2018: unicórnios, IPO e um ano de ouro das startups em Portugal

Farfetch entrou na bolsa de Nova Iorque, Raize na Euronext. E a Talkdesk foi a startup fundada por portugueses que mais rápido se transformou em unicórnio. Passamos em revista o ano 2018.

Dois unicórnios e dois IPO fizeram o ano das startups com DNA português. 2019 será melhor?Ana Raquel Moreira

Dois novos unicórnios, dois IPO concretizados e um anunciado e um grande anúncio para as startups com dedo português. 2018 foi ano rico em novidades e… em boas notícias. A Farfetch, que já dava que falar no ano passado, entrou finalmente em bolsa. E José Neves, português, fundador e CEO da empresa, colocou DNA português em Wall Street, pela primeira vez.

A entrada do capital da empresa em bolsa aconteceu três anos depois de a Farfetch ter alcançado o estatuto de unicórnio — empresa avaliada em mil milhões de dólares — na sequência de uma ronda de investimento de 86 milhões levantada em 2015 e liderada pela DST Global. Na estreia na maior praça financeira do mundo — e depois de uma oferta pública inicial em que foram vendidas 44,2 milhões de ações ao preço de 20 dólares cada, o unicórnio apresentou-se no mercado com uma avaliação de 5,8 mil milhões de dólares.

A empresa, fundada em 2008 em Leça do Balio, foi desde sempre alvo de muito interesse por parte de business angels, sobretudo pela forma como se posicionou no mercado de luxo. No entanto, não foram apenas estes investidores privados que ganharam com a abertura do capital da plataforma de moda de luxo: a Caixa Capital, braço de capital de risco da Caixa Geral de Depósitos, investiu na empresa por altura da Série E de financiamento, aplicando 905.842 euros, o equivalente a um milhão de dólares ao câmbio da altura, e fez o seu investimento crescer na altura da ronda de Série F. Assim, com a chegada da empresa à bolsa nova-iorquina, o valor multiplicou-se por quase seis vezes com o número fixado para o IPO.

Na sessão de estreia, de 20 dólares, as ações passaram para os 27 dólares nas primeiras transações e foram subindo até ao máximo de 30,60 dólares por ação, o que reflete uma valorização de 53%. No final do primeiro dia, o saldo não poderia ser melhor. As ações fecharam a valer 28,45 dólares, uma valorização de 42,25%. Ou seja, uma avaliação em bolsa de 8,11 mil milhões de dólares, mais de oito vezes o valor a que a Caixa Capital entrou. Atualmente, a posição do fundo vale mais de oito milhões.

De IPO em IPO

Mas a Farfetch não foi a única. A Raize, startup portuguesa que é uma plataforma de crowdfunding para PME, anunciou no início do ano que estava a preparar o IPO na bolsa nacional. A entrada na Euronext aconteceu meses depois do anúncio e, na estreia, a startup viu os títulos darem um pulo de 10% para 2,20 euros por ação, com mais de 49 mil ações a trocarem de mãos e com a procura a superar em quase quatro vezes a oferta. A oferta foi subscrita em 369% numa operação avaliada em 1,5 milhões de euros, para uma capitalização inicial de dez milhões. No total, participaram 1.419 investidores, a maioria investidores de retalho, mas também alguns investidores institucionais.

A mesma Raize terá servido de inspiração à Science4You, cuja entrada em bolsa — agendada inicialmente para 21 de dezembro — foi adiada para 8 de fevereiro. Ainda que não tenha cancelado a Oferta Pública de Venda (OPV), a empresa que produz brinquedos anunciou que iria prolongar a operação — que dura desde 28 de novembro — até 1 de fevereiro. Miguel Pina Martins, CEO da empresa, justificou a decisão com um novo contrato de liquidez com um intermediário financeiro.

Promovidos a unicórnio

Em junho, a abrir o segundo semestre o ano, a OutSystems tornou-se unicórnio. O feitiço, como escreveu o ECO na altura, foi avançado pelo jornal Financial Times e confirmado pela empresa em comunicado.

“A OutSystems anuncia o levantamento de 360 milhões de dólares numa ronda de investimento por parte do KKR e do Goldman Sachs. (…) O valor do financiamento coloca a empresa bem acima dos mil milhões de dólares e vai ser utilizado para acelerar a expansão do negócio e novos avanços em I&D em software de automação”. Com 700 trabalhadores e a operar em 52 países, a OutSystems quer ser líder no mercado do desenvolvimento rápido de aplicações. A empresa tinha, segundo o FT, receitas de 100 milhões de euros e um crescimento anual a 70%.

Liderada por Paulo Rosado, a empresa fundada há 17 anos dedica-se a combater um dos maiores problemas que as empresas enfrentam atualmente: a falta de velocidade e agilidade do desenvolvimento tradicional de software, um impedimento da transformação digital em todo o mundo. A empresa, que tem a sede no Porto, continua a crescer em território nacional e anunciou, em fevereiro deste ano, a instalação de um centro de inteligência artificial e machine learning — o Projeto Turing — para desenvolver e transformar o atual ciclo de desenvolvimento de software.

Mais tarde, a surpresa-unicórnio do ano. Ao contrário das apostas — que apontavam para que o próximo unicórnio português fosse a Feedzai –, a ronda de financiamento liderada pela Viking Global no valor de 100 milhões de dólares garantiu à Talkdesk o título de unicórnio, o terceiro com ADN português e o segundo de 2018.

A empresa fundada por Cristina Fonseca e Tiago Paiva em 2011, que desenvolve software usado por empresas para os serviços de call center, passou a estar avaliada em 1,2 mil milhões de euros depois da ronda de financiamento. Com a ronda de financiamento, a Talkdesk deverá desenvolver três áreas específicas. “Temos um plano ambicioso de chegar aos 1.000 engenheiros até 2020 e investir no produto; para expansão comercial, com a contratação de equipas de marketing; e numa terceira área, para reforçar a aposta no mercado europeu”, contava Marco Costa, diretor-geral da Talkdesk, em conversa com o ECO no início de outubro.

WS x 10

E, depois de três anos em Lisboa — e de muita especulação e até apostas — o Web Summit decidiu ficar em Portugal por mais uma década. A continuidade, avançada pelo ECO em agosto e confirmada pelo Governo, pela Câmara Municipal de Lisboa e a organização do evento a 3 de outubro, fechou meses de negociações. Lisboa venceu a competição contra cidades como Madrid, Berlim, Valência, Londres ou Paris.

Os números da continuidade do Web Summit em Lisboa.Infografia: Lídia Leão

Portugal vai pagar, por ano, 11 milhões de euros para manter o maior evento de tecnologia e empreendedorismo do mundo em Lisboa. Mas o número mais impressionante vai para a cláusula de rescisão: 340 milhões de euros por ano, se a organização irlandesa decidir ir embora antes do período acordado.

Na edição de 2018, o Web Summit contou com uma assistência de quase 70 mil pessoas durante os quatro dias de evento na FIL e no Altice Arena, no Parque das Nações. O retorno do evento, para 11 milhões anuais de investimento, está estimado em 300 milhões de euros, de acordo com as contas do Governo.

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Marcelo reúne-se com Bolsonaro na quarta-feira em Brasília

  • Lusa
  • 31 Dezembro 2018

O chefe de Estado português vai reunir-se com o novo Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, na quarta-feira, em Brasília, no dia seguinte à sua posse, disse à Lusa fonte diplomática.

O chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, vai reunir-se com o novo Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, na quarta-feira, em Brasília, no dia seguinte à sua posse, disse à Lusa fonte diplomática. O encontro está marcado para as 10:45 locais (12:45 em Lisboa), no Palácio do Planalto, adiantou a mesma fonte.

Marcelo Rebelo de Sousa chega esta segunda-feira a Brasília, juntamente com o Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, para assistir à cerimónia de posse de Jair Bolsonaro como Presidente do Brasil, que se realizará na terça-feira, dia 01 de janeiro.

O Presidente da República viajou de Lisboa no domingo, em voo da Força Aérea Portuguesa, com escala em Cabo Verde.

São esperados nesta cerimónia de posse, sobretudo, presidentes de países sul-americanos como Chile, Colômbia, Peru, Uruguai, Paraguai e Bolívia, e também os primeiros-ministros da Hungria, Viktor Orbán, e de Israel, Benjamin Netanyahu, e o secretário de Estado dos Estados Unidos da América, Mike Pompeo.

No dia 29 de outubro, um dia após a eleição de Jair Bolsonaro, o chefe de Estado português defendeu que Portugal e o Brasil “têm de se dar bem” e disse esperar “um trabalho em conjunto a nível de chefes de Estado” durante o mandato do novo Presidente brasileiro.

Marcelo Rebelo de Sousa salientou, na altura, que “há uma comunidade portuguesa e lusodescendente fortíssima no Brasil, de várias gerações, e agora há uma comunidade brasileira fortíssima em Portugal”.

O candidato de extrema-direita Jair Bolsonaro, de 63 anos, capitão do Exército brasileiro na reforma, filiado no Partido Social Liberal (PSL), foi eleito o 38.º Presidente da República Federativa do Brasil, com 55,1% dos votos, na segunda volta das eleições presidenciais brasileiras, no dia 28 de outubro.

O seu adversário, Fernando Haddad, candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), obteve 44,9% dos votos, numas eleições com cerca de 147,3 milhões de eleitores inscritos, em que a abstenção registada foi de 21,3%, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral do Brasil.

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Euro é um dos maiores sucessos” mas devemos fazer mais para fortalecê-lo, alertam responsáveis europeus

  • Vasco Gandra, em Bruxelas
  • 31 Dezembro 2018

Líderes das principais instituições da UE prometem fazer as reformas necessárias para completar a União Económica e Monetária e promover o euro como moeda de referência nas transações internacionais.

Num comunicado conjunto para marcar os 20 anos de existência do euro, os presidentes da Comissão, do Conselho, do Parlamento Europeu, do Banco Central Europeu e do Eurogrupo celebram as mais-valias da moeda comum mas evitam avaliar a forma como foram geridas as sucessivas crises e abordar o que não correu bem.

Duas décadas depois da entrada da moeda única no mercado, os responsáveis reconhecem igualmente a evidente necessidade de “fazer mais” para reforçar a arquitetura da Zona Euro. Mas o ambiente entre os Estados-membros é agora pouco favorável a reformas ambiciosas – como a criação de um verdadeiro orçamento para a área do euro.

Dos cinco líderes, Mario Draghi é o mais generoso ao enaltecer os primeiros 20 anos do euro e o papel desempenhado pelo Banco Central Europeu. A moeda europeia “torna mais fáceis as deslocações, o comércio e as transações”, refere. “O BCE preencheu a sua missão principal: manter a estabilidade do euro. Mas também contribuímos para o bem-estar dos cidadãos concebendo notas de banco inovadoras e seguras, promovendo a segurança dos sistemas de pagamentos, monitorizando os estabelecimentos bancários para garantir a sua resiliência e a estabilidade financeira na Zona Euro”, ressalva.

“Vinte anos depois, estou convencido de que essa assinatura [do Tratado de Maastricht] foi a mais importante da minha vida. O euro tornou-se um símbolo de unidade, de soberania e de estabilidade“, diz Jean-Claude Juncker, um dos poucos signatários do Tratado de Maastricht ainda no ativo. A moeda comum “trouxe prosperidade e proteção aos nossos cidadãos e temos que garantir que vai continuar a ser assim”, diz o atual presidente da Comissão que aponta ao futuro e à necessidade de completar a UEM.

Vinte anos depois, estou convencido de que essa assinatura [do Tratado de Maastricht] foi a mais importante da minha vida.

Jean-Claude Juncker

Vinte anos após o seu lançamento por 11 países — entre os quais Portugal –, o euro é hoje a moeda de 19 Estados-membros e de 340 milhões de pessoas, a segunda moeda mundial e uma reserva segura para os bancos centrais. Ainda assim, Juncker defende que é necessário “dinamizar” mais o euro como referência nas transações globais.

2019 será, por isso, um ano decisivo para os Estados-membros avançarem na consolidação da Zona Euro e negociarem a criação de um instrumento financeiro de convergência — visto como um primeiro passo para tentar estabelecer um orçamento comum aos países da moeda única.

As negociações decorrem, no primeiro semestre, sob a batuta de Mário Centeno. O presidente do Eurogrupo afirma, no comunicado conjunto, que o euro tem sido “uma das maiores histórias de sucesso“. Mas sublinha que o trabalho para completar a UEM “ainda não acabou e exige um esforço contínuo de reformas”. “Devemos estar preparados para o que o futuro nos reserva”, assinala o ministro das Finanças português.

No mesmo sentido, o presidente do Conselho, Donald Tusk, garante que os esforços para “modernizar e reforçar a UEM vão continuar”. O polaco equipara o evento do euro à libertação dos países da Europa Central e Oriental do comunismo e à reunificação das duas Alemanhas. “Apesar das crises, o euro mostrou-se resiliente”, sublinha.

Precisamente para proteger o euro e os cidadãos de futuras crises, o presidente do Parlamento Europeu Antonio Tajani apela a que se complete a UEM “através de uma verdadeira união financeira, orçamental e política”.

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IKEA vai ter primeiro hotel em Lisboa. Mas só por uma noite

Hotel pop-up estará aberto durante sete horas, no dia 11 de janeiro, em Lisboa. Vai servir para apresentar nova coleção da marca sueca, a nível mundial.

Uma noite no primeiro hotel Ikea em Lisboa? Nem em 2019. A gigante sueca de mobiliário vai decorar e montar, pela primeira vez, um hotel pop-up, ou seja, em registo temporário. Por uma noite, cinco jornalistas vão poder dormir no hotel Delaktig — que, em sueco, significa “participante” ou “implicado” –, especialmente criado para lançar a nova coleção da marca assinada por Tom Dixon a nível mundial.

A marca escolheu Portugal, conta fonte da marca ao ECO, pela notoriedade de Lisboa em matéria de turismo. O ano de 2018 foi de recordes para Portugal, devendo as receitas atingir os 17 mil milhões de euros.

A coleção conta sobretudo com peças de mobiliário de quarto, por isso a criação de um “hotel” momentâneo. Tom Dixon é um designer britânico que já teve o seu trabalho exposto em museus como o Victoria and Albert de Londres, o Museum of Modern Art New York e o Centre Georges Pompidou, em Paris. O hotel vai estar aberto apenas entre as 15h e as 22h de dia 11 de janeiro, no LX Factory.

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Maioria das portagens da Brisa mantém-se. Ir de Lisboa ao Porto fica 15 cêntimos mais caro

O percurso Lisboa-Porto, pela A1, vai ficar 15 cêntimos mais caro, enquanto ir de Lisboa para o Algarve, pela A2, obriga a pagar mais 25 cêntimos.

A Brisa vai manter inalterado o valor da maioria das taxas cobradas nas autoestradas que gere. Na classe 1, só 18 das 93 taxas de portagens vão ser atualizadas. Mas há aumentos nas principais vias de longa distância. O percurso Lisboa-Porto, pela A1, vai ficar 15 cêntimos mais caro, enquanto ir de Lisboa para o Algarve, pela A2 obriga a pagar mais 25 cêntimos.

Os novos valores foram divulgados, esta segunda-feira, em comunicado enviado pela Brisa. A empresa de concessão das autoestradas informa que as autoestradas sob sua gestão vão ter, em 2019, uma atualização média, considerando todas as classes de veículos e todos os trajetos, de 0,94% das suas tarifas, um valor que tem como referência a taxa de inflação homóloga de outubro.

Contudo, sublinha a Brisa, na classe 1, “apenas 18 das 93 taxas de portagem (19% do total) foram atualizadas”. Para além disso, garante, “na maioria dos principais percursos, o impacto dessas atualizações é mínimo”.

Já nos percursos de longa distância, haverá várias atualizações, ainda que menos acentuadas do que as que se verificaram este ano.

Fonte: Brisa

Também haverá atualizações nos principais sublanços urbanos, que ficam em linha com o que já aconteceu este ano.

Fonte: Brisa

Notícia atualizada às 15h14 com mais informação.

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Janeiro marcou o ano? Investidores venderam em maio? Adágios das bolsas que acertaram e erraram em 2018

Guerra comercial, selloffs, instabilidade política e quedas do petróleo marcaram o ano. Quem seguiu os tradicionais conselhos (ou clichés) das bolsas, poderá ter tido um desgosto ainda maior.

O desempenho histórico das bolsas não garante ganhos futuros, mas é suficiente para terem sido criados jargões dos mercados financeiros. Os adágios são usados pelos investidores como mapa do que poderá vir a ser o caminho dos índices acionistas nalguns meses do ano (ou o comportamento dos investidores levou à criação dos adágios). Este ano — que fecha após dois selloffs e lançando a dúvida que o rally acionista poderá ter chegado ao fim –, seria difícil estar mais errado.

Como vai janeiro, vai o ano inteiro

Há duas máximas em Wall Street relacionadas com janeiro. A primeira diz que os primeiros cincos dias do ano vão determinar todo o mês, enquanto a segunda afirma que a variação do mês de janeiro vai ditar o rumo de todo o ano. Em ambos os casos, estiveram erradas. Os primeiros cinco dias do ano nas bolsas não foram todos no verde e o mês acabou por ser de fortes ganhos: o índice pan-europeu Stoxx 600 disparou 6,28%, enquanto o português PSI-20 valorizou 5,11%. Nos EUA, S&P 500 avançou 5,62%.

Um janeiro tão generoso para os investidores significa então um ano de sonho, certo? Errado. O impulso de início de ano dado pela reforma fiscal de Donald Trump às bolsas dos EUA perdeu força e a guerra comercial vou ganhando peso. Na Europa, além do efeito contágio, a instabilidade política também penalizou. Em dezembro, o Stoxx 600 e o PSI-20 entraram em bear market (com uma desvalorização superior a 20% face ao último máximo) e o S&P 500 andou a namorar este marco. Ao contrário do janeiro, o acumulado do ano será no vermelho para todos.

Vender em maio e ir embora

Maio é o mês de vender. O conselho subjacente ao adágio “sell in May and go away, and come on back on St. Leger’sDay [referência à típica corrida de cavalos britânica organizada no segundo sábado de setembro]” é evitar a volatilidade sazonal entre maio e setembro. Neste caso, o adágio acertou (em parte na Europa), mas também errou (nos EUA). Para as ações europeias, a chegada do sentimento negativo aconteceu mais cedo e o Stoxx 600 perdeu 0,62% entre o início de maio e o final de agosto. Para o PSI-20 foi ainda pior, com uma queda de 1,90%. Já nos EUA, o S&P 500 manteve o rally durante a época de férias e valorizou 8,67% neste período.

Este adágio está intimamente associado a outro: setembro é o pior mês do ano devido à menor liquidez nas bolsas com os investidores ainda de férias. Setembro de 2018 foi volátil e, na Europa, foi efetivamente de quedas. O Stoxx 600 perdeu 0,24% e o PSI-20 caiu 1,17%. Já o S&P conseguiu mesmo fechar o mês no verde, com um ganho ligeiro de 0,43%. Em qualquer dos casos, setembro não foi o pior mês do ano, o que nos leva ao próximo adágio…

Rally do Pai Natal em dezembro

Dezembro é o mês em que os investidores recebem um presente no sapatinho. O fecho de contas, considerações fiscais, mudanças nos investimentos para preparar o ano seguinte e até mesmo (na opinião de alguns) a alegria e otimismo com a quadra festiva, levam a valorizações no período entre o Natal e o Ano Novo. É o chamado rally do Pai Natal. Não só não chegou, como dezembro destronou setembro como o pior mês do ano e foi nos EUA que mais se notou.

Bolsa de Lisboa em bear market

Com uma guerra comercial como pano de fundo, as perspetivas de desaceleração do crescimento económico global associado à política monetária da Reserva Federal dos EUA e ao tombo no preço do petróleo desde outubro penalizaram as bolsas. Para o S&P 500 — índice que viveu dois selloffs ao longo do ano –, dezembro deverá fechar com uma desvalorização próxima de 10%. Menos negativos, mas igualmente o pior mês do ano, são os 6% do Stoxx 600 e 5% do PSI-20.

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CP lança concurso público para comprar 22 comboios

  • Lusa
  • 31 Dezembro 2018

O concurso público internacional para a aquisição de 22 unidades automotoras será lançado a 7 de janeiro e tem um valor base de 168 milhões de euros.

A CP – Comboios de Portugal vai lançar em 7 de janeiro de 2019 um concurso público internacional para comprar 22 novos comboios, no valor de 168 milhões de euros, segundo um comunicado do Governo.

Este concurso contempla a aquisição de material circulante, nos termos do definido na resolução do Conselho de Ministros de dia 10 de outubro, no qual o Governo autorizava a CP a gastar 168,2 milhões de euros em 22 novos comboios.

O diploma explica que a maioria do investimento em causa será assegurada por fundos europeus, num total de mais de 109 milhões de euros do FEDER e do Fundo de Coesão, a vigorar no período de programação 2021-2027. O restante valor – 58,8 milhões de euros -, será pago com recurso a verbas nacionais, nomeadamente do Fundo Ambiental, refere o documento.

Mas, tendo em conta que a disponibilidade destas verbas nem sempre coincide com as necessidades de pagamento aos fornecedores, o executivo abre a possibilidade de a CP recorrer a uma empréstimo da Direção-Geral do Tesouro e Finanças “por adiantamento das verbas a transferir pelo Fundo Ambiental, a reembolsar até 2026 e a ser pago através das referidas transferências anuais provenientes do Fundo Ambiental”, detalha a resolução.

Em causa está a compra de “12 unidades automotoras bimodo e 10 unidades automotoras elétricas e respetivas peças de parque e ferramentas especiais”, segundo o documento.

Os encargos serão repartidos por oito anos, começando em 2019. O montante mais elevado está previsto para 2025, atingindo os 36,3 milhões de euros.

Esta resolução foi aprovada em Conselho de Ministros em 06 de setembro.

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Há greve na Soflusa. Ligações fluviais entre Barreiro e Lisboa param no último dia do ano

  • Lusa
  • 31 Dezembro 2018

As ligações fluviais entre o Barreiro e o Terreiro do Paço serão interrompidas a partir das 17h55 e até as 08h25 de terça-feira, devido a uma greve dos trabalhadores comerciais da Soflusa.

As ligações fluviais entre o Barreiro e o Terreiro do Paço, em Lisboa, serão interrompidas entre as 17h55 desta segunda-feira e as 08h25 da próxima terça-feira, devido a uma greve dos trabalhadores comerciais da Soflusa.

Esta segunda-feira, o terminal fluvial do Barreiro vai estar encerrado a partir das 17h55, e o terminal do Terreiro do Paço a partir das 18h20, não se realizando as travessias agendadas a partir desses horários.

No primeiro dia de 2019, apenas será possível realizar travessias entre as 08h25 e as 17h25 do Barreiro para o Terreiro do Paço e, no sentido inverso, do Terreiro do Paço para o Barreiro, entre as 08h55 e as 17h55. Depois disso, os terminais fluviais voltam a encerrar.

De acordo com a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS), a greve deve-se a “aspetos de organização do trabalho e desempenho de tarefas”, assim como à valorização das carreiras dos trabalhadores comerciais que, dizem, “a administração teima em não resolver”.

O Terreiro do Paço acolhe esta segunda-feira, a partir das 22h00, concertos e um festival pirotécnico, para assinalar a chegada do ano novo.

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PSI-20 cai 14% em 2018. Com apenas três cotadas em terreno positivo, é o pior ano desde 2014

Na última sessão do ano, a bolsa de Lisboa fechou em alta, mas não chegou para evitar um ano no vermelho. A Mota-Engil foi a empresa que mais perdeu, com uma desvalorização de 56%.

A última sessão do ano na bolsa de Lisboa foi de ganhos, mas não chegou para evitar que 2018 tenha fechado em terreno negativo. O PSI-20 desvalorizou 14% no acumulado do ano, tendo registado o pior ano desde 2014 (em que caiu 26,83%). Apenas três das 18 cotadas conseguiram um ano de ganhos.

As principais praças europeias negociaram esta segunda-feira em alta (numa sessão mais curta) e o índice de referência nacional não foi exceção. O PSI-20 fechou com um ganho de 1,81% para 4.731,47 pontos, com 16 das 18 cotadas no verde. A liderar as subidas na bolsa lisboeta esteve a Mota-Engil, que avançou 3,6% para 1,61 euros por ação.

O BCP somou 1,37% para 0,23 euros, a EDP disparou 2,28% para 3,05 euros, a EDP Renováveis valorizou 2,32% para 7,73 euros e a Galp avançou 0,66% para 13,76 euros. Em contraciclo, a F. Ramada perdeu 1,32% e a Sonae Capital deslizou 0,70%.

O ganho do PSI-20 na sessão foi o maior em oito meses, mas a tendência no último dia do ano contrariou o acumulado do ano tanto em Lisboa como nas restantes praças europeias.

O índice Euro Stoxx 600, que subiu 0,5% esta segunda-feira, tombou 13,2% no ano (a maior queda desde 2008). O alemão DAX avançou 1,71% (mas tombou 17% no ano), o francês CAC 40 ganhou 1,11% (perdeu 11% em 2018), o espanhol IBEX 35 subiu 0,54% (caiu 16% em 2018) e o italiano FTSE MIB ganhou 1,44% (mas perdeu 16% em 2018). Já o britânico FTSE 100 deslizou 0,09% esta segunda-feira e 12,5% no ano.

Mota-Engil perde mais de metade do valor. Três subiram

Após um início de ano de valorizações, a bolsa de Lisboa inverteu a tendência em meados de 2018, a acompanhar o sentimento europeu. A 27 de dezembro, o PSI-20 entrou em bear market (com uma desvalorização superior a 20% desde o último pico, registado a 22 de maio), pondo fim a um bull market que durava desde junho de 2016.

Assim, a Mota-Engil foi a empresa que mais perdeu este ano, com um tombo de 56% na capitalização de mercado, para 382 milhões de euros. Entre os pesos-pesados, o BCP caiu 15,8% e a Galp recuou 10%. Em sentido contrário a EDP (+5,7%), a EDP Renováveis (+11,6%) e a Altri (+12,2%) fecharam o ano no verde.

Três estreias. Alguns falhanços

O ano na Euronext Lisbon — que será o último sob a liderança de Paulo Rodrigues da Silva, que será substituído por Isabel Ucha –, ficou marcado por três admissões: a da fintech Raize, da gestora de participações Farminveste (que não realizou oferta pública, mas fez apenas uma entrada técnica) e da primeira sociedade de investimento para o fomento da economia (SIMFE), Flexdeal (que fez uma colocação privada de ações).

Estavam previstas mais entradas em bolsa, mas não aconteceram. A oferta pública de venda do negócio do retalho da Sonae foi cancelada em outubro, enquanto a da Science4you foi adiada até fevereiro de 2019. Entretanto, caíram ainda dois aumentos de capital: da Vista Alegre e da Pharol.

(Notícia atualizada às 13h35)

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Ana Marta Castro e Benedita Aires passam a sócias da VdA

A VdA reforça o colégio de sócios com Ana Marta Castro e Benedita Aires.

A VdA reforça o colégio de sócios com Ana Marta Castro e Benedita Aires, advogadas, respetivamente, nas práticas de Direito Público e Bancário & Financeiro.

Ana Marta Castro integra a VdA desde 2006, como advogada da área de Direito Público, tendo acompanhado diversas operações a nível nacional e internacional. Tem prestado assessoria jurídica em diversos setores, em especial no setor financeiro, da aviação, espaço e defesa, e também nos setores das telecomunicações, energia, saúde, transportes e infraestruturas. A sua assessoria tem incidido particularmente em matérias relacionadas com contratos públicos, regulação pública e medidas de resolução a entidades do setor bancário e financeiro. Nos últimos anos, significativa parte da sua atividade foi dedicada ao acompanhamento de processos de privatização e de alienação de ativos públicos, nomeadamente no setor bancário e financeiro.

Benedita Aires integrou a VdA em 2003, onde realizou o seu percurso profissional, do qual fez parte uma passagem em secondment na equipa de Financiamentos Estruturados da Clifford Chance LLP em Londres, entre 2007 e 2008. Advogada na área de Bancário & Financeiro, tem trabalhado em diversas operações nos mercados doméstico e internacional relativas à emissão e colocação de instrumentos representativos de dívida e capital, instrumentos de capital regulatório, bem como outros produtos financeiros estruturados e financiamentos clássicos. Tem também participado ativamente em diversas operações de titularização de créditos, emissões de obrigações hipotecárias, financiamentos de carteiras de ativos e outras operações asset-backed. Esteve envolvida em transações de recapitalização pública de bancos portugueses e na aprovação dos respetivos planos de reestruturação pela Comissão Europeia. Prestou assessoria à aplicação de medidas de resolução a bancos portugueses, à assessoria a constituição de banco de transição e respetivos processos de venda, bem como a processos de alienação de instituições financeiras.

A VdA conta agora com 44 sócios num universo de mais de 280 advogados, em 13 jurisdições.

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Primeiro voo sem qualquer produto de plástico descartável a bordo parte de Lisboa

Partiu de Lisboa, com destino ao Brasil, sem um único pedaço de plástico descartável a bordo. O objetivo é que a iniciativa se repita até que, no final de 2019, todos os voos sejam como este.

Bem-vindos a bordo. Aquele que podia ser um voo normal ficou para a história, sendo “o primeiro voo do mundo livre de plástico descartável“. É o que se lê nos cartazes que a tripulação de cabine da companhia aérea portuguesa Hi Fly segura. Partiu de Lisboa, com destino a Natal, no Brasil, sem um único pedaço de plástico de uma só utilização a bordo.

Uma espécie de presente de Natal, ainda que um pouco atrasado, para o meio ambiente. Em vez de copos, talheres, recipientes e embalagens de plástico, a companhia aérea portuguesa ofereceu aos seus passageiros os mesmos produtos, mas numa versão alternativa a este material, avança a Fast Company (acesso livre, conteúdo em inglês).

Os talheres, por exemplo, eram feitos de bambu. Já os copos e taças — que habitualmente são de plástico — passam agora a ser feitos com alimentos compostáveis, fabricados pela empresa Vegware, entre outros materiais vegetais, renováveis e com baixo teor de carbono.

“Não podemos continuar a ignorar o impacto da contaminação do plástico nos ecossistemas, bem como na saúde humana”, refere o presidente da Hi Fly, Paulo Mirpuri, em declarações à rede de televisão canadiana CTV.

O voo, que descolou nos últimos dias do ano, é um teste da empresa com sede em Lisboa que visa proibir os plásticos de uso descartável nos seus aviões. Pouco a pouco, a Hi Fly espera conseguir reduzir os plásticos que leva a bordo, para que, no final do ano de 2019, se orgulhe de tê-los já eliminado inteiramente.

“Sabemos, pelos feedback que recebemos, que esta é a coisa certa. É o que as companhias aéreas devem fazer”, diz Paulo Mirpuri.

Apesar de ter sido a primeira a pô-lo em prática, a Hi Fly não é, contudo, a única companhia aérea que se compromete na luta contra o plástico descartável. Em outubro, a Air New Zealand também anunciou estar a trabalhar para reduzir ainda mais o uso de plástico.

A principal companhia aérea da Nova Zelândia quer agora trocar os copos, talheres, pratos e sacos de plástico por produtos que sejam feitos de outro tipo de material mais amigo do ambiente. Este ano já deixou em terra as palhinhas de plástico — um dos produtos que mais encontrado nos oceanos — as escovas de dentes de plástico e as embalagens das máscaras.

Também nos Estados Unidos da América (EUA), a Alaska Airlines já eliminou as palhinhas de plástico.

Veja o vídeo para perceber melhor o que mudou neste voo com dois destinos: o primeiro para Natal (Brasil) e o segundo para um mundo melhor.

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Centeno oferece livros do “Nobel favorito” aos homólogos europeus

  • Guilherme Monteiro
  • 31 Dezembro 2018

Presidente do Eurogrupo partilhou no Twitter uma fotografia com livros do "prémio Nobel favorito" que ofereceu aos ministros das Finanças europeus.

Numa altura de descanso nos trabalhos do Eurogrupo, Mário Centeno não quis deixar passar a época festiva em branco e ofereceu aos homólogos europeus um “produto de casa”. “Da viagem do elefante” à “Viagem a Portugal” de José Saramago, Centeno partilhou esta manhã no Twitter uma fotografia com vários livros do Nobel português, traduzidos em várias línguas europeias, uma forma de dar presentes do seu “prémio Nobel favorito” a outros ministros das Finanças da Europa.

“Nesta época, tempo para recarregar baterias, ofereci aos colegas do Eurogrupo um livro do meu Nobel favorito, José Saramago”, escreveu Mário Centeno na publicação da rede social.

O ministro das Finanças português recorda ainda, na publicação, o convite aos prémios Nobel da Economia para discursarem no Eurogrupo. Em causa, os convites ao francês Jean Tirole que, em maio concedeu uma entrevista ao ECO, e ao britânico Christopher Pissarides, que prevê a destruição de 10% a 30% dos postos de trabalho existentes devido à revolução digital e de inteligência.

Por ocasião da comemoração dos 20 anos do euro, Mário Centeno disse, em comunicado, que espera ver em 2019 vontade de reforçar a União Económica e Monetária. “A sua importância e o seu impacto durante as duas primeiras décadas da sua história são incontestáveis, mas o seu futuro permanece por escrever. A responsabilidade que pesa sobre nós é, assim, histórica”, sublinhou o ministro das Finanças português e presidente do Eurogrupo.

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