Chile e Porto Rico até ao final do ano. “A inovação digital é uma pedra angular da estratégia e do processo de transformação da SAM de forma a manter-se uma gestora competitiva à escala global“, acrescenta o gestor.

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Caixa ganha batalha legal ao Fisco e recebe 34 milhões

Caso com mais de uma década só agora chegou ao fim. Caixa recuperou em janeiro 34 milhões de euros de imposto que tribunal mandou o Fisco devolver em 2018. Dinheiro não ajudará contas do trimestre.

Apresentação de resultados do 1º semestre da CGD - 30JUL19
Paulo Macedo apresenta resultados do primeiro trimestre na próxima quarta-feira.Hugo Amaral/ECO

É um caso com mais de uma década e só agora teve um ponto final. Desde 2009 que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) mantinha um braço-de-ferro com o Fisco por causa de alegadas irregularidades tributárias com uma operação no Brasil. Quando o processo ainda decorria na Justiça, pelo sim pelo não, o banco decidiu pagar 34 milhões de euros em impostos em 2016, aproveitando o programa especial de regularização de dívidas ao Estado (PERES). Mas o tribunal acabaria por dar razão à CGD em 2018. Caso fechado? Só em janeiro deste ano é que o banco público foi reembolsado na totalidade dos 34 milhões. O dinheiro já chegou mas não vai ajudar as contas do trimestre que serão apresentadas na próxima semana.

O início desta história remonta a 2009, quando uma inspeção levada a cabo pela Administração Fiscal às contas da CGD relativas a 2005 veio a “determinar correções de matéria coletável no valor de 155,6 milhões de euros”.

Deste montante, cerca de 135,6 milhões diziam respeito a correções pelo facto de a CGD ter beneficiado da eliminação da dupla tributação económica do resultado de partilha da Caixa Brasil, nesse exercício de 2005. Para a Autoridade Tributária, o banco também devia ter pago impostos em Portugal pelos ganhos obtidos por aquela operação brasileira.

A CGD contestou. Desde o primeiro momento considerou que agiu de acordo com a lei fiscal em vigor na altura, afirmando que os rendimentos obtidos pela Caixa Brasil já tinham sido sujeitos a tributação. O caso seguiu para tribunal.

Domingues paga, Macedo recebe

Em 2014, o Tribunal Tributário de Lisboa determinou a anulação das correções realizadas pela Autoridade Tributária no referido exercício à componente afeta aos ganhos da liquidação da Caixa Brasil. Porém, um ano depois, em abril de 2015, veio uma decisão em contrário: em segunda instância, o Tribunal Central Administrativo Sul decidiu revogar a sentença decretada em primeira instância pelo Tribunal Tributário de Lisboa.

A Caixa interpôs um requerimento de recurso de oposição de acórdãos e recurso de revista ainda na primeira metade de 2015. O recurso da revista foi considerado admissível.

Entretanto, em dezembro de 2016, a administração do banco, na altura liderada por António Domingues, decidiu precaver-se desta disputa: aderiu ao PERES e pagou o imposto associado ao processo, no valor de 34,07 milhões de euros; simultaneamente, com o caso ainda em tribunal, constituiu uma imparidade nesse montante, para o caso de a decisão transitar em julgado e a CGD ter de assumir efetivamente esse encargo.

Em 2017, o banco foi notificado da decisão do Supremo Tribunal Administrativo sobre o recurso de revista. A decisão foi favorável à CGD, determinando que o processo seguisse para o Tribunal Central Administrativo Sul, que, em julho de 2018, manteve a sentença emitida em primeira instância pelo Tribunal Tributário de Lisboa.

O Fisco acatou a decisão e deu o caso por encerrado. Esta circunstância levou a administração de Paulo Macedo a reverter, em 2018, a imparidade feita por António Domingues dois anos antes.

Só recebeu dinheiro este ano

De acordo com o relatório e contas, só “em janeiro de 2020 a Caixa foi reembolsada pela totalidade deste montante”. E assim, 11 anos depois, este caso ficou encerrado.

Com o banco a apresentar as contas na próxima quarta-feira, ainda que o dinheiro tenha chegado no primeiro mês do ano, o reembolso do imposto não vai ter impacto nos resultados do primeiro trimestre. “Esta situação teve impacto positivo nas contas de 2018 com a reversão das imparidades após a decisão do tribunal”, explica fonte oficial da CGD.

De resto, do ponto de vista do resultado líquido, o reembolso acaba por ser neutro para o banco. Isto porque, antes do ganho de 34 milhões em 2018 com a reversão da imparidade, a CGD tinha perdido 34 milhões quando constituiu a imparidade dois anos antes.

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Zoo de Lisboa reabre na sexta-feira mas “com regras diferentes”

  • Lusa
  • 6 Maio 2020

Fechado desde o dia 16 de março, o Jardim Zoológico de Lisboa vai reabrir ao público na sexta-feira, mas “o regresso ao ativo” será feito por fases.

O Jardim Zoológico de Lisboa vai reabrir ao público na sexta-feira, mas “o regresso ao ativo” será feito por fases e as apresentações e atrações vão continuar encerradas, sendo aconselhada a utilização de máscara dentro do parque.

“Fechado há quase dois meses, o Jardim Zoológico reabre na próxima sexta-feira. Como espaço amplo e ao ar livre a morada mais selvagem de Lisboa tem a possibilidade de abrir as portas nesta primeira tentativa de busca pela normalidade”, lê-se num comunicado da instituição.

Contudo, é acrescentado, o “regresso ao ativo” será realizado por fases e as apresentações e atrações estarão temporariamente encerradas, tal como a loja do Jardim Zoológico.

Além disso, a instituição aconselha que os visitantes circulem de máscara dentro do parque e respeitem as orientações da Direção-Geral da Saúde.

“O mesmo Zoo de sempre e da memória de todos, mas com regras diferentes”, é salientado pela instituição, referindo-se que, tal como aconteceu até agora, no processo de reabertura continuarão a ser tidas em conta as recomendações e diretrizes da Direção-Geral da Saúde, que serão “aplicadas às diferentes situações vividas no parque”.

Na nota é ainda referido que, desde que fechou as portas aos visitantes, em 16 de março, devido à pandemia de covid-19, o Jardim Zoológico nunca baixou os braços e manteve “os padrões de excelência que sempre o caracterizaram, no cuidado dos animais”.

“Manteve igualmente a sua missão fora de portas, através da contínua colaboração em programas de conservação no habitat natural, bem como no cumprimento da sua missão educativa de sensibilização das famílias e comunidade escolar para a necessidade de conservar a biodiversidade do planeta”, lê-se no comunicado.

Nestes dois meses, o parque “reinventou-se e marcou presença na vida de famílias, alunos e professores, através de conteúdos nas mais diversas plataformas, e nem a sempre tão esperada ‘Caça ao ovo da Páscoa’ deixou de acontecer”, é lembrado.

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Regras de acesso às praias definidas “até ao final da próxima semana”

  • Lusa
  • 6 Maio 2020

As regras de acesso às praias na época balnear devido à pandemia de covid-19 deve estar concluído “até ao final da próxima semana", disse o ministro do Ambiente.

O manual de procedimentos sobre o acesso às praias na época balnear devido à pandemia de covid-19 deve estar concluído “até ao final da próxima semana”, disse o ministro do Ambiente, indicando que “não há nenhuma medida decidida”.

“O guia está em preparação, está em construção, e estimamos tê-lo pronto até ao final da próxima semana”, afirmou o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Matos Fernandes, referindo que os contributos das entidades que participam na comissão técnica de acompanhamento das águas balneares têm de ser enviados “até ao final do dia de hoje à Agência Portuguesa do Ambiente (APA)”.

À margem da cerimónia de assinatura do contrato para a primeira empreitada do plano de expansão da rede do Metropolitano de Lisboa, o governante disse que a comissão técnica de acompanhamento das águas balneares, liderada pela APA, realizou “duas reuniões muito alargadas”, em que foram ouvidas “opiniões diversas”, contando “com uma grande participação de outras entidades públicas, mormente a Direção-Geral da Saúde (DGS)”.

“Conversámos com um número muito alargado, 86 autarquias, com as associações de apoios de praia, com as entidades que fazem a fiscalização”, adiantou o ministro do Ambiente.

Quanto ao adiamento da reunião da comissão técnica, João Matos Fernandes explicou que o agendamento não foi confirmado, mas foi colocada a hipótese de haver uma reunião hoje.

Coronavírus Dados Informativos

Última atualização: 2021-03-03 15:32:02

Fonte: DGS

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    -31

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“É verdade que há cerca de duas semanas foi aventada a possibilidade de haver uma reunião hoje, mas percebeu-se que não fazia sentido fazer essa reunião, porque havia ainda um trabalho de fundo a ser feito, que está a ser feito, vários contributos que vão chegar até ao final do dia de hoje à APA”, declarou o governante, referindo que, na semana passada, houve uma reunião que contou com a participação de mais de 85 pessoas.

A partir de quinta-feira, “a APA vai começar a, internamente, compilar esses mesmos trabalhos”, referiu João Matos Fernandes, revelando que “no final da próxima semana será apresentado” o manual de procedimentos sobre o acesso às praias na época balnear devido à pandemia de covid-19.

A época balnear começa em 01 de junho, mas ainda nada é certo: “É uma questão que vamos, naturalmente, também discutir com as autarquias, mas não vou adiantar conclusões de um trabalho que está a ser feito”.

“Quem toma essas decisões ainda nem conhece o trabalho, portanto não há nenhuma medida decidida”, reforçou o ministro do Ambiente, que tutela a APA.

Na terça-feira, uma das entidades que integram a reunião da comissão técnica de acompanhamento das águas balneares disse que a reunião agendada para hoje, para definir as regras da época balnear devido à pandemia de covid-19, foi adiada, sem explicação e sem nova data.

A Lusa questionou a APA, que disse que, nesta altura, “não tem nada a acrescentar”. “Quando houver novidades daremos conta das mesmas”, indicou ainda, sem adiantar qualquer informação sobre os trabalhos na comissão técnica de acompanhamento das águas balneares.

A comissão é liderada pela Agência Portuguesa do Ambiente e dela fazem parte mais 10 entidades, incluindo a DGS, a Autoridade Marítima Nacional, o Instituto de Socorros a Náufragos e a Associação Bandeira Azul.

Em 22 de abril, após outra reunião, a coordenadora nacional do Programa Bandeira Azul da Associação Bandeira Azul da Europa, Catarina Gonçalves, referiu à Lusa que o manual deveria estar pronto na primeira semana de maio, incorporando a “capacidade de carga” de cada praia.

Segundo a representante, as praias nacionais vão ter lotação máxima de banhistas, que vai ser calculada em função dessa capacidade, tendo em conta as recomendações da DGS, como o distanciamento entre as pessoas, a utilização de máscaras e os procedimentos de higiene, “obviamente muito mais apertados”.

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SATA prolonga suspensão da operação até 31 de maio

  • Lusa
  • 6 Maio 2020

O Grupo SATA, que opera com as transportadoras Azores Airlines e SATA Air Açores, vai continuar sem voar até final deste mês. Operação está suspensa desde 19 de março devido ao surto do coronavírus.

O grupo SATA, detentor das transportadoras Azores Airlines e SATA Air Açores, irá continuar sem voar até 31 de maio, estando com a operação suspensa desde 19 de março devido à pandemia de covid-19, anunciou a empresa.

“O grupo SATA manterá a sua operação suspensa até 31 de maio de 2020. Excetuam-se os voos para Toronto, Boston, Praia (Cabo Verde) e Frankfurt, que continuarão suspensos até 06 de junho de 2020″, avançou hoje a empresa açoriana, em comunicado.

A SATA indica que os passageiros que viram o seu voo cancelado terão a “possibilidade de agendar a sua viagem” até 31 de dezembro de 2020 ou de solicitar um voucher com validade de um ano para “planear viagens futuras”.

“Esta situação poderá ser reavaliada em virtude da evolução do surto de covid-19”, acrescenta a empresa.

Em 19 de março, o Governo Regional determinou a suspensão das ligações aéreas da transportadora entre todas as ilhas da região, operadas pela SATA Air Açores.

Também nesse dia, o líder do executivo açoriano, Vasco Cordeiro, anunciou que iriam ser suspensas todas as ligações aéreas do exterior para o arquipélago, da responsabilidade da Azores Airlines.

A SATA e a Ryanair não estão a operar para os Açores, mas a TAP nunca deixou de voar para a região, mantendo ainda duas ligações semanais para São Miguel e uma para a Terceira.

Desde o início do surto foram confirmados 144 casos de covid-19 nos Açores, 65 dos quais atualmente ativos, tendo ocorrido 64 recuperações (42 em São Miguel, nove na Terceira, cinco em São Jorge e cinco no Pico e três na Graciosa) e 15 mortes (em São Miguel).

Em Portugal, morreram 1.089 pessoas das 26.182 confirmadas como infetadas, e há 2.076 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

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Trump lança dúvidas sobre acordo com China. Wall Street cede 1%

Presidente dos EUA lançou dúvidas sobre o acordo comercial com a China. Donald Trump promete novidades para breve. Bolsas norte-americanas recuaram.

As bolsas americanas fecharam em terreno negativo depois de o Presidente dos EUA, Donald Trump, ter lançado dúvidas sobre o acordo comercial com a China e de ter sido revelado que o setor privado perdeu mais de 20 milhões de empregos em abril, perante o impacto da pandemia do coronavírus.

O índice de referência S&P 500 e o industrial Dow Jones cederam 0,70% e 0,91%, respetivamente. Já o tecnológico Nasdaq fechou em alta de 0,51%, embora tenha apagado os ganhos nas últimas horas de negociação depois de Trump ter deixado reservas sobre o acordo comercial com a China.

Donaldo Trump disse esta quarta-feira que poderá anunciar dentro de uma ou duas semanas se a China está a cumprir com as obrigações no âmbito da fase 1 do acordo comercial que os dois países assinaram em janeiro.

Perante os sinais de que o pico da pandemia do novo coronavírus, a maior economia do mundo vai reabrindo, após semanas em que muitas atividades estiveram fechadas. Isso teve impacto no mercado de trabalho. De acordo com os dados do ADP, o setor privado perdeu um recorde de mais de 20 milhões de postos de trabalho em abril.

Esta sexta-feira, o Departamento do Trabalho do Governo americano divulga estatísticas mais completas sobre a situação laboral nos EUA.

Em termos empresariais, as ações da General Motors subiram 2,96% para 21,89 dólares depois de a fabricante de automóveis americana ter anunciado lucros trimestrais que superaram as estimativas dos analistas e a reabertura das fábricas nos EUA.

A Occidental Petroleum caiu 12,57% para 13,40 dólares, depois de a petrolífera ter anunciado planos de aumentar o capital ou converter dívida em ações, na sequência de pesados prejuízos no primeiro trimestre apresentados na véspera.

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Ajustes diretos “é muito, muito mau”, lamenta Rui Rio. “Ministério Público existe para alguma coisa”

Quanto à polémica que envolve o Ministério da Saúde por ter feito pelo 17 aquisições superiores a um milhão de euros por ajuste direto, Rui Rio diz que Ministério Público tem de estar atento.

Rui Rio reconhece que está muito preocupado com a possibilidade de o Executivo ter feito ajustes diretos, em negócios de milhões que envolveram favorecimentos. O líder do PSD, em entrevista à CMTV diz que se essas suspeitas se vierem a confirmar “é muito muito mau” e lembra que o “Ministério Público existe para estas coisas”.

“Vejo muito, muito mal” a polémica em tornos dos ajustes direitos do Ministério da Saúde que rondam os 80 milhões de euros. “Uma coisa é percebermos que o Estado e as autarquias no auge da pandemia têm de comprar máscaras, testes, seja o que for, e não podem fazer um concurso público, consultar não sei quantos fornecedores, para a coisa estar resolvida dentro de cinco meses quando já não é preciso. Temos efetivamente de dar um ajuste na lei para que haja proteção destas decisões que tinham de ser tomadas. Coisa diferente é quando são coisas de milhões e é do amigo daqui ou do amigo de lá”, explicou Rui Rio, numa referência às pelo menos 17 aquisições, superiores a um milhão de euros a sete empresas por ajuste direto desde meados de março, num montante total de 79,8 milhões.

Espero que o Ministério Público esteja muito atento, porque acho isso inadmissível.

Rui Rio

Líder do PSD

Acho inadmissível que alguém à custa de fazer ajustes diretos começar a privilegiar amigos ou a ganhar algum dinheiro“, atirou Rui Rio. “Se isso aconteceu, ou vier a acontecer, é altamente reprovável e o PSD vai estar muito atento”, prometeu. “Espero que o Ministério Público esteja muito atento, porque acho isso inadmissível“, acrescentou ainda em jeito de recado.

“Para que são ajustes diretos para entregas dentro de muitos meses?”, questionou Rui Rio. “Agora o Ministério Público existe para alguma coisa”, concluiu, sem se querer comentar situações em concreto, por “não querer fazer de juiz”.

Ainda relativamente à pandemia, Rio defende que se deve voltar à situação de confinamento se dentro de semana e meia o número de infetados com coronavírus voltar a aumentar. Uma decisão que reconhece terá um impacto muito grande do ponto de vista social porque já há pessoas com necessidades.

Por isso, para o líder do PSD o Orçamento suplementar será uma “mera constatação da realidade”. “A amplitude do PSD para aprovar o OE suplementar é muito grande”, garantiu. Já quanto ao Orçamento para 2021, Rio reconhece que a “a situação do país é muito difícil” e não será possível ser “tão rigoroso quanto aos princípios” do partido, porque há uma realidade que assim o exige. “Mas não vamos passar um cheque em branco. Venha a proposta e logo se vê”, afirma.

Criticaram tanto o tempo da troika, que existiu por culpa do PS, que baniram a palavra austeridade. Mas podem ir recuperar o aperto de cinto do tempo do Dr. Mário Soares.

Rui Rio

Líder do PSD

Quanto à necessidade de o país regressar à austeridade depois da crise de saúde, o líder do PSD, que comemora 45 anos esta quarta-feira, defende que se trata, “meramente, de uma questão de português. “Criticaram tanto o tempo da troika, que existiu por culpa do PS, que baniram a palavra austeridade. Mas podem ir recuperar o aperto de cinto do tempo do Dr. Mário Soares”, ironizou Rui Rio.

Para o líder do PSD, a retoma terá de ser feito privilegiando o investimento, mas preferencialmente o privado, alavancado por fundos comunitários, porque “investimento público com alto grau de importações cria emprego lá fora e a dívida fica em Portugal”, explica o responsável.

Finalmente, Rui Rio defende “uma intervenção estratégica na TAP”, mas “com limites”. “Se for só o Estado que lá mete dinheiro”, sem que os privados acompanhem o aumento de capital, “então, tem de ser o Estado a comandar a empresa”, sentencia Rui Rio. Não se trata de uma nacionalização, garante, “mas de um aumento de capital que o privado não foi capaz de acompanhar”.

“Mas isso também não quer dizer que o Estado lá fique eternamente”, frisa o líder do PSD. Para o responsável “são os impostos das pessoas que lá vão entrar” e por isso, a entrada do Estado na TAP deve ser feita com “um plano de negócios e contas como deve de ser”, defende Rui Rio

(Notícia atualizada)

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EDP propõe aumentos salariais de 0,6%, sindicatos querem mais

  • Lusa
  • 6 Maio 2020

A EDP apresentou aos sindicatos uma proposta de aumento salarial de 0,6%. Representantes dos trabalhadores esperam que a empresa melhore proposta na próxima reunião negocial, marcada para dia 13.

A EDP apresentou aos sindicatos uma proposta de aumento salarial de 0,6%, que foi considerada insuficiente pelos representantes dos trabalhadores, que esperam que a empresa reconsidere na próxima reunião negocial, marcada para dia 13.

Após um interregno de seis semanas, devido à declaração do estado de emergência, as partes voltaram à negociação, mas ainda por via eletrónica, como recomendam as regras de combate à covid-19.

Joaquim Gervásio, dirigente da Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Energia e Minas (Fiequimetal), disse à agência Lusa que a empresa subiu a sua proposta de aumento salarial de 0,5% para 0,6%, o que resultará em aumentos entre 6 e 25 euros.

“Os sindicatos reclamaram, disseram que este valor não é nada, sobretudo depois de a empresa ter elogiado, nas últimas semanas, o profissionalismo dos trabalhadores nesta fase de pandemia”, afirmou o sindicalista.

No entanto, a Fiequimetal, umas das estruturas sindicais mais representativas dos trabalhadores da EDP, baixou a sua proposta salarial de 90 euros por trabalhador para 80 euros por trabalhador.

Ficou marcada nova ronda negocial daqui a uma semana e os sindicatos esperam que a EDP melhore a sua proposta.

A EDP tem cerca de 6.000 trabalhadores.

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Alitalia suspende temporariamente o contrato de 6.622 trabalhadores

  • Lusa
  • 6 Maio 2020

Dos trabalhadores em causa, 3.339 são pessoal de voo e os outros 3.283 são pessoal de terra, informa o Ministério do Trabalho italiano, em comunicado.

A companhia aérea Alitalia, em processo de falência desde maio de 2017, chegou esta quarta-feira a um acordo com os sindicatos para que 6.622 trabalhadores integrem até 31 de outubro o chamado sistema de “fundo de integração”.

A medida é o equivalente ao lay-off, a suspensão temporária do contrato de trabalho.

Dos trabalhadores em causa, 3.339 são pessoal de voo e os outros 3.283 são pessoal de terra, informa o Ministério do Trabalho italiano, em comunicado.

Estes empregados serão inscritos num fundo de garantia salarial, o que lhes permitirá receber até 70% do salário durante este período, sem desempenharem o seu trabalho habitual para a companhia aérea.

O Governo italiano preparou um plano no valor de 500 milhões de euros para nacionalizar a Alitalia, depois de os administradores do processo de falência não terem conseguido encontrar investidores interessados em viabilizar a empresa.

A intenção do Executivo é que a nova Alitalia esteja operacional a partir do próximo mês de junho.

A Alitalia é atualmente detida pela empresa Emirate Etihad em 49 % e pelo consórcio Midco em 51 %. Desde maio de 2017, a companhia aérea recebeu dois empréstimos estatais, de 900 milhões e 400 milhões de euros, para garantir as suas operações.

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UCI coloca 385 milhões de euros na bolsa de Lisboa. Quer usar encaixe para dar crédito verde

Isabel Ucha, CEO da Euronext Lisbon, sublinhou os critérios ambientais e de sustentabilidade no setor imobiliário, para a "construção ou requalificação de edifícios com baixa pegada carbónica".

A UCI – Unión de Créditos Inmobiliarios foi ao mercado buscar financiamento para dar crédito a projetos verdes. Colocou 392 milhões de euros em Obrigações Titularizadas Residential Mortgage-Backed Securities (RMBS), numa operação de titularização de dívida. A maior parte dos títulos (385 milhões de euros) foram admitidos à negociação na bolsa de Lisboa esta quarta-feira com o nome Green Belém N.º 1.

Com esta operação, a joint venture participada em 50% pelo BNP Paribas e pelo Santander, reabriu o mercado de securitização de crédito hipotecário residencial em Portugal. Os créditos incluídos no fundo Green Belém N.º 1 foram concedidos entre 2009 e 2019 e dizem respeito a empréstimos hipotecários junto de quatro mil famílias (mais de metade em Lisboa) com um loan-to-value (LTV) atual de 60,6%.

As securitizações são um instrumento importante que as empresas financeiras e os bancos podem usar para gerir as suas necessidades de liquidez. Isso será cada vez mais importante, na realidade que vivemos hoje. É uma oportunidade para os investidores terem outras opções investimento e diversificarem os seus portefólios”, disse Isabel Ucha, CEO da Euronext Lisbon numa sessão online que teve lugar esta quarta-feira, sublinhando os critérios ambientais e de sustentabilidade aplicados ao setor imobiliário, em prol de uma “construção ou requalificação de edifícios com uma baixa pegada carbónica”.

Na prática, a UCI vendeu um portefólio de empréstimos à habitação a grandes investidores institucionais. O encaixe financeiro irá servir para a empresa financeira especializada em crédito à habitação conceder novos empréstimos direcionados para construção ou requalificação de edifícios por forma a torná-los mais sustentáveis. É, por isso, que esta operação é incluída no mercado de obrigações verdes.

Filipa Franco, head of listing da Euronext Lisbon sublinhou o “compromisso da UCI de usar o encaixe desta operação para financiar investimentos verdes no mercado ibérico. Esta é uma estratégia de financiamentos que as instituições financeiras devem seguir“, como emitir green bonds e procurar custos mais competitivos de financiamento com vista a um investimento green friendly. A operação é também importante para a Euronext, referiu, “para aumentar o perfil do mercado de capitais português e o ecossistema como um todo. Estamos muito satisfeitos por ver esta operação em Lisboa”, disse a responsável.

Para Filipa Franco, as operações com base em critérios ESG (Environmental, Social and Governance) “são decisivos para assegurar a transição da economia e da sociedade para um modelo mais sustentável. Esperamos que a curto prazos todos optem por estas operações, para que se aproveite a necessidade atual de mais financiamento como uma oportunidade para encorajar a transição para uma economia mais sustentável”.

Philippe Laporte, COO da UCI, assinalou que “ter alcançado um novo fundo de securitização num contexto tão desafiante como o atual e com a complexidade dos requisitos regulatórios, é um sucesso para a empresa”. Desde 2015, quando reabriu o mercado de RMBS em Espanha através do programa Prado, a UCI emitiu mais de 2.000 milhões de euros em títulos de securitização da máxima qualidade.

“Convido todos a participarem neste novo tipo de operações. É o mais certo a fazer. É uma revolução verde que está em curso na concessão de créditos à habitação. É um cenário win win para todos. Estamos a trabalhar em Espanha e queremos exportar este conceito para Portugal, para que todos possam comprar uma casa verde”, disse Philippe Laporte, na sessão online.

O mercado de green bonds tem vindo a crescer a nível global, tendo atingido o recorde de sempre no ano passado próximo de 255 mil milhões de euros em novas emissões. Em Portugal, também estes ativos têm ganho destaque. A Euronext sublinha “a importância crescente e o compromisso reforçado com as green bonds“, com 157 mil milhões de euros de green bonds emitidas por 135 instituições na bolsa europeia.

“A Euronext é líder na emissão de green bonds, com mais de 157 mil milhões de euros de 135 instituições. Em 2019 dedicámos um segmento a estas green bonds em todos os mercados europeus e queremos expandir a oferta”, reforçou Isabel Ucha.

A EDP estreou o mercado de green bonds em outubro de 2018 e já realizou cinco emissões, que negoceiam na bolsa de Dublin. Também uma subsidiária da Altri, a Sociedade Bioelétrica do Mondego, colocou de obrigações verdes no início de 2019. Em setembro, foi o Pestana a juntar-se ao grupo de emitentes destes ativos.

Tanto a Sociedade Bioelétrica do Mondego como o Pestana realizaram, no entanto, operações em mercado não regulamentado. Assim, a UCI é a primeira emissão admitida no mercado regulamentado em Portugal.

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The World’s 50 Best Restaurants lança fundo para apoiar recuperação do setor

  • Lusa
  • 6 Maio 2020

No início de junho irá realizar-se um leilão de “experiências gastronómicas” e objetos doados e será publicado, em formato digital, um livro com receitas.

Sem lista de melhores restaurantes do mundo em 2020, a ‘The World’s 50 Best Restaurant’ lançou um fundo para apoiar a recuperação do setor, que será constituído por donativos de responsáveis da organização e receitas de iniciativas de consumidores.

Segundo anunciou esta quarta-feira a organização, no início de junho irá realizar-se um leilão de “experiências gastronómicas” e objetos doados e será publicado, em formato digital, um livro com receitas de ‘chefs’ de restaurantes que integram o ‘ranking’ dos melhores do mundo e que poderá ser ‘descarregado’ em troca de um donativo.

A ‘The World’s 50 Best Restaurants’ (Os 50 Melhores Restaurantes do Mundo, em português) irá também realizar formações para responsáveis do setor da hotelaria e, em setembro, irá organizar a “Cimeira da Recuperação”, um encontro virtual da “comunidade gastronómica mundial”, com ações de formação, palestras, entrevistas e debates sobre o futuro do setor.

Devido à pandemia de covid-19, que levou ao encerramento de restaurantes por todo o mundo, a ‘The World’s 50 Best Restaurants’ decidiu não anunciar a lista anual de melhores restaurantes e cancelou a gala que este ano estava prevista para 2 de junho, em Amberes (Flandres).

A organização considera que há que esperar por 2021, “se as circunstâncias o permitirem” e se os restaurantes já tiverem “em marcha o processo de reconstrução e recuperação”.

O fundo agora criado pela ‘The World’s 50 Best Restaurants’ tem como objetivo não só apoiar o setor, mas também reconhecer o trabalho solidário que tem sido feito por todo o mundo através do fornecimento de refeições a profissionais de saúde e pessoas necessitadas.

Em 2019, o restaurante Mirazur (França) foi considerado o melhor restaurante do mundo, enquanto o português Belcanto, de José Avillez, ascendeu pela primeira vez à primeira metade da lista, ficando em 42.º lugar.

Até agora, a escolha dos melhores restaurantes do mundo fazia-se todos os anos, desde 2002, contando com os contributos de mais de mil especialistas em gastronomia. Segundo os promotores, a lista procura “revelar alguns dos melhores destinos para experiências culinárias únicas, além de ser um barómetro para tendências gastronómicas globais”.

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