Hoje nas notícias: IMI nos centros históricos, 5G e o lítio

  • ECO
  • 11 Fevereiro 2020

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Os imóveis nos centros históricos vão continuar a beneficiar da isenção de IMI. Universidades, PME e centros de saúde podem pedir aos operadores que vierem a ganhar licenças no leilão de 5G uma cobertura específica. No Porto, a autarquia vai multar quem não fizer a separação do lixo. É ainda notícia o facto de os preços das casas terem aumentado mais do que os salários em Portugal na última década.

Centros históricos vão continuar a ter a isenção de IMI

Afinal, os centros históricos vão continuar isentos de IMI. O fim desta “borla” chegou a ser dado como aprovado no site da Assembleia da República, mas uma coligação negativa acabou por chumbar a medida do Governo, permitindo que os imóveis localizados nas zonas históricas das cidades continuem sem ter de pagar o imposto municipal.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Exploração de lítio em Portugal pode não ser viável, alerta especialista

O presidente do Observatório de Economia e Gestão de Fraude, Óscar Afonso, considera que a exploração de lítio no país não será viável. “A evolução dos preços, com a dimensão das reservas e com os custos fixos e variáveis associados ao projeto, não consigo perceber como é que pode ser viável”, explicou o professor da Faculdade de Economia do Porto. Segundo Óscar Afonso, as reservas desta matéria-prima são “insignificantes”.

Leia a notícia completa na Rádio Renascença (acesso livre).

Universidades e PME podem pedir cobertura específica de 5G

A Anacom lançou esta segunda-feira o projeto de regulamento do leilão do 5G, que estabelece as obrigações que os operadores licenciados terão de se comprometer para o desenvolvimento e cobertura da rede da nova geração. O documento ainda vai ser alvo de consulta pública, mas prevê que centros de saúde, universidades e pequenas e médias empresas possam requerer aos operadores infraestruturas 5G específicas para estes espaços.

Leia a notícia completa na Público (acesso pago).

Quem não separar lixo no Porto vai ser multado pela autarquia

A Câmara Municipal do Porto está a multar todos aqueles que não fazem a separação do lixo. As infrações já renderam uma verba superior a 40 mil euros à autarquia liderada por Rui Moreira. Com esta medida, a autarquia portuense pretende tornar a cidade mais limpa.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (link indisponível).

Preço das casas subiu 4,5 vezes mais do que os salários

Comprar casa ficou mais caro. Nos últimos dez anos, os preços das casas disparou em média 4,5 vezes mais que o salário médio dos colaboradores. De acordo com os dados da Confidencial Imobiliário, no final de 2019 os preços das casas em Portugal estavam 46% acima dos níveis registados nos últimos dez anos. Contrariamente ao salários dos trabalhadores que evoluiu um pouco mais de 10% no mesmo período.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago).

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5 coisas que vão marcar o dia

O dia será marcado pela divulgação de resultados da Navigator. Em destaque estarão também declarações dos líderes do Banco Central Europeu e da Fed.

O dia será marcado pela divulgação de resultados da Navigator, que dá o pontapé de partida nas apresentações de contas das cotadas do índice de referência da bolsa nacional. O Banco de Portugal vai publicar estatísticas sobre os empréstimos e depósitos no último mês do ano passado, permitindo fazer um balanço. Os líderes dos bancos centrais europeu e norte-americano vão discursar, no Parlamento Europeu e no Congresso norte-americano, respetivamente, dando pistas sobre a política monetária das potências.

Navigator apresenta contas

A Navigator divulga, esta terça-feira, os resultados do ano de 2019, após o encerramento do mercado. Nos primeiros nove meses do ano passado, os lucros da produtora de pasta e papel caíram 14,1% para 147,5 milhões de euros, quando comparados com o mesmo período do ano anterior.

BdP publica dados sobre empréstimos

O Banco de Portugal vai divulgar as estatísticas sobre os montantes e taxas de juro de novas operações de empréstimos e depósitos aos particulares referentes ao mês de dezembro de 2019, sendo que será possível fazer um balanço do ano. Em novembro do ano passado, os bancos concederam 978 milhões de euros em empréstimos para a compra de casa, um aumento de 35 milhões de euros face ao mês anterior.

ACAP faz balanço anual do mercado automóvel

A Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP) vai apresentar o balanço anual do mercado automóvel e as perspetivas para o futuro. O ano de 2019 voltou a ser recorde para a produção automóvel nacional, sendo que saíram das fábricas portuguesas cerca de 346 mil unidades, número que representa um crescimento de 17,4% face a 2018, de acordo com os dados da ACAP.

Lagarde fala no Parlamento Europeu

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, vai ser ouvida no Parlamento Europeu, no âmbito da apresentação do Relatório Anual do BCE de 2018, onde irá discutir o futuro da política monetária da Zona Euro. A líder do BCE também deverá tocar em temas como a evolução da economia europeia e o impacto de situações como as tensões comerciais ou o Brexit.

Powell testemunha no Congresso

O presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos, Jerome Powell, vai testemunhar perante o Congresso norte-americano. O líder do banco central irá falar sobre a política monetária do país e o estado da economia. Powell irá também focar-se no impacto do surto do coronavírus na economia, e que medidas poderão vir a ser aplicadas pela Fed.

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Dois ex-gestores da equipa de Tomás Correia arriscam multas de 12,5 milhões do Banco de Portugal

Tomás Correia é visado num novo processo do Banco de Portugal, mas não é o único. Há outros dois ex-gestores que arriscam a inibição de funções na banca, além de coimas totais de 12,5 milhões.

Em março de 2014, a Caixa Económica Montepio Geral (hoje Banco Montepio) decidiu investir 75 milhões de euros em produtos complexos da PT Internacional: investiu 50 milhões de euros no dia 13, através do Crédit Agricole; e outros 25 milhões no dia 26, através do Morgan Stanley. Fê-lo ultrapassando os limites previstos internamente para o investimento em produtos de risco (70 milhões de euros globalmente e 35 milhões em swaps de risco de incumprimento) e alegadamente sem ter comunicado corretamente as operações nos reportes regulares para o Banco de Portugal. Com isto, o banco terá subavaliado as necessidades de fundos próprios em seis milhões, meio ponto base (0,005 pontos).

Também em 2014, o banco gerou uma mais-valia indevida por alteração dos critérios contabilísticos numa carteira de dívida pública no valor superior a 1.000 milhões de euros. Isto é, não foi consistente na adoção das regras da contabilidade, o que terá permitido insuflar os resultados. Terá ganho um milhão com isto. Posteriormente, o efeito contabilístico foi corrigido.

São algumas das acusações que estão no processo de contraordenação que o Banco de Portugal publicitou na semana passada através de um anúncio no Público que serviu para notificar Tomás Correia. Mas o antigo presidente do Montepio, que já veio acusou o supervisor de perseguição, não é o único visado neste processo. Há outros dois ex-gestores que foram da sua equipa em 2014 e que também estão implicados.

São eles Jorge Barros Luís e João Neves, ex-responsáveis pelo risco e pela parte financeira e de contabilidade do banco, respetivamente, e que arriscam coimas que poderão ascender, no máximo, a 12,5 milhões de euros, de acordo com as informações recolhidas pelo ECO. Valor que soma às multas de 7,5 milhões que Tomás Correia pode incorrer por causa das seis infrações que surgem na notificação de acusação publicada no jornal.

Além do valor monetário das coimas, os três poderão ser condenados em alguma das sanções acessórias previstas no regime geral das instituições de crédito e sociedades financeiras, que inclui a inibição de funções em bancos por um período que pode ir até dez anos. O processo seguirá agora o seu curso, com a defesa dos acusados e a decisão final do Banco de Portugal se avança para a condenação ou não.

Duas das seis infrações valem para os três visados, incluindo a mais grave: “incumprimento do dever de informação sobre requisitos de fundos próprios do risco de posição em derivados de crédito, de forma exata, no relatório de disciplina de mercado”. A coima vai de 4.000 euros a cinco milhões.

A outra é esta: “incumprimento do dever de destaque e registo contabilístico separado dos contratos de swap de risco de incumprimento, enquanto derivados embutidos em instrumentos financeiros e incumprimento do dever de registo global do instrumento financeiro em ativos financeiros, ao justo valor, em resultados, bem como do dever de registo das variações negativas do justo valor em resultados”. Nesta infração, as coimas vão desde 1.000 euros a 500 mil euros. Em causa está o facto de os credit linked notes da PT Internacional terem sido registados apenas como títulos e não também como swaps nas contas.

No caso de Barros Luís, cujas acusações do Banco de Portugal dizem respeito às questões relacionadas com o investimento em swaps da PT Internacional, que pertencia à telecom liderada por Zeinal Bava, há mais duas infrações: “incumprimento do dever de manter um sistema de controlo interno adequado”; e “incumprimento do dever de implementar e assegurar um sistema de controlo interno adequado de acompanhamento de riscos”.

Ao ECO, Jorge Barros Luís disse: “Desenvolverei todas as medidas ao meu alcance para apurar responsabilidades por quebras do dever de segredo e por difamações. Não tive nada a ver com temas da direção financeira e muito menos com questões de natureza contabilística, onde nunca tive também qualquer responsabilidade ao contrário do que já vi noticiado“. E acrescentou: “Ajudarei o banco e o Banco de Portugal a apurar todos os factos. Desconheço a existência de quaisquer alegadas irregularidades no banco”.

Já João Neves é acusado de mais uma infração: “incumprimento do dever consistência de políticas contabilísticas na contabilização de resultados por operações financeiras, por causa do tema relacionado com dívida pública.

“Pese embora o que se tem escrito, não posso, nem devo, comentar quaisquer situações que se encontram protegidas por dever de segredo”, disse João Neves ao ECO. “Não obstante, os profissionais do setor dedicam particular atenção a esclarecer o supervisor sobre todas as matérias que este tenha por conveniente. Em respeito a este princípio e em benefício do amplo esclarecimento das matérias em apreço, o Banco de Portugal contará com todo o meu empenho“, referiu.

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Belas Clube de Campo. Aqui estão a nascer casas sustentáveis e resistentes às alterações climáticas

A mais recente fase de desenvolvimento do Belas Clube de Campo - Lisbon Green Valley - foi o primeiro a ser certificado com um grau elevado de resiliência (Classe A) pelo Sistema LiderA.

O Lisbon Green Valley, a mais recente fase de desenvolvimento do Belas Clube de Campo do Grupo André Jordan, é o primeiro empreendimento certificado pela norma de “resiliência às alterações climáticas”. Atribuída pelo Sistema LiderA, esta certificação atesta a capacidade dos ambientes construídos e comunidades se ajustarem, reagirem e darem respostas face a riscos naturais (como inundações, tempestades, vagas de calor), humanos, sociais e económicos (como criminalidade, ataques terroristas, falhas das infraestruturas, entre outros).

Perante estes cenários, o Lisbon Green Valley foi classificado com um grau elevado de resiliência (Classe A), informou a sociedade imobiliária Planbelas em comunicado.

Para esta avaliação foram considerados 20 parâmetros diferentes: ondas de calor, precipitação intensa e cheias, inundações, problemas de gestão, abastecimento e qualidade da água, erosão hídrica do solo, risco de incêndio, biodiversidade, falhas nas infraestruturas de energia, saneamento e resíduos, crimes, entre outros.

No final do mês de janeiro, o Grupo André Jordan Group anunciou em comunicado que está a investir 25 milhões de euros na construção de 50 novos apartamentos e 15 ‘townhouses’ no Belas Clube de Campo. Os novos projetos “inserem-se no plano de desenvolvimento do Lisbon Green Valley que prevê, numa primeira fase, a construção de 366 unidades entre ‘townhouses’ (moradias), apartamentos e lotes para construção de moradias unifamiliares”, diz o mesmo comunicado. Os imóveis só começarão a ser entregues em junho de 2021, mas já começaram entretanto a ser comercializados.

“Todas as comunidades e zonas são, de certo modo, vulneráveis a perigos naturais ou de origem humana. Aprender a viver com o risco, aceitar essa vulnerabilidade, choques e tensões e desenvolver uma tolerância coletiva ao risco, é o primeiro passo para se tornar mais resiliente” refere Manuel Duarte Pinheiro, responsável pelo Sistema LiderA, no mesmo comunicado. “O Belas Clube de Campo é uma referência internacional na área da sustentabilidade e apresenta já um conjunto de medidas distintivas, sendo por isso um empreendimento com uma elevada procura de sustentabilidade e resiliência”, acrescentou ainda.

De acordo com o relatório de avaliação, o Lisbon Green Valley apresenta medidas que distinguem este empreendimento por comparação com as práticas comuns no setor imobiliário, quer a nível de planeamento das infraestruturas e loteamento, quer a nível de construção dos edifícios de habitação unifamiliar, coletiva e de serviços.

Entre as medidas que contribuem para a resiliência do Lisbon Green Valley destacam-se:

  • Ondas de calor: qualidade do isolamento em paredes, pavimentos e cobertura;
  • Abastecimento, qualidade da água e problemas de gestão: instalação de sistema de recolha e armazenamento de águas pluviais (com capacidade variável entre lotes de 5m3 e 50m3), instalação de um sistema separativo de águas residuais e pré-instalação para uma ETAR compacta;
  • Risco de incêndio: posto de observação e vigilância da mata e floresta num raio de 30km, carro de combate de rápida intervenção;
  • Sismos: construção antissísmica;
  • Falhas Infraestruturas: instalação de equipamentos com elevada eficiência energética e hídrica, instalação de painéis fotovoltaicos para autoconsumo e solares térmicos bidirecionais, baterias de acumulação de energia;
  • Crime: serviço de vigilância 24h por dia, entre outros;

 

A urbanização Belas Clube de Campo foi certificada pela primeira vez pelo Sistema LiderA em 2012, obtendo a classificação A+. Em 2017 foi atribuída a nota A++ às moradias do Lisbon Green Valley e, em 2018, o empreendimento obteve uma avaliação correspondente à classe A+ para os apartamentos do lote 10. Em 2019, o Lisbon Green Valley estreou no mercado as primeiras casas em Portugal a atingir valores de certificação Nearly Zero Energy Building (NZEB) – obrigatória na Europa já a partir de 2021 para todos os edifícios novos.

Recentemente, o Belas Clube e Campo foi também distinguido pela ADENE – Agência para a Energia, com o AQUA+, o novo índice de desempenho hídrico dos edifícios. Trata-se do primeiro instrumento de classificação da eficiência hídrica nos edifícios, que utiliza uma metodologia inovadora a nível mundial e pioneira na Europa, e pretende identificar e distinguir as boas práticas no uso eficiente dos recursos hídricos nos edifícios e urbanizações.

Estas certificações permitem concluir que as casas do Lisbon Green Valley – nova fase do Belas Clube de Campo – apresentam um desempenho ambiental superior a 90%, com painéis fotovoltaicos que alimentam baterias, pontos de carregamento para carros elétricos, separação de águas cinzentas para reaproveitamento nos autoclismos, isolamento térmico e acústico, sistema de aquecimento e arrefecimento de pavimento radiante, painéis solar térmicos, controlo de climatização, eletrodomésticos de categoria A+++.

“A legislação nesta matéria já é muito exigente, e estas casas superam em quádruplo os requisitos que já são exigidos e isso está patente nos consumos: as townhouses consomem 11 kw/m2/ano, sendo que uma casa de referência consome em média 108kw/m2/ano”, realça Manuel Pinheiro, responsável pelo LiderA.

Destacando a sustentabilidade e eficiência energética como estando “no centro do desenvolvimento dos novos projetos” no Belas Clube de Campo, os promotores referem que os novos edifícios “são já validados pela Agência para a Energia com o AQUA+”, um novo índice de desempenho hídrico que avalia a incorporação de medidas concretas para uma gestão hídrica eficiente. Os imóveis estão também equipados com diversos equipamentos e sistemas “na vanguarda das boas práticas ambientais, certificados pelo sistema LiderA com classificação A+”.

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Empresas da bolsa começam a mostrar as contas. Analistas antecipam quebra de 5,5%

Época de resultados arranca esta terça-feira, mas é na próxima semana que os pesos-pesados apresentam contas. Analistas antecipam uma quebra nos lucros. O coronavírus pode ofuscar as surpresas.

Esta a chegar a época de resultados à bolsa nacional, mas não há grandes motivos para festejos. A expectativa é a de que as maiores empresas portuguesas tenham obtido lucros robustos no ano passado, mas abaixo dos registados no ano anterior. Números que serão revelados ao mesmo tempo em que se conhecem os dividendos a distribuir pelos investidores, algo que poderá acabar por ser ofuscado pelos receios dos investidores quanto ao impacto do coronavírus.

“Passado o primeiro mês do ano, o PSI-20 está em terreno ligeiramente positivo, em linha com as principais bolsas. No entanto, isso deve-se quase unicamente à valorização das ações do grupo EDP e Jerónimo Martins, que mais do que compensam as perdas em grande parte das restantes cotadas”, refere Filipe Garcia, economista e presidente da IMF – Informação de Mercados Financeiros. “O PSI-20 é um índice relativamente pouco diversificado, sobretudo por ter alguns ‘pesos pesados’ que são determinantes na evolução do índice“.

O índice de referência nacional mantém-se na linha de água em 2020, com um ganho de 1,5%, apesar de as bolsas mundiais estarem a viver um arranque de ano conturbado. Numa altura de tensão a nível internacional, a época de resultados poderá ser uma lufada de ar fresco ou um vento adverso que penalize ainda mais o comportamento da bolsa portuguesa.

"Sem dúvida que a epidemia coronavírus tem merecido muito mais atenção do que a divulgação de resultados. O mercado continua a acreditar no aparecimento de estímulos, fiscais e monetários, se necessários e está a considerar que a epidemia não terá impactos duradouros na economia.”

Filipe Garcia

Economista e presidente da IMF

Os lucros das cotadas do PSI-20 deverão recuar 5,5% em 2019 face ao ano anterior, segundo a projeção da Refinitiv/IBES para o ECO. A quebra — que compara com uma subida de 0,5% nas contas das cotadas europeias do Stoxx 600 — poderá levar o resultado líquido global para um total de quase 3.288 milhões de euros. A estimativa aponta para serem os setores de consumo e materiais a penalizarem o resultado global do índice, enquanto utilities, banca e telecom estão do lado oposto.

Mas os resultados poderão acabar por ser ignorados. “Sem dúvida que a epidemia coronavírus tem merecido muito mais atenção do que a divulgação de resultados“, admite Garcia. “Na verdade, o mercado continua muito otimista para as bolsas em termos gerais. O segmento growth continua a ter um comportamento muito mais positivo do que o value, o que também atesta a menor importância dada aos resultados divulgados. O mercado continua a acreditar no aparecimento de estímulos, fiscais e monetários, se necessários e está a considerar que a epidemia não terá impactos duradouros na economia“.

Cotadas portuguesas deverão lucrar menos que europeias

Fonte: Refinitiv/IBES

Nova gestão da Navigator e dos CTT sob escrutínio

“Chegados ao período de divulgação dos resultados relativos ao ano de 2019, consideramos que as empresas devem, de um modo geral, apresentar bons resultados, não sendo expectável grandes surpresas positivas ou negativas”, diz Pedro Barata, gestor da GNB Gestão de Ativos, sobre a época que arranca esta terça-feira, com a apresentação de resultados da Navigator.

A papeleira, que é desde novembro liderada por António Redondo, é uma das cotadas em que Barata vê maior potencial para surpresas. “Queremos perceber se a mudança do CEO e a adoção de uma estratégia mais conservadora impactou de alguma forma os resultados da empresa num cenário de contração do preço da pasta que se prolonga há algum tempo”, aponta o gestor.

Esta semana serão a Navigator e a Semapa a apresentar contas ao mercado, mas é na próxima semana que virá uma enchente de lucros para os investidores gerirem, incluindo dos pesos pesados Galp, BCP, EDP, EDP Renováveis, Nos e Jerónimo Martins, que, em 2018, acumularam mais de dois terços dos lucros do índice. Este ano, deverão manter o destaque.

Próximas três semanas concentram maior parte dos resultados do PSI-20

Fonte: Comunicados enviados à CMVM

Tal como a Navigator, o mesmo se aplica aos CTT, que tem um novo CEO além de um plano de reestruturação em curso. Neste caso, Pedro Barata refere que será importante perceber quais os resultados da estratégia seguida pela nova equipa de gestão, num mercado que apresenta bastantes desafios. Nas contas até setembro, a operadora postal quase duplicou os lucros face ao período homólogo, enquanto a papeleira viu uma quebra nos resultados líquidos.

Fora do PSI-20, é nas empresas de media que estará o foco. “Poderemos ainda assim ter uma surpresa agradável nos resultados da Impresa, fruto da dinâmica criada à volta das novas contratações da SIC e da grelha de programação do segundo semestre e que já deverá refletir-se na sua plenitude nos resultados deste último trimestre”, acrescenta Pedro Barata.

Em sentido contrário, a TVI perdeu a liderança, numa altura em que está a ser alvo de uma oferta pública de aquisição (OPA). A Cofina vai pagar cerca de 125 milhões de euros pela Media Capital e assumir uma dívida na ordem dos 80 milhões de euros, numa operação que deverá ficar concluída ainda no primeiro trimestre do ano, dado que já tem o aval dos reguladores em Portugal.

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Prova dos 9: Funcionários públicos com aumentos vão ganhar menos por causa do IRS?

Com a atualização das tabelas de IRS, os assistentes técnicos desceram para o segundo escalão da retenção. Os aumentos agora anunciados veem agravar tributação, diz FESAP. Será mesmo assim?

Dois meses depois de ter proposto aumentar os salários dos funcionários públicos em 0,3%, o Governo chamou os sindicatos para anunciar que, afinal, as remunerações mais baixas terão um reforço adicional, perfazendo uma atualização de sete euros, em 2020. À saída do encontro com o Executivo, o dirigente da Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP) avisou, contudo, que este salto salarial obrigará quem recebe atualmente 683,13 euros a pagar mais IRS do que nos primeiros meses deste ano, resultando num ordenado líquido menor. Mas será mesmo assim? O ECO foi fazer as contas.

A proposta apresentada, esta segunda-feira, aos representantes dos trabalhadores do Estado indica que os trabalhadores que se encontrem no quarto escalão e no quinto escalão da Tabela Remuneratória Única (TRU) vão beneficiar, este ano, de uma atualização de sete euros, “o que resulta num crescimento superior a 1%”, subindo de 635,07 euros mensais para 642,07 euros e de 683,13 euros para 690,13 euros, respetivamente.

Esta atualização salarial abrange cerca de 150 mil funcionários públicos, avançou o Governo, e terá efeitos retroativos a 1 de janeiro de 2020, havendo lugar a um acerto já no mês de março.

Só com a atualização das tabelas de retenção na fonte, os funcionários públicos que estão hoje na quinta posição remuneratória (os tais 683,13 euros) já estão a receber mais, em termos líquidos, do que ganhavam em 2019; mas em março, disse o dirigente da FESAP, esses salários devem diminuir, já que o aumento de sete euros anunciado implicará a aplicação de uma taxa mais agravada de IRS, que não será compensada pelo aumento em causa. Resultado: os salários líquidos podem recuar, disse José Abraão. Mas será mesmo assim?

A afirmação

À saída da reunião com o secretário de Estado da Administração Pública, o dirigente da FESAP explicou que, este mês, os salários de assistentes técnicos (os tais 683,13 euros) não foram alvo de uma taxa de retenção de 4% para efeitos de IRS. “As pessoas receberam em janeiro e vão receber fevereiro mais 4% no seu salário, porque não houve retenção de 4%“, alertou.

José Abraão frisou, contudo, que o aumento de sete euros vai fazer com que essas remunerações subam do segundo para o terceiro escalão de rendimentos das tabelas de retenção de IRS, levando ao regresso da tal taxa de retenção de 4%. Aos jornalistas, o sindicalista salientou que esse aumento fará, portanto, com que estes funcionários públicos passem receber menos (já que a taxa de retenção vai subir), apesar do reforço remuneratório anunciado.

Os factos

De acordo com as tabelas de retenção que estiveram em vigor em 2019, os salários dos assistentes técnicos (os tais 683,13 euros) encaixavam-se no terceiro escalão. Por exemplo, no caso de um solteiro sem filhos estava em causa uma taxa de retenção 4,4%; e no caso de um casado (dois titulares) com um filho, a taxa era de 1,5%. Deste modo, todos os meses de 2019, essas remunerações foram alvo de um desconto para o IRS de 30,06 euros e 10,25 euros, respetivamente.

No final de janeiro deste ano, as tabelas de retenção foram, contudo, atualizadas. Isto não só no que diz respeito às taxas a aplicar como aos escalões de rendimentos. No caso do segundo escalão, passaram a estar incluídos todos os rendimentos até 686 euros, ou seja, os salários dos assistentes técnicos passaram a encaixar-se não no terceiro escalão, mas no segundo.

Face a esta mudança, o mesmo solteiro sem filhos viu o seu salário ser alvo, em janeiro e fevereiro, de uma taxa de retenção de 0,1% (que compara com a anterior de 4,4%); e o casado (dois titulares) com um filho passou mesmo a não ser alvo de retenção na fonte. Os descontos mensais para o IRS passaram, portanto, de 30,06 euros para 0,68 euros e de 10,25 euros para zero euros, deixando mais rendimento líquido nas carteiras destes funcionários públicos, nestes primeiros meses do ano.

Com o aumento anunciado de sete euros, os salários da quinta posição da TRU vão passar agora de 683,13 euros para 690,13 euros, fazendo estes funcionários públicos regressar ao terceiro escalão da tabela de retenção de IRS.

No caso do solteiro sem filhos, a taxa a aplicar será agora de 4,2%; e no caso do casado com um filho, 1,3%. Os descontos passarão, pois, de 0,68 euros no início do ano para 28,99 euros com o aumento e de zero euros para 8,97 euros.

Tudo somado, se os trabalhadores na quinta posição não tivessem qualquer aumento salarial receberiam mais ao fim do mês do que vão ganhar agora, já que os descontos para IRS vão aumentar sem serem compensados pelo reforço salarial anunciado. Ou seja, sem aumento e líquida de IRS, a remuneração ficaria nos 682,45 euros, no caso do solteiro sem filhos; com aumento passará para 661,14 euros, ficando ainda assim acima dos 653,07 euros registados em 2019 (igualmente líquido de IRS).

Prova dos 9

Tendo em conta as tabelas de retenção na fonte de IRS para 2020 e o documento apresentado esta segunda-feira pelo Governo, as declarações do dirigente da FESAP estão corretas.

O Executivo frisou, contudo, na proposta distribuída pelos sindicatos que não está em causa uma mudança dos escalões de IRS, considerando que esses trabalhadores continuam na terceira posição, como acontecia em 2019; isto é, o Governo não teve em conta a situação registada em janeiro e fevereiro, meses em que esses assistentes técnicos conseguiram pagar menos IRS, já que o aumento terá efeitos retroativos ao início do ano.

 

 

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Receitas do 5G diluídas ao longo do período de concessão. Impacto nas contas públicas é reduzido

A venda de licenças da tecnologia 5G será feita este ano, mas o registo da operação em contas nacionais será distribuído ao longo do tempo da concessão.

As receitas que o Estado vai obter com a venda das licenças de 5G não deverão ter um impacto significativo nas contas públicas, já que elas não são registadas no ano em que a operação acontece, mas sim distribuídas ao longo do período de concessão das frequências.

Segundo informações publicadas esta segunda-feira pela ANACOM, o conjunto de lotes a concurso tem um valor total de, pelo menos, 238 milhões de euros. O valor final das receitas pode ser superior, já que o regulador das telecomunicações refere que para o apuramento destes valores considerou “relevantes a valorização económica do espetro nacional, bem como os valores dos preços de reserva fixados noutros países europeus, os quais se têm revelado, em média, significativamente inferiores aos respetivos preços finais”.

O leilão abre em abril e decorre até junho deste ano, o que dita o encaixe de 238 milhões de euros (pelo menos). No entanto, o impacto que este valor pode ter nas contas nacionais será diluído ao longo de 20 anos.

“A receita não é contabilizada num ano, mas sim ao longo do período de concessão”, disse fonte oficial do Ministério das Finanças ao ECO, acrescentando que “o valor que vai ser contabilizado em contas nacionais dependerá ainda do valor do leilão”. Ou seja, do valor final da operação.

Admitindo como válido o valor base de referência do leilão, a regra de registo de receitas com concessões pode ditar que em cada um dos 20 anos o Estado encaixa 11,9 milhões de euros. Um valor que não faz diferença na hora de medir o saldo orçamental em percentagem do PIB.

Este valor pode acabar por ganhar mais significado orçamental caso a operação venha a render mais aos cofres do Estado.

De qualquer forma, ao contrário do que aconteceu com operações anteriores, desta vez o lançamento da concessão acontece numa altura em que o Ministério das Finanças aponta para um excedente orçamental. E, portanto, sem a mesma necessidade que em anos anteriores para contabilizar operações extraordinárias com impacto favorável nas contas públicas num único ano.

O Governo decidiu que as receitas do leilão de frequências do 5G vão ser totalmente afetas a um novo Fundo para a Transição Digital, que servirá o propósito da digitalização da economia portuguesa. O novo Fundo será gerido pelo Ministério da Economia e da Transição Digital.

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Quão inteligentes e sustentáveis são as cidades portuguesas? Municípios dão a resposta no Smart Cities Tour

O Smart Cities Tour é um projeto desenvolvido pela ANMP e a NOVA Information Management School, com os parceiros do mundo empresarial Altice Portugal, CTT e EDP Distribuição.

Qual o grau de inteligência urbana das cidades em Portugal? A NOVA Information Management School fez a pergunta e os municípios portugueses responderam: da Secção Cidades Inteligentes fundada em 2016 pela Associação Portuguesa de Municípios Portugueses (ANMP) fazem parte 136 autarquias de norte a sul do país (32% de um total de 308 municípios). Destas, 27,3% possuem já uma estratégia Smart City e em 16% existe uma plataforma de inteligência urbana. Em 86,4% há também um responsável político para a área de Smart Cities e em 70,5% trabalha um responsável técnico nesta área.

Rede Wi-Fi pública (em 80% das cidades inteligentes), orçamento participativo (65%), sistema ‘fix my street’ (48%), iluminação pública inteligente (41%), gestão inteligente de resíduos sólidos urbanos (36%), turismo inteligente (36%) e gestão inteligente de espaços verdes (30%) são as principais apostas das smart cities nacionais.

Na prática, estes esforços de sustentabilidade e eficiência das cidades têm também implicação direta na poupança de recursos. De acordo com a IDC, empresa de ‘market intelligence’ e consultoria para os mercados das Tecnologias de Informação, Telecomunicações e Electrónica de Consumo, a implementação de sistemas inteligentes nas cidades permite, por exemplo, uma poupança de 40% no desperdício de água; de 50% nos custos com a iluminação das vias públicas (com um retorno do investimento em seis anos); de 40 a 80% na fatura com a coleta de resíduos sólidos urbanos; e de 20 a 30% com sistemas de estacionamento inteligentes (smart parking, com o investimento recuperado em dois anos).

Estes resultados estão espelhados no Radar de Inteligência Urbana, um inquérito online realizado pela NOVA Cidade – Urban Analytics Lab em 2019, e estarão este ano em destaque na 4ª edição do Smart Cities Tour 2020, dedicado ao tema “Desafios e Oportunidades para 2030” e que arranca já esta quarta-feira. .

Ao longo do ano, o tour de workshops temáticos da ANMP percorrerá seis cidades com seis temas diferentes em debate: “Cidade Circular” em Valongo, já esta quarta-feira, 12 de fevereiro; “Smart Grids e Comunidades de Energia Zero Carbono” em Évora, a 27 de maio; Mobilidade Sustentável na Covilhã, a 30 de junho, Turismo Inteligente em Monchique, a 29 de setembro; Inovação Inteligente em Oeiras, a 4 de novembro. Soma-se ainda uma passagem por Campo Maior, para debater a Coesão Inteligente. O périplo nacional termina com a Cimeira dos Autarcas, em Coimbra, a 25 de novembro.

“Os municípios portugueses têm vindo a tornar-se cada vez mais inteligentes. A prova disso são os resultados do projeto Radar da Inteligência Urbana”, sublinha Miguel de Castro Neto, subdiretor da NOVA Information Management School e Coordenador da NOVA Cidade – Urban Analytics Lab.

“Portugal dispõe de ótimos exemplos de transformação digital das cidades e o interesse dos municípios portugueses no tema é um bom prenúncio do trabalho que ainda pode ser desenvolvido neste contexto. As Smart Cities são um conceito emergente em todo o mundo e no qual Portugal pode e deve afirmar-se. As nossas cidades dispõem de excelentes condições de desenvolvimento e aplicação das novas plataformas, desde logo, devido às suas dimensões. Este será o próximo passo, a integração horizontal dos vários pilares verticais da inteligência urbana, de forma a que estes possam comunicar e decidir automaticamente entre si”, explica ainda Miguel de Castro Neto.

Na foto, da esquerda para a direita: João Torres, presidente do Conselho de Administração da EDP Distribuição; António Almeida Henriques, autarca de Viseu e presidente da Secção Cidades Inteligentes, da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP); Alexandre Fonseca, presidente executivo da Altice Portugal; João Sousa, administrador executivo dos CTT; Miguel de Castro Neto, subdiretor da NOVA Information Management School.

Já a ANMP apresentou o documento “30 Propostas + Portugal” para tornar as cidades portuguesas mais inteligentes (ao nível do capital humano, identidade, infraestruturas, conetividade e dados), ao mesmo tempo que defende a criação de um plano nacional de transformação digital para o território, intitulado Autarquias 4.0. Este plano reúne contribuições dos municípios portugueses e define as prioridades e os eixos de atuação que os autarcas querem ver debatidos com o Governo no âmbito do novo quadro financeiro plurianual Portugal 2030.

“Há fundos comunitários por executar, que têm de ser aproveitados. O Banco Europeu de Investimento devia criar uma linha direta para a inteligência urbana”, defendeu António Almeida Henriques, autarca de Viseu e presidente da Secção de Municípios Cidades Inteligentes, da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP).

“2020 é o momento certo para debater a programação do novo quadro de financiamento europeu e apoiar a conceção de novas soluções para o necessário investimento dos municípios no desenvolvimento de cidades e vilas inteligentes e sustentáveis. Vamos propor ao Governo a criação de uma estratégia nacional de transformação digital do território, a estratégia Autarquias 4.0, porque consideramos ser uma condição essencial para o seu desenvolvimento e coesão. Ninguém se fixa no interior sem acesso a internet e rede móvel, por mais incentivos que se anunciem”, acrescentou ainda o presidente da Câmara Municipal de Viseu.

O Smart Cities Tour é um projeto desenvolvido pela ANMP e a NOVA Cidade – Urban Analytics Lab, da NOVA Information Management School, com os parceiros do mundo empresarial Altice Portugal, CTT e EDP Distribuição.

Para Alexandre Fonseca, presidente executivo da Altice Portugal, “com esta parceria, a empresa pretende, uma vez mais, promover o debate e a proposta de medidas concretas sobre os novos desafios das cidades. Mobilidade, Smart Tourism, Inovação Inteligente são exemplos de alguns dos temas que estarão em discussão e que mostram como através da inovação e soluções tecnológicas vamos tornar as nossas cidades mais inteligentes, mais eficientes, mais seguras e mais limpas”. Parceira do Smart Cities Tour desde 2017, a Altice promete levar “inovação e investimento a todo o território sem distinção” e, nas palavras de Alexandre Fonseca, afirma-se como “marca sinónimo de inovação made in Portugal”, com um investimento de 86 milhões de euros nesta área em 2018.

Do lado da EDP Distribuição, que há 20 anos tem contratos firmados com os municípios portugueses para operar a rede de baixa tensão, João Torres, presidente do Conselho de Administração da empresa, sublinhou os esforços de modernização da rede elétrica. “Reflexo dessa aposta é a infraestrutura digital já instalada de 7 mil pontos de telecomando, 20 mil postos de transformação monitorizados, 2,6 milhões de equipamentos de medição inteligente (smart meters) e 100% de iluminação pública supervisionada remotamente”, disse o responsável da EDP Distribuição.

Pelo terceiro ano consecutivo, também os CTT – Correios de Portugal voltam a apoiar esta iniciativa. “Esta parceria permite-nos reforçar a proximidade com os stakeholders, fortalecendo as relações entre as duas partes e é também relevante na medida em que a criação de ambientes interativos, permitem a aproximação a mercados e públicos-alvo específicos, potenciado desta forma a diferenciação do Grupo CTT”, notou João Sousa, administrador executivo da empresa. Na sua apresentação, no lançamento do Smart Cities Tour 2020, frisou ainda o investimento de 40 milhões de euros da empresa nas áreas de inovação e modernização, com destaque para a aposta no comércio digital.

“Os CTT têm a maior frota elétrica do país no setor da logística, com cerca de 300 viaturas, e têm empreendido várias medidas de apoio à biodiversidade e de combate às alterações climáticas, expressa através dum portefólio ecológico ou carbonicamente neutro (Correio Verde, DM Eco e Expresso/Encomendas) e da aposta na eficiência energética e carbónica, que permitiram aos CTT reduzir a sua pegada carbónica em 64% entre 2008 e 2017”, rematou.

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É cliente do EuroBic? O que muda com a compra pelo Abanca?

A incorporação do EuroBic no Abanca poderá resultar numa descida dos encargos dos clientes com comissões. Mas se o objetivo for rentabilizar poupanças, o exercício poderá ser mais difícil no Abanca.

O EuroBic tem um novo “dono” após a compra pelo Abanca anunciada esta segunda-feira. Ao incorporar o EuroBic, o banco espanhol conquista perto de 267 mil novos clientes. Para estes não é de esperar que o casamento entre as duas instituições financeiras tenha, pelo menos para já, qualquer impacto. Mas à medida que a união se consolide poderão beneficiar de boas notícias, pelo menos em matéria das comissões que pagam no dia-a-dia. A mudança para o preçário do Abanca poderá permitir poupar até 26%.

Os cálculos têm em conta os preçários em vigor nas duas instituições financeiras e um conjunto de comissões básicas. Caso a incorporação do EuroBic seja realizada nos mesmos moldes do que aconteceu quando o Abanca ficou com a atividade do retalho do Deutsche Bank em Portugal, ou como quando o Santander Totta comprou o Banif e o Popular, é de esperar que as duas instituições financeiras mantenham preçários independentes numa fase inicial. Contudo, mais tarde isso deverá mudar, com os clientes do EuroBic a passarem a ser “taxados” com base no preçário do Abanca.

Não existem garantias de que quando isso acontecer os valores contidos no preçário do banco espanhol sejam os mesmos. Mas assumindo os preçários atuais, os encargos anuais dos clientes do Eurobic podem baixar até 26%, tendo em conta os custos mais habituais associadas à detenção de uma conta bancária. Ou seja, considerando a manutenção de conta, a anuidade do cartão de débito, levantamento de numerário ao balcão (um mensal no cenário base) e transferências online (três mensais no cenário considerado).

Comissões em vigor no EuroBic

Fonte: Preçário do banco | Cenário de um cliente que dispõe de um saldo médio mensal de dois mil euros, cartão de débito, cartão de crédito, três transferências online mensais, 12 levantamentos ao balcão.

Para esses cálculos é necessário considerar, contudo, que a conta à ordem mais básica do Abanca é a conta base. Ou seja, uma conta que, para além da respetiva manutenção, disponibiliza um conjunto de serviços a partir de um custo único. Nomeadamente, um cartão de débito, um teto máximo de três levantamentos ao balcão mensais, transferências intrabancárias (entre contas do Abanca) e online gratuitas. No banco espanhol, essa conta tem um custo anual de 124,8 euros para o cliente.

No caso do EuroBic, o mesmo pacote de serviços, mas contratados separadamente, têm um custo anual de 168,48 euros. Este valor resulta da soma do custo anual de manutenção de conta que é de 49,92 euros, da anuidade do cartão de débito que ascende a 18,72 euros, mas também do total de 12 levantamentos em numerário ao balcão e de 36 transferências online previstos no nosso cenário base e custos anuais são de, respetivamente, 62,4 e 37,44 euros.

Ou seja, existe uma diferença de 43,68 euros entre o que é cobrado pelos dois bancos, e de onde resulta o desconto de 26% em favor do preçário do Abanca.

Comissões em vigor no Abanca

Fonte: Preçário do banco | Cenário de um cliente que dispõe de um saldo médio mensal de dois mil euros, cartão de débito, cartão de crédito, três transferências online mensais, 12 levantamentos ao balcão.

O “desconto” no Abanca é, contudo, um pouco mais curto se considerarmos também a adesão a um cartão de crédito. A anuidade do Abanca Classic é de 31,2 euros, enquanto o EuroBic cobra 20,8 euros pelo EuroBic Classic. Considerando esses valores, o encargo anual no Abanca sobe para 189,28 euros, enquanto no EuroBic aumenta para 156 euros. Ou seja, o preçário do Abanca permite uma poupança de 18% (33,28 euros) quando comparado com o EuroBic.

Mas para aqueles clientes do EuroBic que tenham conta base, pelo contrário, a mudança para o Abanca acarretaria um custo mais elevado, tendo em conta os pressupostos assumidos. No EuroBic, somando o custo dessa conta (62,4 euros) ao da realização de 36 transferências online por ano (37,44 euros) e da anuidade do cartão de crédito (20,8 euros), a fatura anual é de 120,64 euros. Ou seja, menos 23% do que os 156 euros exigidos pelo Abanca.

Depósitos no Abanca menos generosos

Se tem crédito para a casa no EuroBic e optou pela taxa variável, a incorporação no Abanca não deve ter qualquer impacto. Mas se pretender fazer futuramente um empréstimo com essas características, mas no Abanca, provavelmente o mais certo é não o poder fazer exclusivamente com taxa variável.

O preçário do Abanca apenas prevê a disponibilização de financiamento para a compra de habitação a taxa mista, onde o período de taxa fixa pode ir, no entanto, do mínimo de um ano até um máximo de dez anos (concretamente, um, dois, três, quatro, cinco, ou dez anos). No período em que vigorar a taxa variável, o leque de spreads vai de um mínimo e 1,115% a um máximo de 2,25%. Já no caso do EuroBic, o atual leque de spreads vai de um mínimo de 1,1% até um máximo de 2,15%. Ou seja, os valores não diferem muito entre os dois bancos.

Já no que respeita à remuneração das poupanças, o EuroBic é mais generoso do que o Abanca. Para aplicações a um ano de montantes até cinco mil euros, no banco liderado por Teixeira dos Santos é possível beneficiar de uma taxa de juro de 0,5% (TANB). No caso do banco espanhol, para montantes da mesma ordem e prazo semelhante, no limite é possível obter um juro bruto de 0,01%, isto através do depósito a prazo ON.

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Licenças do 5G custam mais 50 milhões do que exigiam as operadoras

A Anacom vai vender as licenças mais importantes para o 5G a um preço que é globalmente superior ao que exigiam as operadoras. Diferença de expectativas vale 50 milhões.

As licenças de 5G que a Anacom vai vender às operadoras em leilão custam, pelo menos, mais 50 milhões de euros do que o valor que as três principais empresas estão dispostas a pagar. A conclusão tem por base uma carta enviada ao Governo pelos líderes da Meo, Nos e Vodafone.

Na carta, datada de 24 de janeiro, Alexandre Fonseca (Meo), Miguel Almeida (Nos) e Mário Vaz (Vodafone) remetem ao primeiro-ministro, António Costa, “aqueles que se considera ser os valores que garantem um desenvolvimento sustentado do 5G em Portugal”. E o máximo que cada operadora se predispõe a “gastar” no leilão é de cerca de 37 milhões de euros, dentro dos seguintes termos:

  • As operadoras exigem um valor máximo de 71 milhões de euros para o “total do espetro da faixa dos 700 Mhz”, quando a Anacom pede 115,2 milhões de euros.
  • As operadoras propõem um teto de 41 milhões de euros pelo total da faixa dos 3,4 GHz aos 3,8 GHz, quando a Anacom pede 45,7 milhões.

Contas feitas, tendo em consideração somente estas duas faixas de frequências em leilão, e comparando os valores propostos pelas operadoras com os valores inscritos pelo regulador na proposta de regulamento do leilão, a diferença de expectativas é de cerca de 48,9 milhões de euros.

Estas contas não abrangem os lotes noutras faixas do espetro eletromagnético e que também vão fazer parte do leilão. No entanto, são as duas faixas do espetro eletromagnético consideradas pela Anacom com as “relevantes para 5G”. É, aliás, sobre estas duas faixas que incidem os “limites à aquisição de espetro” impostos que o regulador se prepara para impor, no sentido de prevenir um eventual “açambarcamento” de espetro.

Na carta enviada ao Governo, as operadoras exigem ainda uma redução das taxas de utilização do espetro, “pelo menos em 50%”, no valor de 45.000 euros anuais por MHz.

Justificam os valores propostos com “o valor médio dos preços de reserva fixados a nível internacional” e “ajustados às condições nacionais”. E admitem mesmo que os preços sejam mais baixos, pois os valores “terão necessariamente de ser descontados consoante as obrigações de cobertura, e respetivo grau de exigência, que venham a ser definidas no leilão”.

Para além de obrigações de acesso à rede para novos entrantes e operadores móveis virtuais, a proposta de regulamento, apresentada esta segunda-feira pelo regulador, prevê obrigações de cobertura através de banda larga móvel com um débito mínimo de 100 Mbps, de reforço do sinal de voz, de desenvolvimento da rede para disponibilização de serviços compatíveis com 5G e de segurança. Também está prevista a partilha de infraestruturas mediante roaming nacional.

Com este leilão de frequências, que terá início em abril e fim previsto para junho, a Anacom prevê arrecadar um mínimo de 237,96 milhões de euros. Os montantes angariados vão reverter para um novo Fundo para a Transição Digital, que investirá na digitalização da economia portuguesa.

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Wall Street sem medo do vírus. Nasdaq ganha 1%

As bolsas norte-americanas retomaram o rally da semana passada, com o Nasdaq a ganhar mais de 1%. Os investidores não temem o impacto económico da epidemia de coronavírus.

Depois de um arranque em baixa, as bolsas norte-americanas inverteram e fecharam acima da linha de água. Os investidores estão confiantes de um desfecho positivo em torno da epidemia de coronavírus, um fator que também está a puxar pelos ativos de refúgio e pelo valor do dólar.

Wall Street contrariou as praças europeias, com o S&P 500 a avançar 0,67%, para 3.350 pontos. O industrial Dow Jones ganhou 0,54%, para 29.260,64 pontos e o tecnológico Nasdaq valorizou 1,09%, para 9.623,86 pontos.

A fabricante automóvel Tesla foi uma das estrelas da sessão. A fábrica em Xangai voltou a operar após a prevenção do coronavírus ter levado à suspensão do seu funcionamento. Assim, depois do forte disparo nas ações, seguido de uma queda expressiva na semana passada, os títulos recuperaram 3,06% e estão a valer 770,88 pontos.

Pressionada no arranque da sessão pelas dificuldades provocadas pelo vírus na operação da fornecedora Foxconn, a Apple também conseguiu inverter a tendência negativa. Os títulos da empresa avançaram 0,47%, para 321,54 dólares, eliminando parcialmente a queda de 1,59% da sessão anterior.

Dos telemóveis para a lingerie, as notícias de que a L Brands está prestes a vender a popular marca Victoria’s Secret à Sycamore Partners puxou pelas ações da empresa. Valorizaram 2,33%, para 24,14 dólares esta segunda-feira, com mais um indicador a confirmar os rumores das últimas semanas.

O coronavírus tem condicionado as negociações nos mercados financeiros, com os investidores a temerem o impacto do surto na economia mundial. O receio está a levar os investidores a procurarem refúgio em ativos como o ouro, cujo valor avança 0,20%, para 1.557,99 euros cada onça.

No mercado cambial, o dólar avança 0,38% face ao euro, para máximos de quatro meses face. Cada dólar compra 0,9163 euros.

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Governo quer lançar bilhete único para acesso espaços museológicos do país

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2020

"Temos como objetivo ter um bilhete único que permita que um turista que nos visite possa entrar em vários espaços e núcleos museológicos com um único bilhete", disse Rita Marques .

O Governo quer lançar um bilhete único que permita o acesso a vários espaços museológicos do país para que os turistas tenham uma experiência “mais simples”, afirmou esta segunda-feira a secretária de Estado do Turismo.

“É um projeto em que estamos a trabalhar e que permitirá que um turista que nos visita através da aquisição de um bilhete único possa visitar vários espaços” museológicos, revelou a secretária de Estado Rita Marques.

É um projeto em que estamos a trabalhar e que permitirá que um turista que nos visita através da aquisição de um bilhete único possa visitar vários espaços [museológicos].

Rita Marques

Secretária de Estado do Turismo

O titular da pasta da Turismo falava aos jornalistas no final da cerimónia de lançamento do Évora Ticket, o bilhete único da Rede de Museus de Évora, que decorreu no Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo, na cidade alentejana.

Rita Marques notou que o Governo ainda não conseguiu “materializar essa intenção”, frisando ter “muito gosto” em testemunhar o lançamento do projeto de Évora, que se segue a Lisboa, que também tem “uma oferta relativamente idêntica”.

“Temos como objetivo ter um bilhete único que permita que um turista que nos visite possa entrar em vários espaços e núcleos museológicos com um único bilhete e que possa experienciar essa vivencia de uma forma mais simples, sem ter que adquirir um bilhete em cada uma das entradas”, sublinhou.

A governante apontou o Évora Ticket como exemplo a seguir por outras cidades do país e desafiou “outros espaços e parceiros” da cidade alentejana, para que se possam juntar a esta rede de museus. “Se este projeto em Évora já foi desafiante, no contexto nacional será maior e demorará, com certeza, mais um bocadinho“, referiu Rita Marques, escusando-se a apontar uma data para o lançamento da iniciativa nacional.

Também em declarações aos jornalistas, o presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo, António Ceia da Silva, assinalou que o projeto “é inédito” e que se apresenta como “muito relevante para o território”. “Uma pessoa, se comprar um bilhete único para visitar um local, é convidada a visitar mais três ou quarto e a voltar um novo fim de semana para visitar o que não visitou. Este projeto pode ser catalisador da economia, de mais visitas e de maior taxa média de permanência”, destacou.

Uma pessoa, se comprar um bilhete único para visitar um local, é convidada a visitar mais três ou quarto e a voltar um novo fim de semana para visitar o que não visitou. Este projeto pode ser catalisador da economia.

Rita Marques

Secretária de Estado do Turismo

O bilhete único da Rede de Museus de Évora, que tem coordenação da ERT do Alentejo e Ribatejo, entrou hoje em funcionamento, tendo um turista britânico sido o primeiro a adquirir o Évora Ticket no Convento dos Remédios.

Cofinanciada por fundos comunitários, através do programa Alentejo 2020, a rede integra mais 12 espaços museológicos da cidade geridos por várias entidades, nomeadamente Câmara de Évora, Direção Regional de Cultura do Alentejo, Fundação Eugénio de Almeida, Universidade de Évora, Museu do Relógio, Palácio Duques de Cadaval e o Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo.

Através do “Évora Ticket” é possível visitar vários locais da cidade pelo valor fixo de oito euros (um dia), dez euros (dois dias) ou 12 euros (três dias).

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