Insolvências caem 23,1% em 2017

  • ECO
  • 28 Dezembro 2017

Número de insolvências diminui, este ano. Pouco mais de 600 empresas abriram este tipo de processo, em 2017, e mais de 10 mil pessoas declararam-se insolventes.

Este ano, o número de insolvências — tanto de particulares como de empresas — diminuiu. O relatório da consultora Infotrust sublinha que, em 2017, o número de companhias a declarar que não conseguem cumprir as suas responsabilidades financeiras baixou para 627, o que representa um emagrecimento de 23,1%. O aumento das receitas e o maior acesso ao financiamento bancário terão sido responsáveis por esta descida, a quarta consecutiva, avança o Dinheiro Vivo.

Já no que diz respeito aos particulares, a queda registada é de 5,8% face a 2016. Em 2017, quase 11 mil pessoas (10,803) entraram em insolvência. Esta tendência ficou a dever-se à recuperação da economia e do emprego.

Porto e Lisboa continuam a contabilizar um grande número de casos de insolvência, com o primeiro distrito a liderar a tabela com 3.359 processos. Ainda assim, também na Invicta ocorreu uma redução de 6% face ao ano de 2016. Em Lisboa, 1.852 pessoas declararam-se insolventes, o que representa uma queda de 17%. As exceções a esta regra são Aveiro e Viana do Castelo, onde se registou uma subida de 20%.

Quando um tribunal declara a insolvência significa que a pessoa ou a empresa não consegue cumprir com as responsabilidades financeiras, alargando-se, consequentemente, os prazos em que podem ser pagas ou mesmo obtendo alguns perdões de dívida.

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Avaliação das casas sobe quase 5% num ano. Renova máximos de 2011

  • Juliana Nogueira Santos
  • 28 Dezembro 2017

O preço por metro quadrado aumentou três euros relativamente a outubro, tanto nos apartamentos como nas moradias. Renova assim máximos de maio de 2011.

A avaliação que os bancos atribuem na hora de concederem crédito à habitação continua a aumentar. Em novembro, o valor médio do metro quadrado no país fixou-se nos 1.144 euros, renovando assim máximos de maio de 2011. Em termos anuais, este avançou 4,9%.

De acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística, os preços das casas aumentaram 53 euros desde novembro de 2016, e três euros face a outubro deste ano. A escalada dos preços sentiu-se tanto nos apartamentos como nas moradias.

Evolução do preço das casas em 2017

Fonte: INE

A escalada da avaliação das casas acontece numa altura em que os preços seguem a mesma tendência. Só no terceiro trimestre deste ano, e segundo dados da mesma instituição, os preços dos imóveis avançaram 10%. Trata-se da maior taxa de crescimento de preços desde que existe série elaborada pelo gabinete de estatísticas público, que remonta ao início de 2009.

Junta-se a isto a maior disponibilidade dos bancos para conceder crédito, especialmente para compra de casa, ilustrada pelas sucessivas revisões em baixa dos spreads praticados pelos bancos portugueses.

Algarve e Lisboa têm preços mais altos

Em termos regionais, é no Algarve que o metro quadrado é mais caro, visto que custa 1.447 euros. Ainda assim, este valor registou uma queda de 0,2% — três euros — em relação ao mês anterior. Segue-se a Área Metropolitana de Lisboa, onde cada metro quadrado está avaliado em 1.386 euros e que registou uma subida de 0,3% — quatro euros — face a outubro passado.

No extremo oposto, é na região centro e no Alentejo que os bancos avaliam as casas a preços mais baixos, com cada metro quadrado no centro a valer 957 euros e no Alentejo 964 euros.

(Notícia atualizada às 11h52 com mais informação)

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Reabilitação urbana cresceu 4,3% em novembro

  • Lusa
  • 28 Dezembro 2017

Reabilitação urbana mantém tendência de crescimento, registando um aumento de 4,3% no mês passado. Carteira de encomendas também está a viver bons dias.

A atividade de reabilitação urbana em Portugal mantém a tendência de crescimento, registando um acréscimo de 4,3% em novembro, em termos homólogos, segundo o barómetro da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), divulgado esta quinta-feira.

Além do crescimento do nível de atividade, verificou-se “um forte aumento” na carteira de encomendas de reabilitação urbana, com uma subida de 40,7% em novembro, em termos homólogos.

Com base num inquérito aos empresários que operam no setor da construção, realizado pela AICCOPN, relativo ao mês de novembro, o aumento da carteira de encomendas “deverá permitir às empresas terminar o ano de 2017 com boas perspetivas no segmento da reabilitação”.

Em relação à produção contratada em meses, ou seja, o tempo assegurado de laboração a um ritmo normal de produção, “fixou-se em 8,3 meses, o que traduz uma subida de 23% face ao observado no mesmo mês do ano anterior”, avançou a AICCOPN, em comunicado.

Fundada em 1892, a AICCOPN é uma associação de âmbito nacional que representa cerca de 8.000 empresas do setor da construção civil e obras públicas.

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Cabify corta na tarifa mínima. Preço das viagens cai 15%

Viajar com a Cabify ficou mais barato, pelo menos em teoria. A empresa reduziu a tarifa mínima e tornou o serviço, em média, 15% mais barato. Mas as tarifas dinâmicas vieram para ficar.

A Cabify, a principal concorrente da Uber em Portugal, vai entrar em 2018 com preços mais baixos, anunciou a empresa esta quinta-feira numa mensagem enviada aos clientes. Em média, as viagens nas cidades de Lisboa e Porto serão “15% mais económicas”, garante a plataforma de transporte.

Ao contrário da Uber, que usa o tempo da viagem como fator principal de definição do preço, a Cabify cobra as viagens ao quilómetro. Com esta atualização de preços, a Cabify está, entre outras coisas, a reduzir a tarifa mínima (uma espécie de “bandeirada”, como nos táxis) de 3,50 euros para 3,00 euros, apurou o ECO. “Reduzimos os custos de mobilidade sem diminuir a qualidade do nosso serviço”, assegura a companhia. A empresa eliminou também, por completo, a taxa base do serviço, que era de 50 cêntimos até aqui.

A Cabify dá dois exemplos: um percurso de nove quilómetros, até esta semana, ficaria a 10,85 euros. Com a atualização dos preços, o valor cobrado ao cliente será agora de 9,79 euros. No caso de uma viagem de 15 quilómetros, o preço a pagar seria 17,49 euros, mas agora é de 14,84 euros. Ao que o ECO apurou, no caso das viagens mais longas, fora dos centros urbanos, a redução de preços poderá atingir, em média, os 20%.

De recordar que, nestas equações, não entra o fator das tarifas dinâmicas, uma modalidade que sempre existiu na Uber e que a Cabify também veio a adotar já no final deste ano. “A Cabify calcula o preço da sua viagem apenas em função da distância percorrida (quilómetro). Em momentos pontuais e em determinadas zonas da cidade, por forma a ativar um maior número de motoristas, poderá ser aplicado um suplemento por alta procura”, lê-se na mensagem enviada aos clientes.

A Cabify é uma das plataformas de transporte a operar em Lisboa. Em Portugal, este tipo de serviços está a aguardar a aprovação de regulamentação por parte da Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas no Parlamento. O dossiê tem-se arrastado por vários meses e é um dos temas quentes no setor dos transportes em Portugal.

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Fusões e aquisições globais atingem os quatro biliões em 2017

  • Juliana Nogueira Santos
  • 28 Dezembro 2017

A compra da Fox pela Disney está entre os maiores negócios do ano. Mas 2018 não ficará atrás, com grandes fusões planeadas da tecnologia às infraestruturas.

O diretor executivo da Disney, Robert Iger, e Rupert Murdoch protagonizaram um dos maiores negócios do ano.21st Century Fox

As empresas estão cada vez mais a apostar nas fusões e aquisições. Só neste ano de 2017, a atividade global de M&A — a sigla inglesa para fusões e aquisições — ascendeu aos quatro biliões de dólares (3,36 biliões de euros), sendo já o quarto ano que regista aumentos. E 2018 não irá ficar atrás.

As contas são do Financial Times, que sublinha que o último mês do ano foi marcado por três operações massivas, em diversos setores do mercado. A farmacêutica CVS Health comprou a Aetna por 69 mil milhões de dólares nos EUA, enquanto na Austrália a família Lowy vendeu a sua cadeia de centros comerciais às Unibail-Rodamco por 24,7 mil milhões.

Um dos maiores negócios do ano foi protagonizado por Robert Iger e Rupert Murdoch, com o último a entregar a 21th Century Fox por 66 mil milhões de dólares à Disney. Em termos regionais, foi na América do Norte que mais M&A se registaram, seguindo-se a Europa e a China.

Ainda assim, 2018 não vai ficar nada atrás. Pendentes ficaram operações massivas como a fusão entre a Broadcom e a Qualcomm que, assim que seja resolvida, se situará nos 128,6 mil milhões de dólares ou a compra da Abertis, que tem sido palco de uma guerra aberta entre a italiana Atlantia e a espanhola ACS. Esta poderá chegar aos 38 mil milhões.

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 28 Dezembro 2017

As gigantes britânicas andam preocupadas com a reforma fiscal de Trump. Na Índia, encher os bolsos com Bitcoin dá direito a escrutínio fiscal. Na zona euro, Macron deve dar impulso ao bloco, em 2018.

A primeira vitória da Administração de Donald Trump está a enegrecer o futuro das empresas britânicas. A tesoura que corta os impostos poderá ser a mesma que corta os lucros, avisam gigantes. Ainda no continente, as políticas de Macron deverão dar gás à zona euro e, na Índia, o fiscalizador tem as criptomoedas debaixo de olho. A Catalunha tem mais um problema entre mãos e no Brasil a carga fiscal está no nível mais alto desde 2013.

Financial Times

Reformas de Macron puxam pela zona euro

O próximo ano será sorridente para a zona euro e o responsável é Emmanuel Macron. Esta é a opinião dos economistas, que esperam que as reformas do Presidente francês no mercado de trabalho tenham um impacto positivo no continente. As possíveis políticas pró União Europeia do novo Governo de coligação alemão são também apontadas como fator positivo. A grande maioria dos especialistas ouvidos (31 dos 34 economistas entrevistados) prevê que a zona euro cresça 2,3% no próximo ano. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado / conteúdo em inglês).

El Mundo

Controlar dívida? Na Catalunha, só em 2047

2047. É esse o prazo previsto para que a Catalunha consiga controlar a sua dívida e reduzi-la para 13% do PIB. A lei de estabilidade espanhola exige que as regiões autónomas atinjam esse valor até 2020, mas a Catalunha precisará de mais 27 anos para cumprir a meta. “Os riscos da sustentabilidade financeira a médio prazo das regiões autónomas são elevados, embora tenham diminuído ligeiramente em 2017”, explica o relatório da Autoridade Independente de Responsabilidade Fiscal. Também a Múrcia enfrenta o problema em causa. Só em 2042 conseguirá chegar ao valor estipulado. Leia a notícia completa no El Mundo (acesso livre / conteúdo em espanhol).

Quartz

Fisco indiano tem a Bitcoin debaixo de olho

O boom da Bitcoin não passou despercebido. Na Índia, o Fisco tem mantido a evolução dessa moeda digital debaixo de olho, para que quem ganha com ela não deixe de pagar impostos sobre esse lucro. “Todas as propriedades — móveis ou imóveis — de qualquer pessoa que arrecade ganhos significativos com criptomoedas serão escrutinadas”, revela o fundador e líder executivo da Unocoin, a carteira de Bitcoin mais popular, na Índia. Leia a notícia completa na Quartz (acesso livre / conteúdo em inglês).

The Telegraph

Reforma fiscal norte-americana ameaça lucro de gigantes britânicas

As políticas de Donald Trump também se fazem sentir do outro lado do oceano. Duas grandes instituições britânicas acabam de avisar que a reforma fiscal norte-americana resultará num golpe sério nos seus lucros. A Shell e o Barclays preveem assim perder vários milhões de libras com a nova lei assinada a 22 de dezembro. “Vou implementar o maior corte de impostos que os EUA já viram”, anunciou Trump. As gigantes britânicas receiam sobretudo a descida do imposto sobre o rendimento de 35% para 21%. Leia a notícia completa no The Telegraph (acesso livre / conteúdo em inglês).

Valor Económico

Carga fiscal brasileira atingiu 32, 38% do PIB, em 2016

A Receita Federal acaba de anunciar que, em 2016, a carga fiscal brasileira subiu para 32,38% do PIB. Este é o nível mais alto desde 2013 e representa uma subida de 0,27% em relação ao ano anterior. As contas incluem os impostos arrecadados com o repatriamento de capitais — sem essa receita, a carga fiscal ficaria nos 32,01% do PIB. Leia a notícia completa no Valor Económico (acesso livre / conteúdo em português).

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O Governo português não tem poder para sabotar pernil de porco. Santos Silva responde a Nicolas Maduro

  • ECO
  • 28 Dezembro 2017

O ministro dos Negócios Estrangeiros comenta assim as acusações de Maduro, relativamente a um suposto boicote de Portugal no abastecimento de pernil de porco.

A falta de abastecimento de pernil de porco na Venezuela não é da culpa do Governo português, diz Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros. “O Governo português não tem, seguramente, esse poder de sabotar pernil de porco”, defende-se assim das acusações do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que afirma que Portugal terá sabotado a entrega do produto, que deveria ser distribuído em cabazes de Natal a seis milhões de famílias, avança a TSF esta quinta-feira.

“Nós vivemos numa economia de mercado. As exportações competem às empresas“, afirma o ministro, que vais questionar o caso junto da embaixada de Portugal na Venezuela.

Antes de acolher o embaixador no Palácio Necessidades, Santos Silva sublinha a necessidade de saber primeiramente o que se passou: “Sou um cientista profissional. Primeiro vamos apurar os factos e depois tiraremos as conclusões”, acrescenta.

Afinal, pernil chegou à Venezuela

O ministro dos Negócios Estrangeiros está ainda a recolher informações sobre este caso, mas já avançou que a carne chegou à Venezuela. O problema terá acontecido posteriormente na distribuição. Augusto Santos Silva considera-o, por isso, um “problema comercial”.

“Da parte de empresas portuguesas, esses fornecimentos foram feitos, estão contratualizados, e, portanto, a questão de saber se a carne de porco foi distribuída ou não na Venezuela diz respeito às autoridades venezuelanas“, declarou o governante, segundo o Diário de Notícias.

Santos Silva garantiu também que o embaixador da Venezuela em Lisboa não será contactado para esclarecimentos, já que não se trata de um “problema diplomático”.

Notícia atualizada às 12h29

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O prometido é devido. BCE corta para metade a compra de dívida em janeiro

  • Lusa
  • 28 Dezembro 2017

A partir do próximo mês, o Banco Central Europeu prevê baixar a compra de dívida de obrigações dos governos da zona euro para os 30 mil milhões mensais até setembro.

O BCE vai em janeiro reduzir para metade as compras mensais de dívida perante os sucessivos sinais de fortalecimento económico e à espera que as taxas de juro da dívida dos países da zona euro comecem a subir.

Tal significa que, a partir da próxima semana, em vez dos 60 mil milhões de euros mensais, a autoridade monetária vai passar a comprar obrigações dos governos da zona euro numa base mensal de 30 mil milhões até setembro, que é quando o programa termina. O objetivo do Banco Central Europeu (BCE) com esta medida é dar mais dinamismo à economia e à circulação do crédito, elevando a inflação para níveis próximos de 2%, algo que o banco central não tem conseguido.

De acordo com o economista chefe do Montepio Geral, Rui Bernardes Serra, o lançamento do programa de compra de dívida visou baixar as taxas de juro de longo prazo da dívida pública, de modo a fomentar a atividade económica (incentivando o consumo e o investimento) e, dessa forma, fazer subir a inflação para o objetivo de 2%.

“Perante os sucessivos sinais de fortalecimento da atividade económica, tornou-se importante começar a reduzir os estímulos, sendo expectável que as taxas de juro da dívida dos diversos países da zona euro possam subir, mas de uma forma moderada”, explicou.

No caso de Portugal, disse Rui Bernardes Serra em declarações à agência Lusa, a subida deverá ser inferior à que se estima para a Alemanha (onde as taxas estão excessivamente baixas).

Isto porque o ‘spread’ da dívida portuguesa poderá continuar a cair (refletindo a redução do risco da economia portuguesa) e também pelo facto de o BCE nos últimos tempos ter comprado montantes de dívida portuguesa inferiores à quota prevista no programa para Portugal, dado que, em algumas emissões, o banco central já tinha ultrapassado os limites de detenção por emissão.

O gestor da corretora XTB, Eduardo Silva, lembrou, a propósito, que a evolução da inflação levou a que o banco central adiasse pela terceira vez o fim do programa de compra de dívida, fator que dividiu os analistas e principalmente alguns membros do BCE.

Draghi garantiu alguma flexibilidade para estender o prazo do programa e deixou claro que pode mesmo aumentar o valor da compra, caso a evolução da inflação seja negativa.

A expectativa é, no entanto, de que a evolução do crescimento que tem vindo a ser revista em alta recupere eventualmente a inflação.

Para o economista, “a economia está forte e deverá continuar a registar dados económicos sólidos”, como se tem visto nos EUA.

“O fim do programa não representa uma inversão da política monetária, que continuará expansionista por mais algum tempo”, sublinhou.

Desde março de 2016 que o BCE empresta aos bancos a 0% semanalmente e desde junho de 2014 que cobra pelo excesso das suas reservas.

O presidente do BCE, Mario Draghi, tem dito que se as perspetivas passarem a ser menos favoráveis ou se as condições financeiras deixarem de ser consistentes com uma evolução no sentido de um ajustamento sustentado da trajetória de inflação, o Conselho de Governadores está preparado para aumentar o programa, quer em termos de dimensão quer na sua duração.

Na última reunião, o BCE reviu em alta a sua previsão de crescimento para este ano na zona euro para 2,4%, mais duas décimas, deixando inalterada a previsão de inflação em 1,5%.

As novas previsões do BCE, que abrangem 2020, antecipam que a inflação seja de 1,7% nesse ano.

O BCE prevê para 2018 um crescimento de 2,3% (1,8% previsto em setembro), com uma inflação de 1,4% (1,2% na anterior estimativa).

Já em 2019, o crescimento deverá ser de 1,9%, mais duas décimas do que foi apontado em setembro, e uma inflação de 1,5% (sem alterações).

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E-fatura registou 24 mil milhões de faturas em cinco anos

  • Lusa
  • 28 Dezembro 2017

O portal 'e-fatura', introduzido há cinco anos, já registou mais de 24 mil milhões de faturas comunicadas pelos contribuintes. Mas ainda há dúvidas quanto à proteção da privacidade dos consumidores.

Mais de 24 mil milhões de faturas com Número de Identificação Fiscal (NIF) foram comunicadas à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) desde 2013, o ano em que foi lançado o ‘e-fatura’, que assinala esta segunda-feira cinco anos. Este sistema eletrónico de emissão de faturas e sua comunicação ao Fisco entrou em vigor em 1 de janeiro de 2013 com o objetivo de “estimular o cumprimento da obrigação de emissão de faturas em todas as operações económicas”, segundo a informação disponibilizada no Portal das Finanças.

A medida fez com que, desde janeiro de 2013, seja sempre obrigatória a emissão de fatura, mesmo nos casos em que os consumidores finais não a solicitem. De acordo com o último relatório de combate à fraude e evasão fiscal, relativo a 2016, verifica-se que o número de faturas comunicadas ao Fisco tem vindo a subir e que até 2016 tinham sido comunicadas cumulativamente mais de 20 mil milhões de faturas, às quais se somam os mais de quatro milhões de faturas emitidas e comunicadas nos primeiros nove meses deste ano.

Relativamente a 2017, o Portal das Finanças apenas disponibiliza o balanço até setembro, período em que foram emitidas e comunicadas mais de 4,1 milhões de faturas, um aumento de 3,4% face a igual período de 2016. O número de faturas com NIF emitidas a pessoas singulares ultrapassou os 1.100 milhões em 2016, traduzindo um aumento de 13,6% face ao mesmo período de 2015. Até setembro deste ano, tinham sido emitidas quase 890 milhões de faturas com NIF de contribuintes singulares, mais 7,6% do que nos mesmos meses de 2016. No ano passado foram emitidos e comunicados ao Fisco quase 924 milhões de faturas e documentos com NIF relativos a despesas dedutíveis em sede de IRS, sendo as despesas gerais familiares a categoria com maior número de faturas comunicadas com NIF (mais 665 milhões), seguindo-se a saúde (cerca de 177 milhões) e a educação (79 milhões).

Desde 2015 que os contribuintes que peçam fatura com NIF nas despesas em determinados setores beneficiam de deduções à coleta em sede de IRS de parte do IVA suportado: é o caso das atividades de reparação automóvel e de motociclos, de cabeleireiros e de restauração e alojamento (e desde 2016 também das atividades veterinárias).

Esta dedução por exigência de fatura, criada como incentivo aos contribuintes para pedirem fatura nos serviços de setores considerados de risco ao nível da evasão fiscal, permite abater ao IRS 15% do IVA suportado até um limite global que não pode ultrapassar os 250 euros. No ano passado, este benefício totalizou aos 67.231.141 euros, dos quais 26.169.603,81 foram relativos a despesas em reparação automóvel e 33.843.281,42 relativos a despesas com alojamento e restauração. Olhando para a evolução da receita do IVA, nos primeiros 11 meses deste ano, o Estado arrecadou quase 15 mil milhões de euros, um aumento de 5,6% face ao mesmo período do ano passado.

Há dúvidas quanto à proteção da privacidade

O ‘e-fatura’, criado há cinco anos como medida de combate à fraude, acabou por tornar obrigatória a introdução do número fiscal nas faturas para beneficiar de todas as deduções de IRS, uma situação que levanta dúvidas. Para o primeiro diretor dos serviços do IRS do Fisco, Manuel Faustino, trata-se de um sistema que, do lado dos contribuintes, “é muito pouco transparente e está muito pouco aprofundado do ponto de vista dos seus direitos e das suas garantias”, sobretudo depois da reforma do IRS de 2014.

É que o decreto-lei que criou o ‘e-fatura’ em 1 de janeiro de 2013 introduziu uma dedução por exigência de fatura a que os contribuintes singulares poderiam ter direito se optassem por indicar o número de identificação fiscal (NIF) na fatura de serviços de setores considerados de risco, como a restauração e hotelaria, os cabeleireiros e a reparação de veículos. Em causa estava a possibilidade de deduzir 15% do IVA suportado com as despesas nestes setores em sede de IRS, até um limite máximo de 250 euros.

Manuel Faustino diz que se tratou de “um benefício” relativamente ao qual os contribuintes “tinham escolha”, na medida em que, se quisessem beneficiar deste incentivo, indicavam o NIF, mas, caso contrário, não o indicavam. Para o especialista em IRS, esta formulação “não prejudicava o quadro da dedutibilidade das outras despesas do regime jurídico em vigor”, tal como a Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) tinha recomendado num parecer de 2012. Nesse ano, antes do lançamento do ‘e-fatura’, o governo de então pediu à CNPD que se pronunciasse sobre o projeto de decreto-lei que iria criar medidas de controlo da emissão de faturas e a criação do incentivo fiscal à exigência de faturas pelos contribuintes.

No parecer, a CNPD considerou que estava em causa “um tratamento de dados pessoais sensíveis porque atinentes à vida privada dos cidadãos” e que era “essencial garantir que o contribuinte singular que opte por não fornecer o seu NIF ao emitente da fatura, por motivos legítimos como a salvaguarda da sua privacidade, não possa ser de algum modo penalizado em relação às vantagens que tem vindo a obter ao abrigo do regime jurídico vigente”.

No entanto, e tal como atesta o último relatório sobre o combate à fraude e evasão fiscais, “a partir do dia 1 de janeiro de 2015, com o novo IRS, apenas as faturas com NIF passaram a ser consideradas para as deduções em sede de IRS”, uma situação que Manuel Faustino diz ter sido uma “mutação extremamente significativa” e “contrária à letra e ao espírito da lei da proteção de dados”.

Recordando que a CNPD não foi chamada a apreciar o diploma da reforma do IRS, o fiscalista entende que, tendo em conta este parecer de 2012, aquela comissão “jamais poderia concordar com esta opção” porque, “legitimamente, o contribuinte tem direito a não dar o seu NIF, mas também tem o direito de não ficar prejudicado em relação à dedutibilidade das despesas” que pode abater no IRS.

Contactada pela Lusa, fonte oficial da CNPD referiu que “apenas são registadas no ‘e-fatura’, associadas a um determinado contribuinte, as faturas em que é aposto o NIF”, podendo o contribuinte “solicitar a emissão de fatura como consumidor final, isto é, sem registo do NIF”. Além disso, a entidade nota que, como há um limite máximo às deduções anuais, “o contribuinte pode gerir e escolher quais as faturas em que pretende a introdução do NIF”.

A mesma fonte indicou que, em 2013, após “várias queixas recebidas”, verificou que “estavam a ser processados pela AT [Autoridade Tributária] mais dados do que aqueles que eram necessários”, pelo que “ordenou à AT a tomada de um conjunto de medidas para corrigir a situação”. Numa segunda ação fiscalizadora, concluiu que “foram cumpridas as determinações da CNPD”.

Desta forma, a comissão atesta que, “neste momento, a informação que está visível no ‘e-fatura’ corresponde à informação tratada pela AT”, o que significa que “não é registado o detalhe dos consumos feitos, mas apenas o valor pago, o montante do IVA e a entidade a quem se pagou” e “apenas se o consumidor decidir que o NIF é colocado na fatura”. O fiscalista Manuel Faustino aponta ainda “outra falta gravíssima” no ‘e-fatura’ quanto à proteção de dados: quem tem acesso a estas informações, considerando que esta situação “é um bocado difusa”.

Em 2012, a CNPD recomendou que o diploma “deveria claramente prever uma separação lógica da informação pessoal relativa a cada transação, com acesso limitado aos funcionários com tarefas inspetivas”, mas a opção do legislador foi seguir o disposto na Lei Geral Tributária (LGT).

A LGT, por sua vez, determina que a AT deve “adotar as medidas de segurança necessárias relativamente aos dados pessoais comunicados para impedir a respetiva consulta ou utilização indevida por qualquer pessoa ou forma não autorizada” e também “garantir que o acesso aos dados pessoais está limitado às pessoas autorizadas no âmbito das suas atribuições legais”, sem, no entanto, restringir este acesso explicitamente aos inspetores tributários.

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Aumento das receitas dos iPhones dão bónus de 74% a Tim Cook

  • Juliana Nogueira Santos
  • 28 Dezembro 2017

Contas feitas, Cook recebeu mais 9,33 milhões de dólares pelo bom desempenho dos números da empresa. O iPhone continuou a ser o produto estrela da marca da maçã.

Tim Cook, o presidente executivo da gigante tecnológica Apple, recebeu este ano um bónus de 74% à boleia da melhoria das receitas do seu produto estrela, o iPhone, recuperar das quedas do ano anterior. Contas feitas, Cook recebeu mais 9,33 milhões de dólares pelo bom desempenho.

Entre bónus, dividendos e salário base, Tim Cook levou para casa 102 milhões de dólares em 2017, como apontam os documentos oficiais da Apple divulgados aos mercados. Os cinco principais executivos da empresa, e braços direitos de Cook, também tiveram direito a bónus de 3,11 milhões, elevando a receita anual para 24,2 milhões de dólares.

Ainda assim, a vida de Tim Cook não é só lucros. Pela primeira vez desde que assumiu a liderança da empresa, Cook reportou 93 mil dólares em despesas só em deslocações do seu avião privado. Os custos de segurança pessoal ascenderam aos 224 mil dólares.

Em 2016, os lucros da Apple registaram um queda dez mil milhões de dólares, fruto da incapacidade de apresentar novos produtos. Já este ano, os lançamentos dos iPhones 8 e X puxaram pelos números da empresa e pela imagem da Apple, com os lucros da empresa a avançarem para os 47,9 mil milhões de dólares, segundo dados compilados pela Bloomberg.

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Lei do financiamento dos partidos pode esbarrar em Bruxelas

  • ECO
  • 28 Dezembro 2017

O regime de IVA de que vão beneficiar os partidos com a nova lei do financiamento poderá ir contra as regras europeias. Bruxelas pode ser um segundo crivo, após o do Presidente da República.

A nova lei do financiamento dos partidos poderá ter de enfrentar um outro crivo para além do Presidente da República. De acordo com o Jornal de Negócios, as questões relacionadas com a isenção de IVA para partidos políticos poderá esbarrar nas regras europeias. Segundo o jornal, em causa está uma regra que dita que quem beneficia de isenção de IVA nas vendas de bens e serviços não pode deduzir o IVA também nas compras, a não ser em alguns casos excecionais onde, refere o diário, não entram os partidos.

Também segundo o Jornal de Negócios, alguns constitucionalistas consideram que o novo regime de IVA para os partidos políticos ultrapassa mesmo os benefícios concedidos às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS). Através dele, não só os partidos não entregam IVA ao Estado como podem pedir o reembolso do imposto que vierem a suportar durante a sua atividade, de uma forma genérica.

A retroatividade da lei, que está a gerar polémica pela forma como foi negociada à porta fechada no Parlamento, é outro dos pontos sensíveis. Mas apesar de a redação apontar no sentido da retroatividade, até aqui as posições divergem. Nos termos da lei, esta “aplica-se aos processos novos e aos processos pendentes à data da sua entrada em vigor que se encontrem a aguardar julgamento”.

"A presente lei aplica-se aos processos novos e aos processos pendentes à data da sua entrada em vigor que se encontrem a aguardar julgamento.”

Nova lei do financiamento dos partidos

Desde logo, o PS nega que a nova lei do financiamento dos partidos, que prevê o reembolso total do IVA aos partidos em despesas genéricas, tenha retroatividade e garante que vem apenas acabar com “alguns pontos obscuros” que existirão na atual legislação. Em declarações ao Expresso, Ana Catarina Mendes, a número dois do PS, disse que “a lei é para o futuro”. E o responsável financeiro do partido, Luís Patrão, garante que “não há retroatividade”. “Os juízes é que vão decidir se entendem que esta lei terá algum tipo de efeito ou não”, acrescentou, em declarações ao semanário.

Este fator que ganha relevância num contexto em que o PS tem vários processos contra o Fisco por não lhe ter sido dado reembolso de IVA. Com a retroatividade da lei haveria uma espécie de “perdão fiscal”, como defendeu o constitucionalista Bacelar Gouveia ao mesmo jornal.

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Brisa processa Estado para conseguir 53 milhões de euros

  • ECO
  • 28 Dezembro 2017

Concessionária da Autoestradas do Douro Litoral entende que já devia ter recebido do Estado mais de 53 milhões de euros. Decisão do tribunal deve ser tomada nos primeiros meses do próximo ano.

Depois de o Estado ter falhado os pagamentos à concessionária da Autoestradas do Douro Litoral a que foi condenado em fevereiro, a participada da Brisa avança com uma ação executiva para conseguir os mais de 53 milhões de euros que entende estarem em atraso. No banco dos réus, estão agora o Estado, a Infraestruturas de Portugal e o Instituto da Mobilidade e dos Transportes.

No início do ano, ficou decidido que o Estado seria obrigado a pagar um total de mais de 200 milhões de euros à concessionária (42 milhões no primeiro semestre e pagamentos semestrais entre os 3,5 e os 6,5 milhões de novembro deste ano a novembro de 2034), mas nem um cêntimo terá chegado à empresa, informa o Jornal de Negócios. Entretanto, o Estado avançou mesmo com uma ação de anulação no Tribunal Central Administrativo.

A condenação foi determinada na sequência de um pedido de reposição do equilíbrio financeiro apresentado em 2013 pela anulação do concurso para a construção da Autoestrada do Centro, com a consequente perda de tráfego da participada da Brisa.

A Autoestradas do Douro Litoral entende, assim, que já devia ter recebido mais de 53,4 milhões de euros (destes, um milhão em juros), pelo que entrou, no mês passado, com uma ação executiva contra os três réus mencionados, no Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa. A decisão final deve ser tomada nos primeiros meses de 2018 e a favorecer a participada da Brisa dará lugar a penhoras, por exemplo das receitas das portagens da Infraestruturas de Portugal.

A concessão Douro Litoral foi adjudicada em dezembro de 2007, numa altura em que estava em cima da mesa o projeto da Autoestrada do Centro (que seria indutora de tráfego para a participada da Brisa). O abandono dessa medida do Governo levou, no entanto, a um pedido de reposição do equilíbrio financeiro, seis anos mais tarde. O Estado acabou assim por ser condenado ao pagamento aos valores relativos aos sobrecustos na fase de construção e a duas outras taxas.

A concessionária é constituída por 79 quilómetros, no norte do país, divididos em três autoestradas: a A43, a A41 e a A32.

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