PCP ataca défice de 2020 abaixo da meta: “Nada justifica que o Governo não tenha usado plenamente a margem orçamental”

O PCP não gostou de ver o Governo a anunciar um défice abaixo do previsto em 2020. Para os comunistas "nada justifica que o Governo não tenha usado plenamente a margem orçamental".

Esta quarta-feira o Ministério das Finanças divulgou a execução orçamental de 2020 e anunciou que o défice de 2020 ficará abaixo do previsto: em vez dos 7,3% do PIB, ficará “mais próximo” dos 6,3% previstos no Orçamento Suplementar. À esquerda, a notícia não caiu bem, primeiro com as críticas do Bloco e agora do PCP. Ao ECO, Duarte Alves, deputado do PCP, diz que este é um “problema sistemático” do Governo PS, mas que se torna “ainda mais grave” dada a situação que a economia portuguesa vive.

“Nada justifica que o Governo não tenha usado plenamente a margem orçamental para dar resposta aos problemas do país”, afirma o deputado comunista, referindo que isso é incompreensível num momento em que “até as imposições” das regras orçamentais europeias foram suspensas. Para Duarte Alves “se a situação económica permitia um maior investimento, o Governo deveria ter optado por esse reforço, em vez de canalizar a margem orçamental para a redução acelerada do défice“.

O PCP votou contra o Orçamento Suplementar, após ter votado a favor do OE 2020, com o argumento de que o reforço orçamental dava mais apoios às grandes empresas do que às micro, pequenas e médias empresas. No geral, os apoios “ficavam muito aquém do necessário”. Meses depois, com o Bloco a votar contra o OE 2021, os comunistas foram essenciais para a viabilização do Orçamento deste ano e Duarte Alves deixa já um aviso: “O PCP intervirá no sentido de escrutinar a execução orçamental para 2021“.

Quanto a 2020, o deputado do PCP recorda que “os dados da execução orçamental revelam um problema sistemático, que é a baixa execução em particular de verbas dedicadas ao investimento público, e que são ainda mais graves quando estamos em face de uma situação que exige um forte investimento público, particularmente no SNS”.

O Ministério das Finanças já veio reconhecer que a despesa pública ficou abaixo do previsto em 2020, mas deu uma justificação: a economia, e principalmente o mercado de trabalho, resistiram melhor do que o esperado. “O Orçamento Suplementar de 2020 considerou os limites máximos de despesa autorizados pela Assembleia da República e que se previa que fossem executados num cenário de pandemia bastante adverso para as contas públicas“, respondeu o gabinete de João Leão, esclarecendo que “com a ligeira recuperação da economia no segundo semestre de 2020 face ao primeiro semestre e com o mercado de trabalho mais resiliente do que o esperado, a despesa acabou por ficar abaixo do inicialmente previsto“.

CIP, Bloco e PCP juntos na crítica ao défice abaixo da “meta”

Não é comum uma associação patronal como a CIP ter posições semelhantes às do PCP e do Bloco, mas neste assunto os três fazem a mesma crítica: se o Governo tinha margem orçamental, os apoios económicos deveriam ter sido mais fortes.

A primeira a reagir foi Mariana Mortágua, no Twitter: “Défice abaixo do previsto não é elogio. É um orçamento suplementar por executar. São apoios que se atrasam ou nem chegam à lei. É investimento por fazer. Não estamos em tempo de brilharetes“, escreveu a deputada bloquista na quarta-feira, criticando a gestão orçamental de João Leão com uma expressão (“brilharete”) que tinha sido utilizada para classificar o excedente orçamental de 2019 alcançado por Mário Centeno, anterior ministro das Finanças.

Esta quinta-feira, no debate sobre a renovação do estado de emergência, o líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, citando os dados da execução orçamental, acusou o Executivo de ter “todo um Orçamento Suplementar por executar”. “À crise máxima, o Governo apresenta-se poupadinho, faltando ao apoio às famílias e à economia”, disse o bloquista, afirmando que “são apoios que se atrasam ou nem sequer chegam a ser lei mas que fazem falta e é investimento público que não existe”.

Ao final da tarde, a CIP enviava um comunicado para dizer que a “despesa abaixo do previsto mostra que os apoios podiam ter contribuído mais para limitar os efeitos da crise“. Os patrões notaram que o “melhor desempenho” do saldo orçamental “foi também alcançado através da realização de despesa pública abaixo do previsto — e autorizado pela Assembleia da República —, o que, paradoxalmente, acontece num momento de extrema vulnerabilidade e necessidade”. Perante esta crítica, a CIP fez um aviso para o futuro: “Este não é um momento para reduzir a intervenção do Estado, como a execução da despesa sugere estar a acontecer“.

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Juiz Ivo Rosa deixa exclusividade no processo Operação Marquês

O juiz Ivo Rosa, que assumiu o processo Operação Marquês na fase de instrução, vai deixar de ter exclusividade, avançou a RTP. Decisão instrutória já tem data marcada.

O juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal, Ivo Rosa, vai deixar de ter exclusividade no processo Operação Marquês, que coloca no banco dos arguidos o ex-primeiro-ministro José Sócrates. Segundo avançou a RTP, o processo já terá data para a decisão da instrução.

A fase de inquérito da Operação Marquês foi conduzida pelo juiz Carlos Alexandre, mas desde a fase de instrução que processo foi entregue a Ivo Rosa, assumindo este, desde então, a exclusividade. Segundo a RTP, Ivo Rosa fica assim com os processos das rendas excessivas da EDP, que está há cerca de oito anos em investigação e coloca entre os arguidos António Mexia e João Manso Neto, e o processo da “O Negativo”.

O Tribunal Central de Instrução Criminal tem apenas dois juízes em funções, Carlos Alexandre, há mais de 10 anos, e Ivo Rosa, desde 2015, que assumem todos os processos “mediáticos”.

O processo Operação Marquês investiga factos que tiveram lugar entre 2006 e 2015 e coloca entre os 28 arguidos o ex-primeiro-ministro socialista, José Sócrates. Segundo a acusação, deste processo ficou indiciado que os arguidos que exerciam funções públicas ou equiparadas, tendo em vista a obtenção de vantagens, agiram em violação dos deveres funcionais. Branqueamento de capitais e corrupção são alguns dos 188 crimes em causa.

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ABARCA Seguros é parceira do Banco CTT no segmento empresas

  • ECO Seguros e Lusa
  • 29 Janeiro 2021

O seguro de caução, especialidade da ABARCA, constitui uma solução que proporciona às empresas as garantias de que estas necessitam para responder pelas obrigações contratuais por si assumidas.

O Banco CTT estabeleceu uma parceria com a ABARCA SEGUROS para reforçar a sua oferta especializada dirigida às pequenas e médias empresas (PME) com soluções de seguros-caução (garantias).

O seguro de caução constitui uma solução alternativa, que proporciona às empresas as garantias de que estas necessitam para responder pelas obrigações contratuais por si assumidas, perante entidades públicas ou privadas, explicam os CTT em comunicado.

No termo do ano 2020, em volume de produção, a seguradora posicionava-se entre as 25 maiores no mercado nacional (26ª em 2019), com 17,99 milhões de euros, e a apontar um crescimento de 17%.

Segundo dados da Supervisão (ASF) compilados por ECOseguros, ABARCA foi a companhia Não Vida que mais cresceu em termos relativos, entre abril e setembro de 2020. Neste período, embora partindo de uma base baixa e comparando com os mesmos seis meses de 2019, a seguradora duplicou a produção (+104%), aproximando-se de 1,7 milhões de euros.

As tipologias de seguros-caução (garantias) mais utilizadas em Portugal incluem garantias de cumprimento contratual, garantias prestadas às alfândegas, tribunais e autoridade tributária, garantias para energias renováveis, garantias para empresas de segurança e empresas de trabalho temporário.

A Abarca Seguros é uma companhia de seguros de direito português, que exerce atividade no ramo de seguros-caução (garantias), operando maioritariamente em Portugal e Espanha.

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ANA corta 20% do horário de trabalho. Prepara “saídas voluntárias”

  • Lusa
  • 29 Janeiro 2021

No primeiro mês de aplicação desta medida, que decorrerá até ao final de junho, haverá uma redução uniforme de 20% do tempo de trabalho a todas” as equipas.

A ANA – Aeroportos de Portugal vai recorrer, a partir de 1 de fevereiro, à medida de apoio à retoma e irá, no primeiro mês de aplicação, reduzir o tempo de trabalho em 20%, segundo o presidente executivo do grupo.

Numa mensagem aos trabalhadores da empresa, a que a Lusa teve acesso, Thierry Ligonnière explicou que, tendo em conta os impactos que a pandemia está a ter no tráfego aéreo, informou a Comissão de Trabalhadores e as organizações sindicais “da decisão da ANA de utilizar, a partir de 01 de fevereiro, a medida governamental de apoio à retoma da atividade, que está em vigor desde 15 de janeiro”.

De acordo com o gestor, “no primeiro mês de aplicação desta medida, que decorrerá até ao final de junho, haverá uma redução uniforme de 20% do tempo de trabalho a todas” as equipas, “com exceção das funções de direção (que serão mobilizadas a tempo inteiro para esta implementação) e dos trabalhadores com horários em escala (devido à dificuldade de organização e comunicação das escalas em tempo útil)”.

Thierry Ligonnière revelou ainda que “esta medida será reavaliada e alargada no mês seguinte, prevendo-se a sua aplicação às áreas operacionais (horários em escala)”. O presidente da ANA informou também que a cada mês “as equipas de gestão vão avaliar as necessidades reais da empresa em termos de tempo de trabalho, a fim de definir os níveis de redução para todas as suas equipas, seja em horários regulares ou por turnos”, assegurando que a “lei permite que esta redução seja modulada em função das necessidades”.

“De acordo com os termos da lei, o impacto na remuneração é variável, entendendo-se que para os salários mais baixos (abaixo de três salários mínimos) o pagamento integral das horas não trabalhadas é assegurado pela empresa, que assume posteriormente a responsabilidade de obter a comparticipação do sistema de segurança social”, esclareceu Thierry Ligonnière.

“Com a situação sanitária a deteriorar-se, com indicadores epidemiológicos dos mais preocupantes a nível mundial, e com o tráfego aéreo próximo de zero devido às restrições à circulação, aumenta, entre todos nós, a apreensão sobre a situação da nossa empresa e as ações a implementar a curto prazo”, referiu o presidente da ANA, na mesma mensagem.

O gestor revelou ainda que “o encerramento das contas da empresa confirmou a perspetiva de um resultado fortemente negativo para o exercício financeiro de 2020, e uma redução significativa” da capacidade financeira do grupo e que “2021 avista-se difícil, entre uma situação económica tensa, às vezes crítica, para as empresas do setor, com endividamento muito elevado, e a esperança do início de uma normalização resultante das campanhas de vacinação”.

Em julho do ano passado, a ANA anunciou que iria avançar com “um plano de saídas voluntárias”, no âmbito do redimensionamento das suas equipas, por causa do impacto da covid-19, segundo uma mensagem do presidente da empresa.

“Perante uma crise que sabemos agora ser duradoura, é também necessário, desde já, um redimensionamento das nossas equipas. Assim, simultaneamente, pedi a cada Direção que identificasse as atuais necessidades para, em conjunto com a direção de Recursos Humanos, ser elaborado um plano de saídas voluntárias”, referiu Thierry Ligonnière, num ‘email’, enviado aos colaboradores, a que a Lusa teve acesso.

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Rússia oferece 100 milhões de doses da sua vacina contra a Covid-19 à União Europeia

  • Lusa
  • 29 Janeiro 2021

Numa altura em que se registam atrasos na entregas das vacinas no bloco comunitário, a Rússia ofereceu esta sexta-feira à União Europeia 100 milhões de doses da sua vacina Sputnik V contra a Covid-19.

A Rússia ofereceu esta sexta-feira à União Europeia (UE) 100 milhões de doses da sua vacina Sputnik V contra o coronavírus, quando se registam atrasos na entrega de vacinas e existe um contencioso entre Bruxelas e a farmacêutica AstraZeneca.

Após finalizar a parte principal da vacinação massiva na Rússia, o Fundo de Investimentos Diretos da Rússia (FIDR) pode disponibilizar à UE 100 milhões de doses da vacina Sputnik V para 50 milhões de pessoas no segundo trimestre de 2021”, assinalaram os responsáveis da organização na sua conta oficial no Twitter.

O FIDR, que negoceia os contratos com os países que adquiriram a Sputnik V, desenvolvida no Centro Gamaleya, especificou que a entrega estará sujeita “à aprovação” da Agência Europeia do Medicamento (EMA).

O fundo soberano da Rússia recordou que a vacina russa já foi registada em 15 países, incluindo a Hungria na UE, e diversos Estados latino-americanos, como a Argentina, Bolívia, Venezuela e Paraguai, e que “enviou documentos” à EMA para um processo de “contínua revisão”, de acordo com o comunicado oficial.

Na semana passada, a EMA explicou que a entidade produtora da Sputnik V – que possui uma eficácia de 91,4% segundo o último controlo efetuado na terceira fase de ensaios clínicos – solicitou “acompanhamento científico” para “facilitar” o seu programa de desenvolvimento do fármaco e aproximá-lo da legislação comunitária, numa tentativa de garantir a aprovação da sua utilização na UE.

A Rússia, que registou esta vacina em agosto de 2020, fez a oferta à UE quando atrasos na entrega de vacinas contra o coronavírus e um contencioso entre Bruxelas e a farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca estão a originar um crescente descontentamento entre as autoridades sanitárias europeias, impotentes para travar a expansão do vírus.

Apenas o Reino Unido não tem sido afetado pelos atrasos que se registam na maioria da Europa, após a AstraZeneca ter anunciado que devido a problemas de produção apenas poderá entregar até 25% das doses que tinha prometido para o primeiro trimestre de 2021.

Este anúncio implicou a instauração pela Comissão Europeia de um mecanismo de emergência que permitirá controlar, e eventualmente bloquear, as exportações para países terceiros das vacinas produzidas no espaço comunitário.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.191.865 mortos resultantes de mais de 101 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. Em Portugal, morreram 11.886 pessoas dos 698.583 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde. A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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Bolsa perde 2% em janeiro. É o pior arranque de ano desde 2017

"Como vai janeiro, vai o ano inteiro", diz o ditado popular. O PSI-20 caiu mais de 2% no primeiro mês do ano. Más notícias para os investidores nacionais?

“Como vai janeiro, vai o ano inteiro”, diz o ditado popular. Para a bolsa portuguesa, a sabedoria popular não traz propriamente boas notícias. O PSI-20 fechou o primeiro mês do ano a cair mais de 2%, no pior arranque desde 2017. Vai ser assim 2021?

Na última sessão de janeiro, mês que ficou marcado pelo regresso do país ao confinamento devido à pandemia, o principal índice português recuou 1,26% para 4.794,55 pontos, agravando as perdas mensais para 2,12%. Há quatro anos que o primeiro mês do ano não terminava com perdas no PSI-20.

Entre os “pesos pesados”, apenas a EDP escapa às perdas este ano, apresentando uma variação mensal de 0,31%. Foi o mês em que os acionistas elegeram a nova equipa de gestão, liderada por Miguel Stilwell, que sucedeu ao histórico António Mexia. Esta sexta-feira, porém, a elétrica nacional registou perdas de 0,5%

Por outro lado, as outras quatro grandes cotadas nacionais entraram em 2021 com o “pé esquerdo”: o BCP acumulou uma desvalorização de 7% e a Galp perdeu mais de 5%. Já as cotações da EDP Renováveis e Jerónimo Martins registaram quebras menos expressivas em janeiro, cedendo 1,75% e 2,5%, respetivamente.

Esta sexta-feira todas estas ações tiveram perdas. O banco liderado por Miguel Maya caiu mesmo mais de 3% e a petrolífera (que anunciou este mês uma troca de CEO, com a saída de Carlos Gomes da Silva por troca com Andy Brown, ex-Shell), perdeu mais de 2,5%.

Piores desempenhos em Lisboa

Fonte: Reuters

Janeiro ficou marcado por novos receios com a propagação do vírus, potenciada por novas variantes mais eficazes e que levou o Governo português a implementar um novo confinamento generalizado. Outros países europeus também têm em cima da mesa medidas de restrição sérias face à evolução do vírus, isto apesar de já terem iniciado os planos de vacinação.

Na Europa, o índice de referência Stoxx 600 teve uma perda mensal de 0,68%. Outras importantes praças europeias também registam perdas desde o início do ano, com o alemão Dax-30 a cair mais de 2% e o espanhol Ibex-35 a derrapar quase 4%.

(Notícia atualizada às 17h05)

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Escândalo Wirecard faz cair regulador financeiro na Alemanha

Ministro Scholz considerou que o caso revelou que o regulador financeiro alemão "tem de ser reorganizado para cumprir de forma mais eficiente o seu papel de supervisão".

O presidente do regulador financeiro da Alemanha vai ser substituído devido ao caso da Wirecard, mais de seis meses depois do “desaparecimento” de 1,9 mil milhões de euros das contas da fintech com sede em Munique. O anúncio foi feito pelo ministro das Finanças alemão Olaf Scholz, depois de o próprio BaFin ter admitido estar a investigar um dos seus funcionários por suspeitas de inside trading.

O escândalo da Wirecard revelou que o regulador financeiro alemão tem de ser reorganizado para cumprir de forma mais eficiente o seu papel de supervisão“, disse Scholz, num comunicado citado pela AFP. O ministro anunciou assim a saída do presidente do BaFin, Felix Hufeld, num esforço para fazer uma reforma da instituição.

A saída do líder do regulador financeiro alemão acontece depois de muitas críticas. A própria Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados (ESMA) concluiu que o BaFin, bem como o FREP, falharam na supervisão da Wirecard, sugerindo que estes deviam ter prestado mais atenção às notícias que foram publicadas em jornais como o Financial Times ao longo de dois anos antes do rebentar do escândalo da fintech.

Foi através de uma notícia no jornal britânico que o mundo ficou a saber que a auditora EY tinha identificado um buraco de 1,9 mil milhões de euros nas contas da empresa de pagamentos. No seguimento do caso, a Wirecard pediu insolvência, foi excluída da bolsa alemã, mais de 700 trabalhadores foram despedidos e o antigo CEO, Markus Braun, foi detido.

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Oi fecha venda do negócio móvel à Telefónica, Tim e Claro por 2,51 mil milhões de euros

A operadora brasileira assinou com o consórcio de empresas de telecomunicações a alienação da Oi Móvel. Telefónica, Tim e Claro pagam o equivalente a 2,51 mil milhões de euros.

A operadora brasileira Oi já assinou o contrato para a venda da unidade Oi Móvel ao consórcio formado pela Telefónica, Tim e Claro. O negócio está avaliado em 16,5 mil milhões de reais (2,51 mil milhões de euros), informou a empresa num comunicado.

“O contrato prevê o pagamento pelas compradoras do montante de 16,5 mil milhões de reais, dos quais 765 milhões de reais [116,5 milhões de euros] referem-se a serviços de transição a serem prestados por até 12 meses pela Oi às compradoras”, indicou a operadora.

Na mesma nota, a Oi salienta que o referido contrato prevê ainda “a celebração do contrato de longo prazo de prestação de serviços de capacidade de transmissão junto da Oi e algumas de suas controladas, na modalidade take or pay, cujo valor presente líquido […] é de 819 milhões de reais [124,7 milhões de euiros]”.

A compra da Oi Móvel pelo consórcio de operadoras tinha sido decidida num concurso a 14 de dezembro de 2020. A operação está agora condicionada à obtenção de aprovação regulatória e validação prévia da Anatel, o regulador do setor das comunicações no Brasil.

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Apetro critica medida do Governo de fixar os preços do gás de garrafa

  • Lusa
  • 29 Janeiro 2021

A associação acusa o Governo de criar "animosidade" contra o setor. Apetro estima que o serviço de entregas ao domicílio tenha atingido quase 65% da procura de serviços disponibilizados.

A Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro) critica a fixação de preços do gás de garrafa, em vigor até ao final do mês, acusando o Governo de promover “uma certa animosidade” contra o setor.

“Nestes momentos de crise pandémica que atravessamos, volta a ser notícia, por causa da fixação de preços decretada pelo Governo, a atividade do GPL embalado (em garrafa)”, começou por referir o diretor técnico da Apetro, José Alberto Oliveira, num editorial na revista da associação divulgada esta quinta-feira.

No entanto, para aquele responsável “o foco deste retrato fica apenas no preço, referido de forma muito ligeira e sempre pouco esclarecedora, com a qual se promove uma certa animosidade contra este segmento de negócio”.

Neste sentido, a Apetro recordou que o negócio do gás de garrafa em Portugal tem por base uma rede que representa mais de 50.000 pontos de venda e com “um nível de intermediação necessário para assegurar uma cobertura adequada do território”, sendo um dos serviços essenciais que não pode deixar de operar durante a pandemia e que teve de fazer “esforço notável” para assegurar a prestação de serviço.

“É, pois, injusto não dar o devido destaque a todas as medidas adotadas perante esta crise sanitária, por todos os intervenientes desta cadeia de valor e que desta forma garantem a sua continuidade, evitando ruturas que poderiam ter conduzido a situações de acrescida dificuldade, incluindo-se assim nesse grupo de ‘invisíveis’ que asseguram que as necessidades básicas da população não são descuradas”, defendeu José Alberto Oliveira.

A Apetro estima que, por exemplo, o serviço de entregas ao domicílio tenha atingido quase 65% da procura de serviços disponibilizados, quase o dobro do que representava antes da pandemia.

“Estas medidas que introduzem as regras de segurança sanitária exigem um esforço acrescido, de sensibilização e de recursos, seja na formação, seja na aquisição e distribuição de materiais e equipamentos de higienização e proteção específicos, para que a confiança e a segurança de todos fique assegurada – como exemplo, refiram-se os procedimentos de limpeza e desinfeção das garrafas em cada transação a distribuição e utilização de luvas e máscaras (e ainda viseiras) para todos os que manuseiam as embalagens (garrafas)”, lembrou a associação.

Por fim, José Alberto Oliveira salientou que, “em muitos casos”, o gás engarrafado “constitui mesmo a única possibilidade que o consumidor encontra de satisfazer as suas necessidades de acesso a uma fonte de energia”, como acontece em locais remotos ou isolados, “a um custo acessível”.

Segundo um comunicado divulgado em 15 de janeiro pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), definiu-se que, a partir das 00:00 de 18 de janeiro até ao final do mês, a garrafa de 12,5 quilogramas (kg) de GPL (Gás de Petróleo Liquefeito) butano, de tipologia T3 custa, no máximo, 22,95 euros, enquanto a garrafa de 13 kg tem como valor máximo os 23,87 euros. Já o GPL propano, também na tipologia T3, tem um preço máximo de 19,54 euros, na garrafa de 9 kg, e de 23,89 euros, na garrafa de 11 kg.

No que toca à tipologia T5, o preço do GPL propano não pode ultrapassar, na garrafa de 35 kg, os 68,25 euros e, na garrafa de 45 kg, os 87,75 euros.

Aos preços máximos destas garrafas de GPL “apenas podem acrescer custos com o serviço de entrega, os quais se aplicam às situações em que as garrafas são adquiridas por via telefónica ou por via eletrónica, disponibilizadas em local diferente do ponto de venda”, sendo que “o preço do serviço de entrega deve apenas ser aderente aos custos incorridos pelo comercializador com a prestação desse serviço”.

Os preços máximos do gás engarrafado foram calculados pela ERSE no quadro das suas funções de regulação do setor do GPL e fixados pelo Governo, vigorando durante o mês de janeiro de 2021 em todo o território continental, no âmbito do confinamento decorrente do estado de emergência devido à pandemia de covid-19.

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Fotogaleria: Ambulâncias fazem fila no Santa Maria. INEM e Proteção Civil tentam diminuir espera

Dezenas de ambulâncias continuam a acumular-se no hospital de Santa Maria. Equipas do INEM e Proteção Civil estão agora a ajudar na triagem dos doentes de modo a reduzir as filas de espera.

As filas de ambulâncias continuam a acumular-se no exterior do Hospital Santa Maria, em Lisboa. São às dezenas e chegam de diversas localidades da área da grande Lisboa sem no entanto serem abrangidas por esta unidade hospitalar. Há relatos de algumas que estão à espera mais de 12 horas para deixar os doentes, que são assistidos dentro dos próprios veículos, enquanto não têm cama disponível nas enfermarias.

Perante o cenário de rotura no atendimento dos pacientes, na manhã de sexta-feira foram montados pelo INEM e Proteção Civil duas estruturas de apoio logístico à triagem dos doentes que chegam ao hospital, de modo a tentar diminuir as filas de espera. Esta pré-triagem vai ser feita por elementos do INEM e Proteção Civil. Os doentes não urgentes serão reencaminhados para as unidades de saúde de Sete Rios e Odivelas.

No perímetro do hospital foi também montada uma tenda dos bombeiros de Queluz onde têm sido reunidos todos os mantimentos, comida, bebidas e mantas entregues por voluntários, de modo a dar apoio à sobrecarga a que os bombeiros de diversas corporações têm sido sujeitos nos últimos dias.

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Cuatrecasas assessora DP World no acordo para exploração do terminal multiusos do porto de Luanda

A equipa interdisciplinar foi liderada por Aida Kellal, da Middle East desk, Lourenço Vilhena de Freitas, sócio da área de público, e André Duarte Figueira, coordenador da Cuatrecasas em Angola.

A Cuatrecasas assessorou a Dubai Ports World (DP World), com sede nos Emirados Árabes Unidos, no acordo para a entrega da exploração do terminal multiusos do porto de Luanda. A gestão do terminal vai prolongar-se até 2040 e englobou 150 milhões de dólares pela concessão, num acordo global de 1.000 milhões de dólares.

“A assessoria jurídica da Cuatrecasas consistiu no apoio à DP World desde o lançamento do concurso público internacional, com a preparação de todas as peças do concurso, acompanhamento da negociação entre os finalistas e da negociação definitiva com a Comissão da Avaliação e a Administração do Porto de Luanda”, refere a firma.

A equipa interdisciplinar, que articulou a operação entre Dubai, Luanda e Lisboa, foi liderada por Aida Kellal, da Middle East desk, Lourenço Vilhena de Freitas, sócio da área de público, e André Duarte Figueira, coordenador da presença da Cuatrecasas em Angola.

A DP World é uma multinacional de logística especializada em cargas, operações de terminais portuários, serviços marítimos e zonas francas. Tem cerca de 150 operações em curso em vários pontos do globo, empregando 50.000 pessoas.

“Este é um dos processos mais importantes para o Ministério dos Transportes de Angola e insere-se no quadro da nova Lei do Investimento Privado”, refere a Cuatrecasas em comunicado.

A assinatura do contrato foi firmada na passada terça-feira pelo presidente do Conselho de Administração do porto de Luanda e pelo presidente do grupo e CEO da DP World.

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Comissão Europeia adota mecanismo para aprovação de exportação de vacinas

  • Lusa
  • 29 Janeiro 2021

A partir de sábado, as farmacêuticas que queiram exportar doses de vacinas da Covid-19 terão que pedir a respetiva autorização.

A Comissão Europeia estabeleceu, esta sexta-feira, um mecanismo de autorização de exportação de vacinas para a Covid-19, com o objetivo de garantir de transparência do processo e as doses suficiente para os cidadãos da União Europeia (UE).

O mecanismo, adiantou em conferência de imprensa o comissário europeu para o Comércio, Valdis Dombrovskis, “abrange as vacinas da Covid-19 adquiridas ao abrigo dos contratos de compra antecipada”.

“Com esta medida queremos ter informações exatas sobre a produção de vacinas e para onde as empresas pretendem enviá-las”, salientou.

O mecanismo entra em vigor no dia seguinte à publicação no Jornal Oficial da UE, que deverá acontecer ainda hoje, pelo que a partir de sábado, as farmacêuticas que queiram exportar doses de vacinas da covid-19 terão que pedir autorização ao respetivo Estado-membro.

O instrumento vai aplicar-se às três vacinas já autorizadas: Pfizer/BioTech, Moderna e AstraZeneca/Oxford.

“Estamos numa corrida contra o tempo”, disse, por seu lado, a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides, destacando que Bruxelas quer, com a aplicação deste mecanismo, trabalhar com base em informação factual, proteger a integridade do investimento europeu e garantir que as vacinas cheguem o mais rapidamente possível aos cidadãos europeus.

“Criámos um sistema que nos permite saber para onde são enviadas as nossas vacinas”, salientou, acrescentando que a UE fez “um enorme esforço” para assegurar a disponibilidade de doses de vacinas, havendo agora que garantir que estas são entregues.

Devido à urgência da situação, justificada pela falta de transparência num momento em que a produção e entrega de vacinas ainda se encontra em fase de constituição e a consequente escassez global temporária, a medida foi adotada pela Comissão Europeia utilizando o procedimento de emergência.

A UE orçamentou 2,7 mil milhões de euros para contratos de compra antecipada de 2,3 mil milhões de doses de vacinas da covid-19.

O mecanismo de controlo da exportação – que se aplica de 30 de janeiro a 31 de março – prevê exceções da necessidade de exportação para 92 países, incluindo os da Associação de Livre Comércio Europeu, os chamados de vizinhança Europa de Leste e Norte de África, dos Balcãs Ocidentais e outros 92 países integrados na lista da iniciativa Covax, que visa fazer chegar a vacina a países em desenvolvimento.

Durante este trimestre, o executivo comunitário irá consultar os Estados-membros sobre eventuais adaptações do mecanismo e potenciais passos futuros.

Na origem desta decisão está o anúncio da AstraZeneca de que estaria em condições de garantir apenas um quarto das doses contratadas pela UE.

(Notícia atualizada às 16h07)

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