Conselho das Finanças Públicas coloca reservas às previsões do Governo para 2020

A instituição liderada por Nazaré Cabral diz que a previsão de aceleração da economia para 2020 não é prudente tendo em conta o abrandamento esperado dos principais parceiros comerciais de Portugal.

O Conselho das Finanças Públicas endossou com reservas as novas previsões económicas que o Governo incluiu no projeto de plano orçamental enviado para Bruxelas na terça-feira, apontando “elevados riscos descendentes” nas previsões para 2020 tendo em conta o abrandamento generalizado das economias dos principais parceiros da economia portuguesa. Contas do Governo para a evolução das importações são otimistas.

O Governo enviou na noite de terça-feira novas previsões para a Comissão Europeia, para cumprir o prazo do semestre europeu de apresentar um projeto de Orçamento apesar de as eleições só se terem realizado a 6 de outubro. No entanto, estas previsões são atualizadas tendo em conta apenas os novos dados económicos, em Portugal e para os seus principais parceiros comerciais, e a revisão operada pelo INE na sua base de contas nacionais, que levou a um aumento significativo no valor do PIB em 2017 e 2018, que tem impacto nas contas de 2019 e 2020.

Como ainda se encontra em fase de formação e sem um Orçamento completo, o Governo optou por não incluir qualquer nova medida que pretende vir a implementar no Orçamento do Estado do próximo ano, que só deverá ficar conhecido no final do ano, incluindo as já contempladas nas contas do Programa de Estabilidade que foi enviado para Bruxelas em abril deste ano.

Tendo em conta esta informação, o Conselho das Finanças Públicas fez uma primeira análise às projeções macroeconómicas deste projeto de plano orçamental e concluiu que as previsões para 2020 não são prudentes.

Segundo a instituição liderada por Nazaré Costa Cabral, o Governo está a prever que a economia portuguesa cresça os mesmos 1,9% este ano e acelere para 2% no próximo ano. Na base desta aceleração está um maior dinamismo do comércio externo, com aumento das exportações e ganhos da quota de mercado em 2019 e, mais expressivos, em 2020.

E é aqui que está o problema: “os elementos explicitados neste parecer relativamente ao comportamento das componentes da procura, em particular das exportações e das importações em 2020, não permitem considerar o cenário apresentado como prudente, dados os elevados riscos descendentes que incidem na previsão de aceleração da atividade económica em 2020”, diz o CFP.

Isto porque nas contas da instituição a previsão do Governo baseia-se num cenário de abrandamento do ritmo de crescimento das importações que, a aplicar-se a mesma elasticidade face à previsão do Governo para a relação entre a procura global e as importações, o crescimento das importações seria superior ao estimado pelo Governo, o que faria com que o crescimento económico abrandasse para 1,7% em 2020, em vez de subir para 2% como prevê o Governo.

O Conselho das Finanças Públicas diz que a ausência de previsões comparáveis produzidas por outras instituições também coloca dificuldades em estimar a probabilidade de as previsões do Governo se virem a concretizar.

Por tudo isto, o Conselho das Finanças Públicas diz que “endossa com reservas” as previsões agora apresentadas pelo Governo.

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Dívida pública cai para 116,2% no próximo ano. Executivo mantém compromisso de redução para 100% até final da legislatura

Governo já tinha revisto em alta a meta para 119,3% do PIB para este ano, contra os 118,6% inscritos no Programa de Estabilidade. Para 2020, em vez de 115,2%, prevê agora uma dívida de 116,2% do PIB.

O Governo espera que a dívida pública portuguesa atinja 119,3% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano e 116,2% no próximo. Os dados estão inscritos no esboço de Orçamento do Estado para 2020 enviado esta terça-feira pelo Governo para a Comissão Europeia representa uma revisão em alta face às anteriores metas. Ainda assim, o Executivo mantém compromisso de reduzir endividamento para perto de 100% no final da legislatura.

Em setembro, quando enviou o reporte dos défices excessivos para Bruxelas, o Governo já tinha revisto em alta a meta para 119,3% do PIB para este ano, o que compara com os 118,6% inscritos no Programa de Estabilidade. Esta atualização levou o Executivo a alterar também o objetivo para o próximo ano: em vez de 115,2%, prevê agora 116,2%, segundo o Projeto de Plano Orçamental divulgado esta quarta-feira.

Desde o início de agosto que a revisão em alta da meta da dívida pública era esperada já que o Eurostat decidiu alterar o método de cálculo do stock da dívida. Entre outros pontos, passou a contabilizar os juros a pagar nos certificados de aforro no endividamento público. Na altura, o Governo lembrou que se tratou de uma mudança meramente estatística, ou seja, não há “novas responsabilidades financeiras” para o Estado.

Apesar de rever em alta a meta para o próximo ano, o Governo mantém o compromisso de reduzir o endividamento público nos próximos anos. “De 2016 a 2018, o rácio da dívida pública em relação ao PIB diminuiu quase dez pontos percentuais. O Governo estima que em 2023 este indicador atinja um nível muito próximo de 100%”, diz o Executivo liderado por António Costa no esboço orçamental enviado às autoridades europeias.

Para atingir esse objetivo, todas as receitas extraordinárias devem continuar a ser alocados à redução da dívida pública“, assegura o Executivo.

Projeções para a dívida pública

Fontes: Ministério das Finanças - PE 2019-2023 e Projeto de Plano Orçamental 2020; CFP - Situação e Condicionantes 2019-2023, outubro 2019; FMI - World Economic Outlook, outubro 2019. Dados de 2018: INE.

Dois fatores vão contribuir para esta trajetória descendente nos próximos anos: por um lado, a redução do stock da dívida pública em si perante a melhoria das finanças públicas (diminuiu o valor do numerador); por outro, a expansão da atividade económica também ajudará a acelerar a redução do rácio (aumenta o valor do denominador). De acordo com o esboço orçamental, o Governo vê a economia crescer 2% em 2020.

Devido às eleições legislativas, Portugal enviou para Bruxelas apenas um esboço com as linhas orçamentais gerais e o próprio Orçamento do Estado para 2020 será apresentado apenas depois de o novo Governo entrar em funções.

Na semana passada, o primeiro-ministro indigitado, António Costa, afirmou que “gostaria muito” de o poder apresentar à Assembleia da República ainda este ano, mesmo que a discussão se prolongue para 2020.

(Notícia atualizada às 09h26)

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Governo está mais otimista. Espera desemprego de 6,3% este ano

O Governo está mais otimista para a taxa de desemprego e antecipou as metas que tinha para 2020 e 2021 em um ano. Mário Centeno espera agora que o desemprego baixe dos 6% já em 2020.

O Governo volta a estar mais otimista quanto ao desempenho do mercado de trabalho e reviu em baixa as previsões para a taxa de desemprego que tinha apresentado em abril. Nas previsões macroeconómicas atualizadas, que enviou esta terça-feira para Bruxelas, Mário Centeno espera que a taxa de desemprego diminua para 6,3% este ano, menos três décimas que o esperado em abril.

Já é habitual, na parte final do ano, ver Mário Centeno a rever as previsões para a taxa de desemprego para melhor, tal como o é para as previsões da receita fiscal. Agora, no projeto de plano orçamental que enviou à Comissão Europeia, e que atualiza apenas as previsões económicas sem ter em conta qualquer medida nova que venha a integrar o Orçamento do Estado para 2020 (que ainda não estivesse prevista no Programa de Estabilidade), volta a melhorar as previsões.

Em abril, Mário Centeno contava que a taxa de desemprego diminuísse de 7% para 6,6% este ano. Esta previsão foi revista para 6,3%, que era a meta estipulada para 2020.

Por sua vez, a meta de baixar a taxa de desemprego para menos 6% que tinha sido traçada para 2021 também foi antecipada em um ano, com o Governo a esperar agora que o desemprego diminua para 5,9% em 2020.

Estas novas previsões incorporam já os novos números do PIB, na sequência da revisão regular na base de contas nacionais operada a cada cinco anos e que o Instituto Nacional de Estatística realizou em setembro. Esta revisão levou a um aumento significativo do valor do PIB nos anos de 2017 e 2018, com impactos em 2019.

Os dados levaram o Governo a atualizar as suas previsões para o défice orçamental, que espera que seja de apenas 0,1% este ano, e permitiram manter a previsão para o crescimento da economia para este ano nos 1,9%, num cenário de abrandamento generalizado das principais economias mundiais, entre elas os principais parceiros comerciais da economia portuguesa.

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Credores voltam a salvar Opway da insolvência

  • ECO
  • 16 Outubro 2019

Aprovada a continuidade da empresa, a Opway terá agora de apresentar um plano de recuperação da construtora, dentro de um prazo de 60 dias.

Pela segunda vez este ano, a Opway Engenharia escapou à insolvência. A assembleia de credores aprovou, no início deste mês, a continuidade da empresa, bem como a apresentação de um plano de recuperação da construtora, dentro de 60 dias.

Assim, a gestão a Opway, que estava nas mãos de um administrador de insolvência, volta a estar entregue à equipa liderada por Luís Duarte, que tem até 4 de dezembro para apresentar o plano de recuperação, que deverá ser a dez anos, adianta o Jornal de Negócios (acesso pago).

A comissão de credores é presidida pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), tendo ainda como elementos a Autoridade Tributária, o Millennium bcp, a auditora Mazars e um trabalhador da empresa. Os créditos na lista de credores amontoam a 822,5 milhões de euros, dos quais 800 milhões são créditos reclamados.

A fase de impugnação de reclamações de créditos decorre até ao final deste mês, isto porque, segundo Luís Duarte, alguns créditos foram reclamados em duplicado. São no total 1.840 credores, dos quais vários bancos, como a CGD, mas também o BES e as massas insolventes da Espírito Santo Internacional e da Rioforte Investments.

Enquanto 98% dos credores se pronunciou a favor da viabilização da construtora, outros 2%, onde se inclui a sociedade que requereu a insolvência da empresa, Miguel Saraiva Associados – Arquitetura e Urbanismo, votaram contra, de acordo com o CEO da Opway. A carteira de encomendas da Opway ronda os 20 milhões de euros, e o conjunto das empresas que integram o grupo emprega mais de 90 trabalhadores.

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Carga fiscal mantém-se nos 34,9% este ano, mas pode mudar com o Orçamento

Na ausência de novas medidas no Orçamento, a carga fiscal deve manter-se nos 34,9% do PIB no final deste ano, igual a 2018 e o valor mais alto de sempre, e descer uma décima em 2020.

A carga fiscal deve manter-se nos 34,9% do PIB no final deste ano, o mesmo valor registado em 2018 depois da revisão levada a cabo pelo Instituto Nacional de Estatística nos números do PIB de 2017 e 2018, de acordo com as novas previsões enviadas pelo Governo à Comissão Europeia no projeto de Orçamento do Estado para 2020 enviado esta terça-feira para a Comissão Europeia. Novas previsões não incluem qualquer medida nova, e podem mudar com a proposta de Orçamento do Estado que será conhecida até ao final do ano.

De acordo com as novas previsões do Governo, a carga fiscal deverá então manter-se no valor mais alto de sempre, que de acordo com os novos números do INE é mesmo o valor de 34,9% do PIB verificado em 2018. No entanto, esta é apenas uma atualização das previsões tendo em conta os novos dados económicos e sem qualquer.

O valor da carga fiscal só irá diminuir em 2020, em uma décima face ao pico máximo registado em 2018 e 2019, prevendo o Governo então que atinja os 34,8% do PIB.

Esta é, ainda assim, uma melhoria face ao que se previa no Programa de Estabilidade — onde se esperava que o valor se mantivesse inalterado em 2020, e só diminuísse em 2021.

Em setembro o INE reviu em alta os valores do PIB para 2017 e 2018, o que levou a uma revisão do valor estimado para a carga fiscal. Durante o primeiro Governo de António Costa, houve uma ligeira revisão em alta de uma décima em 2015. Em 2017, a carga fiscal calculada com a base antiga do PIB era de 34,4% que com a nova base de PIB passa para 34,1% do PIB, revela o INE.

A revisão mais significativa aconteceu para o ano de 2018, quando a carga fiscal passa de 35,4% para 34,9% do PIB, uma revisão em baixa de cinco décimas. No entanto, este continua a ser o valor mais alto da série histórica do INE.

A evolução da carga fiscal na legislatura tem sido um dos temas mais polémicos. A oposição acusa o Governo de atingir os défices mais baixos da democracia com carga fiscal máxima, mas o Executivo argumenta que com mais 500 mil pessoas a descontar para a Segurança Social, crescem as receitas de IRS, bem como as contribuições para a Segurança Social.

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Governo vê PIB a crescer mais em 2020 mas já não aponta para excedente

Portugal enviou terça-feira para a Comissão o esboço do Orçamento do Estado para o próximo ano. Sem novas medidas vê PIB a acelerar para 2% e contas públicas equilibradas.

O Governo vê a economia a crescer 1,9% este ano e o Orçamento com um défice melhor de 0,1% do PIB. Para 2020, o Executivo aponta para um PIB a acelerar para 2% e contas públicas equilibradas, com saldo nulo. As novas metas, que foram assumidas terça-feira junto da Comissão Europeia, traduzem o impacto da nova base das contas nacionais, mas não incluem ainda as medidas que o Governo quer incluir no Orçamento do Estado e cujo apoio ainda terá de negociar com os partidos à sua esquerda.

No Programa de Estabilidade, o Ministério das Finanças assumiu uma previsão de crescimento do PIB de 1,9% e um défice de 0,2% do PIB. Para 2020, as previsões de Mário Centeno eram de uma subida do PIB de 1,9% e de um excedente orçamental de 0,3% do PIB. Mas no draft publicado esta quarta-feira, Centeno atualizou os objetivos.

De lá para cá, Mário Centeno teve boas notícias. O Instituto Nacional de Estatística (INE) reviu a base das contas nacionais, com implicações positivas em ambas as frentes: o crescimento económico na primeira metade do ano foi de 2% e não 1,8% e 2018 afinal fechou com um défice de 0,4% do PIB, uma décima melhor que o esperado.

O ministro das Finanças admitiu que da revisão do INE pudesse resultar um défice ligeiramente menor já este ano face aos 0,2% do PIB previstos pelo Executivo. Além disso, viu já três instituições a rever em alta a previsão de crescimento económico para este ano, aproximando-se da sua projeção, em contraciclo com a tendência de revisão em baixa das previsões para a economia mundial.

No entanto, o Governo optou por ser cauteloso e não melhorar a previsão de PIB para este ano. “O cenário macroeconómico subjacente ao Projeto de Plano Orçamental para 2020 mantém a projeção de 1,9% para o crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019, tal como consta do Programa de Estabilidade 2019-2023, publicado em abril deste ano”.

“Esta projeção representa uma desaceleração face a 2018, incorporando uma moderação do crescimento do consumo privado, um abrandamento do crescimento das exportações, e uma aceleração do crescimento do investimento. A diminuição do ritmo de crescimento das exportações reflete um contexto de desaceleração dos nossos principais parceiros económicos, o que se traduz num impacto na procura externa dirigida a Portugal”, justifica o Governo.

Para o próximo ano, o Governo prevê uma aceleração económica, invertendo a tendência de abrandamento que se regista desde 2018 e a trajetória desenhada no Programa de Estabilidade de abril, que apontava para uma estabilização.

“Para 2020, o cenário macroeconómico subjacente ao Projeto de Plano Orçamental prevê uma ligeira aceleração do crescimento do PIB para 2%. Esta projeção assenta na antecipação de uma recuperação do crescimento económico na área do euro, em linha com as previsões de instituições internacionais, como o Fundo Monetário Internacional”, explica o Ministério das Finanças.

Défice melhora este ano, mas saldo é nulo em 2020

Apesar de não melhorar a previsão de crescimento para 2029, o Governo acredita que o défice vai ficar uma décima abaixo do previsto. Um cenário já antecipado por Mário Centeno depois da revisão da base do INE.

“No que respeita às contas públicas, e uma vez mais considerando que se trata de um cenário de políticas invariantes, o Projeto de Plano Orçamental submetido à Comissão Europeia incorpora a nova base de contas nacionais divulgada recentemente pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE) e projeta para 2020 uma evolução das contas públicas consonante com a previsão de crescimento económico supracitada, bem com o impacto orçamental de todas as medidas políticas já adotadas no Orçamento do Estado para 2019”, começa por explicar o Governo.

“A revisão de +0,1 pp da projeção do saldo orçamental para 2019 (de -0,2% para -0,1%) justifica-se pelo melhor comportamento da receita”, dizem as Finanças.

“Em 2020, o Projeto de Plano Orçamental prevê uma evolução da receita em linha com o crescimento nominal do PIB, enquanto que a despesa pública evolui de forma consentânea com os compromissos políticos assumidos ao longo da legislatura que agora termina. Salienta-se aqui o impacto orçamental decorrente da fase final do processo de descongelamento das carreiras da Administração Pública; os projetos de investimento público, entretanto autorizados e, nalguns casos, já em execução; e o crescimento das prestações sociais decorrente do reforço da prestação social para a inclusão, do subsídio de parentalidade e do abono de família”.

O Governo aponta para um saldo nulo, mas pior do que o previsto no Programa de Estabilidade, quando apontava para um excedente de 0,3% do PIB.

“Este exercício ocorre este ano num contexto particular, uma vez que coincide com um período pós-eleitoral, de final de legislatura. O Projeto de Plano Orçamental assenta assim num cenário de continuidade das políticas atuais, sem qualquer nova orientação política para 2020 (isto é, cenário de políticas invariantes), em conformidade com o respetivo enquadramento regulamentar do Parlamento Europeu e do Conselho. Por este motivo, este projeto de plano orçamental não corresponde a uma proposta de Orçamento do Estado para 2020“, explica o Governo na nota que acompanha a publicação do esboço do Orçamento.

(Notícia atualizada)

 

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Funcionários do Estado envolvidos em esquema recebiam 200 euros por cada imigrante legalizado

  • ECO
  • 16 Outubro 2019

Uma funcionária da Autoridade Tributária envolvida no esquema terá feito 15 mil números de contribuinte fraudulentos em três anos.

Cerca de vinte pessoas foram detidas numa megaoperação da Polícia Judiciária, entre as quais se encontravam funcionários da Autoridade Tributária, da Segurança Social e do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. Os funcionários públicos estariam envolvidos numa associação criminosa e recebiam 200 euros por cada imigrante legalizado.

A investigação da Unidade Nacional de Contra-terrorismo da PJ, que já tem mais de três anos, baseia-se nas suspeitas de que os funcionários faziam parte de um esquema onde, em troca de subornos, se viabilizava a legalização de centenas de imigrantes de modo fraudulento. Os montantes recebidos estariam em torno das duas centenas, segundo o Jornal de Notícias (acesso pago).

O papel dos funcionários públicos no esquema será de intervenção nos sistemas informáticos, para manipular e falsear informações sobre contratos de trabalho fictícios, para os títulos de Autorização de Residência. Alguns têm também o poder de acelerar os processos de legalização.

A dimensão do processo não é pequena. Só uma das funcionárias da Autoridade Tributária envolvida no esquema terá feito 15 mil números de contribuinte fraudulentos em três anos, de acordo com o Público (acesso condicionado). Funcionários da Segurança Social também participavam na rede, emitindo números de Segurança Social.

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Bolsas europeias em alta ligeira à espera de acordo no Brexit

Lisboa abriu a sessão oscilando entre ganhos e perdas, mas sempre perto da fasquia psicológica dos 5.000 pontos. Lá por fora, as subidas são pouco expressivas com investidores em modo de espera.

As bolsas europeias iniciaram a sessão desta quarta-feira com ganhos pouco expressivos, a rondar os 0,1%, com os investidores em modo de espera para ver se há acordo ou não entre Reino Unido e União Europeia (UE) em relação a um Brexit ordenado. Por cá, refletindo este cenário de impasse, o PSI-20 oscilou entre ganhos e perdas contidas nos primeiros minutos, mas negociando sempre perto da fasquia dos 5.000 pontos.

Há momentos, o principal índice português perdia 0,24% para cotar nos 4.9877,35 pontos. Mas poucos minutos antes estava a negociar em terreno ligeiramente positivo, à semelhança do que acontece entre os pares europeus: Stoxx 600, DAX 30, IBEX-35 e CAC-40, todos estes benchmarks somam cerca de 0,1% na abertura.

“Tínhamos defendido que o impacto de uma saída ordenada do Reino Unido da UE seria significativo nas ações inglesas e na libra, mas limitado para as ações europeias. Assim sendo, não é de excluir que esse efeito positivo se tenha esgotado ontem para os mercados europeus”, dizem os analistas do BPI no Diário de Bolsa, lembrando, porém, que persistem alguns riscos tendo em conta que Theresa May, a anterior primeira-ministra britânica, também alcançou acordos com os parceiros europeus por três vezes antes de ser derrotada pelo Parlamento do seu país pelo mesmo número de vezes.

Por cá, Corticeira Amorim e F. Ramada, duas cotadas com pouca preponderância no rumo do PSI-20, lideram os ganhos, com subidas acima de 1%. A EDP Renováveis também valoriza cerca de 0,1% depois de ter anunciado ao mercado que aumentou a produção de eletricidade em 6% até setembro — a empresa prestas contas do terceiro trimestre no dia 30 de outubro.

EDP Renováveis em alta

As papeleiras Navigator e Altri também evidenciam recuperação depois das últimas sessões terem sido de perda por causa do ambiente externo menos favorável. Subiam 0,3% e 0,1%, respetivamente.

A impedir ganhos em Lisboa estavam os pesos pesados BCP, EDP e Jerónimo Martins. Ainda assim, as quedas são pouco profundas: o banco cede 0,46%, a utility recua cerca de 0,4% e a retalhista cai apenas 0,1%.

Nas próximas semanas, os investidores vão estar atentos à temporada de resultados. Será a oportunidade para os investidores avaliarem o impacto da guerra comercial e do processo do Brexit nas contas das empresas. Em Wall Street, o Bank of America apresenta hoje resultados, isto antes da abertura da bolsa de Nova Iorque. Depois do fecho será a vez de Netflix e IBM.

“A época de resultados iniciou com auspícios moderadamente positivos. O JP Morgan, estandarte do setor bancário, reportou lucros e produto bancário que superaram as previsões, fruto do crescimento do crédito automóvel e à habitação. As ações da JP Morgan subiram 3%”, referem os analistas do BPI.

(Notícia atualizada às 08h34)

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Hoje nas notícias: CP, Opway e fraude

  • ECO
  • 16 Outubro 2019

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Ao longo de três anos, foram já 17 as vezes em que o Estado realizou aumentos de capital na CP. A Opway foi novamente salva da insolvência pelos credores, sendo que terá agora de apresentar um plano de recuperação. Num esquema fraudulento de legalização de centenas de imigrantes, funcionários públicos recebiam 200 euros por cada pessoa legalizada. Veja estas e outras notícias que marcam as manchetes nacionais.

Estado injetou 1.800 milhões em 17 aumentos de capital na CP nos últimos três anos

O Estado já injetou 1.800 milhões de euros na CP através de 17 aumentos de capital realizados ao longo dos últimos três anos. Nem todos os reforços de capital foram em dinheiro e uma boa parte destas operações serviu para que a transportadora ferroviária pudesse pagar dívidas a empresas privadas e ao próprio Estado.

Leia a notícia completa no Observador (acesso livre).

Credores voltam a salvar Opway da insolvência

Pela segunda vez este ano, a Opway Engenharia escapou à insolvência. A assembleia de credores aprovou, no início do mês, a continuidade da empresa e a apresentação de um plano de recuperação da construtora. Assim, a gestão a Opway, que estava nas mãos de um administrador de insolvência, volta a estar entregue à equipa liderada por Luís Duarte, que tem até 4 de dezembro para apresentar o plano de recuperação.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Funcionários do Estado recebiam 200 euros por cada imigrante legalizado

Cerca de vinte pessoas foram detidas numa megaoperação da Polícia Judiciaria, entre as quais se encontravam funcionários da Autoridade Tributária, da Segurança Social e do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. Os funcionários públicos estariam envolvidos numa associação criminosa e recebiam 200 euros por cada imigrante legalizado. Uma das funcionárias do Fisco envolvida no esquema fez 15 mil números de contribuinte fraudulentos em três anos, de acordo com o Público.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

Hermínio Loureiro arguido na Operação Éter

Dezenas de atuais e antigos autarcas foram constituídos arguidos no âmbito da chamada Operação Éter, sendo um deles o ex-presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis, Hermínio Loureiro. Os autarcas estão indiciados por terem colaborado com o presidente do Turismo do Norte no favorecimento das empresas de José Agostinho, em violação das regras da contratação pública. Os atuais presidentes da câmara de Caminha e de Boticas também são arguidos.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Cinco empresas já pediram informação sobre compra da TVI na Concorrência

Depois de a Cofina concretizar o pedido de registo de OPA da Cofina à Media Capital, cinco interessados no processo já se manifestaram. “Cinco empresas já pediram acesso ao processo (de compra da TVI pela Cofina), entre as quais a Impresa, mas ainda não se constituíram como terceiros interessados”, disse fonte da Autoridade da Concorrência ao Dinheiro Vivo. As outras empresas serão o Global Media Group, a Altice Portugal, a NOS e a Vodafone Os interessados têm até 18 de outubro para se pronunciar.

Leia a notícia completa no Dinheiro Vivo (acesso pago).

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Estado injetou 1.800 milhões em 17 aumentos de capital na CP nos últimos três anos

  • ECO
  • 16 Outubro 2019

Nem todos os reforços de capital na CP foram em dinheiro e boa parte das operações serviu para pagar dívidas da transportadora ferroviária a outras empresas e ao próprio Estado.

O Estado já injetou 1.800 milhões de euros na CP através de 17 aumentos de capital realizados ao longo dos últimos três anos. Nem todos os reforços de capital foram em dinheiro e uma boa parte destas operações serviu para que a transportadora ferroviária pudesse pagar dívidas a empresas privadas e ao próprio Estado.

O Observador (acesso livre) fez o levantamento do número de aumentos de capital realizados pelo Estado desde 2016, isto depois do último reforço de capital de 500 milhões de euros anunciado esta semana e que servirá para a CP proceder ao reembolso de obrigações a vencer este mês.

Segundo o jornal digital, apesar dos sucessivos aumentos para reforçar o capital, a operadora ferroviária continua em falência técnica, apresentando capitais próprios negativos de mais de dois mil milhões de euros. Por outro lado, também não tem sido capaz de gerar recursos que permitem pagar os custos, sobretudo os encargos financeiros (juros e capital) com a dívida. Ainda assim, nota o jornal, a dívida remunerada da empresa caiu cerca de 40% nos últimos quatro anos, com a CP a reduzir bastante o endividamento junto de entidades fora do Estado, o que permitirá baixar a fatura com juros da dívida.

Dos cerca de 1.800 milhões injetados desde 2016, apenas metade do montante correspondeu a reforços em numerário, isto é, em entradas de dinheiro por parte do acionista. Outros 900 milhões de euros corresponderam a reforços feitos através da conversão de créditos em capital.

Entre o final de 2015 e 2018, a transportadora ferroviária reduziu a dívida financeira de 3,5 mil milhões de euros para cerca de dois mil milhões de euros.

O Observador explica ainda que parte da elevada dívida da empresa vem do tempo em que a rede ferroviária e os investimentos associados ainda estavam na CP. Outra parte tem a ver com investimentos que a CP fez já depois de ter sido criada a Refer — Rede Ferroviária Nacional, entretanto integrada na Infraestruturas de Portugal — por exemplo, na compra e reabilitação de comboios. Neste caso, a CP realizou os investimentos sem ter sido dotada pelo acionista para esse efeito, recorrendo a capital alheio. A dívida da CP resulta ainda da necessidade de financiar sucessivos défices operacionais e prejuízos.

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Aumentos de comissões em 73% na CGD são uma “total fake news”, diz Paulo Macedo

  • Lusa
  • 16 Outubro 2019

"Muito pior do que ter uma Caixa que quer ser competitiva e que joga em termos de concorrência é ter uma Caixa que sistematicamente esteja a pedir dinheiro da parte dos contribuintes”, diz Macedo.

O presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Paulo Macedo, negou esta terça-feira que o banco tenha aumentado nos últimos tempos, em média, em 73% os custos para os clientes, considerando tratar-se de um “absurdo” e uma “total fake news”.

“Setenta e três por cento é aquilo que pode ser o caso de total ‘fake news’. A Caixa aumentou as suas comissões até agora entre 2 a 4% este ano. (…) O ano passado, se não me engano, a Caixa, em termos consolidados, aumentou as suas comissões 2% e, talvez, tenha aumentado um pouco mais em termos de Portugal”, disse.

Paulo Macedo, que falava aos jornalistas em Elvas, distrito de Portalegre, à margem da 2.ª edição do ciclo de “Encontros Fora da Caixa: Economia & Cultura”, promovido pela CGD, considerou um “absurdo” as notícias avançadas por vários órgãos de comunicação social sobre o aumento, em média, de 73% dos custos para os clientes durante um período temporal que coincide com a sua tomada de posse como presidente do banco público, há três anos.

“Para além de ser um total absurdo, alguém aumentar comissões para os clientes 73%, isso é totalmente desmentido”, sublinhou. Segundo Paulo Macedo, as comissões que as pessoas pagam “mantêm-se exatamente as mesmas no caso de mais de um milhão de pessoas” que estão isentas,

“Portanto, para mais de um milhão de pessoas que estão isentos, pura e simplesmente não há aumento nenhum, porque tinham zero continuam com zero”, frisou.

Paulo Macedo disse ainda que há pessoas que “estão a pagar mais”, porque a CGD “tem custos”, designadamente os seus trabalhadores que têm de ser remunerados. “O que acontece é que há dois tipos de precaução: por um lado que a Caixa continue a ser competitiva e seja um dos bancos que tem um serviço” que “cobra em condições aceitáveis e em condições que as pessoas queiram continuar” com a Caixa, declarou.

“Aliás, seria totalmente absurdo, porque se alguém cobrasse 73%, felizmente, há muita concorrência e, portanto, as outras pessoas iriam para outros bancos”, concretizou.

Por outro lado, segundo ainda o presidente executivo da CGD, existe “muita hipocrisia”, recordando que o Estado português concordou com a Direção-Geral da Concorrência de que neste período as comissões no banco público deveriam “aumentar 100 milhões de euros”.

“Ora não aconteceu nada disso, aconteceu muito menos”, garantiu, acrescentando que a CGD, “à semelhança dos outros bancos, tem de fazer um esforço de várias maneiras, através de um maior envolvimento com os seus clientes, através da colocação de mais produtos, mas também através de uma remuneração do trabalho dos seus trabalhadores que seja adequada”. “Tem de, de facto, ter uma rentabilidade que lhe permita ser sustentável”, defendeu.

“Penso que muito pior do que ter uma Caixa que quer ser competitiva e que joga em termos de concorrência é ter uma Caixa que sistematicamente esteja a pedir dinheiro da parte dos contribuintes”, adiantou Paulo Macedo, garantindo que a CGD “está a fazer exatamente o percurso inverso, está a tentar ser sustentável e está, em vez de querer mais dinheiro dos contribuintes, pagar dividendos e devolver esse dinheiro aos contribuintes”.

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Ryanair confirma despedimento de 432 trabalhadores em Espanha

  • Lusa
  • 16 Outubro 2019

Bases de Girona e Tenerife Sur serão as mais afetadas, com a saída de 100 tripulantes de cada. Companhia aérea vai encerrar quatro bases em Espanha a partir de 8 de janeiro do próximo ano.

A companhia aérea irlandesa Ryanair confirmou esta quarta-feira a sua intenção de despedir em Espanha 432 trabalhadores das suas bases de Girona e Canárias, 327 tripulantes de cabine e 105 pilotos, anunciou o sindicato USO em comunicado.

O sindicato refere ter dado início ao processo de regulação do trabalho coletivo iniciado pela Ryanair, Crewlink e Workforce, avançando que as bases de Girona e Tenerife Sur serão as mais afetadas, com a saída de 100 tripulantes de cada.

Na base da Gran Canária serão despedidos 69 trabalhadores e em Lanzarote outros 58, adianta o USO, acrescentando que serão despedidos 220 tripulantes contratados diretamente pela Ryanair, 85 pela Workforce e 22 ligados à Crewlink.

O sindicato indica que tentará diminuir estes números relativos a demissões nas negociações agendadas para 25 e 30 de outubro.

Em agosto, o sindicato USO já tinha avançado que a companhia aérea ia encerrar quatro bases em Espanha a partir de 8 de janeiro do próximo ano.

Em causa estavam as bases de Gran Canária, Tenerife Sur, Lanzarote e Girona, tendo adiantado, na ocasião, que o encerramento implicaria o despedimento coletivo de 512 funcionários.

Num ‘email’ enviado em agosto aos trabalhadores, a Ryanair justificou a decisão com atrasos na entrega de aviões e com os efeitos do ‘Brexit’, bem como com a queda de lucros.

Na mensagem, a diretora de recursos humanos do grupo, Lisa McCormack, disse que a transportadora pretendia “minimizar a perda de emprego” através de “transferências”.

No dia 06 de julho, a Lusa noticiou que a Ryanair tinha comunicado, em Faro, que iria encerrar a base naquele aeroporto em janeiro de 2020, e despedir cerca de 100 trabalhadores, embora mantenha os voos, segundo a presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), Luciana Passo.

No dia 21 de agosto, a secretária de Estado do Turismo reuniu-se com a Ryanair, em Dublin, para debater “a competitividade” do aeroporto de Faro, nomeadamente com a manutenção da base, bem como alargar a presença da companhia aérea ao Funchal.

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