EDP põe bolsa a valorizar. Pharol dispara 10%

Depois de cinco sessões em terreno negativo, bolsa lisboeta regressa aos ganhos. Títulos da EDP e EDP Renováveis deram um forte impulso no dia em que a Pharol disparou mais de 10%.

Depois de cinco sessões consecutivas pintadas de vermelho, o verde regressou à bolsa lisboeta. O principal índice nacional, o PSI-20, fechou a penúltima sessão da semana em terreno positivo, puxado sobretudo pelas energéticas. A Pharol destacou-se ao apresentar uma subida de mais de 10%.

Esta quinta-feira, o índice de referência nacional fechou a sessão a valorizar 1,04% para 5.395,13 pontos, seguindo a tendência das praças europeias. Perante a perspetiva positiva de crescimento na Zona Euro divulgada, esta quinta-feira, pelo Banco Central Europeu, o Stoxx 600 fechou a ganhar 1,05% para 376,62 pontos. Mario Draghi revelou ainda que a taxa de juro referência se irá manter em mínimos históricos, mas deixou cair a possibilidade de se aumentarem os estímulos monetários.

Depois de ter anunciado, esta quarta-feira, o reforço da sua linha de crédito, os títulos da EDP valorizaram 2,82% para 2,923 euros, valorização determinante para a subida do índice de referência nacional. Também a EDP Renováveis contribuiu para os ganhos, com uma subida de 2,57% para 7,37 euros. A Galp Energia seguiu a tendência do setor ao apresentar uma valorização de 0,58% para 14,71 euros.

No dia em que a Justiça brasileira suspendeu os direitos da Pharol no conselho de administração da Oi, os títulos da empresa portuguesa surpreenderam, disparando 10,85% para 0,235 euros.

Entre as fortes valorizações, nota também para a Altri, com uma subida de 3,91% para 4,78 euros. Esta quinta-feira, a empresa co-liderada por Paulo Fernandes apresenta as suas contas relativas ao último ano. Segundo o CaixaBI, a companhia teve um resultado líquido de 92 milhões de euros, o que representa um aumento de 18,2% face ao ano anterior. Do lado dos ganhos esteve ainda a Navigator, cujos títulos cresceram 2,11% para 4,55 euros.

Por outro lado, a mitigar o otimismo desta quinta-feira estiveram a Novabase e a Jerónimo Martins. As ações da primeira recuaram 2,15% para 2,73 euros e os títulos da segunda desvalorizaram 1,12% para 14,96 euros.

Já os CTT inverteram a tendência de valorização registada esta manhã, fechando a sessão a perder 0,25% para 3,15 euros. Isto no dia seguinte ao anúncio de uma quebra histórica nos lucros da empresa liderada por Francisco Lacerda. O lucro dos CTT afundou 56% em 2017 para os 27 milhões de euros, condicionado por menos negócio no correio postal e nos serviços financeiros.

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Pharol acusa Oi de faltar à verdade. Contesta afastamento da administração

A Pharol garante que o comunicado enviado ao mercado esta quarta-feira pela Oi contém informação que "não corresponde ao mercado".

A Pharol acusa a operadora brasileira Oi de divulgar ao mercado informação que “não é verdadeira” e contesta o teor do comunicado que dá conta do afastamento de Luís Palha da Silva e Pedro Morais Leitão da administração da empresa, alegadamente por decisão judicial. Em causa, o pressuposto da Oi de que estes elementos estão no board da companhia em representação da Pharol o que, para a empresa, não corresponde à verdade. A Pharol PHR 0,00% detém 27% da Oi.

Segundo a empresa portuguesa, os conselheiros que teriam os direitos suspensos não foram nomeados pela Pharol mas sim por “escolha unilateral dos diretores Eurico Telles e Carlos Augusto Brandão”. Por outras palavras, na visão da Pharol, os gestores estão no board da Oi ao abrigo do plano de recuperação judicial, que é da única responsabilidade dos diretores em questão e que não mereceu “a anuência ou aprovação do conselho de administração ou dos acionistas” da operadora.

O plano de recuperação da Oi foi, ainda assim, aprovado pelos credores da companhia e prevê a criação de um conselho transitório com Palha da Silva e Morais Leitão. Mas “a Pharol informa que jamais indicou e sequer foi consultada para indicar qualquer nome ao conselho transitório da Oi mencionado no plano de recuperação judicial”. A empresa acrescenta ainda que “a divulgação de informação não verdadeira ao mercado e a eventual implementação de tais medidas serão objeto de tratamento em sede própria”.

Como o ECO noticiou na manhã desta quinta-feira, a Oi comunicou ao mercado o afastamento de Luís Palha da Silva e de Pedro Morais Leitão do conselho de administração da Oi, na medida em que a Pharol foi uma das signatárias da ata da assembleia extraordinária na qual foram aprovados processos judiciais contra Eurico Telles, presidente executivo da Oi, e Carlos Brandão. Desta feita, a Pharol vem contestar esta informação, garantindo que os conselheiros não estão no board por conta da empresa portuguesa.

A cotada portuguesa informa ainda que, “seguindo o melhor entendimento dos seus assessores legais, adotará todas as medidas adequadas para que prevaleça a legislação societária e processual em vigor no Brasil que prestigia a arbitragem como método de resolução de conflito”. A empresa sublinha ainda que “cabe aos árbitros decidir sobre sua jurisdição para solucionar os conflitos que lhes são submetidos”.

De recordar que a Oi não reconheceu competência à Câmara de Arbitragem do Mercado, que decretou esta semana que a empresa se deve abster de realizar o aumento de capital previsto no plano de recuperação. Esta foi uma decisão favorável à Pharol, na medida em que a empresa portuguesa tem vindo a contestar a diluição da sua posição na Oi mas, sobretudo, alega que o modelo de governance da companhia tem sido desrespeitado e que o conselho de administração deixou de ser ouvido nas decisões respeitantes ao processo.

(Notícia atualizada às 17h26 com mais informações)

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Cerca de 330 lesados da Espírito Santo Property vão receber nova tranche

Os novos pagamentos totalizam 12 milhões de euros. A dívida reclamada pelos credores desta empresa está quase liquidada.

A Espírito Santo Property, antiga Espart, vai avançar com o pagamento de novas tranches aos investidores de papel comercial que saíram lesados com o colapso do universo Espírito Santo. Os pagamentos, no valor de perto de 12 milhões de euros, abrangem cerca de 330 investidores. A dívida reclamada pelos credores desta empresa está quase liquidada.

A Espírito Santo Property era a empresa que geria o património imobiliário do Grupo Espírito Santo (GES). O Plano Especial de Revitalização (PER) desta empresa, aprovado pela maioria dos credores em junho de 2015, previa o reembolso da dívida reclamada, no valor de 36 milhões de euros, em seis tranches anuais, entre 2015 e 2020. Este mês, a empresa já deu ordem ao banco para o pagamento da tranche deste ano e de 2019, segundo a informação que consta no email que está a ser enviado aos lesados, e a que o ECO teve acesso.

As duas tranches, a serem pagas a cerca de 330 investidores, totalizam quase 12 milhões de euros. Concluído este pagamento, a Espírito Santo Property terá liquidado 84% da dívida total reclamada pelos credores, ficando ainda por pagar cerca de 5,7 milhões de euros.

A cumprir o calendário previsto, esta será a primeira empresa do universo Espírito Santo a reembolsar integralmente o papel comercial subscrito por investidores de retalho. Estes lesados não estão abrangidos pelo acordo alcançado entre o Governo, Banco de Portugal, CMVM e as associações de lesados.

Por reembolsar estão ainda milhares de investidores de outras empresas do GES, nomeadamente a Rioforte e a Espírito Santo International. Ao todo, há cerca de dois mil lesados, detentores de 400 milhões de euros em papel comercial do GES. A maioria deverá começar a receber o primeiro reembolso em abril, altura em que o fundo de recuperação de créditos, gerido pela Patris, for constituído.

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Porque é que há menos mulheres nos negócios? Fomos ouvi-las

Universo das startups está de braços abertos à inovação, mas será que ainda tem preconceitos do passado? Empreendedoras e investidoras explicam ao ECO a fraca representação feminina neste campo.

No início, eram três. Duas mulheres e um homem, todos investigadores na Universidade do Porto e contaminados pela ideia de que os seus projetos deveriam ver a luz do dia. Juntos fizeram a Movvo e assim começou a aventura de Suzy Vasconcelos, Diana Almeida e Roberto Ugo no mundo do empreendedorismo… mas nem tudo nesse universo de pequenas e grandes revoluções, futuros e disrupções são rosas.

“Íamos os três a uma reunião e depois quem era contactado era o homem”, começa por contar Suzy Vasconcelos ao ECO. A cofundadora da startup — que se foca na utilização de sensores para entender, prever e influenciar o comportamento dos consumidores — realça, por isso, que ainda se sente o estigma de ser mulher. “As pessoas eram respeitadas, mas a palavra final, se fosse dada pelo homem, os clientes sentiam-se mais tranquilos”, explica.

Representação feminina, no ecossistema das startups, ainda não igual à masculina.

Depois de sair da pequena empresa portuense que ajudou a fundar, Suzy associou-se ao programa de aceleração e mentoria TechStars, acabando, deste modo, por confirmar as suas suspeitas: “ainda não há muitas mulheres a arriscar”. A empreendedora argumenta que esse problema, que afeta sobretudo o ramo tecnológico, fica a dever-se à sobrevivência da ideia de que os computadores são para os homens.

Mais a sul no mapa, Cristina Fonseca partilha da mesma perspetiva. A cofundadora da Talkdesk — uma startup que oferece um software inovador baseado nos serviços da cloud aos call centers — explica ao ECO como esse estigma a perseguiu dos bancos da faculdade às cadeiras das salas de reunião.

Houve clientes que duvidaram das minhas capacidades técnicas, por não associarem certos tipos de competências a uma mulher.

Cristina Fonseca

Talkdesk

“[Alguns] professores esperavam menos de mim do que dos meus colegas rapazes, certamente porque estudar engenharia de telecomunicações e informática ainda é visto como uma profissão maioritariamente masculina”, defende Cristina Fonseca. A empreendedora acrescenta: “Noutros casos, houve clientes que duvidaram das minhas capacidades técnicas, por não associarem certos tipos de competências a uma mulher”.

Melhor perspetiva deste mundo tecnológico tem Joana Rafael. “Os desafios são inúmeros, mas com trabalho e gestão do tempo tudo é possível”, enfatiza, em declarações ao ECO, a cofundadora da Sensei — uma startup que desenvolve um sistema de reconhecimento de vídeo baseado em Inteligência Artificial dirigido à indústria do retalho. Joana Rafael faz ainda questão de notar que as características que definem um empreendedor — “visão de negócio com capacidade de risco, resiliência e capacidade de assumir responsabilidade” — não têm género.

Longe dos bits e píxeis, o fosso em causa parece continuar a esbater-se. Beatriz Cardoso, por exemplo, diz que nunca se sentiu discriminada. A fundadora da Talanti — um serviço de presentes artísticos personalizados — lembra, em conversa com o ECO, que o empreendedorismo entrou na sua vida porque não se sentia realizada no ambiente corporativo e, a partir desse momento, o que há a relatar é apenas uma história de amor. “Não sinto esse bloqueio por ser mulher”, reforça.

Maternidade é um dos principais obstáculos, neste campo, dizem empreendedoras.Pixabay

Maternidade, um obstáculo?

O preconceito de género é ainda um obstáculo ao empreendedorismo feminino? Um estudo promovido pela Mastercard concluiu que esse é exatamente o principal entrave, neste campo, e coloca Portugal em sexto lugar no índice de mercados mundiais com melhores oportunidades para mulheres. À frente do ecossistema nacional ficam o de Singapura, EUA, Canadá, Suécia e Nova Zelândia.

Estes são os dez mercados mundiais com melhores oportunidades para mulheres

Portanto, até há boas razões para Beatriz dizer que nunca sentiu na pele esse estigma de ser mulher, embora também esta empreendedora saiba apontar com rapidez a razão pela qual ainda há tão poucas mulheres a empreender: a maternidade. “Eu ainda não sou mãe mas, se fosse, se calhar, seria difícil coordenar o projeto com a maternidade“, explica.

Já Joana Rafael prefere inspirar-se no exemplo da sua própria mãe, que lhe mostrou que “com trabalho e resiliência é possível conciliar com sucesso uma vida empresarial com uma vida familiar”.

A maior parte das startups contrata mais depressa homens do que mulheres. As mulheres engravidam e isso à partida é logo um ‘não’ para a maior parte das empresas.

Suzy Vasconelos

Cofundadora da Movvo

No entanto, segundo Suzy Vasconcelos, a mera possibilidade de virem a ser mães coloca as mulheres em desvantagem à partida, o que acaba também por explicar o fosso salarial entre géneros. “A maior parte das startups contrata mais depressa homens do que mulheres. As mulheres engravidam e isso à partida é logo um ‘não’ para a maior parte das empresas”, assinala a empreendedora.

Outro dos problemas que levam a essa diferença remuneratória entre homens e mulheres, no mundo do empreendedorismo, é “a baixa autoconfiança”. “Vi isso acontecer pela própria expectativa que as mulheres têm em relação ao que devem receber”, defende Cristina Fonseca.

De acordo com os dados da Eurostat, na União Europeia as mulheres receberam salários 16% inferiores aos dos homens, em 2016. Em Portugal, a diferença atingiu mesmo os 17,5%, representando o maior agravamento deste fosso em todo o bloco europeu.

Do lado do investimento, a representação feminina também é fraca.Pixabay

Os anjos não têm género?

Na dança que é o empreendedorismo, há dois parceiros a participar e em ambos os lados –– o dos empreendedores e o de quem investe nos projetos — a representação feminina ainda é fraca.

O telefone toca cinco vezes. À sexta, Maria João Souto agarra no dispositivo para informar que está de viagem e não tem disponibilidade para falar sobre o seu papel como investidora na Veniam — startup que constrói soluções de Wi-Fi para grandes frotas. Antes de desligar, a business angel revela, contudo, que não consegue apontar nomes femininos com quem o ECO possa falar. “Homens, sim. Mulheres, não”, atira.

Não deixa de ser verdade que existe uma menor apetência das mulheres para correr riscos e, talvez por isso, estão menos representadas no ecossistema.

Lurdes Gramaxo

Busy Angels

“Valorizava muito o setor uma maior participação de mulheres, como investidoras e promotoras”, defende, por isso, Lurdes Gramaxo, em declarações ao ECO. A sócia da Busy Angels — sociedade de capital de risco vocacionada para investimento nas fases de pre-seed e seed — sublinha, no entanto, que essa raridade não está ligada ao preconceito, mas à “menor apetência das mulheres para correr riscos”.

“Fundamental é que sejam equipas complementares e comprometidas com o projeto. A diversidade de género é mesmo valorizada como fator de sucesso”, sublinha Gramaxo. A investidora enfatiza que os fatores determinantes para esta área de negócio são a experiência pessoal e profissional, bem como o knowhow do profissional, não o seu género.

Já Rita Sousa, managing director na Naves (uma sociedade de capital de risco), justifica, em conversa com o ECO, a fraca representação feminina na área com a “menor disponibilidade das mulheres” para os projetos deste género, uma vez que empreender e investir são trabalhos que exigem um “empenho total tanto a nível pessoal como profissional”. “Esta disponibilidade ainda é menor para as mulheres pelas várias funções que têm de tomar na sociedade. Continuo a achar que, na sociedade portuguesa, a mulher assume uma grande relevância na vida familiar”, reforça.

A investidora revela que nunca sentiu qualquer estigma por ser mulher, mas esclarece que o investimento “ainda é uma área muito levada pelo lado masculino”. A boa notícia é que há “cada vez maior abertura”, defende Sousa.

Em cinco anos, empreendedorismo querem mais diversidade na indústria.Pixabay

Cinco anos. O que mudar?

Em 2023, estar offline será um luxo, as ruas serão dominadas por automóveis autónomos e estaremos mais perto de poder editar o próprio genoma humano. Como terão afetado estes cinco anos o universo do empreendedorismo? As empreendedoras ouvidas pelo ECO deixam os seus conselhos e desejos.

“A indústria precisa de mais diversidade e isso inclui haver mais mulheres em tecnologia”, avança Cristina Fonseca. Para que tal aconteça, Suzy Vasconcelos sugere que se imponha um rácio às empresas de modo a que contratem tantas mulheres quantos homens para os mesmos cargos. “Tenho a ideia de que isso pode não ser justo, mas temos de começar por algum lado”.

Esse equilíbrio nas empresas também é desejado por Joana Rafael, que espera que, a montante, haja mesmo mais “mulheres e raparigas a formarem-se em áreas tecnológicas”.

Com pulso mais firme, Beatriz Cardoso ultrapassa Suzy: não quer o começo da mudança, quer que a própria mudança deixe de ser um tema. “Gostava que as oportunidades fossem iguais para todos, para que isso [as diferenças entre homens e mulheres] deixasse de ser um tema”, reforça.

Rita Sousa acrescenta: “Acho fundamental haver maior equilíbrio. Espero estar no ecossistema para ajudar que isso aconteça”. A investidora acredita, assim, que a mudança só pode ser impulsionada por um trabalho de equipa.

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Fusão da JD Sport e da Sport Zone leva a mudanças na Sonae. Luís Reis assume presidência da Sports&Fashion

Luís Reis vai assumir o negócio de moda da Sonae, cargo que vai acumular com o de CCCO, que já ocupava. Miguel Mota Freitas fica CEO da empresa resultante da fusão e da Worten.

A fusão da Sport Zone com a JD Sport está a implicar mudanças nos negócios da Sonae. Miguel Mota Freitas, até aqui CEO da Sports&Fashion vai assumir a presidência do Iberian Sports Retail Group, a empresa resultante da fusão, a que junta ainda o negócio da Worten. De fora desta equação ficam as restantes insígnias que estavam debaixo da Sports&Fashion, a empresa que agrega todos os negócios de moda do grupo Sonae. Esta área vai ficar debaixo da alçada de Luís Reis, sabe o ECO.

Reis vai acumular o novo cargo com o de Chief Corporate Center Officer da Sonae, a que junta ainda o de presidente executivo da Sonae RP. Apesar de ainda não ser oficialmente conhecida a mudança, o ECO sabe que Luís Reis já terá assumido funções e que terá inclusive tido já reuniões com as várias equipas com que vai trabalhar.

Debaixo da alçada da Sports&Fashion estão marcas como a Zippy (moda infantil), a Mo (vestuário, calçado e acessórios), a Salsa (jeans, vestuário e acessórios), a Losan (especializada no negócio grossista de vestuário de criança), a Deeply e a Berg Outdoor (equipamento e vestuário desportivo).

Fontes próximas à Sonae adiantam que “estas alterações são normais e fazem parte da atividade de um grupo com esta dimensão”.

A Sonae Sports & Fashion, segundo os dados de vendas preliminares divulgados pelo grupo de Paulo de Azevedo, em janeiro, foi responsável por vendas de 589 milhões de euros, um crescimento de 11,7% face ao ano de 2016. Porém, este montante incorporava ainda a Sport Zone que agora é retirada desta equação e que era, dentro da Sports&Fashion a insígnia que mais vendia.

O ECO tentou uma reação oficial por parte da Sonae mas até à publicação desta notícia não foi possível obter uma resposta.

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Apenas um terço dos portugueses dá boa nota à economia nacional

  • Lusa
  • 8 Março 2018

Apenas 33% dos portugueses consideram boa ou muito boa a situação económica portuguesa. Portugal continua, assim, entre os 10 países da União com uma avaliação mais negativa pelos seus cidadãos.

Apenas um terço dos portugueses avaliam de forma positiva a atual situação da economia nacional, o décimo valor mais baixo da UE, embora bastante acima do sentimento durante a crise, revela um inquérito hoje divulgado pela Comissão Europeia.

O Eurobarómetro de outono (o inquérito foi conduzido entre 5 e 12 de novembro) revela que 33% dos portugueses consideram “boa ou muito boa” a situação da economia portuguesa, enquanto 63% a classificam como “má ou muito má”, quando a média comunitária é de 48% de opiniões positivas sobre o estado das respetivas economias nacionais.

Embora Portugal continue entre os 10 países da União com uma avaliação mais negativa da respetiva economia nacional (surgindo de forma destacada na “cauda” da tabela a Grécia, onde apenas 2% avaliam positivamente a situação económica), o valor de 33%, que já se registava na primavera de 2017, é o mais elevado dos últimos 13 anos e mais que o dobro de opiniões positivas registadas no outono de 2016 (15%).

No auge da crise, durante o programa de assistência externa, a percentagem de portugueses que consideravam a situação económica nacional “boa ou muito boa” baixou até aos 3% (na primavera de 2012 e no outono de 2013).

Por outro lado, quando questionados sobre os problemas mais importantes que o país enfrenta, a maioria dos portugueses continua a eleger o desemprego como o maior problema (42%, acima da média comunitária de 36%).

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Bloco quer Ponte 25 de Abril sem portagens se obras afetarem travessia

BE e CDS querem ouvir Pedro Marques no Parlamento. Governo diz que início das obras está "em bom ritmo" e PS critica o "alarme social".

O Bloco de Esquerda (BE) admite propor a isenção do pagamento de portagens na Ponte 25 de Abril durante os trabalhos de manutenção que vão decorrer durante dois anos, se essas obras afetarem a travessia. A intenção é avançada pelo deputado Heitor de Sousa, que adiantou também que, à semelhança do CDS-PP, o BE também quer ouvir o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, no Parlamento. O Governo, por seu lado, diz que o processo de início das obras na ponte está “em bom ritmo”, enquanto o PS critica o “alarme social” que está a ser feito.

Em conferência de imprensa, questionado sobre se deve ou não haver pagamento de portagens caso a circulação na ponte seja afetada, Heitor de Sousa diz que essa é uma possibilidade. “É uma questão bastante pertinente. Se se confirmarem os impactos na travessia e na redução da qualidade do serviço prestado na travessia, se isso vier a acontecer, prevê-se que essa possibilidade ocorra”, afirmou o deputado, em declarações transmitidas pela TSF.

Sabendo que existe uma parceria público-privada com a Lusoponte para a gestão das pontes Vasco da Gama e 25 de abril, é motivo de grande perplexidade que seja o Estado a pagar 20 milhões de euros.

Heitor de Sousa

Deputado do Bloco de Esquerda

As declarações surgem na sequência de uma notícia da Visão, que deu conta da existência de um relatório do laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), que alerta para fissuras na ponte sobre o Tejo e onde são defendidas obras urgentes. O relatório, confidencial, terá sido enviado ao Governo há seis meses, mas ainda não foram iniciadas quaisquer obras.

Os trabalhos de manutenção vão decorrer durante dois anos, à noite e aos fins de semanal e terão um custo base de 18 milhões de euros, segundo a informação entretanto avançada pela Infraestruturas de Portugal. O concurso público internacional para adjudicação da obra será lançado ainda este mês.

Vários grupos parlamentares avançaram, depois destas notícias, com pedidos de audição do ministro Pedro Marques. Heitor de Sousa diz mesmo que é “surpreendente que a notícia de uma intervenção urgente surja agora, sabendo-se que existe uma monitorização e fiscalização permanente da parte das entidades, nomeadamente do LNEC”. O deputado bloquista critica ainda o facto de ser o Estado os custos das obras, avaliados em 18 milhões de euros, quando “existe uma parceria público-privada com a Lusoponte para a gestão das pontes Vasco da Gama e 25 de Abril”. Essas obras, acrescentou, “deveriam estar integradas nesse contrato”.

Jerónimo de Sousa, líder do PCP, também aponta para a Lusoponte. “No caso particular da travessia do Tejo, consideramos que era importante a concretização de uma outra ponte que ligasse o Barreiro ao Beato, e que se considerasse outra questão: a Lusoponte explora as duas pontes, Vasco da Gama e 25 de Abril, arrecada receitas, mas não tem responsabilidades nas infraestruturas”, disse à margem de um almoço comemorativo do Dia Internacional da Mulher.

É preciso saber se as cativações têm consequências na falta de ação e intervenção deste tipo na ponte.

Helder Amaral

Deputado do CDS-PP

O CDS-PP, por seu lado, quer ouvir não só Pedro Marques, mas também Mário Centeno, ministro das Finanças. “É preciso saber se as cativações têm consequências na falta de ação e intervenção deste tipo na ponte”, apontou o deputado Helder Amaral, acrescentando que as cativações no Ministério da Planeamento ascenderam a 459 milhões de euros.

Mário Centeno “parece ser o responsável por isto tudo”, acredita Helder Amaral.

“Decisão do Governo está adequada”

Do lado do Governo, Maria Manuel Leitão Marques, ministra da Presidência, esclarece que “os mecanismos de decisão, aprovação e criação de concursos não são instantâneos”, pelo que considera que “a decisão do Governo está adequada às informações técnicas” de que dispõe. “Quando é preciso reagir instantaneamente, também temos mecanismos de urgência”.

A ministra diz ainda que “está em bom ritmo o início das obras de recuperação da Ponte 25 de Abril” e rejeita atrasos no lançamento das obras. “É uma coincidência” que as obras tenham sido anunciadas já depois do fecho da edição da Visão onde vem a notícia sobre este assunto, garante.

PS repudia “alarme social”

Já os socialistas criticam o “alarme social” lançado pelas notícias e rejeitam qualquer “risco iminente”.

“Os utentes da ponte 25 de Abril, sobretudo aqueles que diariamente recorrem a esta infraestrutura, podem estar tranquilos. Este não é o momento de alimentar demagogias estéreis ou alarme social, entrando-se em ligeirezas políticas”, declarou o deputado André Pinotes Batista.

“Os ministros das Finanças, Mário Centeno, e do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, estarão no parlamento para prestar todos os esclarecimentos”, adiantou ainda.

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BCP e Lone Star entre os 15 interessados na filial espanhola da Caixa

  • Lusa
  • 8 Março 2018

Mais de 15 entidades pediram informação adicional sobre a compra da filial em Espanha da Caixa Geral de Depósitos, entre elas o BCP e a Lone Star, segundo fontes do setor financeiro em Madrid.

Mais de 15 entidades pediram informação adicional sobre a compra da filial em Espanha da Caixa Geral de Depósitos (CGD), entre elas o BCP e a Lone Star, segundo fontes do setor financeiro em Madrid.

As empresas em causa subscreveram o acordo de confidencialidade (‘confidenciality agreement’) do memorando de informação que descreve de forma detalhada a situação financeira do Banco Caixa Geral posto à venda há algumas semanas.

As mesmas fontes explicaram à agência Lusa que as “entidades” que pretenderem continuar no processo de venda têm até 19 de março para apresentarem uma proposta não vinculativa (‘non biding offer’) de compra da filial espanhola da CGD.

A Société Générale e o CaixaBI (banco de investimento da CGD) são os assessores financeiros da operação e lideram o processo de alienação do Banco Caixa Geral.

De acordo com as fontes financeiras, pelo menos o BCP, a Lone Star (dona do Novo Banco), o Abanca, o EVO Banco/Apollo, o Liberbank, a Kutxabank e a Unicaja já levantaram o memorando de informação.

O Governo português aprovou em 20 de dezembro último a venda das filiais da CGD em Espanha (Banco Caixa Geral), África do Sul (Mercantile Bank Holdings Limited) e Brasil (Banco Caixa Geral – Brasil).

Lisboa definiu na altura que os processos de alienação serão “feitos por via da transmissão da totalidade ou parte das ações representativas das participações sociais detidas pela CGD no capital social de cada uma das sociedades referidas, na modalidade de venda direta a um ou mais investidores”.

A administração da CGD comprometeu-se junto da Comissão Europeia a abandonar estes três mercados, no âmbito da capitalização estatal de 3,9 mil milhões de euros.

O Banco Caixa Geral teve lucros de 12,8 milhões de euros no primeiro semestre de 2017, um aumento de 26% em relação ao mesmo período do ano anterior, apresentando resultados positivos pelo sétimo semestre consecutivo. A rentabilidade da filial medida através do ROE (taxa de retorno sobre o património) subiu de 4,39% no primeiro semestre de 2016 para 5,22% em igual período de 2017.

O banco tem mais de 500 empregados e uma rede comercial de 110 balcões concentrados nas comunidades autónomas espanholas da Extremadura, Galiza e Madrid.

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Draghi vê mais crescimento na Zona Euro, mas teme a guerra comercial. É “perigosa”

O BCE está mais otimista em relação à economia na Zona Euro este ano e já prepara terreno para retirar estímulos. Mario Draghi considera "perigoso" decisões comerciais unilaterais.

Mario Draghi confirmou otimismo do BCE em relação à evolução da economia da Zona Euro. E já prepara fim dos estímulos.Flickr BCE

Pouco depois de ter deixado cair a promessa de aumentar os estímulos da Zona Euro, abrindo caminho à normalização da política monetária para breve, o Banco Central Europeu (BCE) mostrou-se mais otimista em relação às perspetivas de crescimento da economia da região da moeda única. Mario Draghi foi o porta-voz dessa confiança na conferência de imprensa que se seguiu após conhecida mais uma decisão do Conselho de manter os juros. Ainda assim, apesar do otimismo, há um risco que não pode ser negligenciado: a guerra comercial que o italiano vê como “perigosa”.

Estamos convencidos que as disputas devem ser discutidas e resolvidas dentro de um enquadramento multilateral e que decisões unilaterais são perigosas“, declarou Draghi em Frankfurt esta quinta-feira.

O presidente do BCE estava a ser confrontado pelos jornalistas sobre o impacto que os planos de Donald Trump e a sua Administração de criar taxas nas importações de aço e alumínio pode ter na economia, sobretudo no caso de esta decisão americana desencadear uma guerra comercial e… diplomática.

Estamos convencidos que as disputas devem ser discutidas e resolvidas dentro de um enquadramento multilateral e que decisões unilaterais são perigosas.

Mario Draghi

Presidente do BCE

“Também há o receio em torno do estado das relações internacionais, porque se se impõem taxas alfandegárias contra aqueles que são aliados, quem serão então os inimigos?“, questionou Draghi. “O efeito na confiança é muito difícil de avaliar. Mas existindo um efeito negativo na confiança, isso será negativo tanto para a inflação como para as perspetivas de crescimento”, frisou ainda.

Muitos analistas consideraram que a iminência de uma guerra comercial poderia apertar a margem para o BCE dar início à retirada dos estímulos monetários que nos últimos três anos tem ajudado a economia da moeda única a crescer e a superar os problemas do passado com as crises das dívidas soberanas.

Ainda assim, o banco central deu hoje mais um passo naquilo que é a normalização da sua política monetária. Está em curso um programa de compras de dívida pública até setembro, a um ritmo mensal de 30 mil milhões de euros. Mas, ao contrário dos anteriores comunicados oficiais, desta vez o BCE já não fala em aumentar estes estímulos, seja em montante de compras ou de duração.

Se se impõem taxas alfandegárias contra aqueles que são aliados, quem serão então os inimigos?

Mario Draghi

Presidente do BCE

Ao deixar cair a promessa de uma extensão deste programa, numa decisão que foi “unânime”, Draghi e os governadores dos bancos centrais mostram-se mais confiantes em relação à solidez da economia.

“A informação que estamos a receber, incluindo as projeções do nosso staff, confirma o forte e amplo crescimento na economia da Zona Euro, cuja projeções apontam para uma expansão no curto prazo mais rápida do que o esperado”, disse o presidente do BCE.

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PSD: “Não podemos viver à sombra dos bons resultados”

  • Marta Santos Silva
  • 8 Março 2018

Depois de Rui Rio ter afirmado que a economia já está num caminho descendente, o PSD convoca um debate no Parlamento para tirar teimas sobre emprego e economia.

Após declarações do líder do PSD, Rui Rio, que disse que “a economia não está a correr assim tão bem” ao Executivo de António Costa, mesmo após números inéditos nos últimos anos tanto no campo do crescimento do PIB como no campo do desemprego, os social-democratas agendaram para esta quinta-feira um debate com esses mesmos temas como centro, embora sem a presença do Governo, que não é obrigatória em debates deste tipo. Releia aqui o minuto a minuto do debate na Assembleia da República.

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“Exceções” na guerra comercial aliviam Wall Street

Os investidores estão a agarrar-se ao mais recente desenvolvimento da Casa Branca: o presidente norte-americano poderá excluir das taxas alguns parceiros comerciais chave.

As bolsas norte-americanas voltaram a abrir em alta ligeira. Wall Street tem estado sob pressão nos últimos dias, depois de Donald Trump ter anunciado que pretende impor taxas sobre aço e alumínio importados, e o sentimento dos investidores tem flutuado entre o medo de uma guerra comercial com os principais parceiros dos Estados Unidos e o entusiasmo com a evolução da economia. Nesta sessão, estão a agarrar-se ao mais recente desenvolvimento da Casa Branca: o presidente norte-americano poderá excluir das taxas alguns parceiros comerciais chave.

O índice de referência S&P 500 abriu a subir 0,21%, para os 2.732,79 pontos, enquanto o industrial Dow Jones arrancou a valorizar 0,3%, para os 24.875,86 pontos. Já o tecnológico Nasdaq acumula a quinta sessão de ganhos e soma 0,37%, para os 7.424,70 pontos.

A marcar a sessão no índice tecnológico está o negócio milionário anunciado esta quinta-feira: a companhia de seguros norte-americana Cigna quer comprar a Express Scripts, que também atua no setor da saúde, numa operação avaliada em 67 mil milhões de dólares. No arranque desta sessão, a Express Scripts, cotada no Nasdaq, segue a disparar mais de 14%, para os 83,74 dólares por ação. Em sentido contrário, a Cigna segue a desvalorizar 8%.

Mas a pesar sobre a movimentação nas bolsas estão, sobretudo, as decisões que deverão ser tomadas ainda esta quinta-feira na Casa Branca. A imprensa norte-americana dá conta de que o Canadá e o México, “e possivelmente outros países”, poderão ficar excluídos do plano de Donald Trump de impor taxas sobre o aço e o alumínio importados.

“Tudo o que seja visto como um pequeno recuo na imposição da taxas será positivo”, comenta Scott Brown, economista chefa da consultora Raymond James, citado pela Reuters.

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Ryanair assina acordo com sindicato de pilotos italianos

  • Lusa
  • 8 Março 2018

Depois da Ryanair ter reconhecido sindicatos, fecha agora acordo com representantes italianos. Transportadora diz que está a negociar com associações de outros países europeus.

A Ryanair confirmou, esta quinta-feira, num comunicado que assinou um acordo de reconhecimento sindical com a ANPAC (Italian Airline Pilots Association), que será a única representante dos pilotos em Itália para a empresa.

No comunicado, a Ryanair sublinha que este acordo surge na sequência de “negociações extensivas” com a ANPAC desde que a empresa anunciou em dezembro último que pretendia reconhecer os sindicatos para negociações coletivas.

“A Ryanair congratula-se com o compromisso positivo e construtivo da ANPAC, que levou à assinatura do acordo oito semanas depois da primeira reunião”, diz a companhia aérea, referindo que este acordo é “significativo porque Itália contribui atualmente para quase 80 dos mais de 400 aparelhos da frota [da companhia] e aproximadamente 20% do total de pilotos da Ryanair”.

A Ryanair espera trabalhar com a ANPAC e com o recém-eleito Conselho de Empresas ANPAC – Ryanair para concluir um Acordo Coletivo de Trabalho para os pilotos empregados em Itália, refere ainda o comunicado.

Em janeiro, a Ryanair assinou um acordo similar com a BALPA (British Airline Pilots’ Association) no Reino Unido, país que com Itália representa mais de 45% da equipa de pilotos da empresa.

A companhia refere ainda que está a negociar com sindicatos noutros importantes países da União Europeia para assinar mais acordos com pilotos e tripulações de cabine nas próximas semanas e ou meses.

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