Uber Ibéria: decisão do Tribunal Europeu “não vai mudar a situação” em Portugal

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2017

A Uber Ibéria garante que na maioria dos países da União Europeia já opera de acordo com as leis de transporte.

A Uber Ibéria disse esta quarta-feira que a decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia, que considerou a Uber como uma empresa de transporte e não uma plataforma digital, “não vai mudar a situação” em Portugal.

O Tribunal de Justiça da União Europeia considerou hoje a Uber uma empresa de transporte e não uma plataforma digital, permitindo às autoridades nacionais a exigência de licenças, tal como as que são requeridas aos profissionais de táxi.

“Esta decisão não vai mudar a situação na maioria dos países da União Europeia onde já operamos de acordo com as leis de transporte. No entanto, milhões de europeus ainda estão impedidos de usar aplicações como a nossa”, disse hoje em comunicado a Uber Ibéria.

Esta decisão não vai mudar a situação na maioria dos países da União Europeia onde já operamos de acordo com as leis de transporte.

Uber Ibéria

Fonte oficial

Num curto comunicado difundido pouco depois de ser conhecida a decisão do Tribunal, a Uber diz que não vê mudanças, acrescentando que “ainda há milhões de europeus que não podem utilizar a aplicação” móvel da empresa.

“Como o nosso novo CEO referiu recentemente é por isso vamos continuar o diálogo com as cidades em toda a Europa. Esta é a abordagem que vamos tomar para garantir que todos possam ter uma viagem fiável com um simples toque num ‘smartphone’, explicou a Uber Ibéria.

O Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE), em Bruxelas, considera que o serviço de intermediação (Uber) é parte integrante de um serviço global cujo elemento principal é um serviço de transporte e que, por isso, não corresponde à qualificação de “serviço da sociedade da informação”, mas sim a um “serviço no âmbito dos transportes”, refere um comunicado do TJUE.

Em consequência, cabe aos “Estados membros (UE) regularem as condições de prestação destes serviços sempre que se respeitem as normas gerais do Tratado de Funcionamento da União Europeia”, acrescenta o tribunal, que foi chamado a pronunciar-se após uma denúncia dos taxistas da cidade espanhola de Barcelona por alegada concorrência desleal.

Entretanto, a Federação Portuguesa de Táxis (FPT) já se congratulou com a decisão do Tribunal Europeu de Justiça de considerar a Uber uma empresa de transportes, referindo que permite às autoridades nacionais exigir licenças semelhantes às dos profissionais de táxi.

“Esta decisão, sem direito a recurso, é a justa resposta que o setor do táxi há muita aguardava, a merecida recompensa para quem andou nas ruas em protesto e a saída pela porta pequena dos ilegais e suas plataformas que invadiram países, roubaram economias, alimentaram paraísos fiscais com a cumplicidade de comissários europeus, ministros e secretários de Estado”, afirma a FPT, em comunicado.

A proposta de lei do Governo para regulamentar a atividade de transporte de passageiros em veículos descaracterizados foi discutida na Assembleia da República a 17 de março. O diploma não foi votado no plenário e baixou à comissão de Economia, Obras Públicas e Inovação para debate na especialidade.

Este mês estão a decorrer audições de várias entidades.

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Parlamento britânico investiga condições de trabalho na Ryanair

  • ECO
  • 20 Dezembro 2017

Duas comissões do Parlamento britânico colocaram a Ryanair sob a sua luta, já que vários trabalhadores dizem ser mal-pagos e encarregados indevidamente por diversas taxas.

Depois da Ryanair ter reconhecido os sindicatos que representam os pilotos para evitar paralisações poucos dias antes do Natal, há um novo desenvolvimento na novela de dilemas que esta transportadora enfrenta. Duas comissões do Parlamento britânico (uma focada no trabalho e nas pensões e outra centrada nos negócios) anunciaram, esta quarta-feira, que vão investigar a companhia irlandesa. Em causa estão as condições de trabalho garantidas pela companhia aérea.

Rachel Reeves, líder da segunda comissão referida, acusa mesmo a Ryanair de tentar “escapar ao dever de pagar o salário mínimo”, avança o The Guardian. Além de mal pagos, alguns trabalhadores alegaram terem sido obrigados a suportar os custos dos seus uniformes (cerca de 25 libras por mês, isto é, 28 euros) e as taxas administrativas implicadas na sua eventual saída antes de terem acumulado 15 meses de trabalho na empresa.

“Infelizmente, não me surpreenderia se o quadro triste que foi traçado for verdadeiro”, sublinhou Frank Field, presidente da comissão parlamentar focada no trabalho e nas pensões. Reeves e Field enviaram uma carta a Michael O’Leary, líder da transportadora de baixo custo, com todos os detalhes das acusações. “A Ryanair precisa agora de dar respostas acerca das taxas e despesas deixadas a cargo do pessoal de cabine”, conclui Reeves.

Este domingo, os pilotos portugueses da empresa irlandesa desconvocaram a greve que tinham marcada para dia 20 de dezembro, na sequência do reconhecimento dos sindicatos pela transportadora e da sua abertura ao diálogo. Estavam também previstas paralisações em Itália e na Irlanda, que acabaram, do mesmo modo, por não acontecer. Esta decisão da Ryanair acabou com a velha política de não reconhecimento de associações de trabalhadores, tendo sido substituída pela exigência de criação de comissões particularmente focadas na relação com esta empresa dentro dos próprios sindicatos.

Na origem destas tensões está um erro no agendamento das suas férias, que acabou por significar o cancelamento de 20 mil voos, em toda a Europa. Desde então, os pilotos têm exigido aumentos salariais, mais formação, seguro de saúde e benefícios como alojamento e transportes em terra ou uniformes pagos pela empresa.

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Setor exportador gerou 33% do volume de negócios das empresas em 2016

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2017

Número de empresas do sector exportador aumentou 42%, nos últimos dez anos, e representa atualmente 6% do total de empresas em Portugal, tendo sido responsável por 33% do volume de negócios em 2016.

O setor exportador integrava 23,5 mil empresas no ano passado, responsáveis por um terço do volume de negócios e cerca de um quarto das pessoas ao serviço do total das empresas.

Segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal (BdP), apesar de ter variado pouco entre 2015 e 2016, o número de empresas do setor exportador aumentou 42% em quase 10 anos (desde 2007) e representa 6% do total das empresas em Portugal.

Os dados constam da atualização do Estudo da Central de Balanços, produzido pelo BdP e que considera empresas exportadoras as entidades cujas exportações correspondem a pelo menos metade do volume de negócios ou a 10% do volume de negócios caso as exportações excedam os 150 mil euros.

Os resultados são complementados com informação relativa ao primeiro semestre de 2017 sobre os empréstimos concedidos pelo setor financeiro. Segundo o BdP, o número de empresas que passam a integrar anualmente o setor tem superado as saídas, tendo, em média, entre 2007 e 2016, contado, anualmente, com seis mil novas empresas e cinco mil saídas.

A abertura ao mercado externo varia com a classe de dimensão das empresas: as empresas exportadoras representavam 4% das microempresas, 10% do seu volume de negócios e 5% do respetivo número de pessoas ao serviço. O seu peso no conjunto das grandes empresas correspondia a 43%, 45% e 31% do total dos agregados correspondentes associados a esta classe de dimensão, respetivamente, refere.

Por setores de atividade económica, o peso das empresas exportadoras era superior nas indústrias transformadoras e totalizava 15% das empresas, 71% do volume de negócios e 55% das pessoas ao serviço.

O setor exportador também era relevante em 2016 nas indústrias extrativas e nos transportes e armazenagem ao agregar 12% e 11% das empresas, 64% e 56% do volume de negócios e 45% e 35% das pessoas ao serviço destes setores, respetivamente.

Segundo o BdP, o peso do setor exportador era mais significativo nos distritos de Viana do Castelo e de Aveiro, com 52% e 51% do volume de negócios gerado pelas empresas com sede nestes distritos, respetivamente, tinha origem em empresas exportadoras.

“O volume de negócios das empresas exportadoras tem demonstrado maior dinamismo, mas diminuiu em 2016”, refere a instituição, sinalizando que em 2016, o volume de negócios de metade das empresas exportadoras aumentou 5% ou mais e nas restantes empresas, esse limiar de crescimento foi de 2%.

No período 2007-2016, o volume de negócios das empresas exportadoras registou, em média, variações anuais de 4% (contra um decréscimo de 0,5% nas restantes empresas). Com exceção de 2009, 2014 e 2016, a taxa de variação anual do volume de negócios das empresas exportadoras foi geralmente superior à das restantes empresas, indica.

Em 2016, no entanto, o volume de negócios das empresas exportadoras diminuiu 5% em relação ao ano anterior, enquanto, pelo contrário, o volume de negócios das restantes empresas cresceu 6%.

O EBITDA (resultado antes de impostos, juros, apreciações e depreciações) gerado pelas empresas do setor exportador diminuiu 7% em 2016 (contra um aumento de 15% nas restantes empresas).

Em 2016, as empresas do setor exportador registaram uma rendibilidade dos capitais próprios de 9%, dois pontos percentuais acima da observada nas restantes empresas, mas dois pontos percentuais abaixo da observada em 2015.

As empresas do setor exportador apresentaram, ao longo de todo o período analisado, níveis de autonomia financeira superiores aos das restantes empresas e em 2016, o ativo das empresas exportadoras foi financiado em 37% por capitais próprios (nas restantes empresas este valor era de 30%).

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Serviço universal custou 12,7 milhões às operadoras Meo e Nos

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2017

Serviço universal custou às operadoras Meo e Nos um total de 12,7 milhões de euros em 2014 e 2016, anunciou esta quarta-feira a Anacom.

O serviço universal custou às operadoras Meo e Nos um total de 12,7 milhões de euros em 2014 e 2016, anunciou esta quarta-feira a Anacom, que identificou quatro empresas que estão agora obrigadas a contribuir para o fundo de compensação.

Numa nota à imprensa, a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) revela que aprovou na semana passada os valores a compensar as operadoras Meo e Nos pelo serviço universal prestado em 2014 e 2016, bem como a identificação das entidades obrigadas a contribuir para fundo de compensação, fundo que irá ressarcir as duas operadoras.

Em causa estão 7,7 milhões de euros relativos ao serviço universal prestado pela Meo em 2014, altura em que a escolha do operador para este serviço não era feita por concurso.

A este valor somam-se cinco milhões de euros referentes ao custo total do serviço universal prestado pela Meo e pela Nos em 2016, quando a designação dos prestadores do serviço universal já era feita por concurso.

Do total referente a 2016, a Anacom explica que 2,5 milhões de euros respeitam ao serviço de postos públicos prestado pela Meo, enquanto 1,9 milhões de euros são para a NOS pelo serviço universal de telefone em local fixo e 636 mil euros pelo serviço de listas e serviço de informações de listas, também pela Meo.

Os valores de 2015 já tinham sido resolvidos, segundo disse à Lusa fonte oficial da Anacom.

“Estes são assim os valores pelos quais serão ressarcidos os prestadores do serviço universal, através do acionamento do fundo de compensação”, explica o regulador.

A Anacom determinou que a Meo, a Nos, a NOWO/ONI e a Vodafone terão agora de fazer uma contribuição extraordinária para o fundo, a fim de compensarem as duas operadoras pelo serviço universal.

Segundo explicou fonte da Anacom, depois da decisão, as quatro empresas obrigadas a contribuir para o fundo têm dez dias úteis para se pronunciarem, sendo a contribuição proporcional ao volume de negócios de cada empresa.

De acordo com a nota, estão obrigadas a contribuir para o fundo de compensação as empresas cujo volume de negócios seja igual ou superior a 1% do volume de negócios do setor.

Na prática, a Meo e a Nos têm a receber (pelo serviço prestado) e a pagar (pela contribuição para o fundo).

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Tribunal obriga Banco de Portugal a divulgar contrato de venda do Novo Banco

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2017

O Banco de Portugal está obrigado a divulgar o contrato de venda do Novo Banco a fundos internacionais que investiram em títulos do BES, ainda que podendo proteger partes que considere confidenciais.

O Banco de Portugal está obrigado a divulgar o contrato de venda do Novo Banco a fundos internacionais que investiram em obrigações do BES, ainda que podendo proteger partes que considere confidenciais, segundo decisão do tribunal administrativo de Lisboa.

O pedido de acesso ao contrato de venda do Novo Banco ao fundo norte-americano Lone Star foi feito por 19 fundos de investimento internacionais que investiram em obrigações subordinadas do Banco Espírito Santo (BES), que aquando da sua resolução ficaram no ‘banco mau’ BES, com penalização dos investimentos.

Na sentença a que a Lusa teve acesso, de 13 de dezembro, o tribunal administrativo de Lisboa “intima” o Banco de Portugal e o Fundo de Resolução bancário a “no prazo de 10 dias” darem aos fundos a “cópia do contrato de compra e venda” no Novo Banco, ainda que “expurgado da informação relativa à matéria confidencial”.

Contudo, decide também o tribunal, que a entidade liderada por Carlos Costa tem de justificar a eventual ocultação no contrato de determinadas matérias que considera confidenciais.

Estes fundos de investimento já tinham pedido, em setembro, acesso ao contrato ao Banco de Portugal e ao Fundo de Resolução, mas como não lhes foi dado avançaram com uma ação judicial a “requerer a intimação de prestação de informação e consulta de processos”.

Contactados já pela Justiça, o Fundo de Resolução e o Banco de Portugal consideraram, de acordo com a sentença, que o contrato é confidencial, uma vez que contém “informação de natureza altamente sensível e sigilosa”, quer sobre a “vida interna do comprador e do próprio Novo Banco”, quer sobre o “segredo de negócio”.

O tribunal diz que não conhece o contrato, mas admite que poderá haver matéria que envolvam “segredo comercial e/ou sobre a vida interna do Novo Banco e/ou do comprador”, decidindo assim pela sua divulgação retirando os “elementos confidenciais”.

Contudo, exige a Justiça, que o Banco de Portugal e o Fundo de Resolução fundamentem a ocultação de determinadas partes, “explicitando os concretos motivos para entender que os documentos revelariam dados confidenciais”.

Estes 19 fundos de investimentos já têm outro processo na Justiça em que pedem a impugnação da medida de resolução aplicada ao Banco Espírito Santo (BES) e a criação do banco de transição Novo Banco, pelo que o tribunal considera que, nesse âmbito, poderá ser importante terem conhecimento dos contornos da venda já que tal “pode ter consequências na respetiva esfera jurídica e, nesse sentido, os seus interesses”.

Estes fundos reclamam 700 milhões de euros em investimentos.

A Lusa contactou o advogado que representa estes fundos de investimento internacionais, Nuno Silva Vieira, que não quis prestar declarações relativamente ao processo. Contudo, considerou que este tipo de sentenças representa “um grande avanço na democratização do sistema financeiro português” por permitir acesso a informação fundamental para a defesa dos investidores.

A maioria do capital do Novo Banco foi vendida ao fundo norte-americano Lone Star este ano. O contrato de promessa de compra e venda foi assinado em final de março, tendo o negócio sido efetivado em 18 de outubro.

O fundo norte-americano Lone Star não pagou qualquer preço, tendo acordado injetar 1.000 milhões de euros.

Em troca, ficou com 75% do capital social do Novo Banco, continuando os restantes 25% com o fundo de resolução bancário, entidade gerida pelo Banco de Portugal e antes da venda o único acionista.

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Fundo Social Europeu “está refém” da falta de verbas do OE

O Fundo Social Europeu está refém das políticas públicas que não podem ser endogeneizadas pelo OE, o que impede que o FSE seja mais inovador, denunciam responsáveis dos fundos comunitários.

Uma excessiva atomização do Fundo Social Europeu e excesso de dependência das políticas públicas deste apoio comunitário foram as principais críticas apresentadas por responsáveis do Portugal 2020, reunidos para refletir sobre os desafios que se colocam a este instrumento de apoio.

Numa conferência dedicada aos “Impactos do Fundo Social Europeu em Portugal”, que decorreu no passado dia 13 de dezembro, em Lisboa, os elogios a este instrumento — que permitiu, por exemplo, reduzir o abandono escolar (em 2016 foi de 14%, contra os 34% de 2008 e aumentar a percentagem de jovens adultos, entre os 25 e os 34 anos, com o ensino superior (em 2016 era de 35%, mais 16% do que em 2005) — foram temperados com algumas críticas duras.

Fizemos ciência onde não havia. Só aconteceu porque havia FSE para pagar“, sublinhou Alexandra Vilela, vogal do Compete 2020, o programa operacional das empresas. Mas, acrescenta, “o país é pobre e o FSE está refém das políticas públicas, como a dos doutoramentos, que não podem ser endogeneizadas pelo Orçamento do Estado”. Esta situação “impede que o fundo seja mais inovador, como o fez em períodos passados”, defende. Alexandra Vilela lamentou ainda que as “novas vertentes do FSE” estejam a ser desvalorizadas.

O país é pobre e o FSE está refém das políticas públicas, como a dos doutoramentos, que não podem ser endogeneizadas pelo Orçamento do Estado, o que impede que o fundo seja mais inovador, como o fez em períodos passados.

Alexandra Vilela

Vogal do Compete 2020

A ex-vice presidente da Agência de Desenvolvimento e Coesão não concorda que o FSE esteja “refém”, mas admite que “Portugal é credor”. Rosa Maria Simões frisa que o “busílis é ter uma política pública bem desenhada e com profissionais no terreno que a implementem bem”.

Essa implementação também carece de uma maior simplificação na aplicação dos fundos. A questão não é nova. “A expressão simplificação existe desde que se discutem os quadros comunitários de apoio. É uma preocupação de Portugal e de todos os Estados membros”, sublinhou António Valadas da Silva, presidente do conselho diretivo do IEFP. “É importantes que a legislação seja estável e previsível”, acrescenta. O responsável, cujo instituto é beneficiário dos fundos, mas também organismo intermédio, defende que “é preciso haver sempre uma dose de burocracia”. O problema é que, sistematicamente, se acrescenta mais burocracia, lamenta.

E se “na regulamentação específica do Portugal 2020 o país até foi parco”, o problema são depois os concursos que chegam a ter “mais de 40 páginas”, ironiza António Valadas da Silva. O excesso de carga burocrática é mesmo “desmotivador”, reconhece, e acaba por “cercear a execução dos fundos”.

A situação [excesso de burocracia] é desmotivadora e acaba por cercear a execução dos fundos.

António Valadas da Silva

Presidente do conselho diretivo do IEFP

O presidente do conselho diretivo do IEFP aponta ainda o dedo à “territorialização do FSE”, um problema que no seu entender carece de “reflexão e retirar ilações”, sobretudo num momento em que já se começa a discutir o pós Portugal 2020. “Em vez de atomizar a nível territorial, mas concentrar a nível temático, como foi feito no QREN”, o quadro comunitário anterior, defendeu, ressalvando a necessidade de “salvaguardar as quotas para as regiões. “A concentração temática era uma via a explorar para o futuro. Um pobre é tão pobre em Lisboa, no Alentejo ou no Algarve, que já está em phasing out, ironizou.

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CTT acelera 5% com a reestruturação mas não consegue segurar Lisboa

  • Juliana Nogueira Santos
  • 20 Dezembro 2017

A empurrar o PSI-20 para perdas de 0,31% estiveram as empresas do setor energético e a retalhista Jerónimo Martins. O BCP e os CTT travaram perdas maiores.

Pela primeira vez esta semana, o principal índice nacional terminou a sessão em terreno de perdas. A empurrar o PSI-20 para perdas de 0,31% estiveram as empresas do setor energético e a retalhista Jerónimo Martins, que deslizaram mais de 1%. O BCP e os CTT travaram perdas maiores, no dia em que a Pharol também brilhou.

Assim, a praça lisboeta caiu para os 5.414,35 pontos, com a EDP a perder 1,64% para 2,88 euros, a EDP Renováveis a desvalorizar 1,20% para 6,75 euros e a Galp a deslizar 0,58% para 15,52 euros. A REN seguiu a tendência e perdeu 0,37% para 2,45 euros. No retalho, a queda maior foi registada pela Jerónimo Martins, que desvalorizou 1,67% para 15,64 euros.

Em terreno positivo e a travar perdas maiores esteve o banco liderado por Nuno Amado, que avançou 0,26% para 27,02 cêntimos esta quarta-feira, bem como os CTT que, no dia após ter sido anunciado o plano de reestruturação, ganharam 4,61% para 3,65 euros.

Durante a sessão desta quarta-feira, as ações da distribuidora postal chegaram a valorizar cerca de 11%, após ter sido anunciado que a quebra de receitas que se tem verificado nos últimos tempos vai ser contrabalançada com uma redução do número de trabalhadores e cortes nos salários da administração. Ainda que o tema esteja debaixo de fogo no debate quinzenal a decorrer esta quarta-feira, os investidores estão a aplaudir as medidas.

A beneficiar de segundas oportunidades esteve também a Pharol. No ‘país irmão’, o plano de recuperação judicial da Oi foi aprovado pelos credores e, ainda que a sua acionista de referência portuguesa — detém 27% do capital — já tivesse afirmado que estava contra o plano, os seus títulos avançaram 2,20% para 27,9 cêntimos com a notícia.

Na Europa, o dia também foi de perdas. A destacar-se esteve a bolsa alemã que perdeu 1,11%, seguindo-se a francesa que caiu 0,56% e a espanhola que deslizou 0,26%. O agregador Stoxx 600 perdeu 0,68%.

(Notícia atualizada às 17h00 com mais informação)

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‘Portal da Queixa’ usa logo da Ordem dos Advogados sem autorização

Portal de reclamações usa logotipo e nome da Ordem dos Advogados indevidamente: Conselho Regional de Lisboa já entregou queixa crime na PGR. Bastonário vai pelo mesmo caminho.

“Em Julho contratei o serviço de um advogado para tratar meu processo de visto. Tudo foi inicialmente esclarecido. Ao solicitarem o pagamento para darem andamento no processo, assim o fiz de imediato. A partir daí que os problemas começaram. O tempo foi passando e nada acontecia, nem sequer respostas por e-mail, telefone, nada. Bem, estamos quase no final do ano e o estorno dos 500 euros ainda não foi feito. Insisto em enviar e-mails e a única resposta que tive foi ‘faremos assim que possível’. Isso não é admissível!”. No total já são 23 reclamações, como esta, à distância de um clique relativas a serviços de advogados.

O “Portal da Queixa” – que já conta com 195 mil utilizadores registados e 104 mil reclamações desde o ano da sua constituição (2009) – recebe agora também queixas de serviços de advogados, médicos e médicos dentistas. Problema? Junto dessas queixas, no próprio portal, são usados os logótipos das respetivas Ordens Profissionais, sem a autorização necessária para isso. E são colocados os nomes dos profissionais alvos de queixa com as respetivas cédulas profissionais. Contactado pelo ECO, o CEO & Founder do portal, Pedro Lourenço admite que “que temos um entendimento diferente do que tem a Ordem dos Advogados e e forma alguma pretendemos substituir-nos aos órgãos competentes para o efeito a nível deontológico”. Segundo o responsável, “apenas fazemos uma utilização informativa destas questões”. E admite que o posicionamento que têm da sua plataforma é equivalente “a uma rede social mas nas área do consumo e permitimos a interação com as partes”.

Em contrapartida, o bastonário da Ordem dos Advogados (OA), Guilherme de Figueiredo sublinha que “estamos perante o uso abusivo do logótipo da Ordem dos Advogados” e que comportamentos “como estes não beneficiam a Justiça”. Por isso mesmo, o líder dos advogados vai intentar uma queixa -crime que será entregue à Procuradora-Geral da República (PGR).

Ao ECO, o líder do Conselho Regional de Lisboa (CRL) da Ordem dos Advogados, António Jaime Martins, avançou que já entregou junto do gabinete de Joana Marques Vidal – entregue esta quarta-feira as 12.33 – uma denúncia contra “os criadores e administradores (incertos) do portal na internet designado ‘Portal da Queixa – Ordem dos Advogados’, por uso indevido do nome, imagem e logótipo Ordem dos Advogados e por ali serem exibidas supostas vinte e três reclamações ora visando advogados em concreto cujos nomes e cédulas profissionais são identificados, ora visando serviços prestados aos cidadãos pela Ordem dos Advogados no âmbito do acesso ao direito e aos tribunais”. O Conselho Regional de Lisboa solicitou ainda à PGR que proceda ao bloqueio do mesmo site.

Em causa – segundo o líder da CRL – os crimes de ofensa a organismo, serviço ou pessoa coletiva, aqui com publicidade e um crime de usurpação de funções, “ambos de forma continuada e que motivam a participação apresentada”, segundo explica António Jaime Martins.

O ECO tentou perceber junto da Conselho Nacional das Ordens Profissionais mais informação sobre esta prática mas a resposta foi “não temos nada a ver com estas práticas nem demos consentimento para nada”, explicou ao ECO a secretária-geral Graça Câmara.

“É apenas à Ordem dos Advogados que cabe receber qualquer queixa apresentada por cidadãos visando advogados em exercício, concretamente aos Conselhos de Deontologia, competindo-se abrir e tramitar o procedimento com vista a eventual apuramento de responsabilidade disciplinar. Como é à Ordem dos Advogados, concretamente aos Conselhos Regionais territorialmente competentes, que cabe gerir e nessa medida nomear e aferir de todas as vicissitudes do regime de acesso ao direito e aos tribunais”, explica António Jaime Martins. O próprio presidente do Conselho de Deontologia da OA, Paulo Graça, já fez chegar junto do bastonário uma denúncia formal desta situação.

Pedro Lourenço admite que já em 2014 – quando Elina Fraga ocupava o cargo de bastonária da OA – já tinha sido questionado sobre esta prática mas, “depois de esclarecido, continuámos com a nossa atividade”.

No mesmo site encontram-se ainda queixas contra práticas médicas bem como contra médicos dentistas. O ECO tentou obter uma reação por parte do bastonário dos Médicos, Miguel Guimarães, mas sem sucesso. Já o bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Orlando Monteiro da Silva, admite que não tinha conhecimento da prática mas que a mesma “irá ser referenciada internamente”. Relembrando que “o uso indevido do logótipo da Ordem tem de ter autorização da mesma”.

 

 

 

 

 

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Portugal mudou de mentalidade sobre défice, dívida e crescimento, diz Marcelo

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2017

Marcelo diz que esta "mudança de mentalidade" acompanha "uma revolução silenciosa" no mundo empresarial português. Presidente da República realça ainda criação de consensos sobre o défice e a dívida.

O Presidente da República sustentou, esta quarta-feira, que nos últimos cinco anos houve uma “mudança de mentalidade” em Portugal e criaram-se consensos de regime implícitos sobre o défice, a dívida e o crescimento económico.

Marcelo Rebelo de Sousa falava no Palácio da Cidadela, em Cascais, durante o encontro anual do Conselho da Diáspora Portuguesa, associação constituída em 2012, com o alto patrocínio do anterior Presidente da República, Cavaco Silva, destinada a institucionalizar uma rede de contactos entre portugueses com posições de destaque no estrangeiro.

Dirigindo-se aos conselheiros e dirigentes desta associação, o chefe de Estado afirmou que “Portugal mudou e mudou muito” nos cinco anos que passaram desde 2012. “As pessoas não têm a noção. Eu espero que quem esteja de fora tenha aquele distanciamento que quem está no meio da floresta não vê. Mudou muito, [Portugal] conseguiu fazer consensos de regime mesmo que só implícitos”, prosseguiu, dando um exemplo: “Há cinco ou seis anos, interiorizar que controlar o défice do Estado era uma prioridade nacional era falar nalguns países europeus, a começar na Alemanha”.

De acordo com Marcelo Rebelo de Sousa, o défice “era um tema polémico” em Portugal, mas, entretanto, foi “interiorizado como algo que já não se debate na vida política e quando se debate é ao nível de 0,1, 0,2”.

Segundo o Presidente, “uma segunda mudança cultural que está em curso é perceber-se que o desendividamento é fundamental” e deixar-se de “colocar em questão toda a dívida pública encontrando uma forma airosa de a discutir para a não pagar”. No seu entender, “isto mudou em Portugal”. Além disso, “mudou a exigência de crescimento, a começar pelo Presidente da República, responsável por falar em metas, porventura muito elevadas”, acrescentou.

“Isto não é só uma mudança de léxico, é uma mudança de mentalidade, que está para ficar, qualquer que seja o Governo, qualquer que seja a solução – está para ficar e é bom que esteja para ficar”, sustentou.

Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que esta “mudança de mentalidade” acompanha “uma revolução silenciosa” no mundo empresarial português, “que começou pelos empresários, micro, pequenos, médios empresários que se lançaram à vida” durante o recente período de crise e foram “operar noutros mercados”.

O Presidente da República disse que se criaram em Portugal “realidades empresariais únicas, que se multiplicaram, na novíssima geração” e que tiveram na Web Summit “um corolário”. “Houve uma reconversão”, considerou, apontando a diplomacia económica como “outro caso de consenso de regime, não explicitado, nem assumido”.

O Conselho da Diáspora Portuguesa tem como presidente honorário o chefe de Estado e, atualmente, a sua direção é presidida pelo empresário Filipe de Botton e o ex-primeiro ministro e antigo presidente da Comissão Europeia Durão Barroso é presidente da Mesa do Conselho da Diáspora.

No encontro de hoje, estiveram vários membros do Governo, incluindo os ministros dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, e da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e também esteve presente, como convidada, a presidente do CDS-PP, Assunção Cristas.

No final do seu discurso, o Presidente da República expressou o seu apoio “muito firme” a esta associação e salientou o facto de ter nomeado para membro do Conselho de Estado “um conselheiro da diáspora”, António Damásio.

“Foi um sinal que, no futuro, tem de ser alargado e deve ser alargado”, declarou.

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Oi está pronta a ser comprada, diz o presidente

  • ECO
  • 20 Dezembro 2017

A aprovação do plano de recuperação da Oi coloca um ponto final a um processo de 18 meses, marcado por avanços e recuos entre acionistas e credores.

A venda da Oi está um passo mais próxima de se concretizar. Eurico Teles, presidente da operadora brasileira, diz que “a companhia está pronta para qualquer um que a queira comprar”. As declarações surgem após a aprovação do plano de recuperação na assembleia de credores. A notícia é avançada pela Reuters.

Entre os interessados na compra da Oi encontram-se os chineses da China Telecom Corp e da China Mobile Ltd.. Eurico Teles nota, no entanto, que, ainda não há negociações em curso. “Recebemos alguns investidores internacionais e não se chegou a qualquer conclusão” acrescenta.

O presidente da Oi disse ainda que pretende continuar à frente da Oi por mais um ano para poder acompanhar as alterações trazidas pelo novo plano de recuperação judicial.

A aprovação do plano de recuperação da Oi prolongou-se por 18 meses, entre vários avanços e recuos entre os acionistas que queriam manter uma grande parte do controlo sobre a empresa, e os credores reduziram a sua oferta de conversão da dívida de 85% para 75% do capital. Entre os acionistas encontra-se a portuguesa Pharol, a maior acionista, e o fundo Societé Mondiale, de Nelson Tanure.

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Ministro das Infraestruturas critica Governo anterior pela negociação de fundos

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2017

"É para mim incompreensível que o acesso às zonas empresariais não tenha ao menos esse investimento público", criticou Pedro Marques.

O ministro das Infraestruturas considerou esta quarta-feira que o Governo de Pedro Passos Coelho “podia e devia ter sido feito mais” para garantir o acesso aos fundos do Portugal 2020 para investimento público em acessos a zonas empresariais.

Pedro Marques esteve em Vila Nova de Famalicão, distrito de Braga, para a assinatura do contrato de empreitada para as obras na Estrada Nacional 14 (EN14) na zona de acesso à zona empresarial daquele concelho, tendo considerado que o Executivo anterior e Bruxelas tinham um “preconceito” contra o investimento público.

“É para mim incompreensível que o acesso às zonas empresariais não tenha ao menos esse investimento público sido prioritário no âmbito do Portugal 2020 e, portanto, estamos a fazê-lo [agora] com fundos nacionais”, afirmou o governante. Segundo o ministro que tutela as Obras Públicas, “foi uma opção do Governo [anterior] os Fundos Comunitários não ficarem programados para este efeito”.

É para mim incompreensível que o acesso às zonas empresariais não tenha ao menos esse investimento público sido prioritário no âmbito do Portugal 2020 e, portanto, estamos a fazê-lo [agora] com fundos nacionais.

Pedro Marques

Ministro do Planeamento

Para Pedro Marques, “na altura da programação do Portugal 2020 juntou-se um bocadinho a fome com a vontade de comer. Havia aqui [por parte do Governo de Portugal, à data da definição do Portugal 2020, e por parte de Bruxelas] um preconceito claro” contra o investimento público. “Efetivamente podia ter sido feito mais, devia ter sido feito mais. Mas o que importa é que este investimento vai ser feito”, criticou.

Referindo-se à intervenção na EN14, o governante salientou que a variante àquela rodovia na zona da Trofa “é uma realidade que vai ser implementada”, explicando que a obra avançará “à medida que as autorizações ambientais possam aparecer”. “Espero que elas apareçam no ano 2018. Queremos acabar com este problema de mais de duas décadas da Nacional 14 e das condições parcas daquela estrada. Queremos dar mais condições da atratividade deste território para que ele possa ter mais empresas e mais desenvolvimento económico e mais emprego. Para que isso possa acontecer precisamos de uma via que substitua uma via tão estrangulada como a EN14”, observou Pedro Marques.

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Wall Street em alta com plano fiscal prestes a ser aprovado por Trump

Vitória de Trump com aprovação do choque fiscal que vai baixar os impostos às empresas. Plano está prestes a ser assinado pelo Presidente, depois da aprovação no Senado. Wall Street gosta disto.

Wall Street abriu a sessão desta quarta-feira em alta ligeira, depois de o Senado norte-americano ter aprovado o plano de redução de impostos nas primeiras horas desta quarta-feira. Só questões técnicas e uma assinatura do Presidente norte-americano separam neste momento as empresas de uma baixa nos impostos.

Espelho de algum otimismo nos mercados americanos, o índice de referência mundial S&P 500 sobe 0,32%. Também o industrial Dow Jones soma 0,38%. O índice tecnológico Nasdaq também avança: +0,39%.

Trump está cada vez mais perto de uma vitória política. A redução dos impostos às empresas para impulsionar o crescimento económico era uma das suas bandeiras de campanha nas eleições que ocorreram há pouco mais de um ano. Nas primeiras horas da madrugada desta quarta-feira, o Senado controlado pelos Republicanos aprovaram finalmente o plano fiscal. Será agora enviado para a Casa Branca para promulgação do Presidente.

Para os investidores, menos impostos às empresas significa que elas vão ter maiores lucros e vão poder distribuir mais lucros pelos acionistas.

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