Jerónimo com “muitas dúvidas” de que a quantidade signifique qualidade no Executivo PS

  • Lusa
  • 22 Outubro 2019

O futuro executivo, liderado por António Costa, será o que tem o maior número de governantes desde 1976. Para Jerónimo de Sousa, serem muitos membros não determina "a evolução do Governo".

O secretário-geral comunista manifestou esta terça-feira “muitas dúvidas” de que a quantidade signifique qualidade no novo Governo minoritário do PS, o mais numeroso da história democrática em Portugal.

Jerónimo de Sousa respondia a perguntas dos jornalistas à margem de um encontro com a Companhia de Teatro dos Aloés, no espaço cultural Recreios da Amadora, sobre o problema da falta de financiamento das artes e do setor cultural.

“De uma forma sintética, poderia dizer que nem sempre a quantidade significa qualidade, mas são as práticas concretas, os posicionamentos do Governo, em relação às políticas a realizar, que vão ser o teste. Ser muitos ou ser poucos [membros] não significa que isso determine a evolução do Governo. De qualquer forma, consideramos que este número, nos tempos que correm, oxalá, significasse qualidade, mas eu, pessoalmente, tenho muitas dúvidas”, disse.

O futuro executivo, novamente liderado pelo socialista António Costa, será o que tem o maior número de governantes desde 1976: 70 no total, entre primeiro-ministro, 19 ministros e 50 secretários de Estado.

“Até este momento, não tenho conhecimento. A conferência de líderes e a Assembleia da República estão envolvidas nos problemas da nova composição, distribuição de tempos e de lugares. Ainda não há uma clarificação. No plano da proposta de Orçamento do Estado [para 2020] ainda não temos qualquer novidade”, adiantou ainda o líder do PCP, questionado sobre se já tinha havido mais contactos com o PS ou o primeiro-ministro indigitado desde a reunião de 09 de outubro na sede comunista.

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Bancos antecipam mais procura por crédito ao consumo até final do ano

Inquérito aos bancos do Banco de Portugal antecipa um ligeiro aumento da procura de crédito para consumo no último trimestre do ano. Para compra de casa em empresas não prevê alterações.

O final do ano deverá ser marcado por um aumento da procura de crédito para consumo por parte das famílias. Este é o cenário antecipado pelo mais recente inquérito aos bancos realizado pelo Banco de Portugal, para um período tradicionalmente dedicado às compras da quadra natalícia. Para as restantes finalidades de empréstimos — habitação e empresas — não são esperadas alterações na procura.

“As instituições antecipam um ligeiro aumento na procura de crédito para consumo e outros fins”, referem as conclusões do inquérito da entidade liderada por Carlos Costa que incidiu sobre cinco bancos portugueses, que preveem ainda que “para o quarto trimestre do ano as instituições não antecipam alterações relevantes na procura de empréstimos no segmento das empresas e dos particulares para aquisição de habitação“.

O aumento da procura perspetivado pelos bancos para o último trimestre do ano coincide com o período em que muitas famílias se dedicam às compras natalícias, optando muitas vezes por as financiar pela via do crédito ao consumo. Acontece ainda após um trimestre em que a concessão de crédito ao consumo travou, resultado da quebra nas vendas de carros.

O cenário previsto para a procura de crédito no último trimestre do ano representa uma alteração de tendência face ao verificado no terceiro trimestre. Este foi marcado pela procura de crédito para aquisição de habitação que “aumentou ligeiramente”, segundo a entidade liderada por Carlos Costa, e que “manteve-se praticamente inalterada” no que respeita ao crédito ao consumo e outros fins. No caso das empresas, a procura de crédito “manteve-se globalmente inalterada”.

Já ao nível da oferta, o terceiro trimestre do ano também foi marcado por uma estabilização, com esta a permanecer “praticamente inalterada”, com o Banco de Portugal a destacar apenas “spreads ligeiramente menos restritivos nos empréstimos de risco médio concedidos a empresas“.

Para o último trimestre do ano não são antecipadas pelos bancos inquiridos alterações ao nível da oferta, independentemente de se tratar de financiamento para empresas, crédito para consumo ou habitação.

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Há menos queixas à ERSE. Maioria por causa da eletricidade

A ERSE recebeu menos 32% de reclamações no terceiro trimestre quando comparado com os mesmos três meses do ano passado. Setor elétrico é o principal alvo.

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) recebeu 5.390 reclamações no terceiro trimestre, uma queda face ao período homólogo do ano passado, mas uma ligeira subida quando comparado com o trimestre anterior. Deste número, 428 foram pedidos de reabertura de processos anteriores.

O setor mais reclamado é o elétrico, representando quase 75% do total das reclamações enviadas ao regulador. Segue-se o dual, referente ao serviço conjunto de energia e gás, com mais de 14% das reclamações. O gás natural ficou em terceiro lugar neste pódio, com perto de 11% das queixas. A percentagem é residual no caso do gás propano canalizado (GPL), com a ERSE a receber 31 reclamações neste período.

No setor elétrico, que foi o mais reclamado, a maioria das reclamações teve a ver com questões relacionadas com a faturação, à semelhança do serviço dual. No entanto, no terceiro trimestre, a maioria das reclamações relativas ao serviço de gás natural estiveram relacionadas com assuntos ligados à contratação.

A ERSE também faz descriminação por empresas, ressalvando, no entanto, que estes números devem ser vistos à luz da quota de mercado. Ou seja, as empresas com maior quota de mercado são, tendencialmente, as mais reclamadas. É o que acontece na energia e no gás: a empresa que foi alvo de mais reclamações nos dois segmentos foi a EDP Comercial.

No terceiro trimestre, a ERSE fechou 5.121 processos, 2.518 deles relativos a reclamações com origem nos livros de reclamações das empresas. Em 1.534 casos, a ERSE esclareceu os consumidores acerca do enquadramento legal e regulamentar.

Desfecho dos processos da ERSE no terceiro trimestre:

Fonte: ERSE (ER = Entidade Reclamada)

Relativamente a outro indicador, o dos pedidos de informação, a ERSE recebeu no terceiro trimestre um total de 280 pedidos de informação por parte de clientes ou potenciais clientes de serviços energéticos.

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Isabel dos Santos diz-se vítima de “caça às bruxas” pela PGR angolana

  • ECO
  • 22 Outubro 2019

A PGR angolana instaurou um processo-crime contra a filha do antigo presidente José Eduardo dos Santos. Empresária nega que tenha transferido dinheiro da Sonangol antes da exoneração.

Isabel dos Santos nega ter desviado dinheiro da Sonangol e acusa a Procuradoria-Geral da República (PGR) de Angola de “caça às bruxas”. Num e-mail a que a agência Bloomberg (acesso condicionado) teve acesso, a empresária angolana defende que o processo-crime foi instaurado por “vingança política”.

A PGR angolana instaurou um processo-crime contra a empresária e filha do antigo presidente José Eduardo dos Santos, segundo noticiou no sábado o jornal angolano Novo Jornal. Isabel dos Santos é acusada de ter transferido 38 milhões de dólares da Sonangol já depois de ter sido exonerada da posição.

As acusações foram inicialmente feitas pelo sucessor na administração da petrolífera, Carlos Saturnino, em 2018. A investigação foi agora oficializada pela PGR angolana, mas a angolana diz-se inocente. Defende que a transferência foi legal e feita antes da exoneração.

“Dizer que transferência foi pedida depois da exoneração é simplesmente falso”, afirmou Isabel dos Santos, citada pela Bloomberg. A luta contra a corrupção não pode ser usada para alimentar uma agenda de perseguição ou uma caça às bruxas“.

A empresária defende ainda que se a PGR quer combater a corrupção devia era investigar a dívida de 20 milhões de dólares existente na Sonangol no final de 2015, antes de Isabel dos Santos chegar ao cargo.

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DLA Piper assessora investimento da Armilar Venture Partners 

A DLA Piper ABBC assessorou a Armilar Venture Partners no investimento na Vawlt Technologies. Os advogados João Costa Quinta e Rita Costa Carvalho foram os responsáveis pela assessoria.

A sociedade DLA Piper ABBC assessorou a Armilar Venture Partners no processo de investimento na startup Vawlt Technologies. A Armilar investiu através do FCR Armilar Venture Partners TechTransfer Fund, fundo de capital de risco destinado a tecnologias e produtos desenvolvidos em contexto académico.

A assessoria na negociação do acordo de investimento e do acordo parassocial foi liderada por João Costa Quinta, sócio da DLA Piper, e Rita Costa Carvalho, associada sénior.

A Vawlt Technologies é uma spin-off da Faculdade de Ciência da Universidade de Lisboa que desenvolve uma solução multicloud personalizada que distribui os dados dos clientes por diversas clouds de acesso público, garantindo um nível de privacidade e segurança inédito no mercado, relativamente aos dados armazenados.

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Road 2 Web Summit arranca esta semana com bootcamp de preparação

Programa de apoio à participação de startups portuguesas no evento integra 75 projetos nesta edição.

O Road 2 Web Summit, programa organizado numa parceria entre a Startup Portugal e o evento, arranca esta semana. A ideia é ajudar as startups portuguesas a prepararem a sua participação na maior conferência de empreendedorismo e tecnologia do mundo. Este ano, integram o programa de formação 75 startups nacionais.

Criada em 2016, segundo ano do Web Summit em Lisboa, o Road 2 Web Summit oferece às startups escolhidas 50% de desconto na participação do evento e a possibilidade. Além disso, este ano, a iniciativa oferece ainda ajuda para os voos para Toronto, para a participação das empresas no Collision, evento-irmão do Web Summit para a América do Norte. Ao longo das últimas três edições, o Road 2 Web Summit apoiou 416 startups portuguesas na sua participação no evento.

Além da ajuda na compra das entradas Alpha, o programa inclui uma preparação intensiva num bootcamp desenhado pela Startup Portugal, para “otimizar a presença das tecnológicas portuguesas”, explica a organização em comunicado.

O bootcamp decorre nos dias 23 e 24 de outubro, no Museu das Comunicações, em Lisboa, e foca-se na performance das startups no Web Summit, “desde as suas capacidades de preparar antecipadamente a sua presença, ao próprio pitch de cada empresa”. No final do processo, as empresas terão a oportunidade de conhecer o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa.

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Carmo Sousa Machado toma posse como chair da Multilaw

Um ano após ser nomeada, a sócia e presidente do Conselho de Administração da Abreu Advogados, Carmo Sousa Machado, tomou posse como chair da Multilaw, nos Estados Unidos.

A sócia e chairman da sociedade Abreu Advogados, Carmo Sousa Machado, tomou posse como chair da Multinational Association of Independent Law Firms (Multilaw), na reunião anual de 2019 da associação, na cidade de Dallas, Texas, nos Estados Unidos.

A eleição teve lugar outubro de 2018, na qual Carmo Sousa Machado foi eleita chair-elect, numa reunião da associação, em Bangkok, na Tailândia.

“Aceitei este desafio com entusiasmo, humildade e responsabilidade! Presidir a uma Associação com presença em cerca de 100 países e cerca de 10.000 advogados e conseguir melhorar o muito que já foi feito pelos anteriores presidentes, vai implicar muito trabalho e criatividade mas conto com uma fantástica equipa. Estou muito grata pela confiança depositada em mim”, nota Carmo Sousa Machado.

A sócia da Abreu Advogados conta com várias distinções e momentos históricos para a gestão das sociedades de advogados em Portugal, tais como o facto de ter sido a primeira mulher a tornar-se managing partner, em 2004, ou estreia de uma mulher como chairman, em 2017.

A Abreu Advogados é membro da Multilaw desde 2002, tendo participado ativamente nas suas atividades e em diversos projetos conjuntos.

Carmo Sousa Machado tem vindo a desempenhar diferentes papéis na associação, com destaque para a eleição para o board, desde 2008; integração no management committee, desde 2013; a posição de chair tanto para o EMEA Regional Commitee, entre 2013 e 2018, quanto para a área de practice groups & industry conferences committee da Multilaw, entre 2012 e 2015.

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Garrigues nomeia 16 novos sócios e um é português

A sociedade de advogados Garrigues nomeou 12 novos sócios em Espanha, um em Portugal e três na América Latina. Miguel Menezes da Silva é o novo sócio da área de imobiliário.

A sociedade de advogados Garrigues nomeou 16 novos sócios. Destes, 12 exercem a sua atividade profissional em Espanha, um em Portugal, e três na América latina. Das novas nomeações destaca-se a do advogado português, Miguel Menezes da Silva.

O novo sócio português centra a sua atividade profissional na área do direito imobiliário e conta com uma vasta experiência em transações de M&A no setor imobiliário, prestando assessoria a investidores globais. A área de direito imobiliário em Portugal, liderada por Jorge Gonçalves, passa assim a contar com dois sócios, “reforçando a sua estrutura, para continuar a acompanhar o grande crescimento que o negócio tem sentido nos últimos anos”, nota a sociedade.

Nos escritórios internacionais da Garrigues, foram ainda nomeados sócios em Bogotá (Colômbia), Santiago (Chile) e Lima (Peru). Dos 12 sócios nomeados em Espanha, cinco pertencem ao escritório de Madrid, três ao de Barcelona, com Bilbao, San Sebastián, las Palmas de Gran Canaria e Alicante a terem um novo sócio cada.

“A assembleia de sócios da Garrigues reviu os desafios que o escritório enfrenta no atual contexto, como a atração de talento jovem e a exigência de se antecipar às novas necessidades dos clientes. Também se debruçou sobre o caminho percorrido pela transformação digital do escritório, e o modo como este se foi adaptando (frequentemente, antecipando-se) às tendências do mercado”, nota a sociedade.

A nomeação dos novos sócios de quota foi aprovada em assembleia de sócios da Garrigues. A sociedade conta agora com 313 sócios.

Veja a lista completa dos novos sócios:

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Salário mínimo deve continuar a subir, mas “não em saltos abruptos”, defende António Saraiva

O presidente da CIP aceita uma subida do salário mínimo mas rejeita que esta não tenha em conta a evolução do crescimento e da produtividade.

O presidente da CIP aceita uma subida do Salário Mínimo Nacional (SMN) dos atuais 600 euros para 700 euros na nova legislatura, mas rejeita que haja aumentos “abruptos”. António Saraiva pede moderação e diz que Portugal tem de olhar para os países que crescem 4%.

O salário mínimo deve continuar a crescer mas “não em saltos abruptos”, disse Saraiva em declarações à RTP3 à margem da conferência que a CIP organiza esta terça-feira. O patrão dos patrões defende que este progresso seja feito através de “saltos evolutivos anuais” que tenham em conta indicadores como o crescimento económico e a evolução da produtividade.

No fim de semana, o líder da CIP tinha considerado “perfeitamente razoável” uma subida do salário mínimo de 600 para 700 euros.

O valor que for encontrado em sede de concertação social — que já está a dialogar com o primeiro-ministro indigitado um acordo alargado que inclua política de rendimentos — será uma “referência”. No entanto, Saraiva lembra que as empresas que tenham melhores condições podem pagar acima, como já acontece agora, sublinha.

No entanto, avisa que para que haja mais salários e um combate às desigualdades é necessário que haja crescimento. E aí Portugal não deve olhar para a média europeia, mas sim para os países que estão a crescer à volta de 4%, dando como exemplos os casos da Irlanda, Hungria e Polónia.

Questionado sobre se acredita nas previsões do Governo para o crescimento económico, que anda à volta de 2% na próxima legislatura, Saraiva sinalizou que as metas não lhe oferecem dúvidas, mas que significam pouco para os objetivos de Portugal. “Mário Centeno não nos ia mentir”, disse, acrescentando, porém, que “não nos podemos comparar com a média europeia”.

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Atena Equity Partners tem 15 milhões para investir na Maló Clinic

A sociedade gestora de fundos que comprou a Maló Clinic em maio tem disponíveis 15 milhões de euros para investir na empresa. Crescer na Polónia é um dos objetivos.

Poucos meses depois de ter adquirido a Maló Clinic, a sociedade gestora Atena Equity Partners está preparada para investir 15 milhões de euros no grupo fundado por Paulo Maló, mas este valor poderá ser bastante superior. Para os novos administradores, a fase de instabilidade financeira “está ultrapassada” e é agora o momento de apostar, entre outros pontos, na expansão internacional, nomeadamente na Polónia.

Em curso está já um plano de investimento de quatro milhões de euros, tal como foi anunciado na altura em que a Atena adquiriu o grupo português. Mas “no bolso” dos novos donos estão outros 15 milhões de euros disponíveis, anunciaram esta terça-feira os novos administradores da Maló Clinic, num encontro com jornalistas.

“Temos essa capacidade e esse dinheiro reservado, que vai depender da velocidade e das oportunidades que apareceram. Mas cada euro que pudermos investir, vai ser investido. Temos capacidade, do ponto de vista financeiro, para fazer tudo sozinhos“, disse João Rodrigo Santos, presidente do conselho de administração da Malóc Clinic e partner da Atena.

Contudo, de onde esse dinheiro vem, poderá vir muito mais. Através de coinvestimento com outros participantes poderão chegar 40 milhões de euros, adiantou João Rodrigo Santos, sublinhando que nos vários anos que tem de experiência, viu “poucas empresas com um potencial” como o da Maló Clinic.

Na lista dos objetivos da nova administração está ainda um crescimento médio anual de 5% e um volume de negócios de 47 milhões de euros até 2025.

Novas aberturas, digitalização e aposta na Polónia

Os milhões que estão e que ainda venham a ser investidos na Maló Clinic serão aplicados na abertura de novas clínicas — uma em Portimão e outras duas cujas localizações ainda não estão decididas. Destaque ainda para o setor tecnológico, mais concretamente na digitalização, onde o objetivo é desenvolver a “clínica do futuro em Lisboa”, assim como um “laboratório do futuro”, estando já em curso 44 projetos de I&D.

Mas os planos não ficam por aqui. A ideia é crescer na Polónia, onde o grupo já está presente. “Temos uma clínica na Polónia que está a crescer bastante bem e que não consegue crescer mais. É uma clínica que pode ser aumentada”, explicou João Rodrigo Santos, acrescentando que este processo de internacionalização será diferente do aplicado no passado pela anterior administração. A ideia, esclareceu, não vai passar pela abertura de novas clínicas em território polaco, porque “isso é muito difícil e não há necessidade de o fazer”.

No passado, “foi dedicado demasiado tempo a uma situação que, à partida, era muito complicada”, disse o responsável, apontando como errada a estratégia de abertura de novas clínicas fora do país.

“Vi poucas empresas em Portugal com este potencial de expansão. É mais interessante, e do ponto de vista do investimento, conseguir fazer crescer uma empresa que se conhece do que andar a vender e a comprar. Vamos ficar cá por muitos anos“, afirmou João Rodrigo Santos.

O grupo de medicina dentária atravessa um Processo Especial de Revitalização (PER), devido à dívida que tinha de 67,5 milhões de euros junto de vários credores. Contudo, conseguiu que fossem perdoados mais de 40 milhões de euros — entre os quais 25 milhões do Novo Banco — e, atualmente, a dívida do grupo é de cerca de 27 milhões de euros.

(Notícia atualizada às 12h54 com mais informação)

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OPA da Cofina à Media Capital: Sindicato dos Jornalistas opõe-se ao negócio

  • Lusa
  • 22 Outubro 2019

Sindicato alerta para agravamento da concentração dos media "elevada a uma escala sem precedentes, com o domínio da quase totalidade dos principais meios de comunicação social por um grupo económico".

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) anunciou esta terça-feira que comunicou à Autoridade da Concorrência (AdC) a sua opinião desfavorável à compra da Media Capital pelo grupo Cofina, após constituir-se como parte interessada no negócio.

Em comunicado, o SJ afirma que se constituiu como parte interessada no negócio, “uma vez que é uma entidade que defende os interesses legalmente protegidos dos seus associados, que podem vir a ser afetados por esta operação de concentração”. Nesta qualidade, o SJ, cumprindo o prazo definido por lei, comunicou, na segunda-feira, à AdC o que considera serem “os riscos inerentes ao negócio”.

A direção do sindicato sinaliza, a este respeito, o agravamento da concentração dos media “elevada a uma escala sem precedentes, com o domínio da quase totalidade dos principais meios de comunicação social por um grupo económico” e o potencial “controlo absoluto do mercado de trabalho no setor, com risco elevado de condicionamento da liberdade de expressão e de emprego”.

Refere ainda o risco de degradação das condições de trabalho dos jornalistas e do alastramento de práticas de desregulação e desrespeito pelo trabalho e a possibilidade de “domínio hegemónico do mercado de publicidade e de definição unilateral das suas regras”.

Segundo o SJ, a concretização do negócio representaria ainda um agravamento da tendência do atual patronato para se apropriar das criações dos jornalistas, transformando-as em mera mercadoria e aumentaria o receio dos jornalistas de que possam ocorrer alterações nas publicações abrangidas pela concentração que operam em segmentos de mercado semelhantes.

O sindicato assinala ainda que, “por norma, e lamentavelmente, este tipo de fusões tem-se traduzido em cortes de pessoal e emagrecimento de redações“. O SJ alerta também para o potencial impacto da fusão de vários órgãos de comunicação social na pluralidade e na qualidade da informação, podendo comprometer a liberdade de imprensa, um dos pilares da Democracia.

O SJ lembra que defende, há mais de duas décadas, a necessidade de medidas legais contra a concentração da propriedade dos meios de informação e insta à intervenção das autoridades que tutelam e têm responsabilidades no setor – nomeadamente a Assembleia da República, o Governo e a Entidade Reguladora para a Comunicação Social – para que iniciem uma fiscalização urgente aos processos de fusão e de alianças ou parcerias no setor.

O SJ – que pediu reuniões aos dois grupos, mas foi apenas recebido pela administração Cofina – apela, na nota enviada, para a união entre todos os jornalistas ao serviço nos órgãos de informação abrangidos pela operação.

O prazo dado pela Autoridade da Concorrência (AdC) para os interessados na compra da TVI pela Cofina apresentarem comentários terminou na segunda-feira. O registo da Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a Media Capital foi pedido pela Cofina em 11 de setembro, o último dia do prazo para o fazer, conforme disse fonte oficial da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) à Lusa.

Em 21 de setembro, a dona do Correio da Manhã anunciou que tinha chegado a acordo com a espanhola Prisa para comprar a totalidade das ações que detém na Media Capital, valorizando a empresa (enterprise value) em 255 milhões de euros. A operação de compra inclui também a dívida da Media Capital.

“O objeto da oferta é constituído pela totalidade das 84.513.180 ações ordinárias, escriturais e nominativas, com o valor nominal de 1,06 euros, representativas do capital social e dos direitos de voto da sociedade visada”, indicou a Cofina no anúncio preliminar da oferta.

A Cofina, empresa liderada por Paulo Fernandes, espera que a compra da Media Capital resulte em sinergias de 46 milhões de euros. Além disso, a dona do Correio da Manhã estima que a compra esteja concluída no primeiro semestre de 2020.

A transação está sujeita a certas condições, em particular a aprovação dos reguladores e a realização de um aumento de capital da Cofina em 85 milhões de euros para o financiamento parcial da compra da participação da Prisa na Media Capital, que detém a TVI.

A Cofina espera financiar a operação de compra com 220 milhões de euros de dívida (‘debt financing’) e 85 milhões de euros do aumento capital. Segundo a empresa, 50 milhões de euros de fundos captados serão utilizados para pagar os custos da transação e refinanciar a dívida líquida da Cofina. Metade do aumento de capital será garantido pelos acionistas principais.

O grupo Cofina detém, além do Correio da Manhã e do Record, a CM TV, o Jornal de Negócios, a revista Sábado, entre outros títulos. Por sua vez, a Media Capital conta com seis canais de televisão e a plataforma digital TVI Player. Além da TVI, canal generalista em sinal aberto que celebra 26 anos, conta com a TVI24, TVI Reality, TVI Ficção, TVI Internacional e TVI África. A Media Capital tem também rádios, na qual se inclui a Comercial.

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Rede da Nos já está operacional. Falha deveu-se a “anomalia simultânea” de dois sistemas

A rede da Nos esteve inoperacional durante cerca de três horas esta terça-feira. Empresa já repôs o serviço e atribui a falha a uma "anomalia simultânea" de dois sistemas.

Os clientes da Nos NOS 0,13% enfrentaram falhas de rede em todo o país durante cerca de três horas esta terça-feira. De norte a sul, centenas de queixas apontaram para problemas nas chamadas, mensagens e dados no serviço móvel da operadora. O problema teve início por volta do meio-dia e os serviços foram “integralmente repostos” por volta das 15h00.

Numa nota a dar conta da resolução do problema, a Nos reconhece que registou “uma falha na sua rede móvel, com impacto em clientes em algumas zonas do país, nos serviços de voz e dados”. “As equipas da Nos trabalharam ininterruptamente com os seus parceiros, para recuperar com a rapidez possível todas as funcionalidades de modo a minimizar o impacto nos seus clientes”, frisa ainda a empresa.

A operadora esclareceu entretanto que a falha registada na sua rede se deveu a “uma anomalia simultânea de dois sistemas de processamento de tráfego” e reiterou que os seus serviços estão “integralmente repostos”. “A Nos esclarece que a situação de instabilidade registada na sua rede móvel, durante o final da manhã de hoje, se deveu a uma anomalia simultânea de dois sistemas de processamento de tráfego”, refere a operadora liderada por Miguel Almeida.

Esta situação “tem uma probabilidade absolutamente ínfima, dados os múltiplos níveis de redundância: lógica, física e geográfica”, acrescentou a operadora, salientando que todos os seus serviços estão “integralmente repostos”.

“A Nos ativou de imediato os procedimentos de gestão de crise, juntamente com os parceiros tecnológicos, o que permitiu a rápida resolução da situação e a reposição gradual dos serviços”, concluiu.

O incidente tinha sido confirmado pela empresa cerca das 12h30, já depois da publicação desta notícia a dar conta das falhas na rede da empresa. Na altura, a Nos confirmou o problema e disse ter acionado “os planos de contingência” para “assegurar uma rápida reposição os serviços”.

Uma vez que as operadoras têm de comunicar estes incidentes ao regulador setorial, a Anacom também confirmou ter sido informada de um incidente com a rede da operadora: “A Nos notificou o centro de reporte de notificações da Anacom”, disse ao ECO fonte oficial da entidade presidida por João Cadete de Matos.

Disparam notificações por falha no serviço da Nos

Fonte: DownDetector

O portal Down Detector, que monitoriza a atividade de serviços digitais em todo o mundo, mostrou um aumento súbito no número de queixas relacionadas com a Nos durante as horas do incidente. O ECO confirmou que houve falhas no serviço em Lisboa, mas dezenas de mensagens no mesmo portal apontaram para um problema mais generalizado, com queixas a serem publicadas a partir do Porto, Aveiro, Águeda, Vale de Cambra, Évora e Albufeira.

“Sem rede no Porto, na baixa”, comentou um utilizador. “Évora também está com problemas”, comentou outro. No Twitter também já surgiram algumas queixas: “Isto hoje está bonito. Os servidores pararam e a Nos móvel não tem rede. Informática e telecomunicações paradas, caos instalado”, lê-se numa mensagem publicada na rede social.

O Down Detector recebeu mais de 2.000 reportes de problemas com a Nos, mas a operadora não é a única a ser alvo de reclamações. Relativamente à Meo e à Vodafone, o mesmo portal também exibiu um aumento súbito no número de notificações de falhas no serviço, mas em número muito residual e sem qualquer comentário por parte dos utilizadores. O ECO não pôde confirmar a existência de falhas generalizadas nos serviços destas operadoras.

(Notícia atualizada pela última vez às 18h38 com mais informações)

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