Fidelidade fica com terrenos da antiga Feira Popular. Paga 273,9 milhões de euros

Os terrenos da antiga Feira Popular, em Entrecampos, têm finalmente novo dono. As três parcelas que estavam para venda foram compradas pela Fidelidade, que vai lá construir a nova sede.

Não foi à terceira, mas sim à quarta tentativa. Os terrenos da antiga Feira Popular, em Entrecampos, estão finalmente a ser vendidos pela Câmara de Lisboa em hasta pública. As únicas três propostas apresentadas foram aceites esta quarta-feira pelo júri. As três parcelas que estavam a ser licitadas foram compradas pela Fidelidade, por um valor bastante superior ao pedido.

De acordo com uma fonte próxima do processo contactada pelo ECO, as três parcelas foram vendidas à Fidelidade por um total de 273,9 milhões de euros, mais 85,5 milhões do que os 188,4 milhões de euros estipulados como valor base pela Câmara de Lisboa.

A licitação para a Parcela A, com uma área total de 11.356 metros quadrados, arrancou nos 46,1 milhões de euros, mas a área acabou por ser vendida por 83,1 milhões de euros. Esta zona será destinada a comércio e serviços, será ainda construído um parque de estacionamento privado, lê-se na apresentação do projeto.

Já a Parcela B, que compreende os lotes B1 e B2, foi vendida por um total de 155,4 milhões de euros. O lote B1 foi comprado por 88,3 milhões de euros, enquanto o B2 foi por 67,1 milhões de euros. Esta área, com 59.180 metros quadrados, vai incluir comércio e serviços, dois parques de estacionamento privado e um público e, finalmente, a habitação.

A terceira e última parcela, a Parcela C, correspondente a um terreno com 13.278 metros quadrados na Avenida Álvaro País, que prevê uma zona de serviços, um parque de estacionamento público e um privado foi vendida por 35,4 milhões de euros, cuja base de licitação estava nos 27,9 milhões de euros.

Projeto dos terrenos. Fonte: Câmara Municipal de Lisboa

“Na hasta pública realizada pela câmara de Lisboa, relativa à Operação Integrada de Entrecampos, foi adjudicado à Fidelidade todos os lotes que compunham a antiga Feira Popular, o que lhe permitirá não só impulsionar a construção da nova sede do Grupo em Lisboa, mas também participar num projeto imobiliário verdadeiramente inovador e transformador para a cidade, que definirá uma nova centralidade, com alta criação de valor e visibilidade internacional”, disse a Fidelidade esta quarta-feira, em comunicado.

Para esta venda apareceram três interessados: a Fidelidade, a Dragon Method e a MPEP — Properties Escritórios, uma subsidiária da espanhola Merlin Properties, que comprou em julho o Almada Fórum. Esta foi mais uma das muitas tentativas da Câmara de Lisboa para vender estes terrenos. A primeira tentativa aconteceu em 2015, mas sem sucesso uma vez que não houve interessados.

Desde então, só num espaço de um mês, a hasta pública foi adiada quatro vezes, com o objetivo de dar mais tempo aos candidatos para analisarem as propostas oferecidas. Durante todo este processo, o Ministério Público (MP) levantou dúvidas sobre o projeto de requalificação, tendo enumerado cinco questões: a percentagem de habitação que seria incluída, a figura de operação integrada, a unidade de execução, a edificabilidade de área da antiga Feira Popular e ainda a eventual ausência de um parecer da Autoridade Nacional de Aviação Civil.

Para estes terrenos, com 25 hectares, o projeto prevê a construção de 700 fogos de habitação com renda acessível e 279 fogos em regime de venda livre, lê-se na apresentação da CML. Será ainda construído um “centro de serviços de referência internacional”, “comércio de qualidade”, onde serão privilegiadas as lojas de rua, e vários edifícios sociais: três creches, um jardim-de-infância, uma unidade de cuidados continuados e um centro de dia. A isso somar-se-ão 2,5 hectares de zonas verdes.

(Notícia atualizada às 15h49 com correção do valor base estipulado pela CML)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Subsídio de desemprego vai aumentar entre 6,86 a 17,15 euros. Máximo sobe para 1.089,4 euros

Os números divulgados esta quarta-feira pelo INE já permitem calcular o valor do subsídio de desemprego mínimo e máximo no próximo ano. Nível máximo sobe para 1.089,4 euros

O Instituto Nacional de Estatística (INE) anunciou esta quarta-feira que a inflação média dos últimos 12 meses, excluindo a habitação, foi de 1,03% em novembro.

Este valor permite calcular o nível do Indexante dos Apoios Sociais (IAS) que vai vigorar no próximo ano e que serve de referência para o cálculo do subsídio de desemprego em 2019.

Este ano, o IAS fixou-se em 428,90 euros e para 2019 aumentará para 435,76 euros. Isto permite já calcular o valor máximo do subsídio de desemprego que vigorará em 2019, que corresponde a 2,5 IAS, ou seja, a 1.089,4 euros. Isto representa uma subida 17,15 euros face aos 1.072,25 euros pagos em 2018.

Já o valor mínimo do subsídio de desemprego é igual ao valor do IAS, o que quer dizer que em 2019 vai aumentar 6,86 euros (dos 428,9 para os 435,76 euros).

O subsídio de desemprego corresponde a 65% da remuneração de referência, calculado na base de 30 dias por mês. Mas está sujeito a um limite máximo (1.089,4 euros a partir de janeiro) e a um patamar mínimo (de 435,76 euros em 2019).

Em relação ao subsídio social de desemprego — para os que já esgotaram o subsídio normal ou não tenham os descontos suficientes para ter a prestação inicial — poderá variar entre os 80% do valor do IAS e os 100%, dependendo do agregado em questão. No próximo ano este subsídio terá um aumento a rondar os seis euros, com um intervalo entre os 348,61 e os 435,76 euros.

O valor do IAS e da inflação também permitem calcular o aumento das pensões no próximo ano.

(Notícia atualizada com o valor corrigido do IAS).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

AVM Advogados assessorou o grupo britânico Diageo

A AVM Advogados assessorou o grupo britânico Diageo numa nova parceria com a Refriango, no valor de mais de 6 milhões de dólares.

A AVM Advogados assessorou o grupo britânico Diageo numa nova parceria com a Refriango, no valor de mais de 6 milhões de dólares. A parceria, assessorada também ao nível internacional pela sociedade britânica Addleshaw Goddard LLP, visa a implementação de uma unidade industrial de produção de bebidas espirituosas em Angola, inaugurada a 28 de Novembro pelo Secretário de Estado do Ministério da Indústria.

A operação representa um investimento considerável do grupo britânico ao nível da aquisição de tecnologia, transmissão de know- how e reforço da indústria nacional, num esforço assinalável de redução das importações e reforço do potencial de exportação do país.

A equipa AVM Advogados responsável pela assessoria ao novo projecto contou com a coordenação local de António Vicente Marques (Managing Partner) e Wilker dos Santos Pacheco (Associado) e com o acompanhamento internacional de José Alves do Carmo (Partner) e Maria Inês Costa (Associada).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Trump: “Seria uma tolice” a Fed subir juros na próxima semana

  • ECO
  • 12 Dezembro 2018

O Presidente dos EUA considera um erro caso a Reserva Federal opte por aumentar os juros na última reunião do ano. Diz necessitar da flexibilidade dos juros para suportar o crescimento da economia.

“Uma tolice”. Foi esta a palavra usada por Donald Trump, em entrevista à Reuters, para classificar uma eventual decisão da Reserva Federal (Fed) dos EUA de subir as taxas de juro na reunião da próxima semana. O Presidente norte-americano considera um passo dessa natureza como sendo um erro, salientando a flexibilidade que os juros baixos permitem para puxar pelo crescimento da economia e dar ao mesmo tempo seguimento à guerra comercial.

Acho que isso seria uma tolice, mas o que posso dizer“, afirmou Donald Trump, revelando novamente a sua postura crítica face à entidade liderada por Jerome Powell que se reúne pela última vez no ano já na próxima semana.

“Tem de perceber que estamos a combater algumas batalhas comerciais e estamos a ganhar. Mas também preciso de uma política monetária acomodatícia“, explicou ainda.

Relativamente às medidas assumidas por Jerome Powell, Donald Trump disse ser contra elas, classificando-as como “demasiado agressivas”.

Questionado sobre se está preocupado com o risco de uma recessão aquando das próximas eleições presidenciais em 2020, fez notar que outros fatores no mundo poderão afetar a economia, referindo em específico ao Brexit e à crise que se assiste em França.

“Estamos a caminhar para uma recessão?”, questionou Trump. “Na minha opinião, estamos a ir muito bem. As nossas empresas estão a ir muito bem. Se a Fed vai agir razoavelmente e racionalmente, penso que vamos… somos um foguetão a descolar”, acrescentou.

Trump admite intervir na prisão da CFO da Huawei

A guerra comercial com a China também foi um prato forte da entrevista do Presidente norte-americano. Questionado sobre o caso Huawei, Donald Trump disse que interviria junto do Departamento de Justiça dos EUA no caso da administradora financeira da Huawei se isso ajudar a garantir um acordo comercial com Pequim.

“Se achar que é bom para o país, se considerar que é bom para aquele que será certamente o maior acordo comercial alguma vez feito […] certamente interviria caso achasse necessário”, defendeu. Trump admitiu mesmo que “que é possível que a Meng Wanzhou venha a fazer parte das negociações” com as autoridades chinesas. “Vamos falar com o Departamento de Justiça e envolveremos muitas pessoas”, acrescentou.

Em causa está a detenção no início do mês, a pedido das autoridades norte-americanas, da diretora financeira da Huawei, sob a acusação de violar as sanções contra o Irão. Quando questionado sobre se Meng será extraditada para os EUA, Trump disse que vai “primeiro querer saber qual a posição” da China.

Trump revelou ainda o seu otimismo relativamente à capacidade de fechar um acordo comercial com o Presidente chinês, Xi Jinping, numa altura em que as duas potências mundiais procuram resolver uma disputa que ditou fortes tombos nos mercados e emana questões sobre a sustentabilidade económica mundial.

Impeachment não preocupa Trump

O Presidente Donald Trump disse ainda que não está preocupado com o risco de impeachment e que os pagamentos feitos antes da eleição de 2016 pelo ex-promotor pessoal Michael Cohen a duas mulheres não violam as leis de financiamento de campanhas.

“É difícil de destituir alguém que não fez nada de mal e que criou a maior economia da história do nosso país”, afirmou. “Não estou preocupado. Acho que as pessoas se revoltariam caso isso acontecesse“, acrescentou.

Promotores federais de Nova Iorque disseram, a semana passada, que Trump ordenou que Cohen fizesse pagamentos de seis dígitos a duas mulheres com vista a que não revelassem os seus relacionamentos com este antes das eleições presidenciais de 2016.

Ao lado do príncipe da Arábia Saudita

Embora tenha condenado o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, nesta entrevista à Reuters, Donald Trump recusou-se a comentar se o príncipe herdeiro da Arábia saudita, Mohammed bi Salman, foi cúmplice do ato. “O príncipe herdeiro nega veemente”, o envolvimento no assassinato preferiu dizer.

Donald Trump confirmou novamente o seu apoio a Mohammed bi Salman. “Ele e o líder da Arábia saudita. Eles têm sido um aliado muito importante”, salientou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Uber Eats entra em Braga. Já chega a 30% da população do país

Desde esta quarta-feira que o concelho de Braga passou a ter disponível os dois principais serviços da Uber. A chegada do Uber Eats ao concelho promete refeições rápidas à porta dos bracarenses.

O Uber Eats chegou a Braga esta quarta-feira.Uber

A aplicação Uber Eats já está disponível em Braga, concelho que passa agora a contar com os dois principais serviços da Uber — o transporte de passageiros e a entrega de refeições ao domicílio. A cobertura inclui as freguesias de Gualtar, Real, Nogueira, Fraião e Lamaçães, Maximinos, Sé e Cividade.

“A partir de hoje [quarta-feira], o Uber Eats — aplicação de entrega de refeições da Uber — está disponível no concelho de Braga. A nova seleção de restaurantes de Braga inclui opções favoritas como a Taberna do Migaitas, Tábuas, copos & outras cenas, Bira dos Namorados e Lado B” e fará também as entregas da cadeia de comida rápida McDonald’s, segundo um comunicado divulgado pela empresa.

Mapa da cobertura inicial do Uber Eats no concelho de Braga.Uber

“O Uber Eats é o segundo serviço da empresa em Braga, uma vez que, desde janeiro do ano presente, a Uber passou também a disponibilizar a sua opção de viagem mais económica, uberX”, lembra a delegação da empresa norte-americana em Portugal.

A subsidiária da Uber, liderada por Rui Bento, acrescenta ainda que o serviço Uber Eats já “cobre perto de 30% da população portuguesa”. Está disponível em 13 cidades portuguesas, do norte ao sul do país. São já 350 cidades em todo o mundo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Museus receberam 17,2 milhões de pessoas. Turistas ajudam

Os cidadãos estão cada vez mais interessados em ir a museus, cinemas e espetáculos culturais. No ano passado, estes visitantes aumentaram, em parte devido aos turistas.

A cultura atrai cada vez mais interessados, prova disso foi o aumento de visitantes verificado no ano passado. Nesse período, os museus, cinemas e os espetáculos culturais viram o número de visitantes aumentar cerca de 10% nos museus e 4% nos restantes. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), as despesas das câmaras municipais com atividades culturais e criativas também aumentaram, tendo subido mais de 16%.

Para quem procura um pouco de cultura, pode encontrá-la nos museus, nos cinemas e nos espetáculos. E foi isso que aconteceu no ano passado, com estas atrações a receberem um número bastante elevado de visitantes. Os museus receberam 17,2 milhões de visitantes, mais 10,6% do que em 2016, um aumento que se deveu, salienta o INE, aos visitantes internacionais, que totalizaram um milhão.

Já o número de amantes de filmes que ocuparam as salas de cinema foi de 15,7 milhões, mais 4,6% do que em 2016, levando as receitas para um total de 81,7 milhões de euros, um aumento de 5,8%. Relativamente aos espetáculos culturais, verificou-se um recorde de 15,4 milhões de visitantes, mais 3,9% do que no anterior, contribuindo para um total de 83 milhões de euros em receitas.

No ano passado, o número de trabalhadores destes museus, cinemas ou espetáculos totalizou as 81,3 mil pessoas, um valor inferior mas semelhante ao verificado no ano anterior (81,7 mil pessoas). A maioria desses funcionários era homens, cujas idades variavam entre os 25 e os 44 anos, com uma escolaridade superior ao total da economia.

Este aumento dos visitantes pode ser comprovado pela subida do volume de negócio das mais de 55 mil empresas do setor cultural e criativo, que ascendeu a 4,9 mil milhões de euros em 2016, de acordo com os dados do INE.

Os bens culturais exportados totalizaram 57,4 milhões de euros, mais 33,7% do que em 2016, enquanto os importados ascenderam a 180 milhões de euros, mais 17,4% do que no ano anterior. Contudo, os materiais impressos como jornais, revistas e publicações periódicas diminuíram, tendo perdido 20,3% da circulação total.

Com estas atividades culturais e criativas, as câmaras municipais gastaram 450,1 milhões de euros, mais 16,7% do que em 2016.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal é o segundo país da Europa que mais gasta em proteção social com idosos

Os países da União Europeia gastaram, em média, 28,2% do PIB em proteção social no ano de 2016. Portugal fica abaixo desta média.

Portugal está abaixo da média europeia no que toca a gastos do Estado com a proteção social, mas há uma área onde é dos que mais gasta: é o segundo país da União Europeia que apresenta os maiores gastos com idosos, que representam mais de metade da despesa total com proteção social em Portugal.

Os dados são relativos a 2016 e foram publicados, esta quarta-feira, pelo Eurostat, que dá conta de que, nesse ano, os países da União Europeia gastaram, em média, 28,2% do PIB em proteção social. Este valor fica ligeiramente abaixo das despesas que tinham sido registadas em 2015 (28,4% do PIB) e em 2014 (28,3% do PIB).

Entre os 28 países do espaço comunitário, há nove que gastam acima da média com proteção social. França é o que mais gasta, com uma despesa de 34,3% do PIB, seguindo-se Finlândia, Dinamarca, Áustria, Bélgica, Itália, Suécia, Holanda e Alemanha.

Despesa dos Estados-membros da União Europeia em proteção social, em percentagem do PIB.Eurostat

Portugal fica abaixo da média europeia, com uma despesa de 25,2% do PIB em proteção social, apresentando também um ritmo de queda destas despesas mais acelerado do que no resto da Europa. Deste total, 57,9% é gasto em proteção social de idosos. Este é segundo valor mais elevado da Europa, ficando atrás apenas da Grécia, que gasta com idosos 65,1% da despesa total com proteção social.

Em sentido contrário, nas restantes áreas da proteção social, Portugal fica sempre abaixo da média europeia.

No caso da despesa com habitação e exclusão social, é mesmo dos que menos gasta: só 1% da despesa de Portugal em proteção social é destinada à habitação social, o terceiro valor mais baixo da União Europeia, só atrás da Grécia e da Polónia e a par de Itália.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Consulta de processos online chega ao Supremo Tribunal de Justiça

Processos a decorrer no tribunal de instância mais alta já estão disponíveis para consulta na internet. Tramitação eletrónica chega assim a todos os tribunais, depois de ter arrancado a julho de 2017.

Está à mera distância de uns cliques. Desde setembro que os cidadãos podem consultar os seus processos sem sair de casa, por via eletrónica, seja qual for o tribunal onde estes corram. Inclusive no Supremo Tribunal de Justiça, cuja consulta online está disponível desde o início desta semana.

Também esta quarta-feira, dia 12, o Supremo Tribunal Administrativo e os Tribunais Centrais Administrativos do Norte e do Sul receberam o “Balcão Único dos Tribunais Administrativos e Fiscais”. Com este balão, vai ser possível consultar e obter informações em qualquer tribunal administrativo e fiscal sobre qualquer processo, independentemente do tribunal onde se encontre.

A entrega de peças processuais ou de quaisquer outros documentos em papel para se juntar a processos passa também a ser possível.

Com o tribunal de instância mais alta finalmente abrangido, fica concluído o processo de universalização da tramitação eletrónica nos tribunais portugueses, que tem sido uma das bandeiras da ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, chegando àquela que é, a seu ver, uma medida “ímpar no que respeita ao aumento da transparência e da aproximação do sistema de justiça ao cidadão”.

Em agosto, a ministra já dava conta de que os cidadãos envolvidos em processos — sejam arguidos, réus ou queixosos — poderiam vir a consultar o estado dos processos “desde que naturalmente, a lei permita a sua consulta”.

O pacote de medidas do Governo arrancou em julho de 2017, com o regime de tramitação eletrónica a ser primeiro alargado às áreas processuais dos tribunais judiciais que ainda não eram abrangidas. Em setembro de 2018 chegou a todas as jurisdições administrativas e fiscais, e em outubro aos tribunais de Relação.

Desde que já foram disponibilizadas certidões judiciais eletrónicas, a 14 de julho de 2017, já foram emitidas mais de 30.000. Destas, quase 30% foram emitidas de forma automática, ou seja, sem a intervenção de um funcionário judicial ou juiz.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ministério Público recusa “governamentalização” do seu Conselho Superior

O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público convocou uma reunião de emergência para debater as eventuais alterações do Conselho Superior que resultam numa maioria de órgãos políticos.

O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) convocou, para a próxima quinta-feira, uma reunião de emergência da sua Direção Nacional para debater as eventuais alterações da composição do Conselho Superior do Ministério Público que resultam numa maioria de representantes dos órgãos políticos e menos representantes do Ministério Público.

O recurso à greve é também uma das hipóteses da ordem de trabalhos.

Recorde-se que o novo Estatuto do Ministério Público foi aprovado na generalidade sexta-feira passada na Assembleia da República, entrando-se agora na fase da discussão na especialidade.

“De acordo com declarações de deputados, nomeadamente do PS e do PSD, há intenções de se alterar a composição do Conselho Superior do Ministério Público no sentido da sua governamentalização. Proposta que não é acompanhada pelo própria Ministra da Justiça, Francisca Van Dunen”, segundo comunicado enviado pelo próprio SMMP.

De acordo com o Presidente do SMMP, António Ventinhas, estas alterações devem-se ao facto da “autonomia do Ministério Público e as condições de continuação do combate à corrupção que tem atingido algumas figuras políticas nos últimos anos”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pensões até 871 euros com aumento de 1,6% em janeiro. Reformas até 653 euros ainda têm subida extra

De acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo INE, a partir de janeiro, as pensões até dois IAS vão beneficiar de um aumento de 1,6%.

A partir de janeiro do próximo ano, as pensões mais baixas vão beneficiar de um aumento normal de 1,6%. De acordo com os dados divulgados, esta quarta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística, a variação média do Índice de Preços no Consumidor (IPC) nos últimos 12 meses (sem considerar os preços da habitação) foi de 1,03%. A essa subida acresce um bónus de 0,52% para os reformados cujas pensões não ultrapassem os dois Indexantes de Apoios Sociais (IAS), isto é, os 871,52 euros mensais.

Por lei, quando a média do crescimento dos últimos dois anos terminados no terceiro trimestre ultrapassa os 2,5%, soma—se um quinto desse valor à inflação dos últimos 12 meses, no cálculo em causa. Ora, a atualização do PIB nesse período foi de 2,3%, logo aos 1,03% avançados pelo INE acresce 0,52%, totalizando uma subida normal de 1,6% para as pensões mais baixas.

Os restantes reformados também vão ver as suas pensões engordar, registando uma subida de 1,03% (para pensões entre 871,52 euros e os 2.614,56 euros) e de 0,78% (para as pensões entre os 2.614,56 euros e os 5.229,12 euros).

Além desta atualização normal, os pensionistas que recebem pensões até 1,5 IAS vão também beneficiar de um aumento extraordinário, já em janeiro. Esta subida extra visa garantir que os pensionistas que recebem até 653,64 euros (e cujas pensões não foram atualizadas entre 2011 e 2015) registam um reforço total de dez euros.

Portanto, contas feitas, quem recebe até 1,5 IAS (653,64 euros mensais) registará um aumento, em janeiro, de 1,6% ao qual acresce uma subida extraordinária, perfazendo um acréscimo total de dez euros.

Já quem recebe até dois IAS (871,52 euros) registará apenas a subida normal (e não a extraordinária). De acordo com a lei, este aumento corresponde à variação do IPC nos últimos 12 meses à qual se soma um bónus correspondente a um quinto da média do crescimento do PIB dos últimos dois anos terminados no terceiro trimestre (0,52%), ou seja, está em causa uma subida de 1,6%. Tal corresponde, por exemplo, a um aumento de 12 euros para quem receba 750 euros.

Por outro lado, os reformados que recebem entre dois e seis IAS, ou seja, entre 871,52 euros e 2.614,56 euros, registarão uma atualização igual à inflação (1,03%). Deste modo, quem recebe, por exemplo, 1.000 euros de pensão terá um aumento de 10,3 euros.

Por fim, para as pensões entre os seis e os 12 IAS (2.614,56 e 5.229,12 euros), a subida normal corresponde à inflação deduzida de 0,25 pontos percentuais, isto é, 0,78%. Assim, quem recebe três mil euros de pensão registará um aumento de 23,4 euros mensais.

As pensões superiores aos 12 IAS ficam de fora destas atualizações. Por lei, estas prestações são só aumentadas em situações concretas e não à boleia da inflação.

(Notícia atualizada às 21h11 com correção da fórmula implicada no bónus para as pensões mais baixas)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Revista de imprensa internacional

A China anunciou medidas que têm em vista as tréguas comerciais. Em França, grandes empresas estão a responder ao apelo de Macron com bónus para os trabalhadores,

Depois das tréguas comerciais acordadas entre os Estados Unidos e a China é anunciado mais uma medida que tem em vista a paz. As tarifas sobre os carros importados dos EUA vão baixar, e as compras de algumas colheitas vão aumentar. Algumas das grandes empresas francesas também querem contribuir para a paz, e respondem ao apelo de Macron com bónus para os empregados. Já para a dona da Zara e para a Tencent Music os resultados mostram-se abaixo do esperado. Veja estas e outras notícias que marcam a atualidade internacional.

The Wall Street Journal

China reduz tarifas e aumenta compras aos EUA

Mais um passo nas tréguas entre os Estados Unidos e a China, acordadas numa reunião entre os dois líderes em Buenos Aires. Pequim concordou em reduzir as taxas sobre as importações de veículos dos Estados Unidos de 40% para 15%. As compras de soja e outras colheitas norte-americanas vão também ver um aumento por parte dos chineses. O acordo aconteceu no seguimento de uma chamada entre o vice-ministro chinês Liu He, o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, e negociador comercial e chefe de Washington, Robert Lighthizer. Leia a notícia completa no The Wall Street Journal (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Le Monde

Grandes empresas francesas respondem a apelo de Macron

No seu discurso em resposta à crise dos “coletes amarelos”, o presidente francês Emmanuel Macron anunciou algumas medidas para tentar travar os protestos, nomeadamente que as empresas que decidam pagar bónus aos funcionários no fim do ano poderão fazê-lo sem impostos. O apelo foi ouvido por empresas como a Total, a LVMH e a Altice, que estão a planear atribuir bónus aos trabalhadores que rondam os 1.500 ou 1.000 euros. Leia a notícia completa no Le Monde (acesso livre, conteúdo em francês).

G1

Ex-assessor do filho de Bolsonaro investigado

Foram descobertos movimentos suspeitos nas contas do ex-assessor do filho de Bolsonaro, no valor de 1,2 milhão de reais, entre 2016 e 2017, que coincidem com as datas de pagamento na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Flávio Bolsonaro garantiu, num post nas redes sociais, que tem a consciência tranquila. Acrescentou ainda que cabe a Fabrício Queiroz, o seu antigo assessor, prestar os esclarecimentos ao Ministério Público.

O relatório do Conselho de Controlo de Atividades Financeiras (COAF), uma entidade pertencente ao Ministério da Economia, diz ainda que outros nove ex-assessores do deputado estadual e senador eleito pelo Partido Social Liberal (PSL), Flávio Bolsonaro, filho mais velho do Presidente eleito, transferiram dinheiro para Fabrício José Carlos de Queiroz, o antigo assessor em causa. Leia a notícia completa no G1 (acesso livre).

El País

Inditex sobe lucros mas fica aquém das expectativas

O grupo espanhol Inditex, dono da Zara e Massimo Dutti, viu os lucros subir 4,1% para 2.438 milhões de euros de fevereiro a outubro, face ao mesmo período no ano anterior. As vendas tiveram uma subida modesta durante o mesmo período, de 2,6% para 18.437 milhões de euros. Apesar do crescimento, os valores são abaixo do esperado pelos investidores e dos resultados alcançados em anos anteriores. Leia a notícia aqui no El País (acesso livre/conteúdo em espanhol).

CNN

IPO da Tencent Music não deve alcançar objetivo

A estreia da Tencent Music, que domina o mercado de streaming na China, na bolsa norte-americana verá as ações cotar a 13 dólares, permitindo arrecadar quase 1,1 mil milhões de dólares. Este valor é cerca de metade do objetivo que estaria previsto para angariar neste IPO. A empresa vai manter-se como subsidiária da Tencent. Leia a notícia completa na CNN (acesso livre, conteúdo em inglês).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Quer investir no interior? Saiba quais os apoios e incentivos para as empresas

O Governo publicou a regulamentação do Programação de Captação de Investimento para o Interior. O PC2II agrega os apoios e os incentivos dirigidos ao interior do país.

Os projetos de investimento no interior superiores a dez milhões de euros e que criem pelo menos 25 postos de trabalho serão acompanhados pela Comissão Permanente de Apoio ao Investimento e vão poder usufruir de uma série de simplificações que têm por objetivo dinamizar o interior.

De acordo com o decreto-lei publicado esta terça-feira em Diário da República, são elencadas as várias vantagens, em termos de simplificação, de que estes projetos podem vir a beneficiar, vantagens que são semelhantes às atribuídas aos projetos de Potencial Interesse Nacional, para acelerar a “tramitação dos respetivos procedimentos administrativos, com vista à sua efetiva concretização” e torná-la também mais eficiente:

  • “Tramitação simultânea dos procedimentos administrativos da competência da Administração central;
  • Redução e decurso simultâneo de prazos endoprocedimentais;
  • Período único de consulta pública para efeitos dos diversos procedimentos administrativos;
  • Simplificação dos procedimentos relativos aos instrumentos de gestão territorial relevantes para o projeto;
  • Pareceres tácitos positivos e deferimento tácito no âmbito dos diversos procedimentos aplicáveis;
  • Simplificação dos procedimentos relativos às operações urbanísticas necessárias”.

Para usufruir destas vantagens não basta investir pelo menos dez milhões de euros e criar 25 postos de trabalho. Há que cumprir cumulativamente vários critérios: possuir comprovada viabilidade económica, ser sustentáveis do ponto de vista ambiental e territorial, e apresentar um impacte positivo em pelo menos três dos seguintes domínios: “aproveitamento dos recursos endógenos da região em que se inserem, valorização do património natural ou cultural da região, inserção na estratégia de especialização da região, produção de bens e serviços transacionáveis, de caráter inovador, que lhes confira vantagem competitiva no mercado global, introdução de processos tecnológicos inovadores ou desenvolvidos em colaboração com entidades do sistema científico e tecnológico regional ou ainda efeitos de arrastamento em atividades a montante ou a jusante, particularmente nas pequenas e microempresas da região em que se inserem”.

Mas os projetos mais pequenos também podem usufruir destas vantagens, desde que preencham três dos seguintes requisitos: ter uma declaração de reconhecimento do interesse municipal; sejam de manifesto interesse social e ambiental; apresentem uma atividade interna de Investigação e Desenvolvimento no valor de pelo menos 5 % do volume de negócios da empresa. Devem ainda ter “uma forte componente de inovação aplicada, que comprove a introdução e o desenvolvimento de processos tecnológicos realizados em colaboração com entidades reconhecidas do sistema científico e tecnológico Instalação de uma base produtiva, com forte incorporação regional — clusters de competitividade — criadora de valor acrescentado bruto” ou ainda se forem projetos de investimento da diáspora.

Este novo programa (PC2II) prevê ainda lançar uma campanha de captação de investimento privado com “um conjunto de ações internas e externas de divulgação e promoção dirigidas a determinadas regiões e ou setores, a implementar por uma comissão de captação de investimento para o interior“. Uma campanha que vai ser da responsabilidade da comissão de captação de Investimento para o interior que é também criada no âmbito deste diploma e é presidida pelo ministro da Economia e que deverá reunir-se de dois em dois meses.

Este diploma segue “uma lógica semelhante à adotada nos projetos PIN (Potencial Interesse Nacional). Só que, em vez de se destinar a atrair projetos a nível nacional, concentra-se no interior”, sublinhou ao ECO, Ana Dinis. A especialista em incentivos prevê que esta nova comissão, à semelhança do que acontece com os projetos ao abrigo dos regimes contratuais, “ajude a acelerar os processos tendo em conta a carga burocrática que ainda existe ao nível dos apoios ao investidor“. Acelerar os licenciamentos junto das câmaras, hierarquizar os projetos de acordo com a sua importância, são algumas das vantagens que a comissão comissão de captação de investimento deverá trazer. Ana Dinis antecipa ainda que os avisos no âmbito do Portugal 2020 que vierem a ser lançados vão apresentar níveis de majoração maiores para estas empresas do interior.

Mas o “diploma não introduz nenhuma novidade fiscal”, especifica ao ECO Samuel Fernandes de Almeida. Assim, “os benefícios fiscais aplicáveis aos PII serão os que já constam do Estatuto dos Benefícios Fiscais e do Código Fiscal de Investimento, sendo que existem diversos novos incentivos em discussão em sede da proposta de OE/2019″, acrescentou o fiscalista.

As empresas do interior (micro, pequenas e médias) já beneficiam de uma taxa reduzida de IRC de 12,5% aos primeiros 15 mil euros de matéria coletável. Uma vantagem inscrita no âmbito do Estatutos de Benefícios Fiscais destinada a empresas em territórios do interior, desde que não tenham salários em atraso, nem tenham resultado de uma cisão efetuada nos dois anos anteriores à utilização dos benefícios. O Orçamento “prevê uma majoração de 20% à dedução à coleta máxima (fixada em 10%) de IRC respeitante aos lucros retidos e reinvestidos, quando estejam em causa investimentos elegíveis realizados em território do interior”, recorda Samuel Fernandes de Almeida. Sendo que o benefício fiscal “está sujeito às regras europeias aplicáveis em matéria de auxílios de minimis, não podendo o montante do benefício exceder o limiar de minimis”.

Por outro lado, está em estudo com a Comissão Europeia a possibilidade de as empresas do interior terem acesso a uma dedução no IRC de até 20% dos salários o que, em muitos casos, pode resultar num IRC zero. A dedução serviria tanto para as empresas que já se situam no interior como para as que vejam a situar-se lá.

O Programa de Valorização do Interior, que inclui outras 61 medidas, prevê ainda para as empresas, que as taxas de portagem para os veículos afetos ao transporte de mercadorias vão ser reduzidas nas estradas do interior, e as empresas lá situadas terão descontos adicionais. Além disso, as empresas também podem usufruir de um fundo de apoio ao investimento no interior, no âmbito do Portugal 2020. Em causa estão 1.700 milhões de euros em incentivos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.