Huawei Mate 20 Pro, o topo de gama Android que até carrega o iPhone

Este é o novo topo de gama da Huawei, chamado de Mate 20 Pro. Vem trazer novidades ao mercado, como o facto de servir de "power bank" para carregar sem fios os iPhones que estejam em "apuros".

A Huawei apresentou em Londres o Mate 20 Pro, um telemóvel topo de gama para competir com o iPhone Xs Max da Apple e com o Galaxy Note 9 da Samsung. O novo modelo da marca chinesa está a ser bem recebido pela crítica, sobretudo por introduzir num mercado sedento de novidades algumas funcionalidades que ainda não foram exploradas por outras marcas. É o caso do sensor de impressões digitais embutido no ecrã e das três câmaras traseiras.

Mas não são as únicas novidades. A Huawei quis piscar o olho à concorrência e, para além de permitir carregar a bateria do Mate 20 Pro com recurso à tecnologia de carregamento sem fios, tornou possível que o próprio Mate 20 Pro carregue outros telemóveis. Isso mesmo. O novo telemóvel da Huawei serve de power bank para ajudar um amigo ou um colega numa situação de emergência. A tecnologia funciona com outros modelos que suportem carregamentos sem fios, entre os quais… os novos iPhones.

Para tal, a fabricante chinesa dotou o flagship de uma bateria com capacidade de 4.200 mAh, acima dos 3.174 mAh do iPhone Xs Max e dos 4.000 mAh do Galaxy Note 9. É carga suficiente para durar mais do que um dia normal de trabalho. Inclui a tecnologia de carregamento rápido da marca que permite, segundo a Huawei, carregar 70% da bateria em meia hora.

Este é o aspeto geral do Huawei Mate 20 Pro.Huawei

O Huawei Mate 20 Pro conta ainda com um ecrã OLED sem margens, que proporciona cores mais brilhantes, contrastadas e naturais. Tem 6,39 polegadas de diâmetro, pelo que é ligeiramente maior do que o novo topo de gama da Apple e, também, mais leve. Pesa 189 gramas, de acordo com as informações fornecidas pela marca. O iPhone Xs Max pesa mais de 200 gramas, segundo o comparador de telemóveis GSMArena.

A imprensa especializada tem destacado também a qualidade das três câmaras traseiras. Tratam-se de três lentes diferentes: um sensor de 40 MP, outro de 20 MP numa lente grande-angular e um terceiro de 8 MP com uma teleobjetiva. Podem funcionar de forma independente, para acorrer a qualquer ocasião de foto que surja à frente do utilizador. Conjugadas, dão ao Mate 20 Pro algumas funcionalidades de realidade aumentada, como a possibilidade de digitalizar um objeto real do mundo físico para, no futuro, o colocar, de forma virtual, num ambiente real. São lentes da marca Leica, que dão continuidade a uma parceria já longa entre as duas empresas.

Este telemóvel conta também com a tecnologia de reconhecimento facial a três dimensões, para desbloqueio do aparelho com o rosto, e uma porta USB-C que também funciona como saída de áudio das colunas, uma aposta de design que está a gerar curiosidade no mercado. Ainda assim, isso não impede o telemóvel de ser à prova de água e do pó. O novo modelo da Huawei também ainda com uma forte componente de inteligência artificial, que conta com a ajuda do novo processador da marca, o Kirin 980. São oito núcleos no total.

Ainda não há uma data para a chegada do Mate 20 Pro às lojas, mas deverá ser já no mês de novembro. Em Portugal, a empresa está a promover as pré-encomendas do novo modelo, por 1.049 euros, com oferta do novo relógio inteligente Huawei Watch GT para quem reservar até ao final deste mês.

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A tarde num minuto

Não teve tempo de ler as notícias esta tarde? Fizemos um best of das mais relevantes para que fique a par de tudo o que se passou, num minuto.

Mário Centeno nega que o Orçamento do Estado para 2019 seja o mais eleitoralista da legislatura e aponta o de 2016 como o que tem esse rótulo. Os motivos apresentados não são os tradicionais. António Costa mandou um recado a Itália, dizendo que é possível “virar a página à austeridade”, cumprindo as regras europeias.

O debate em torno do Orçamento do Estado para 2019 (OE2019) tem andado à volta de uma pergunta apenas. Este Orçamento foi feito a pensar nas eleições legislativas de 2019? Foi Marcelo Rebelo de Sousa que lançou a dúvida ainda em 2017 quando promulgou o OE2018 e alertou para receios de eleitoralismo. O OE já foi apresentado — o que aconteceu esta segunda-feira — e o Presidente da República já sinalizou que o que temia aconteceu.

“Se foi possível em Portugal, com as devidas adaptações, será seguramente possível de seguir por outros países”. Foi desta forma que António Costa reagiu em Bruxelas perante as questões dos jornalistas relativamente à crise italiana e ao risco de contágio para os restantes mercados, mandando o recado ao governo de Itália de que “é possível virar a página da austeridade” e ao mesmo tempo “cumprir as regras”.

Setembro foi mês de regresso ao trabalho para a Autoeuropa e, esse regresso, refletiu-se nas contas nacionais de produção automóvel. Portugal produziu 30.248 veículos automóveis ligeiros e pesados em setembro, um aumento de 101,5% relativamente ao mesmo mês do ano passado. Os dados foram divulgados esta quinta-feira pela ACAP – Associação Automóvel de Portugal. A produção nos primeiros nove meses do ano reforça assim os números já verificados em meses anteriores: desde o princípio de 2018, a produção de automóveis registou um crescimento de 87,3%, reflexo de 219.792 unidades fabricadas.

O Bank Millennium quer voltar a dar dinheiro aos acionistas. João Brás Jorge, o presidente executivo do banco polaco controlado pelo BCP, aguarda ainda a autorização do regulador para avançar com o pagamento de dividendos, prevendo entregar 20% dos lucros que obtiver este ano. Poderá ajudar o BCP a regressar também à distribuição de resultados.

Os contratos de arrendamento voltam a ter um limite mínimo de um ano. A proposta do PS aprovada esta quarta-feira no Parlamento com o apoio do Bloco e do PCP, em votação indiciária, no grupo de trabalho da habitação, determina que ainda que os contratos são automaticamente renovados por três anos se o senhorio nada disser em contrário, avança o Jornal de Negócios (acesso pago).

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PSD e CDS prometem chumbar revogação da “lei da Uber”

Os partidos da direita garantiram esta quinta-feira que vão votar contra as propostas da esquerda para alterar ou revogar a lei que vai regulamentar empresas como a Uber.

PSD e CDS vão travar a tentativa dos partidos da esquerda de alterar ou revogar a lei que vai regulamentar as plataformas como a Uber.Fernando Oda/Núcleo Editorial via Flickr

O PSD e o CDS garantiram que vão votar contra os projetos de lei que visam alterar ou revogar aquela que ficou conhecida como “lei da Uber”. As iniciativas do PEV, BE e PCP estão, desta forma, em risco de serem chumbadas no Parlamento.

A 13 dias da entrada em vigor da regulamentação, os deputados discutiram na Assembleia da República (AR) cinco projetos de lei para mudar a lei que vai regularizar a atividade de empresas como a Uber, a Cabify, a Taxify e a Chauffeur Privé. A três propostas do PEV visam definir a contingentação municipal das plataformas eletrónicas, impor tarifas fixas e definir que a formação de motoristas destas aplicações seja igual à que é necessária para o exercício da profissão de taxista. Já o PEV e o BE pedem a revogação da nova lei, que vai entrar em vigor a 1 de novembro.

“A lei, tal como está, representa uma verdadeira sentença de morte ao setor do táxi”, disse José Luís Ferreira, do PEV. Numa intervenção na sessão plenária desta quinta-feira, defendeu que o regulamento “acabou por não resolver o problema do enorme desequilíbrio” entre o setor do táxi e a Uber. A mesma ideia foi transmitida por Bruno Dias, do PCP, que lembrou que “estas empresas podem colocar quantos carros quiserem, onde quiserem, com os preços que quiserem”.

Por sua vez, Heitor de Sousa, do BE, pediu a revogação da “lei da Uber” para evitar que a entrada em vigor da mesma “provoque o caos completo”. “A lei lança confusão no transporte individual remunerado que é praticado no nosso país, seja na forma de táxi regular, seja na forma de táxi irregular”, disse, criticando o facto de o Governo ainda não ter publicado a portaria que clarifica quantas horas terão os cursos de formação que dão acesso à atividade de motorista da Uber.

Governo prepara-se para definir número de horas do curso de motorista

Em resposta ao BE, o deputado socialista Hugo Costa garantiu no Parlamento que o Governo já está a desenvolver a portaria que vai definir quantas horas terão os cursos de formação de motorista das plataformas eletrónicas. “Está neste momento em processo legislativo uma portaria do Governo para estabelecer a carga horária dos cursos de formação”, garantiu.

"Está neste momento em processo legislativo uma portaria do Governo para estabelecer a carga horária dos cursos de formação [de motorista da Uber].”

Hugo Costa

Deputado do PS

Hélder Amaral, do CDS, que presidiu a comissão onde a lei foi discutida na especialidade, saiu em defesa da lei, lembrando que a mesma prevê “expressamente” a existência dessa portaria para que o Governo possa definir o mesmo número de horas para o setor do táxi e para as plataformas como a Uber. Lembrou ainda que a lei “prevê tetos máximos para preços”. Hélder Amaral disse, por fim, que a lei foi “feita de forma séria e ponderada” e, por isso, assumiu o voto contra do CDS às iniciativas em discussão.

Também o PSD, pela voz de Paulo Rios de Oliveira, assumiu o chumbo das propostas. “Responder aos taxistas não é revogar a lei. É atualizá-los e dar-lhes condições para que possam atuar de igual para igual com as vantagens das plataformas. É ajudando a que se atualizem”, defendeu.

Os taxistas protagonizaram no mês passado oito dias de paralisação para tentarem impedir a entrada em vigor da “lei da Uber”. As promessas do PCP e do BE de que iriam pedir a revogação da lei acabaram por levar à desmobilização. Na altura, ao ECO, Florêncio de Almeida, presidente da Antral, uma das associações representativas dos taxistas, disse que o setor perdeu três milhões de euros em receitas. Estimou ainda que o impacto do protesto na economia portuguesa foi de dez milhões de euros.

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Há menos milionários em Portugal. Agora são 94 mil

Enquanto no resto do mundo está a aumentar o número de milionários, sendo já 42,2 milhões, em Portugal há menos. Depois dos 99 mil em 2017, este ano há menos cinco mil, embora tenham mais dinheiro.

Há mais milionários no mundo, mas em Portugal o número de fortunas encolheu. De acordo com o Global Wealth Report, do Credit Suisse, dos 99 mil afortunados no ano passado sobraram 94 mil, este ano. Reduziu-se o número, mas a riqueza que estes têm cresceu para um valor cada vez mais perto dos mil milhões de dólares.

Em 2017, o relatório do banco suíço dava conta da existência de 68 mil portugueses avaliados em mais de um milhão de dólares (867 mil euros). Este ano, o Global Wealth Report reviu os dados, apontando para um total de 99 mil milionários no ano passado, número que encolheu em 2018 num total de cinco mil.

Ao ECO, o Credit Suisse explicou que os dados “são revistos de tempos a tempos. A riqueza por adulto para Portugal foi revista em meados de 2017, levando a um aumento do número de milionários” de 68 para 99. Este ano “houve uma redução do número de milionários” para 94 mil.

Apesar da quebra do número de milionários, a fortuna a agregada destes cresceu. Enquanto no ano passado os portugueses com mais de um milhão de dólares apresentavam um património total de 854 milhões de dólares, este ano o valor passou para 916 milhões (794 milhões de euros), segundo dados publicados no site do CreditSuisse.

Enquanto estes 94 mil portugueses têm uma fortuna de milhões, a média da fortuna dos adultos portugueses é bem menor, mas cresceu. Se no ano passado estava em 101,8 mil dólares, este ano subiu para 109,3 mil dólares. A mediana, ou seja, sem considerar os mais ricos nem os mais pobres, aponta para um nível de riqueza de 31.313 dólares por adulto. Cresceu mais de cinco mil no espaço de um ano.

EUA, China e Japão dominam

Espalhados pelo mundo estão 317 biliões de dólares (275 biliões de euros) — mais 14 biliões de dólares do que no ano passado –, colocados nas contas bancárias de 42,2 milhões de milionários (mais 2,3 milhões do que no ano passado). Desse total, 98 biliões de dólares pertencem a milionários norte-americanos, que aumentaram a sua riqueza em 6,3 biliões desde o ano passado. Atrás estão os chineses com um pedaço equivalente a 52 biliões de dólares.

Ranking dos países com maior número de milionários

Fonte: Credit Suisse

O Credit Suisse destaca ainda os aumentos de riqueza da Alemanha, da França e do Reino Unido, que corresponderam a quase um bilião de dólares face ao ano passado, bem como a Itália e o Japão, de cerca de 500 mil milhões de dólares cada um. Em média, cada milionário viu a sua riqueza aumentar 3,2% no espaço de um ano, elevando a riqueza média global para o recorde de 63,1 mil dólares.

“A distribuição global da riqueza continua concentrada principalmente na América do Norte e na Europa, contabilizando 60% da riqueza total das famílias, mas abrangendo apenas 17% da população adulta mundial. Contudo, espera-se que as economias emergentes recuperem da sua recente estagnação e continuem a aproximar-se das economias desenvolvidas nos próximos cinco anos”, diz Anthony Shorrocks, economista e autor do relatório.

A Europa continua a deter uma grande parcela global da riqueza e a acolher um terço dos indivíduos que pertencem à faixa de riqueza mais elevada (património superior a 100 mil dólares) e 30% das pessoas com património superior a um milhão de dólares. As incertezas políticas e as variações cambiais contribuíram para o desempenho estável, embora não espetacular, da Europa no último ano, com eventos como o Brexit a causar impacto”, acrescenta Michael O’Sullivan, regional chief investment officer EMEA, da International Wealth Management, em comunicado.

Para os próximos cinco anos, estima-se que a riqueza global cresça quase 26%, batendo os 399 biliões de dólares (346 biliões de euros). Relativamente ao número de milionários, este deverá atingir os 55 milhões, um novo recorde histórico.

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CTT avançam para tribunal contra a Anacom

Os CTT contestam o relatório da Anacom sobre a qualidade do serviço dos correios prestado pela empresa. Neste sentido vai avançar para tribunal.

Os CTT contestam o relatório da Anacom sobre a qualidade do serviço dos correios prestado pela empresa. Neste sentido vão avançar pela “via de ação arbitral e administrativa ” no sentido de tentar invalidar a decisão do regulador que qualifica de “desproporcional e desadequada”.

“Os CTT consideram que a adequada defesa dos legítimos direitos e interesses da empresa justifica o recurso aos referidos meios processuais, sem prejuízo de os CTT manterem uma estratégia empenhada na contínua melhoria operacional e satisfação dos seus clientes, reforçada com o recente anúncio de investimento na modernização da distribuição postal”, dizem os CTT em comunicado.

Os CTT pedem assim a “declaração de invalidade” da decisão de 18 de julho, em que o regulador aprovou os indicadores de qualidade do serviço universal que os CTT vão ter de cumprir em 2019 e 2020 enquanto prestador do serviço postal universal.

A empresa liderada por Francisco de Lacerda dá assim seguimento ao que já naquela altura tinha admitido vir a fazer. Ainda em julho, logo após a divulgação dos critérios de qualidade, os CTT disseram que os iria analisar e que estava a ponderar recorrer aos meios legais.

São cinco os pontos referidos na fundamentação apresentada pelos CTT para avançar com esta contestação.

Em comunicado enviado à CMVM, os Correios começam por dizer que “as obrigações de qualidade de serviço do SPU aí previstas constituem uma alteração do paradigma vigente nos últimos 18 anos, sobretudo ao eliminar o indicador global de serviço e impor um incremento significativos seja do número de indicadores de qualidade de serviços de 11 para 24, seja dos objetivos por IQS”.

Salienta ainda que, num contexto de queda do tráfego postal e crescente digitalização da população e das empresas torna “tais obrigações de qualidade de serviço do SPU afiguram-se desproporcionais“.

Além disso, refere que “os objetivos agravados (em especial, incluindo 6 indicadores de qualidade de serviço com objetivos de 99,9%) são também desajustados se considerarmos os erros inevitáveis dos processos manuais e automatizados de qualquer atividade”, alertando que estas realidades “prejudicam a exequibilidade de tais objetivos”.

Os CTT socorrem-se ainda de um estudo comparativo para suportar o “caráter desproporcional e inadequado” das imposições da Anacom.

A empresa liderada por Francisco de Lacerda refere ainda que, caso a decisão da Anacom não seja considerada inválida, pretende apresentar também um pedido subsidiário de compensação, salientando que “este quadro regulatório vem afetar o equilíbrio financeiro da concessão”, avançando com uma estimativa de um encargo adicional de até 12 milhões de euros por ano nos dois anos até 2020 para que os CTT se consigam aproximar do cumprimento dos objetivos impostos”.

(Notícia atualizada às 18h15 com mais informação)

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Há 18 meses que o Governo defende travão às reformas antecipadas. Está instalada a confusão na geringonça

Está instalada a confusão. Depois do Orçamento prometer um alívio nos cortes às reformas antecipadas, Vieira da Silva veio colocar um travão no acesso. César parece discordar. De que lado está Costa?

A novidade foi dada pelo ministro Vieira da Silva esta quarta-feira: o Governo vai alterar o regime de antecipação das reformas, limitando o acesso aos trabalhadores que aos 60 anos de idade tenham 40 de descontos.

A notícia caiu que nem uma bomba junto do PCP e do Bloco que acabaram de negociar com o Governo novas regras para evitar a dupla penalização das reformas antecipadas. Vamos por partes.

O que disse Vieira da Silva?

O ministro do Trabalho e da Segurança Social deu esta quarta-feira uma conferência de imprensa onde disse que as condições de acesso às pensões antecipadas vão mudar, a partir de outubro do próximo ano.

De acordo com ministro do Trabalho e da Segurança Social, a partir dessa altura, só poderá reformar-se antecipadamente quem aos 60 anos de idade já conte com 40 de contribuições. Com esta nova alteração, uma pessoa que queira reformar-se antecipadamente aos 61 anos, contando com 40 anos de descontos, não poderá fazê-lo, já que aos 60 não contava com os 40 anos exigidos (tinha apenas com 39 anos).

O regime atualmente em vigor é mais flexível do que este, permitindo o acesso às pensões antecipadas a todos aqueles que tenham 60 anos de idade e 40 de descontos, isto é, não exige a coincidência temporal de ambas as condições. Nesse caso, aos 61 anos, com 40 anos de descontos, ainda é possível pedir reforma antecipada.

É a primeira vez que o ministro defende este travão?

A resposta é não. O ECO já tinha noticiado em abril de 2017 a intenção do Governo de colocar este travão. Nessa altura, Vieira da Silva entregou aos parceiros sociais uma proposta para um novo regime das pensões, sendo que nesse documento se lia que “a idade e a carreira mínimas para a antecipação da reforma, corresponde respetivamente a 60 anos de idade e 40 anos da carreira contributiva”, mas remetia depois para uma nota de rodapé, onde se lia: “como condição inicial de acesso à reforma antecipada é verificada a existência de 40 anos de carreira contributiva aos 60 anos de idade”.

Quer isso dizer que, independentemente da altura em que o trabalhador peça a reforma antecipada, terá sempre de reunir 40 anos de descontos na altura em que tinha 60 anos de idade.

Por que é que PCP e Bloco estão descontentes?

O que Vieira de Silva veio defender ontem (e já tinha defendido em abril de 2017) irá limitar significativamente o número de pessoas que podem pedir para ter acesso às reformas antecipadas. Na prática, as novas regras deixam de fora todos os que começaram a trabalhar depois dos 20 anos, excluindo, por exemplo, todos os portugueses que tenham optado por fazer um curso superior antes de começar a trabalhar.

PCP e Bloco já vieram reagir e mostrar o desagrado, não só porque discordam deste travão, mas porque acabaram de negociar com o Governo um Orçamento que trava a dupla penalização das reformas antecipadas. As reformas antecipadas preveem uma penalização de 14,5% pelo fator de sustentabilidade para quem se reforme antes dos 66 anos e 4 meses (a atual idade de reforma) e ainda um corte adicional de 0,5% por cada mês (ou 6% por cada ano) de antecipação face à idade legal de reforma.

O que já foi feito para aliviar não penalizar as reformas antecipadas?

Desde outubro de 2017 que o Governo eliminou a penalização do fator de sustentabilidade (mantendo o corte de 0,5% por cada mês de antecipação) para as seguintes situações:

  • Trabalhadores com 48 ou mais anos de descontos que já contem 60 ou mais anos de idade;
  • E ainda aqueles que cumulativamente cumpram estas duas condições: 1) Iniciaram a sua atividade profissional com 14 anos ou idade inferior; 2) Tenham, aos 60 ou mais anos, pelo menos 46 anos de carreira contributiva.

Este mês, Vieira da Silva alargou esta despenalização a quem tenha pelo menos 46 anos de descontos e tenha começado a trabalhar aos 16 anos de idade ou antes (na primeira fase, eram apenas os que iniciaram a sua atividade profissional com 14 anos ou menos).

O que prevê o OE sobre as longas carreiras contributivas?

O que o PCP e o Bloco negociaram agora com o Governo para o Orçamento do Estado foram mais duas fases no sentido de eliminar o corte pela via do fator de sustentabilidade.

Assim, a partir de janeiro de 2019, será eliminado o fator de sustentabilidade para quem se reforme com 63 anos de idade (e que aos 60 já tinha 40 de descontos). O mesmo alívio do corte que tira 14,5% às pensões chegará, depois, em outubro, aos pensionistas com 60 anos e 40 de descontos.

O que disse Carlos César?

Esta tentativa de colocar um travão ao acesso às reformas antecipadas anunciada por Vieira da Silva (só pode reformar-se ‘quem aos 60 anos já tiver 40 anos de desconto’), numa altura em que o Governo alivia a penalização prevista — ou seja, não aplica tantos cortes, mas dificulta e de que maneira o acesso — não agradou ao PCP, Bloco e, aparentemente nem ao PS.

“Não vamos transformar uma boa notícia num pesadelo para o conjunto dos outros pensionistas”, disse o Bloco de Esquerda.

Perante os jornalistas, Carlos César defendeu esta quinta-feira que, caso se revele necessária “uma clarificação sobre os objetivos do Governo, que é o de melhorar a acessibilidade à reforma antecipada e de eliminar as penalizações, é isso mesmo que será feito”.

De acordo com o presidente do Grupo Parlamentar do PS, “o que o Governo quer é que o regime para esse efeito seja melhor e não pior. Ora, havendo dúvidas sobre o normativo, o que haverá naturalmente a fazer, desde logo, é perceber da parte do Governo se também partilha essas dúvidas”.

E de que lado está António Costa?

Do lado do Governo, falaram Vieira da Silva (para anunciar o travão ao acesso às reformas antecipadas) e António Costa.

Em Bruxelas para uma reunião de dois dias do Conselho Europeu, o primeiro-ministro foi confrontado com duas perguntas sobre o tema e deu as seguintes respostas:

Quer explicar a medida das pensões de reforma? A questão dos 60 anos com 40 anos de trabalho?
“Acho que já foi bem explicado ontem pelo senhor ministro do trabalho da Solidariedade e da Segurança Social. Não acrescentaria a partir de Bruxelas nada mais ao que já foi dito ontem em Lisboa”.

A Catarina Martins diz que não foi isso que acordou com o Governo…
“Não vou acrescentar nada aqui em Bruxelas do debate que segue em Lisboa e que em Lisboa está bem situado”.

Ao dizer que o tema “já foi bem explicado ontem pelo senhor ministro do trabalho da Solidariedade e da Segurança Social”, o primeiro-ministro, aparentemente, está a confirmar que o novo travão ao acesso às reformas antecipadas é mesmo para avançar.

O ECO tentou obter um esclarecimento junto do ministério do Trabalho e da Segurança Social, mas ainda sem sucesso.

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Poupar por objetivos

  • ECO + Fidelidade
  • 18 Outubro 2018

A taxa de poupança das famílias portuguesas está em mínimos históricos. Houve uma queda acentuada entre 1995 e 2017, passando a taxa de 12,9% para uns escassos 5,1%.

Bastaria a necessidade de colmatar o gap entre os salários e as pensões, para justificar um reforço da poupança dos portugueses que lhes possibilitasse uma transição mais serena entre a vida ativa e a reforma. Sabemos, porém, que essa consciência não está disseminada e que, frequentemente, só demasiado tarde as pessoas despertam para essa realidade. Por isso importa, ajudar a incentivar os hábitos de poupança desde as idades jovens, não só para fazer face às incertezas que poderão vir a enfrentar ao longo da vida (reforma, acidentes, doenças…), mas sobretudo para ajudar a realizar os seus projetos de vida.

Fontes: INE, Pordata

Não será a vida pessoal e profissional de cada um de nós determinada em grande medida pelos objetivos que vamos estabelecendo ao longo da mesma? Os hábitos de poupança devem contribuir para alcançar esses objetivos, sendo que as seguradoras têm uma responsabilidade especial em fazer despertar esta necessidade e em disponibilizar instrumentos de poupança que permitam almejar níveis de rendibilidade que incentivem a decisão de poupar.

A poupança não é mais do que a parcela da renda ou do património que não é gasto no período em que é recebido e, por consequência, é guardado para ser utilizado num momento futuro. Para o cidadão comum a maior parte do capital de que consegue dispor vem da poupança e não do resultado do seu investimento.

Poupar exige esforço e disciplina para contrariar os apelos da sociedade de consumo, que conduz a gastos supérfluos. As pessoas terão que assumir alguns compromissos de aforro, criar uma rotina e separar periodicamente um valor para poupança. É como pagar o crédito à habitação, assumir e cumprir disciplinadamente.

Uma estratégia pode ser a definição de objetivos de Poupança: uma viagem, uma formação, renovar a casa, criar um pecúlio, o que for importante para nós e nos motive a “atirar” capital para o futuro.

Depois é preciso determinar o valor desse objetivo, quanto capital será necessário. Em seguida temos que saber qual o montante que podemos por de lado em cada mês, o nosso esforço.

Imaginando que queremos fazer uma viagem com um custo estimado de quatro mil euros. Sabemos que conseguimos poupar 100 euros por mês. Quantos meses são precisos? 4000/100 = 40. Se formos regulares chegamos lá em 40 meses, ou seja em três anos e quatro meses. Admitindo que podemos ter alguns meses com imprevistos em que não conseguimos poupar, e que isso acontecerá uma vez em cada 10, temos de acrescentar quatro meses. Assim, dependendo só da poupança, podemos atingir o nosso valor objetivo em três anos e oito meses. Contar com os imprevistos ajuda a reduzir a frustração e a viver uma experiência melhor.

E agora? O ideal é isolar essa poupança numa aplicação separada. Desta forma podemos programar as entregas mensais e controlar o valor poupado em cada momento, medindo a distância ao objetivo.

É possível definir vários objetivos de poupança, mas a carga de esforço deve ser sustentável para evitar desistências e assim sentir a recompensa do sacrifício do ato de poupar, ao atingir e realizar o objetivo.

As vantagens da poupança por objetivos serão: o aumento da motivação, sabermos para que estamos a fazer o esforço; a alegria de chegar ao momento da satisfação da necessidade e ter o capital necessário; e evitar custos desnecessários com o recurso ao crédito.

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Bruxelas vai pedir esclarecimentos sobre propostas orçamentais a pelo menos três países

  • Lusa
  • 18 Outubro 2018

Segundo o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, Bruxelas vai pedir esclarecimentos sobre as propostas orçamentais a pelo menos três países: Itália, Bélgica e Espanha.

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, disse que o executivo comunitário deverá pedir esclarecimentos sobre outras propostas orçamentais na zona euro, para além da Itália. “Analisámos brevemente as questões orçamentais, que estão na ordem do dia”, durante a cimeira da zona euro, disse Juncker, na conferência de imprensa final, salientando que “nos casos em que houver dúvidas, estas serão esclarecidas”.

“O primeiro-ministro italiano apresentou a situação com talento e esta será analisada com o mesmo rigor do que todas as outras propostas de orçamento já recebidas”, salientou. Para além de Itália, Juncker falou no caso da Bélgica, esclarecendo que não há qualquer decisão tomada sobre a proposta orçamental e que se houver dúvidas sobre esta ou qualquer outra, estas serão esclarecidas. O Governo de Madrid, segundo a Efe, já confirmou que irá receber uma carta de Bruxelas a pedir esclarecimentos.

Na cimeira da zona euro, indicou que “chegámos finalmente a acordo sobre a necessidade de completar a União Monetária e a União dos Mercados de Capitais, bem como as garantias de depósitos”.

Em Itália, o executivo de coligação populista, que inclui o Movimento Cinco Estrelas (M5S) e a Liga, enviou na noite de segunda-feira a Bruxelas um plano orçamental em que prevê um défice de 2,4% do PIB para 2019. O “orçamento do povo”, como foi batizado pelo governo, inclui 37 mil milhões de euros de despesas extras e uma redução de impostos, o que elevará o défice a 22 mil milhões de euros.

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Siza Vieira é casado com dirigente da associação de hotelaria. Governo não vê incompatibilidades

  • Lusa
  • 18 Outubro 2018

O novo ministro da Economia tutela a área do Turismo, setor onde a sua mulher está presente ao dirigir a AHP, uma situação que, segundo o Governo, “não cria incompatibilidades”.

O novo ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, tutela a área do Turismo, setor onde a sua mulher está presente ao dirigir a Associação de Hotelaria de Portugal (AHP), uma situação que, segundo o Governo, “não cria incompatibilidades”.

Cristina Siza Vieira, jurista, tornou-se em 2010 presidente executiva da AHP, depois de ter sido adjunta da presidência do Conselho de Administração da Amorim Turismo e diretora-geral do Turismo.

Questionados sobre eventuais incompatibilidades por causa das relações familiares existentes, fontes oficiais dos dois organismos garantiram estar afastado esse cenário.

Fonte oficial do gabinete de Pedro Siza Vieira referiu à agência Lusa que Cristina Siza Vieira é funcionária da AHP, que é uma “associação privada sem fins lucrativos”, que não “visa benefícios próprios”, mas antes “defender o coletivo” dos seus associados.

A mesma fonte sublinhou que quaisquer entradas em concursos, por exemplo para financiamentos europeus, têm regras definidas e júris, o que pressupõe “escrutínio dos processos”.

Também pelo lado da AHP, fonte oficial afastou qualquer possibilidade de “incompatibilidade ou conflito de interesses”, uma vez que Cristina Siza Vieira “desenvolve uma atividade no setor há mais de 20 anos”, sublinhando que a associação é “privada sem fins lucrativos”.

“A associação não visa o lucro”, afirmou a mesma fonte, que lembrou que a associação tem um presidente do Conselho Geral, que é eleito pelos associados, estando atualmente nesse cargo Raul Martins, proprietário dos hotéis Altis.

O mandato dos atuais órgãos sociais termina no final deste ano.

Pedro Siza Vieira, que já fazia parte do executivo, como ministro adjunto, substituiu Manuel Caldeira Cabral na pasta da Economia, que agrega agora quatro secretarias de Estado, a do Turismo (Ana Mendes Godinho), Economia (João Correia Neves), Defesa do Consumidor (João Torres) e da Valorização do Interior (João Catarino).

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Não há duas sem três. Bolsa de Lisboa avança apesar da queda de 3% do BCP

Praça nacional conseguiu contrariar pressão negativa do exterior. Ações da Nos continuam a manifestar-se em alta. Mau desempenho do BCP quase derrubou o PSI-20.

A bolsa nacional avançou pela terceira vez seguida à boleia do bom desempenho da Nos e vai já no ciclo mais prolongado de ganhos num mês. Os ganhos no PSI-20 não foram maiores porque o BCP teve um mau dia: as ações derraparam quase 3%. Ainda assim, Lisboa contrariou o sentimento negativo lá fora.

O principal índice português avançou 0,06% para 5.060,36 pontos, com as ações da Nos a subirem 2,53%. Os analistas têm associado a valorização da operadora liderada por Miguel Almeida a uma correção técnica do título. Também os pesos pesados Galp e Jerónimo Martins avançaram com ganhos de 0,42% e 0,07%, respetivamente.

Do lado positivo, destaque ainda para os CTT: os títulos valorizaram 0,24% no dia em que a empresa anunciou um plano de modernização e investimento de 40 milhões de euros.

Nem tudo foi positivo em Lisboa, que até conseguiu contrariar o movimento negativo europeu. Isto porque as ações do BCP estiveram sob pressão vendedora e fecharam a cair 2,77% para 0,228 euros. Esta quinta-feira, o CEO do Millenium Bank (o banco polaco do BCP) disse que pretende pagar dividendos com base nos resultados deste ano, o que poderá ajudar a casa-mãe a ir no mesmo sentido.

BCP sob pressão

No panorama internacional, a sessão acabou por ser sobretudo penalizadora para as praças de Milão e de Madrid, por razões distintas. O italiano FTSE-Mib cedeu 1,89% numa altura em que o Orçamento do Estado apresentado por Roma levanta sérias dúvidas a Bruxelas. Já o espanhol IBEX-35 perdeu 1,20%, com a banca a ser altamente pressionada depois de o Supremo Tribunal ter decretado que serão as instituições financeiras e não os clientes a assumirem os encargos relativos ao imposto de selo de registo de um contrato hipotecário.

Entretanto, o principal índice do Velho Continente, o Stoxx 600, caiu 1,71%.

(Notícia atualizada às 17h02)

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“As empresas que não estão a aplicar a inteligência artificial aos seus negócios já estão fora do jogo”

Para a diretora geral da Microsoft Portugal, independentemente da área de negócio, as empresas têm neste momento uma enorme oportunidade para implementarem as tecnologias digitais.

Naquela que parece já ser a era da inteligência artificial (IA), as empresas que não estão a aplicar esta tecnologia aos seus negócios já “estão fora do jogo”. Quem o diz é Paula Panarra, diretora geral da Microsoft Portugal, que considera que a IA vem aumentar a capacidade do homem, trazendo otimização às operações e uma melhor relação com os clientes.

De acordo com as conclusões de um estudo da Microsoft Portugal sobre o estado da implementação destas tecnologias na economia em Portugal, que envolveu cerca de 22 empresas portuguesas, Paula Panarra diz que há ainda uma percentagem que não iniciou qualquer projeto que envolva esta tecnologia, 18% das empresas mais precisamente. Por outro lado, 50% estão em fase de plano e piloto e apenas um terço das empresas já têm um projeto de IA implementado.

“As áreas onde mais projetos estão a acontecer estão focadas nos produtos, na otimização de operações e naquilo que é a relação com o cliente”, afirma a diretora geral da Microsoft Portugal.

Empresas como a EDP, os CTT, o Crédito Agrícola e a Salsa — todas de setores diferentes — já utilizam as tecnologias digitais e, mais do que isso, estão a tirar partido da transformação digital.

Paula Panarra, diretora geral da Microsoft PortugalHenrique Casinhas / ECO

Nos CTT, as tecnologias possibilitam a antevisão da rota ideal para os carteiros seguirem. Já a Salsa, uma indústria completamente diferente, está a prever o futuro, antecipando aquilo que sabe serem as preferências dos consumidores. O Crédito Agrícola utiliza a tecnologia para, por exemplo, proceder à prevenção de fraude e, na EDP, uma empresa com uma grande base de clientes, o objetivo é estabelecer uma relação com os clientes, de modo a proporcionar-lhes um serviço melhorado.

Seja qual for a área de negócio, desde a energia, passando pelo retalho, entretenimento ou banca, “temos, neste momento, uma imensa oportunidade de implementação das tecnologias digitais em todos os setores”, refere Paula Panarra.

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Produção automóvel duplica em setembro com regresso da Autoeuropa

Mais de 97% dos veículos fabricados em Portugal têm como destino o mercado externo, tendo as exportações registado um crescimento acumulado de 111,0% em termos homólogos.

Setembro foi mês de regresso ao trabalho para a Autoeuropa e, esse regresso, refletiu-se nas contas nacionais de produção automóvel. Portugal produziu 30.248 veículos automóveis ligeiros e pesados em setembro, um aumento de 101,5% relativamente ao mesmo mês do ano passado. Os dados foram divulgados esta quinta-feira pela ACAP – Associação Automóvel de Portugal. A produção nos primeiros nove meses do ano reforça assim os números já verificados em meses anteriores: desde o princípio de 2018, a produção de automóveis registou um crescimento de 87,3%, reflexo de 219.792 unidades fabricadas.

Por tipo de veículos, o crescimento mais elevado foi nos automóveis ligeiros de passageiros, seguidos dos comerciais ligeiros. Em contrapartida, a produção de pesados registou uma forte quebra, reforçando a tendência de meses anteriores.

“A informação estatística relativa aos últimos nove meses de 2018 confirma a importância que as exportações representam para o setor automóvel já que 97,1% dos veículos fabricados em Portugal têm como destino o mercado externo, tendo as exportações registado um crescimento acumulado de 111,0% em termos homólogos”, explica a ACAP em comunicado.

Nas exportações, a Europa continua a ser o destino favorito dos veículos fabricados em Portugal: 90,2% do total vão para países como a Alemanha, a França, Itália e Espanha.

 

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