CTT passam de lucros a prejuízo de dois milhões de euros no semestre

Os CTT viram o resultado líquido afundar para terreno negativo no semestre, tendo perdido dois milhões de euros entre janeiro e junho deste ano.

Num período marcado pelo “forte crescimento” do negócio das encomendas, os CTT passaram de lucros a prejuízos no primeiro semestre. Depois de terem registado um lucro de nove milhões de euros na primeira metade do ano passado, a empresa liderada por João Bento viu o resultado líquido afundar para terreno negativo, perdendo dois milhões de euros entre janeiro e junho deste ano, uma queda homóloga de 122,1%, segundo um relatório enviado à CMVM.

Apesar da evolução positiva resultante do comércio eletrónico, os CTT foram penalizados pelo efeito da pandemia no correio. “A área de negócio de correio foi muito afetada a partir da segunda metade do mês de março e até maio pelo confinamento”, justifica o grupo num comunicado. “Esta situação implicou o encerramento ou redução do horário de funcionamento das lojas dos CTT que se traduziu numa menor procura de serviços B2C, bem como a redução da atividade dos clientes do segmento B2B, com particular destaque para os setores da banca e utilities e da Administração Pública”, acrescenta a empresa.

No período, o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) recuou 28% e fixou-se em 33,4 milhões de euros, enquanto os rendimentos operacionais caíram 1,6%, para 349,2 milhões de euros. O principal negócio, do correio e outros, acabou por ceder 14%, para 204,2 milhões, num período em que o tráfego de correio endereçado caiu 18% e o correio publicitário não endereçado cedeu quase 23%.

Tráfego de correio dos CTT

Fonte: CTT

Receitas com encomendas crescem 17%

A queda das receitas dos CTT, contudo, não foi maior devido ao crescimento do segmento de Expresso e Encomendas. Com os portugueses fechados em casa, o comércio eletrónico ganhou novo fôlego e os CTT foram-se posicionando para levar as encomendas até às casas. As receitas neste negócio subiram 16,9%, para 85,1 milhões de euros no semestre. Para a empresa, este resultado “evidencia o forte crescimento conseguido neste período, em que a empresa cresceu de forma consistente e significativa nas entregas B2C”.

Concretamente no segundo trimestre, o crescimento deste segmento evidenciado pelos CTT foi ainda maior e alcançou os 32,5% em termos homólogos, com as receitas a atingirem 47,8 milhões de euros entre abril e junho. “A performance obtida neste trimestre evidencia um valor de receita sem precedente e o melhor valor de EBITDA dos últimos 17 trimestres”, sublinham os CTT no comunicado remetido aos mercados.

A contribuir para esta evolução positiva estiveram os vários produtos e serviços que os CTT lançaram durante a fase mais acentuada da pandemia. Um deles, o Criar Lojas Online, permite às pequenas e médias empresas criarem lojas virtuais para venderem os respetivos produtos. Segundo os CTT, “estão registadas 1.020 lojas online e operacionais no final de junho de 2020 estavam 297 lojas, de diversos setores de atividade, com ênfase nos produtos alimentares, vestuário e calçado”.

Analisando este negócio das encomendas por mercado, “os rendimentos em Portugal situaram-se em 51,8 milhões de euros” no semestre, um aumento de 12,8% em termos homólogos, “verificando-se uma aceleração” no segundo trimestre, com um crescimento de 19,1%, para 27,4 milhões. Em Espanha, os rendimentos do negócio das encomendas cresceram 23,2% face aos mesmos seis meses de 2019, para 31,9 milhões de euros.

Rendimentos do Banco CTT sobem 63%. Houve 2,9 mil pedidos de moratórias

Os rendimentos do Banco CTT subiram 63% no primeiro semestre, face a igual período de 2019, para 38,4 milhões de euros.

“Os rendimentos do Banco CTT atingiram 38,4 milhões de euros no primeiro semestre de 2020, um crescimento de 14,8 milhões de euros (mais 63%) face a igual período do ano anterior, sendo 11,2 milhões de euros provenientes da 321 Crédito, adquirida em maio de 2019”, adiantam os CTT nos resultados comunicados esta quarta-feira.

“Excluindo esse efeito inorgânico, os rendimentos ascenderiam a 22,1 milhões de euros, mais 3,7 milhões de euros (+19,8%)” do que nos primeiros seis meses de 2019. “O crescimento dos rendimentos contou com a ‘performance’ positiva da margem financeira no primeiro semestre deste ano, 12,3 milhões de euros (+135,3%) acima do mesmo período de 2019, crescimento esse que teria sido de 3,2 milhões de euros (+63,2%) sem o referido contributo não-orgânico”, prossegue a empresa.

O desempenho comercial do Banco CTT “continuou a permitir o crescimento dos depósitos de clientes para 1.512 milhões de euros (mais 42,1% do que no primeiro semestre de 2019 e mais 17,8% do que no final do ano de 2019) e do número de contas, para 489 mil contas (mais 81 mil do que no primeiro semestre de 2019 e mais 28 mil que no final do ano de 2019)”, acrescentam os CTT.

As comissões recebidas aumentaram 62,5%, ou 2,2 milhões de euros, “sobretudo pelo aumento da transacionalidade dos clientes (+20,7%) e das contas e cartões, impulsionadas a partir do início no mês de abril pela introdução de um modelo de comissionamento do cartão de débito”, adiantam. “Esta cobrança de anuidades contribuiu para um crescimento das comissões no segundo trimestre face” a igual período de 2019 de “612,9%”, salientam os CTT.

O banco registou ainda 2,9 mil pedidos de moratórias no primeiro semestre, com uma exposição total de 66,6 milhões de euros. “Os pedidos de moratórias (públicas e privadas) formalizados atingiram os 2,9 mil, com uma exposição total de 66,6 milhões de euros, representando cerca de 7% do total da carteira bruta de crédito” do Banco CTT, referem os CTT.

Despesas do grupo sobem 2,3%

No plano das despesas, o grupo CTT viu os gastos operacionais aumentarem 2,3%, para 315,8 milhões de euros. Em causa está “um impacto de seis milhões de euros da 321 Crédito”, explica o grupo.

“Os gastos com pessoal aumentaram 900 mil euros no primeiro semestre”, continuam os CTT, num período em que o número de trabalhadores caiu 4,3%, menos 546 postos de trabalho no total. A empresa fechou junho com 12.015 trabalhadores, num período em que comunicou à imprensa ter recrutado 800 pessoas entre abril e julho, a maioria para as funções de carteiro em substituição de férias ou para suprir o absentismo provocado pela pandemia.

Ao mesmo tempo que os gastos com fornecimentos e serviços externos subiram 3,8%, para 3,8 milhões de euros, enquanto “os outros gastos cresceram 2,5 milhões de euros (+18,5%)” em termos homólogos.

Por fim, o passivo do grupo “aumentou 128,4 milhões de euros, destacando-se o acréscimo dos depósitos de clientes bancários e outros empréstimos (+190,5 milhões de euros), parcialmente compensados pelo decréscimo das contas a pagar (60,5 milhões de euros), consequência direta da significativa redução de subscrições de Certificados do Tesouro, e pela diminuição da rubrica de outros passivos financeiros bancários (-10,9 milhões de euros)”.

Na expectativa dos resultados, as ações dos CTT têm estado em alta na bolsa de Lisboa. Os títulos da empresa ganharam quase 10% nas duas últimas sessões, depois de somarem 3,21% esta quarta-feira, para 2,57 euros cada título.

Ações dos CTT na bolsa de Lisboa

(Notícia atualizada pela última vez às 17h36)

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Lisboa segue ganhos da Europa. CTT somam quase 10% em duas sessões antes dos resultados

Lisboa acompanha a tendência positiva das praças europeias. Na praça nacional, a "estrela" da sessão são os CTT, que somam quase 10% nas últimas duas sessões, antes de apresentarem resultados.

A bolsa de Lisboa terminou a terceira sessão da semana no “verde”, acompanhando a maré de ganhos sentida na Europa. Na praça nacional, os ganhos são ligeiros, mas o grande destaque vai para os CTT que somam quase 10% nas últimas duas sessões, antes de prestarem contas ao mercado.

Na Europa, o Stoxx 600 valorizou 0,4%, enquanto o francês CAC-40 somou 0,8%, o britânico FTSE 100 avançou 1,1%, o alemão DAX ganhou 0,4% e o espanhol Ibex-35 subiu 0,2%. Lisboa acompanhou a tendência vivida na Europa, registando a terceira sessão consecutiva de ganhos. O PSI-20 avançou 0,41%, para 4.397, 93 pontos, com 12 das 18 cotadas em “terreno” positivo, uma inalterada e apenas cinco no “vermelho”.

Entre os “pesos-pesados”, as cotadas ligadas ao setor energético estão em destaque. As ações da EDP avançaram 0,60% para 4,396 euros, enquanto as da subsidiária EDP Renováveis ganharam 0,29% para 13,88 euros. Ao mesmo tempo, a Galp Energia somou 1,21% para 9,386 euros, acompanhando a tendência positiva registada no mercado petrolífero. O Brent, de referência europeia valoriza 3,62%, para os 46,04 dólares em Londres, tendo atingido esta quarta-feira a cotação mais elevada dos últimos cinco meses. Por outro lado, o WTI, em Nova Iorque, avança 3,91% para os 43,33 dólares.

Nota positiva ainda para o BCP, com os títulos do banco liderado por Miguel Maya a somarem 1,38% para 10,30 cêntimos. Mas as grandes estrelas das sessão foram mesmo os CTT e a Mota-Engil. As ações da empresa de correios ganharam 3,21% para os 2,57 euros, no dia em que apresentam resultados depois do fecho da bolsa. Nas últimas duas sessões os CTT registaram uma valorização de quase 10%. Já a construtora liderada por Gonçalo Moura Martins avançou 3,43% para os 1,2680 euros.

A impedir uma valorização mais expressiva do índice de referência nacional, estiveram as ações da Jerónimo Martins, que recuaram 0,17% para 14,305 euros, bem como as da Nos, que cederam 0,95% para 3,74 euros.

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OE2020: Endividamento do 1.º semestre próximo do previsto para todo o ano

  • Lusa
  • 5 Agosto 2020

As emissões de dívida pública portuguesa no primeiro semestre do ano atingiram 97,7% do inicialmente orçamentado para todo o ano, totalizando 9.693 milhões de euros.

As emissões de dívida pública portuguesa no primeiro semestre do ano atingiram 97,7% do inicialmente orçamentado para todo o ano, totalizando 9.693 milhões de euros, de acordo com um relatório da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO).

De acordo com o documento da UTAO, “face aos valores inicialmente orçamentados, e numa ótica de tesouraria, no 1.º semestre de 2020 o Estado teve de se financiar num valor próximo do previsto no OE2020 [Orçamento do Estado de 2020] para o total do ano“. “Com efeito, nos primeiros seis meses de 2020 a receita líquida proveniente de passivos financeiros situou-se em 9.693 milhões de euros, apenas 232 milhões de euros aquém do previsto para o conjunto do ano 2020 (grau de execução de 97,7%)”, assinala o relatório da unidade técnica parlamentar.

De acordo com o documento da entidade que dá apoio à Comissão de Orçamento e Finanças (COF) da Assembleia da República, o resultado proveio “por um lado, do facto de se ter alcançado, até junho, um défice muito superior ao previsto no OE2020 para o total do ano, em cerca de 2.052 milhões de euros“, e, por outro, “a despesa líquida em ativos financeiros executada no 1.º semestre de 2020 ascendeu a 1.751 milhões de euros, situando-se 2.284 milhões de euros abaixo do previsto para o conjunto do ano (grau de execução de 43,4%)”.

O aumento do endividamento é decorrente dos efeitos económicos da pandemia. O documento da UTAO assinala ainda que no primeiro semestre houve “uma redução da despesa com juros da dívida direta pública”, totalizando 4.140 milhões de euros, “uma redução de 6,9% (-307 milhões de euros) quando comparado com igual período do ano anterior, sendo esta redução mais acentuada que a prevista no OE2020 para o conjunto do ano (-0,4%, -32 milhões de euros)”.

“Esta contração foi determinada, em grande medida, pela diminuição homóloga em 8,8%, da despesa com juros das Obrigações do Tesouro (OT), que passou de 3.186 milhões de euros para 2.906 milhões de euros (–280 milhões de euros)”, refere o relatório.

“No mesmo sentido, é de referir também a diminuição de 4,1% na despesa com juros no âmbito do PAEF [Programa de Assistência Económica e Financeira], de 641 milhões de euros para 615 milhões de euros, para o que contribuiu a amortização antecipada efetuada pelo Estado português junto do FEEF [Fundo Europeu de Estabilização Financeira], no valor de 2.000 milhões de euros, ocorrida em outubro de 2019″.

Já relativamente aos Bilhetes do Tesouro (BT), “o valor de juros manteve-se negativo no 1.º semestre de 2020 (–27 milhões de euros), em linha com o ocorrido no período homólogo, traduzindo o facto de a curva de rendimentos da dívida soberana portuguesa manter taxas de rentabilidade negativas para maturidades mais curtas“.

“No que respeita aos juros pagos pelo Estado sobre títulos de dívida pública detidos pelo setor institucional Famílias, a despesa com juros dos Certificados de Aforro e do Tesouro, no 1.º semestre de 2020, foi de 398 milhões de euros, refletindo uma redução de 14 milhões de euros, (–3,3%) face ao período homólogo do ano anterior”, segundo a UTAO.

Também sobre os Certificados de Aforro e Tesouro, os técnicos do parlamento assinalam que “o montante total de dívida pública portuguesa detida pelas famílias alcançou um novo máximo no final do 1.º semestre de 2020”, no valor de 29.168 milhões de euros, “99 ME acima do anterior máximo alcançado no final de 2019”.

A UTAO alerta também que os maiores valores de amortização da dívida pública “concentram-se, essencialmente, nos anos 2021 a 2030”. “Em 23 de julho de 2020, o stock total de títulos de dívida de médio e longo prazos com reembolso entre 2021 e 2030 ascendia a cerca de 150 mil milhões de euros, um valor superior ao registado em 18 de março de 2020 para o mesmo período (138,6 mil milhões de euros)”, segundo a UTAO.

Os técnicos do Parlamento detalham que, de acordo com o calendário de amortizações a médio e longo prazos, “será necessário amortizar títulos de dívida a médio e longo prazos no valor de: 12,3 mil milhões de euros em 2021, 15,1 mil milhões de euros em 2022, 12,5 mil milhões de euros em 2023, 16,1 mil milhões de euros em 2024, 16,8 mil milhões de euros em 2025, 16,4 mil milhões de euros em 2026, 19,8 mil milhões de euros em 2027, 13,6 mil milhões de euros em 2028, 13,3 mil milhões de euros em 2029 e 13,7 mil milhões de euros em 2030”.

“Só a partir de 2031 é que o valor anual de amortizações de dívida pública a médio e longo prazos desce para valores abaixo de 10 mil milhões de euros/ano”, assinala a UTAO.

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Disney dispara 10% e puxa por Wall Street

Os mercados norte-americanos arrancaram a sessão acima da linha de água. Os resultados "animadores" da Disney e das empresas do setor dos cuidados de saúde estão a animar Wall Street.

Wall Street abriu a terceira sessão da semana em “terreno” positivo, estando as praças animadas face aos resultados trimestrais das empresas dedicadas aos cuidados de saúde e da Disney. A gigante do entretenimento infantil surpreendeu os investidores com números melhores do que os esperados, face à pandemia de coronavírus, e anunciou que irá lançar uma nova plataforma de streaming no próximo ano.

O índice de referência nos mercados norte-americanos, o S&P 500, sobe 0,42% para 3.320,26 pontos. Também o tecnológico Nasdaq e o industrial Dow Jones valorizam, esta tarde. Sobem 0,25% para 10.968,32 pontos e 0,61% para 26.992,18 pontos, respetivamente.

Na sessão desta quarta-feira, destaque para os títulos da Disney, que somam 10,01% para 129,03 dólares. Ainda que tenha perdido mais de 4,2 mil milhões de dólares por ter fechado os parques de diversão, a gigante do entretenimento infantil conseguiu surpreender os investidores com resultados melhores do que os esperados e com o anúncio do lançamento do novo filme “Mulan” na sua plataforma de streaming, o Disney+, por um preço adicional.

O CEO da Disney também avançou que, em 2021, será lançado um novo serviço de streaming com conteúdo mais generalista, nomeadamente da ABC Studios, da Fox, da FX, Freeform, da 20th Century Studios e da Searchlight.

A dar gás a Wall Street estão também as cotadas do setor dos cuidados de saúde. Os títulos da CVS Health Corp sobe 0,48% para 65,29 dólares, depois de ter revisto em alta as previsões de lucro para este ano. Também as ações da Humana Inc e da farmacêutica Regeneron Pharmaceuticals Inc valorizam, depois de terem ultrapassado os resultados estimados para o trimestre mais recente. Sobem 1,96% para 398,86 dólares e 0,58% para 652,16 dólares, respetivamente.

Na energia, as ações da Exon Mobil Corp sobem 1,49% para 44,13 dólares e as da Chevron Corp valorizam 1,71% para 87,97 dólares, numa sessão em que os preços do petróleo estão em máximos de março.

Os investidores têm, de resto, os olhos postos na economia norte-americana e aos sinais de estagnação face à pandemia de coronavírus, o que deverá reforçar a necessidade dos novos estímulos que estão a ser negociados, atualmente, no Congresso dos Estados Unidos. Esta quarta-feira, foi adiantado, além disso, que foram criados 167 mil empregos, nos Estados Unidos, em julho, número bastante inferior ao esperado.

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É oficial: Facebook lança Instagram Reels, uma nova plataforma para concorrer com o TikTok

O Facebook acaba de anunciar oficialmente a chegada do Instagram Reels, uma plataforma inserida no Instagram para concorrer com o TikTok.

É oficial. O Facebook acaba de lançar uma plataforma integrada no Instagram para concorrer diretamente com a popular aplicação TikTok. “Hoje estamos a anunciar o Instagram Reels, uma nova forma de criar e descobrir vídeos curtos e engraçados no Instagram”, revelou a empresa em comunicado.

Nesta plataforma será possível gravar e editar vídeos com vários clipes de 15 segundos, com “áudio, efeitos e novas ferramentas criativas”, explica o Facebook. Estes poderão depois ser partilhados com os seguidores no Feed ou numa história e, se tiver uma conta pública, será possível disponibilizar os vídeos para a comunidade do Instagram através de um novo espaço no separador da Pesquisa.

As primeiras imagens do interface do Instagram Reels.Facebook

Esta opção estará presente na parte inferior da câmara do Instagram, de onde será possível aceder a várias ferramentas de edição no lado esquerdo do ecrã. Entre estas encontram-se efeitos de Inteligência Artificial, semelhantes aqueles que já se podem utilizar nas Stories, bem como um temporizador ou formas de alterar a velocidade do vídeo ou de criar transições entre vídeos.

Existe também uma ferramenta de áudio, sendo que se pode pesquisar na biblioteca de músicas do Instagram ou usar o próprio áudio original. Quando partilhar um Reel, que também pode ser feito a partir dos vídeos na galeria do telemóvel, com um áudio original, esse “passa a ser atribuído à sua conta e se esta conta for pública, qualquer pessoa pode selecionar “Use Áudio” e criar Reels com esse áudio original”, explica a rede social.

Antes do anúncio formal, a rede social quis garantir que a nova plataforma seria atrativa, propondo acordos que terão chegado a alcançar, alegadamente, as centenas de milhares de dólares a alguns dos utilizadores mais populares do TikTok, no sentido de os convencer a mudarem para a app concorrente, segundo reportou o The Wall Street Journal, na altura.

O TikTok, que conquistou centenas de milhões de utilizadores nos EUA e na Europa em poucos meses e será concorrência direta desta nova plataforma, está neste momento para ser vendido. A Microsoft está em negociações para adquirir a aplicação, sendo que o presidente dos EUA já deu “aprovação informal” ao negócio. Donald Trump reiterou que o TikTok terá de encerrar as operações nos EUA a 15 de setembro, a não ser que a empresa chinesa ByteDance decida, até lá, vender a aplicação à Microsoft ou a outra empresa.

(Notícia atualizada às 15h25)

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Há mais uma morte e 167 novos casos de Covid-19

  • ECO
  • 5 Agosto 2020

Nas últimas 24 horas, foram identificados 167 novos casos do novo coronavírus em Portugal. Número total de pessoas infetadas sobe para 51.848.

A Direção-Geral de Saúde (DGS) identificou 167 novos casos de infeção por Covid-19, elevando para 51.848 o número total de infetados desde o início da pandemia. Trata-se de uma subida de 0,32% face ao dia anterior. Nas últimas 24 horas morreu mais uma pessoa com a doença, elevando para 1.740 o número total, de acordo com a última atualização das autoridades de saúde.

No seguimento do que se tem observado ao longo das últimas semanas, a maioria das novas infeções foram na região de Lisboa e Vale do Tejo. Foram identificados 116 novos casos nesta região, o que representa 69% do total e um aumento face ao dia anterior.

O balanço divulgado esta quarta-feira pela Direção Geral de Saúde (DGS) dá ainda conta de que o número de pacientes internados desceu em 17, para 384. Já o número de pessoas internadas em unidades de cuidados intensivos é de 41, menos três do que há 24 horas.

Boletim epidemiológico de 5 de agosto:

Os dados da DGS mostram ainda que entre ontem e hoje foram registadas 247 recuperações, elevando para 37.565 o número total de pessoas que já recuperaram do Covid-19 em Portugal.

A nível regional, em termos absolutos, a região de Lisboa e Vale do Tejo mantém a liderança em termos do número de infetados com 26.573 casos confirmados e 607 mortes (uma nas últimas 34 horas), seguida da região Norte (com 18.854 casos e 829 mortes) e da região Centro (4.478 casos e 252 mortes). Segue-se o Algarve (902 casos e 15 mortes) e o Alentejo (753 casos e 22 morte). Nas ilhas, os Açores registam 170 casos e 15 falecimentos, enquanto a Madeira tem 118 pessoas infetadas.

Desde 1 de janeiro, as autoridades de saúde já registaram 450.524 casos suspeitos de Covid-19, sendo que 397.239 casos não se confirmaram. Entretanto, um total de 1.437 pessoas aguardam resultados laboratoriais e 37.369 pessoas estão sob vigilância das autoridades de saúde, por terem estado em contacto com pessoas infetadas.

Recorde de testes a Covid-19 em julho. Foram mais de 13 mil por dia

Na conferência de imprensa desta quarta-feira, a secretária de Estado Adjunta e da Saúde voltou a fazer uma atualização quanto ao número de testes a Covid-19, salientando que “o mês de julho foi aquele com maior número de testes realizados desde o inicio da pandemia”, em Portugal.

Foram 431.178 testes, o que significa uma média diária de 13. 909 testes, a mais alta taxa de testes já realizada“, disse Jamila Madeira, em declarações transmitidas pelas televisões, acrescentado que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) já representa “cerca de 50% dos testes feitos no país”, entre público, privados e universidades.

Um dia depois de o Presidente da República ter promulgado o diploma que aprova a aplicação para telemóvel “Stayaway Covid”, o presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde apelou à utilização da app, adiantando que a sua aprovação estará “por dias. “É fundamental que descarreguem a aplicação, que a mantenham ligada, que a usem durante o seu dia-a-dia e que caso venham a ser diagnosticados com a Covid-19 solicitem ao seu medico que lhes forneçam o código para inserir na aplicação“, afirmou Luís Goes Pinheiro.

Quanto a questões relacionadas com a proteção de dados, o presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde lembra que esta app é “voluntária”, acrescentando que “a informação será guardada apenas durante 14 dias”, sendo que após os quais “será eliminada”.

(Notícia atualizada pela última vez às 15h54)

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BE mantém “disponibilidade para negociar” com Costa, mas concentrando-se no OE2021

  • Lusa
  • 5 Agosto 2020

A líder do BE, Catarina Martins, assumiu manter “toda a disponibilidade para negociar” com o Governo socialista um eventual acordo formal, mas quer concentrar-se em medidas imediatas e no OE2021.

A coordenadora do BE, Catarina Martins, assumiu esta quarta-feira manter “toda a disponibilidade para negociar” com o Governo socialista um eventual acordo formal, mas quer concentrar-se em medidas imediatas e no Orçamento do Estado para 2021 (OE2021).

Em entrevista à revista Visão por videoconferência, conduzida pelo jornalista Pedro Rainho, Catarina Martins reiterou que o BE foi o primeiro a querer chegar a um entendimento com o PS, logo no início da legislatura (outubro de 2019), mas que o executivo de António Costa recusou e não fez sequer uma “contraproposta”.

O BE propôs esse acordo ao PS no princípio da legislatura. O PS não quis, foi recusando várias vezes e não apresentou contraproposta. Estar agora a dizer que se quer pensar o que se vai fazer em 2022 ou 2023 sem discutir o que vamos fazer já, que é tão urgente, parece-nos que não tem sentido. Temos toda a disponibilidade para negociar, mas não para negociar no abstrato, tem de ser no concreto”, afirmou.

No debate parlamentar sobre o estado da Nação, em 24 de julho, o primeiro-ministro dirigiu-se aos parceiros da denominada “geringonça” (BE, PCP e “Os Verdes”) e pediu “uma base de entendimento sólida e duradoura”, afirmando ser condição indispensável face à crise pandémica, rejeitando “competições de descolagem” entre partidos e “calculismos” eleitorais.

“Nós estamos em agosto, as conversas começaram em julho. O Governo só quis conversar sobre o futuro no final de julho quando nós temos um orçamento (OE2021) que deve entrar no parlamento no início de outubro e temos uma enorme crise neste momento. O que o BE tem defendido é que para termos uma solução para o país devemos concentrar esforços a pensar o que deve ser este OE2021, como responde à crise de uma forma muito concreta”, descreveu.

Para Catarina Martins, “se o PS quiser negociar políticas de esquerda, sabe que encontra no BE a disponibilidade e a vontade de o fazer”.

“Agora, se o PS não quiser negociar à esquerda e construir políticas de esquerda, claro que não o vai fazer com o BE. Seria tonto. Não tem nenhum sentido. Portanto, fará com o PSD”, previu.

Segundo a líder bloquista, se o PS “quiser acordo à esquerda, terá de ter políticas de esquerda: tão básico como defender quem vive do seu trabalho”, pois para o BE é claro: “entre o Novo Banco ou apoiar quem perdeu tudo, vamos escolher apoiar quem perdeu tudo com a crise”.

Se o PS tiver a disponibilidade e der os passos concretos para alterar a legislação do trabalho, para que os salários sejam protegidos e a precariedade seja efetivamente combatida e a chantagem não seja o quotidiano de quem trabalha, claro que o BE está aqui para fazer uma maioria na defesa de quem trabalha. Se o PS tiver a vontade de cumprir com o que já acordámos sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e contratar os profissionais que já devia ter contratado, claro que estaremos cá para essa maioria, mas é preciso que o PS o faça”, continuou.

A coordenadora do BE resumiu o seu ponto de vista sobre a atual situação: “as pessoas estão a perder emprego e salário agora, com dificuldade em manter a sua habitação agora, o SNS está com problemas agora, o ano letivo está quase a começar. Portanto, é preciso agir agora”.

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Competições de Surf vão realizar-se todas até final de outubro por causa da pandemia

Face à possibilidade de uma eventual segunda vaga da pandemia, a Federação Portuguesa de Surf decidiu redesenhar o calendário competitivo. Competições vão realizar-se todas até ao final de outubro.

A pandemia levou ao cancelamento ou adiamento de vários desportivos a nível mundial. E se, entretanto, várias competições foram retomadas, a ameaça de uma eventual segunda vaga tem levado as organizações a adaptarem-se aos “novos tempos”. A Federação Portuguesa de Surf (FPS) não é exceção e redesenhou o calendário competitivo para este ano, com as provas a terminarem todas até ao final de outubro.

A FPS, em conjunto com as várias entidades associadas, estipulou um calendário competitivo “ambicioso” que concentra a “esmagadora maioria das provas das modalidades e todos os escalões etários” até finais de outubro, informa o organismo em comunicado.

De acordo com a organização, o calendário passa “quase incólume”, com exceção feita à Taça de Portugal de Surfing, que deveria ser disputada entre 7 a 11 de abril. Pelo “timing e logística envolvidos, com centenas de atletas concentrados num só local”, foi cancelada por razões de segurança. Entre outras alterações estão as modalidades de promoção e de categorias não Open (Esperanças) que “terão os títulos atribuídos em provas únicas”, explica a FPS.

A título de exemplo, a primeira etapa do Circuito Nacional de Bodyboard arranca a 22 de agosto em Santa Cruz, Torres Vedras, com a quarta e última etapa a disputar-se entre os dias 24 e 25 de outubro, na Póvoa de Varzim. Todo o calendário pode ser consultado aqui.

Para o presidente da direção da FPS, João Aranha, esta alteração “é um esforço sobre-humano”, uma vez que se trata de “um plano ambicioso, montado sobre os ombros dos nossos clubes, associações e, no fundo, de todos os federados”, contudo, ressalva que as modalidades têm “um papel importantíssimo” no desenvolvimento “dos nossos jovens atletas”, bem como “na promoção da costa portuguesa”, conclui.

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IMT suspende circulação de veículos como o que provocou acidente ferroviário em Soure

O IMT exige que sejam tomadas medidas com "urgência" para prevenir acidentes ferroviários. Para já, está suspensa a circulação de veículos como o que provocou o acidente com um Alfa Pendular em Soure.

O Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), que assegura as funções de Autoridade Nacional de Segurança Ferroviária (ANSF), considera que o acidente à saída da estação de Soure veio “demonstrar a urgência da prossecução das ações iniciadas e em curso no âmbito das recomendações” feitas num relatório de 2018, referente a um incidente dois anos antes na estação de metro Roma-Areeiro. Para acelerar o processo, definiu uma série de ações e solicitações a entidades como a Infraestruturas Portugal (IP).

Uma das recomendações prendia-se com a implementação de medidas de mitigação de risco de ultrapassagem indevida de um sinal na posição de fechado, pela inexistência do sistema CONVEL. Estando em análise uma solução, a ANSF “exige” à IP que, até que o sistema de proteção automática seja implementado, “sejam adotadas medidas adicionais e complementares mitigadoras de risco que permitam a circulação destes veículos não equipados” com o sistema. Para além disso, dita que, até à implementação destas medidas, “a circulação destes veículos encontra-se suspensa”.

Quanto aos recursos humanos, o IMT diz que “tem havido recrutamento ativo dentro da administração pública”, mas aponta que estão ainda em cursos procedimentos concursais e recrutamentos para técnicos superiores. Existem atualmente seis técnicos afetos às funções relativas à ANSF, na área dos Equipamentos e Infraestruturas de Transportes e da Formação e Certificação, mais um outro técnico afeto aos modos ligeiro e por cabo.

Para reforçar os recursos humanos do IMT, enquanto ANSF, “foi delineada uma estratégia conjunta entre este Instituto e o Ministério das Infraestruturas e Habitação”, adiantam. Foi também preparado um plano de formação inicial específico para os novos colaboradores que integram a ANSF.

O acidente em Soure, na semana passada, que envolveu o descarrilamento de um comboio Alfa Pendular após colisão com um veículo de manutenção, provocou dois mortos, oito feridos graves e 36 feridos ligeiros e está a ser investigado pelo Ministério Público. A IP também já tinha revelado que abriu uma investigação interna ao acidente.

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Zonas de contenção do alojamento local em Lisboa baixaram preços das casas. T2 ficaram 20% mais baratos

  • ECO
  • 5 Agosto 2020

A criação de zonas de contenção do alojamento local na capital portuguesa fez os preços dos imóveis caírem 8%, aumentando para 20% no caso dos imóveis T2, concluiu o Ministério da Economia.

A criação de zonas de contenção de alojamento local em Lisboa causou polémica no setor, mas terá cumprido o propósito esperado pela autarquia. Segundo um estudo do Gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério da Economia, citado pelo Dinheiro Vivo, a medida fez baixar em 8% o preço dos imóveis que eram destinados ao alojamento local na capital, tendo a subida sido ainda maior, em 20%, no caso dos imóveis com tipologia T2.

Desde que estas zonas de contenção foram criadas no final de 2018, as vendas de casas na Baixa de Lisboa caíram de forma acentuada (cerca de 20%), o que compreende as zonas da Madragoa, Bairro Alto, Bica, Príncipe Real, Santa Catarina, São Paulo, Boavista, Conde Barão, Alfama, Mouraria e Sé. O estudo conclui, assim, que ter licença para funcionar como alojamento local é um fator importante no mercado na hora de procurar casas nestas zonas.

Em termos de preços, o impacto direto foi uma quebra de 8% no preços dos imóveis, sendo ainda maior no caso dos imóveis T2. O estudo concluiu que as casas com esta tipologia, que são mais suscetíveis de serem destinadas ao arrendamento de curta duração, foram aquelas em que os preços mais recuaram: ficaram 20% mais baratas depois da aprovação da medida que criou as zonas de contenção.

Desde a aprovação da lei até à entrada em vigor das restrições, os registos de alojamento local no centro histórico de Lisboa aumentaram 31%, afirma o mesmo estudo, que acredita que isso possa ser explicado pelo facto de os proprietários terem avançado com uma corrida aos registos antes de as limitações entrarem em vigor.

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PJ e Ministério Público fazem buscas no âmbito do processo das golas antifumo

  • ECO e Lusa
  • 5 Agosto 2020

Estão a ser feitas buscas domiciliárias e não domiciliárias no âmbito do processo que constituiu já sete arguidos, entre os quais o ex-secretário de Estado da Proteção Civil.

A Polícia Judiciária (PJ) está a fazer buscas domiciliárias e não domiciliárias no âmbito do processo das golas antifumo, avança o Correio da Manhã. Constituídos arguidos neste processo estão, entre outros, o ex-secretário de Estado da Proteção Civil e o presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

Uma nota do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), citada pela Lusa, adianta que as quatro buscas domiciliárias e seis não domiciliárias decorrem em diversos locais do país e inserem-se no inquérito “que investiga factos suscetíveis de integrarem fraude na obtenção de subsídio, corrupção passiva, participação económica em negócio ou abuso de poderes e branqueamento de capitais”.

“Em causa estão práticas levadas a cabo no contexto de uma operação cofinanciada pelo Fundo de Coesão da União Europeia e pelo Orçamento do Estado, de que é beneficiária a ANEPC e que envolve a Secretaria de Estado da Proteção Civil”, refere a nota. As buscas estão a ser realizadas pela PJ, especialistas do Núcleo de Assessoria Técnica (NAT) junto da Procuradoria-Geral da República com a participação da procuradora titular do inquérito.

Este processo arrancou no ano passado, na sequência da distribuição de golas pela Proteção Civil à população, no âmbito do programa Aldeia Segura/Pessoas Seguras, que supostamente eram antifumo mas, quando expostas ao calor, libertavam substâncias que podiam desencadear crises respiratórias agudas devido ao facto de serem feitas de um material inflamável.

Em causa está o crime de fraude na obtenção de um subsídio superior a 125.000 euros em fundos comunitários, tendo sido constituídos sete arguidos, entre os quais o ex-secretário de Estado da Proteção Civil, Artur Neves e o presidente da ANEPC, Mourato Nunes. Poucos dias depois, o adjunto do secretário de Estado da Proteção Civil, Francisco Ferreira, demitiu-se do cargo, após ter sido noticiado o seu envolvimento na escolha das empresas que produziram os kits de emergência que incluíam as golas.

As comparticipações financeiras europeia e do Orçamento do Estado investigadas destinavam-se à realização de “Ações de Sensibilização e Implementação de Sistemas de Aviso às Populações para Prevenção do Risco de Incêndios Florestais”, enquadradas nos Programas “Aldeia Segura, Pessoas Seguras” e “Rede Automática de Avisos à População”.

(Notícia atualizada às 12h58 com mais informação)

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Governo abre 435 vagas para contratar médicos de família

  • Lusa
  • 5 Agosto 2020

O Ministério da Saúde abriu 435 vagas para Medicina Geral e Familiar, 216 das quais na região de Lisboa e Vale do Tejo, 86 no Norte, 64 no Centro, 34 no Alentejo e 35 no Algarve.

O Ministério da Saúde abriu 435 vagas para a contratação de recém-especialistas em Medicina Geral e Familiar, metade das quais na região de Lisboa e Vale do Tejo.

Segundo um despacho publicado em Diário da República, estão autorizadas 435 vagas para Medicina Geral e Familiar, 216 das quais na região de Lisboa e Vale do Tejo, 86 no Norte, 64 no Centro, 34 no Alentejo e 35 no Algarve.

“Nunca como hoje foi tão necessário que o SNS estivesse à altura dos desafios assistenciais como nesta época em que vivemos sob a ameaça da covid-19. Têm sido várias as medidas, designadamente de reforço dos recursos humanos, que têm vindo a ser tomadas para fazer face a esta pandemia, às quais se deve, em grande medida, o sucesso alcançado, até aqui, no seu combate”, destaca o despacho conjunto dos ministérios da Saúde, Finanças e da Modernização do Estado e da Administração Pública.

Foi igualmente publicado em Diário da República o despacho que fixa os postos de trabalho médico (185 vagas) nas zonas geográficas do país e especialidades definidas como carenciadas. O documento apresenta a distribuição das vagas e as maiores necessidades estão identificadas em zonas como o Algarve, Alentejo, nordeste transmontano e as beiras alta e interior.

Das vagas que dão direito a incentivos aos clínicos que se fixem nestas unidades com maiores necessidades de determinadas especialidades, 41 referem-se a Medicina Geral e Familiar, 140 a especialidades hospitalares e quatro a Saúde Pública.

Em relação à distribuição destas vagas, no caso de Medicina Geral e Familiar, 14 vão para a região de Lisboa e Vale do Tejo, oito para o Alentejo, sete para o Algarve, seis para o Norte e cinco para o Centro.

Na área da Saúde Pública, os postos de trabalho com direito a incentivos são todos para o Alentejo: Unidade Local de Saúde Baixo Alentejo, Unidade Local de Saúde Norte Alentejano, Administração Regional de Saúde do Alentejo e Agrupamento de Centros de Saúde do Alentejo Central (uma vaga cada unidade).

Na área hospitalar, o Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira é o que mais postos de trabalho (vagas) com incentivo pecuniário apresenta (10).

Com nove vagas cada aparecem o Centro Hospitalar de Trás-os -Montes e Alto Douro, o Centro Hospitalar Universitário do Algarve, o Hospital do Espírito Santo de Évora, e as unidades locais de saúde do Baixo Alentejo, Castelo Branco, Guarda, Litoral Alentejano, Nordeste e Norte Alentejano.

Com oito vagas com direito a incentivo surge o Centro Hospitalar de Leiria, com sete aparece o Hospital Distrital de Santarém e o Centro Hospitalar do Oeste, com cinco o Centro Hospitalar Barreiro Montijo, com quatro o Centro Hospitalar de Setúbal, o Centro Hospitalar Tondela-Viseu e o Hospital Garcia de Orta e, com apenas uma vaga o Hospital Distrital da Figueira da Foz e o Centro Hospitalar do Baixo Vouga.

No total, estas 140 vagas para a área hospitalar com direito a incentivos estão distribuídas por dezenas de entidades de saúde e 31 especialidades. Entre elas estão, por exemplo, anestesiologia, ginecologia/obstetrícia, gastrenterologia, cardiologia, cirurgia geral, medicina física e de reabilitação, neurologia, oftalmologia, oncologia médica, ortopedia, otorrinolaringologia e pediatria.

Estas necessidades foram identificadas “de acordo com os critérios definidos na lei – níveis de desempenho assistencial, número de médicos face à densidade populacional da área abrangida pela unidade de saúde, a distância geográfica relativamente a outras unidades de saúde e a capacidade formativa dos serviços e estabelecimentos de saúde”, refere o Ministério da Saúde, em comunicado.

Reconhecendo a assimetria geográfica na distribuição do pessoal médico, o Governo atribui um conjunto de incentivos aos profissionais que se candidatem a estes postos de trabalho, quer pela via da mobilidade, quer através da celebração de novos contratos, como o “acréscimo da remuneração base de 40%, um reforço de dois dias de férias, a possibilidade de participação em atividades de investigação clínica e maior facilidade de mobilidade também para os cônjuges”, sublinha.

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