Navigator vê lucro crescer 50% com venda dos pellets nos EUA

Venda do negócio de pellets representou um encaixe de 67,6 milhões de euros e uma mais-valia de 15,8 milhões de euros.

A Navigator revelou um crescimento de 50% nos resultados líquidos do primeiro trimestre. Este forte aumento traduz o ganho obtido com a venda do negócio de pellets nos EUA que gerou uma mais-valia de 15,8 milhões de euros.

Em comunicado enviado à CMVM, a empresa liderada por Diogo da Silveira revela que os “resultados líquidos crescem 50% para 53,2 milhões de euros”. O “EBITDA do trimestre cresceu 23% para 111 milhões com impacto positivo dos preços da pasta e papel e venda do negócio de pellets“, salienta a empresa. As vendas caíram 2% para 385 milhões de euros “afetado pela redução nos volumes de venda de pasta”.

“A Navigator concretizou a venda do negócio de pellets durante o trimestre, o que representou um encaixe de 67,6 milhões de euros (relativo a 67% do valor de venda) e uma mais-valia de 15,8 milhões de euros”, revela a Navigator, acrescentando que sem este negócio, o EBITDA teria sido de 101 milhões, um aumento de 8%.

Perante estes resultados, o cash flow disparou. “A geração de cash flow livre atinge 134 milhões de euros (contra os 24 milhões obtidos no período homólogo), impulsionada pelo bom desempenho operacional, mas também pelo encaixe parcial da venda do negócio de pellets“, nota a empresa em comunicado. Neste trimestre houve uma “redução do endividamento líquido para 559 milhões” de euros.

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Menos prejuízos com cimento ajudam lucros da Semapa

  • Lusa e ECO
  • 16 Fevereiro 2018

Ao contrário das expectativas dos investidores, a "holding" que detém a Navigator viu os seus lucros aumentarem em 2017. Apesar de lucrar menos com a pasta e papel, perdeu menos com os cimentos.

A Semapa conseguiu aumentar os resultados líquidos no ano passado, contrariando a expectativa dos analistas que antecipavam uma quebra. Os lucros subiram 8% em 2017, para 124,1 milhões de euros, num período em que a Navigator deu um contributo menor, mas a Secil também teve prejuízos bem menos expressivos.

O crescimento dos resultados devem-se em grande parte à redução das perdas no setor do cimento, onde os prejuízos se reduziram de 18 milhões de euros para 1,1 milhões — uma melhoria de 94%, assinala a “holding” no comunicado enviado à CMVM. Enquanto o setor do ambiente teve lucros ligeiramente mais altos, o setor da pasta e papel caiu 4,7%.

A Navigator, controlada pela Semapa, registou uma quebra nos lucros devido a efeitos não recorrentes que tinham afetado positivamente os lucros de 2016. “Importa referir que os resultados líquidos de 2016 beneficiaram de reversão de provisões para impostos, bem como do efeito do regime extraordinário de reavaliação fiscal que resultaram num valor de impostos positivo de sete milhões de euros, e que compara com um valor negativo de cerca de 40 milhões de euros em 2017″, salientou.

O EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) da Semapa registou uma subida de 2,4%, atingindo 500,7 milhões de euros, isto num ano em que o volume de negócios acelerou.

A Semapa afirma que, no período de referência, o volume de negócios consolidado do grupo foi de 2.164,7 milhões de euros, mais 4,3% em comparação com 2016. O volume de negócios do grupo foi impulsionado pelo seu setor exportador e de vendas no exterior, que constituiu 75,5% do total. Tanto nos setores da pasta e papel como nos do cimento e do ambiente, o volume de negócios registou aumentos.

Ao mesmo tempo que tanto vendas como o EBITDA e os lucros cresceram, a dívida líquida da Semapa encolheu. Fixou-se em 1.673,7 milhões de euros, menos 106 milhões de euros em comparação com o resultado consolidado de 2016.

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Navigator substitui Semapa na lista das preferidas do BPI

Substituição na lista de preferidas do CaixaBank BPI: sai a Semapa e entra a Navigator para aproveitar aumento dos preços do papel e dividendo atrativo. Sonae é a outra cotada portuguesa na lista.

Dividendo atrativo, novos projetos e bom momento nos preços do papel foram motivos suficientes para o CaixaBank BPI colocar a Navigator NVG 4,85% na sua lista de ações preferidas na Península Ibérica, em substituição da Semapa. Mas há outra novidade na core list do banco: a retalhista espanhola Inditex (dona da Zara).

“O EBITDA da Semapa e da Navigator deverá continuar a ser alimentado pelo aumento dos preços do papel na Europa, mas o desempenho acima dos pares da Semapa desde o pico em janeiro de 2018 (…) leva-nos a preferir a Navigator no bom momento do papel UWF [papel fino não revestido]”, explica o CaixaBank BPI.

São três argumentos que deixam a Navigator em boa posição, segundo o banco:

  1. A Navigator beneficia de uma melhoria do momento dos preços do papel UWF na Europa, com uma nova onde de subida de preços a ter lugar em 2018.
  2. Novos projetos expansão nas fábricas da Figueira da Foz e da Cacia, juntamente com os preços UWF favoráveis, deverão mais do que compensar a evolução desfavorável do dólar e desencadear um crescimento do EBITDA de dois dígitos em 2018-2019.
  3. Atrativa história de dividendo, que poderá sair reforçada com a venda do negócio dos pellets nos EUA.

Para o título, os analistas dão-lhe um preço-alvo de cinco euros, apresentando um potencial de valorização de 18% face à atual cotação. O ano de 2017 terminou com lucros de 207,8 milhões de euros para a papeleira, num desempenho que superou as estimativas do mercado.

A Semapa sai da lista, mas pela porta grande, salienta o CaixaBank BPI. “A Semapa foi incluída na core list a 27 de novembro de 2017 e teve uma valorização de 14%. No mesmo período, a core list apreciou 6%”, frisa a equipa de research do banco.

Além da Navigator, manteve-se a Sonae entre as preferidas. Tem um preço-alvo de 1,50 euros. “A Sonae é a nossa carta no cenário macro de Portugal. Com mais de 90% das vendas no país, a empresa deverá beneficiar das atividades de consumo, imobiliário e turismo”, argumenta o CaixaBank BPI.

Em relação à outra novidade, a Inditex, a retalhista de vestuário entra na lista para aproveitar a continuação do bom momento nas vendas, que deverão crescer a dois dígitos nos próximos anos.

Navigator é o papel preferido dos espanhóis

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

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Navigator sobe nas vendas mas não compensa nos lucros em 2017

A papeleira terminou 2017 com lucros de 207,8 milhões de euros, 4,5% abaixo do registado no período homólogo. Quebra de lucros reflete efeitos de impostos que beneficiaram empresa em 2016.

O negócio da pasta, energia e tissue cresceu, mas os lucros caíram. Este é o balanço da atividade da Navigator que no ano passado viu os seus lucros reduzirem-se em 4,5%, para perto de 208 milhões de euros, sofrendo o impacto de resultados recorrentes positivos registados em 2016. O último trimestre do ano o resultado líquido da empresa caiu 26%, para 62 milhões de euros, penalizado pelo impacto dos incêndios.

A papeleira terminou 2017 com lucros de 207,8 milhões de euros, 4,5% abaixo dos 217,5 milhões que se verificaram no ano anterior, revelou a empresa em comunicado enviado à CMVM. Na prestação de contas, a Navigator salienta a “evolução positiva do volume de negócios (+4%) com forte crescimento dos negócios de pasta, energia e tissue“. O volume de negócios da Navigator fixou-se em 1.636,8 milhões de euros no ano passado, o que compara com 1.577,4 milhões de euros registados em 2016.

O valor das vendas de pasta cresceram 19%, beneficiando do aumento do volume e do preço, enquanto as vendas de energia elétrica aumentaram 13%, em valor. Já o valor das vendas de tissue crescerem 10%.

Neste contexto, o EBITDA da empresa subiu 1,6%, dos 397,4 milhões para 403,8 milhões de euros.

A papeleira justifica a quebra de resultados em 2017 com efeitos não recorrentes que tinham afetado positivamente os lucros de 2016. “Importa referir que os resultados líquidos de 2016 beneficiaram de reversão de provisões para impostos, bem como do efeito do regime extraordinário de reavaliação fiscal que resultaram num valor de impostos positivo de sete milhões de euros, e que compara com um valor negativo de cerca de 40 milhões de euros em 2017″, especifica a Navigator.

Entre os impactos não recorrentes mais significativos relativos ao ano passado, a Navigator salienta os incêndios florestais, estimando que tenham representado um impacto negativo de sete milhões de euros no ano, contabilizado em ativos biológicos. Efeito que foi, contudo, quase compensado pelos recebimentos de indemnizações relativas ao incêndio de Vila Velha de Ródão e ao turbogerador de Setúbal, que no seu conjunto resultaram num valor positivo de 6,5 milhões de euros revela a empresa.

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Lucros das empresas da bolsa de Lisboa aceleram 10% à boleia da economia

Vem aí a temporada de resultados em Lisboa. Os lucros das grandes cotadas terão acelerado 10%, à boleia do bom momento económico. O ECO preparou um guia para abordar a earnings season nacional.

EDP terminou ano com lucros de quase 1.200 milhões e lidera ranking de resultados em Lisboa.Fotomontagem/ECO

Os lucros das cotadas da bolsa de Lisboa dispararam no ano passado com grande parte das empresas nacionais a recolher frutos da aceleração da economia portuguesa. São muitos os motivos para sorrir à partida para mais uma temporada de resultados no PSI-20. Desta vez até a banca vai ajudar à festa.

De acordo com as estimativas dos analistas sondados pela Reuters, os lucros das cotadas que compõem o índice de referência nacional terão acelerado 9,7% para superarem os 3.500 milhões de euros (ver tabela em baixo). Se há fatores extraordinários que fazem a diferença em algumas contas, o bom desempenho das grandes empresas em 2017 deveu-se, sobretudo, à melhoria das condições económicas em Portugal e lá fora. O argumento é fácil de perceber: quanto maior atividade económica, mais as empresas conseguem faturar. Foi o que aconteceu.

“A valorização a que assistimos parece estar sincronizada com o desempenho das empresas e as perspetivas de crescimento económico doméstico e da zona euro”, refere João Queiroz, diretor de banca online do Banco Carregosa, ao ECO. “Também a melhoria da perceção de risco continua a beneficiar os ativos nacionais”, acrescenta.

A valorização a que assistimos parece estar sincronizada com o desempenho das empresas e as perspetivas de crescimento económico doméstico e da zona euro. Também a melhoria da perceção de risco continua a beneficiar os ativos nacionais.

João Queiroz

Diretor de banca online do Banco Carregosa

É o BPI quem dá o pontapé de arranque na earnings season portuguesa. É já esta terça-feira e os analistas estimam que o banco detido pelos espanhóis do CaixaBank tenha obtido um lucro de 70,5 milhões. Mas, ao contrário dos últimos anos, desta vez o banco já não figura no principal índice português. Pelo que a temporada de resultados no PSI-20 só acontece efetivamente na próxima semana, através da Navigator.

Fonte: Reuters

Serão vários os pontos de interesse para os investidores ao longo dos próximos dois meses em que as cotadas nacionais vão a exame. Até porque os resultados fornecem um bom retrato das empresas e ajudam a antecipar tendências de dividendos. “Será importante para perceber se o bom momento económico se está a materializar nas empresas”, sublinha Salvador Alves, analista da Orey iTrade.

E, neste capítulo, logo na segunda semana acontece um dos habituais pontos altos da temporada de resultados lisboeta. O BCP presta contas e a expectativa dos analistas aponta um disparo de 585% do lucro para 164 milhões, depois de um ano que foi decisivo para o futuro do banco — concluiu o aumento de capital de 1.300 milhões de euros que trouxe a Fosun para a ribalta e com isso pagou o que devia das ajudas prestadas pelo Estado.

“O setor bancário da Europa tem capitalizado com a possibilidade de alteração, a médio prazo, da política monetária do Banco Central Europeu (BCE). Além disso, o BCP beneficia de uma possível recomposição do corpo acionistas e de uma evolução positiva das imparidades, das receitas e respetivas margens”, destaca João Queiroz.

A seguir ao BCP é a vez da Galp e mais boas notícias: os analistas apontam para uma subida de 15% do lucro para 557 milhões de euros, catapultando a petrolífera liderada por Carlos Gomes da Silva para o segundo lugar dos maiores lucros em Lisboa.

EDP, EDP Renováveis, CTT… é só fazer as contas

2017 foi também o ano da família EDP. O seu líder António Mexia viu-se envolvido em casos judiciais e falou-se da possibilidade de estar de saída da liderança do grupo. A mãe EDP tentou a aquisição (um pouco hostil) da sua filha EDP Renováveis e ainda vendeu a Naturgas (em Espanha, por 2,6 mil milhões) e Portgás (à REN, por 530 milhões). Tudo fatores extraordinários que baralharam as contas finais. Como ficaram?

Habituada a ser o rei dos resultados, a EDP terá visto o lucro subir 23,6% para 1,19 mil milhões de euros — representando um terço dos lucros do PSI-20 –, mas os olhos dos analistas vão estar virados para o impacto das duas alienações na redução da pesada dívida da elétrica. Já o resultado líquido da EDP Renováveis terá disparado 270% para 208,6 milhões de euros.

“As receitas e lucros da EDP não parecem constituir uma incerteza tão relevante como o potencial de serviço da dívida”, salienta Queiroz. É que “o elevado grau de endividamento pode impactar a geração futura de lucros e de cash-flows da EDP”, justifica.

No annus horribilis dos CTT, a queda do negócio postal fez mossa nos lucros da empresa: terão recuado 27% para os 46,2 milhões. Foi por causa disto que a administração liderada por Francisco Lacerda anunciou um plano de reestruturação que passa por saídas de trabalhadores e fecho de lojas como forma de posicionar os correios postais para o futuro.

“Mas ambas as medidas custam dinheiro e acresce a elevada regulação por ser um serviço público”, lembra Salvador Alves, considerando que os investidores vão estar atentos à “habilidade [de Lacerda] para cortar custos e para fomentar as alavancas de crescimento”.

Outros dois destaques da temporada vão recair no setor do retalho, que continua sob pressão por causa da digitalização do consumo. Ao que tudo indica, tanto a Sonae (dona do Continente) como a Jerónimo Martins (Pingo Doce) viram os lucros tombarem na ordem dos dois dígitos. Mais intensa será a queda do resultado da Jerónimo Martins, mas há que contabilizar a venda da Monterrroio à Fundação Francisco Manuel dos Santos que fez disparar os resultados do ano passado.

Os investidores vão agora estar atentos a duas coisas essenciais: a habilidade de cortar custos e de fomentar as alavancas de crescimento. De acordo com o plano de reestruturação divulgado em dezembro, a empresa postal terá de fechar agências e despedir colaboradores, ambos custam dinheiro e acresce ainda a elevada regulação por ser um serviço público.

Salvador Alves

Analista da Orey iTrade

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Navigator ganha 16,6 milhões de euros com venda de negócios de pellets nos EUA

Numa informação ao mercado, a Navigator anunciou o valor da venda do seu negócio de pellets nos EUA -- 135 milhões de dólares.

A Navigator anunciou que vendeu o seu negócio de pellets nos Estado Unidos por 135 milhões de dólares, ou seja, 112,179 milhões de euros, o que permite à empresa portuguesa lucrar cerca de 20 milhões de dólares (16,6 milhões de euros). Um montante que poderá ainda sofrer ajustamentos, nomeadamente depois da aplicação dos impostos devidos.

A operação já tinha sido comunicada ao mercado no final de dezembro, mas eram desconhecidos os montantes envolvidos.

“Em complemento à informação publicada pela Navigator no dia 29 de dezembro de 2017, relativa à celebração de um contrato de compra e venda do seu negócio de pellets com uma joint-venture gerida e explorada por uma entidade associada da Enviva Holdings, LP, informa-se que o valor global da transação é de 135 milhões de dólares, um montante que pode vir a sofrer ajustamentos usuais neste tipo de operações, e que representa um ganho estimado de cerca de 20 milhões de dólares (antes de impostos), face ao valor em livro dos ativos alienados”, pode lê-se no comunicado emitido esta segunda-feira aos investidores.

O valor global da transação é de 135 milhões de dólares, um montante que pode vir a sofrer ajustamentos usuais neste tipo de operações, e que representa um ganho estimado de cerca de 20 milhões de dólares (antes de impostos), face ao valor em livro dos ativos alienados.

Comunicado da CMVM

A notícia de investimento na fábrica de pellets em Greenwood, Estado da Carolina do Sul, foi conhecida em dezembro de 2014 e ficou concluída no segundo semestre de 2016. Um ano depois, a fábrica com capacidade de produção de 500 mil toneladas por ano, a Navigator vende o negócio por se tratar de “uma oportunidade financeiramente atrativa de desinvestimento”, “libertando assim capital”.

“Os últimos três anos constituíram um período de grande aprendizagem, durante o qual o grupo projetou e construiu uma fábrica de dimensão mundial e adquiriu uma valiosa experiência de gestão de pessoas e bens nos Estados Unidos”, sublinha o comunicado inicial enviado ao mercado pela empresa.

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Parlamento aprova subida da derrama. Quanto custa às cotadas do PSI-20?

Parlamento aprovou esta quinta-feira um aumento da derrama estadual para as empresas com maiores lucros. Medida terá impacto nos lucros e ações das cotadas do PSI-20. Qual é o impacto?

O IRC para as grandes empresas sempre vai subir no próximo ano, isto depois de o Parlamento ter aprovado o aumento da derrama estadual de 7% para 9% para as empresas com maiores lucros. Esta medida terá impacto nas empresas com lucros anuais acima dos 35 milhões de euros. No PSI-20, o principal índice bolsista português, são várias as cotadas que vão ser afetadas por isto. Quais?

O CaixaBank BPI Research estimou o impacto da proposta do PCP que aprovada esta quinta-feira no âmbito da discussão do Orçamento do Estado para 2018. A medida teve luz verde do PS e por isso vai entrar em vigor a partir do próximo ano.

Na bolsa portuguesa, poucas são as cotadas vão escapar ao aumento de impostos sobre as grandes empresas. Os cálculos do banco tiveram por base as estimativas para os lucros das empresas e bancos para 2018. Contas feitas:

  • No BCP, o aumento da derrama estadual deverá ter um impacto de 1% na estimativa para os resultados do grupo no próximo ano e 2% depois, estimam os analistas do BPI. Em 2018, o banco liderado por Nuno Amado poderá ter um lucro de 364 milhões de euros, segundo este banco. Na análise do CaixaBank BPI, o aumento da derrama estadual terá também implicações no atual montante de ativos por impostos diferidos, que deverão aumentar em cerca de 214 milhões de euros.

Também o Haitong analisou o impacto do aumento da derrama estadual nas cotadas do PSI-20. REN e Sonae serão as empresas mais afetadas pela medida.

“Embora seja difícil quantificar precisamente o impacto desta medida, uma vez que nem todas as empresas geram os seus resultados em Portugal ou podem utilizar créditos fiscais, simulamos o impacto desta medida no nosso universo de ações que fazemos cobertura”, dizem dos analistas do Haitong.

 

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Mais vendas e menos custos aumentam lucros da Navigator

  • Juliana Nogueira Santos
  • 26 Outubro 2017

A Navigator expandiu os seus lucros em mais de 8% com a ajuda do programa de redução de custos e o aumento generalizado das vendas.

Os primeiros nove meses do ano foram de expansão de lucros para a Navigator. A empresa liderada por Diogo Rodrigues de Silveira registou lucros de 145,8 milhões de euros, o que se traduz num aumento de 8,6% face ao mesmo período do ano passado. A impulsionar os resultados estiveram o programa de redução de custos, que terá “um impacto positivo de 18 milhões” e o aumento generalizado das vendas.

Nos primeiros três trimestres de 2016, a empresa tinha registado lucros de 134,3 milhões de euros e vendas de 1,52 mil milhões de euros. No período homólogo de 2017, os lucros avançaram para os 145,8 milhões e as vendas para os 1,25 mil milhões de euros. “O negócio de papel registou uma melhoria progressiva das condições de mercado ao longo do ano, com um fortalecimento de encomendas na Europa e em mercados overseas“, pode ler-se no comunicado à CMVM.

No que diz respeito às vendas, o setor da pasta de papel foi o que mais avançou, registando um crescimento de 32% devido ao aumento de volume e do preço. Segue-se as vendas de energia elétrica, que aumentaram 16%, e as vendas de papel tissue a crescerem 11% em volume e valor.

A otimização de custos foi o segundo campo que impulsionou os resultados da papeleira, sendo que já conseguiu atingir um impacto de acumulado de cerca de 18 milhões através da redução de custos e do aumento de produtividade. A empresa conseguiu também diminuir os custos com financiamento, através “da reestruturação da dívida finalizada em 2016, bem como a emissão de papel comercial a taxas muito favoráveis.”

A empresa conta com dois investimentos em curso, um em Cacia, através da construção de uma nova fábrica de tissue, e outro na Figueira da Foz, com “a melhoria de eficiência produtiva de pasta e performance ambiental” da mesma. Nos primeiros nove meses do ano, o montante de investimento ascendeu aos 75,7 milhões de euros.

Os resultados da papeleira foram bem recebidos na bolsa portuguesa, com as ações da papeleira a avançarem 0,65% para 4,31 euros, tendo já chegado a valorizar 1,45%.

Incêndios com impacto negativo de mais de 2 milhões

Ainda que os resultados gerais tenham sido positivos, a empresa destaca a queda forte do preço médio de devido à evolução da taxa de câmbio. “Na Europa o principal impacto foi a desvalorização da libra, o que, conjugado com um aumento das vendas em mercados fora da Europa maioritariamente denominados em USD, e a evolução da taxa de câmbio ocorrida nos últimos meses, refletiu-se negativamente no preço médio global de venda do
Grupo”, afirma a Navigator

Os incêndios florestais também trouxeram más notícias à Navigator, que viu mais de dois mil hectares de floresta de eucalipto própria a serem destruídos até ao mês de setembro. O impacto negativo acumulado dos ativos biológicos foi de 2,2 milhões de euros. Com os incêndios de 15 de outubro, a empresa estima que a área ardida própria ascenda aos 6,1 mil hectares, não se antecipando no entanto “riscos no fornecimento de madeira às unidades fabris do Grupo”.

(Notícia atualizada às 9h00 com mais informações)

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Máximos das papeleiras atraem fundos nacionais em setembro

BCP continua a ser a estrela dos gestores dos fundos nacionais, que foram atraídos pelos máximos históricos das papeleiras Navigator e Altri no mês de setembro, segundo os dados da CMVM.

Atraídos pelos máximos históricos, os fundos de investimento portugueses apostaram forte nas ações das papeleiras Navigator e Altri no mês de setembro. Ainda assim, o BCP continua a ser o título preferido dos gestores portugueses.

Segundo os indicadores de síntese dos fundos de investimento divulgados esta segunda-feira pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o total investido na Navigator cresceu 18,5% em setembro para um total de 16,9 milhões de euros, aproveitando a boleia da valorização do título de 15% naquele mês. A papeleira liderada por Diogo da Silveira pesa quase 17% na carteira dos fundos nacionais, sendo o segundo título mais representado.

Em relação à Altri, a outra papeleira do índice de referência PSI-20, os fundos reforçaram a sua exposição ao título em 39,2% para 12,2 milhões de euros no mês passado. Em setembro, a ação disparou 21,7%, sendo o sexto título mais representado nas carteiras dos gestores nacionais.

Apesar do forte interesse no setor do papel, a principal estrela dos fundos continuou a ser o BCP. Os gestores portugueses reforçaram o seu portefólio com ações do banco liderado por Nuno Amado em 21,4% em setembro para um total de 21,9 milhões de euros. Em setembro, mês em que completou 30 anos na bolsa, as ações do BCP valorizaram 9,8%.

Em sentido contrário, desfizeram-se de parte das suas carteiras de ações da Sonae (-4,6%) e Galp (-9,7%).

Em termos gerais, os fundos portugueses aumentaram a sua exposição ao mercado de ações nacionais em 8,3% para 184,2 milhões de euros.

Os mesmos dados da CMVM indicam que as sociedades gestoras com as maiores quotas de mercado em setembro foram a Caixagest (30,8%), BPI Gestão de Ativos (27,5%), e Santander Asset Management (15,6%).

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Navigator olha para a Galiza como fornecedora de madeira por causa do travão do eucalipto

  • ECO
  • 4 Agosto 2017

A reforma das florestas ditou uma redução na expansão da área de eucalipto. A Navigator vira-se para Espanha.

A Navigator está “a olhar para outras fontes de floresta e de madeira fora de Portugal, diferentes das que hoje utiliza”, e admite estabelecer “uma base forte no norte de Espanha, na Galiza”. A revelação foi feita pelo presidente executivo da empresa de pasta de papel na apresentação aos analistas dos resultados do primeiro semestre, avança o Jornal de Negócios (acesso pago).

Diogo da Silveira disse ainda que o grupo, que gere 120 mil hectares de floresta no país, não tenciona ter mais área em Portugal. A aposta é agora Espanha. “Poderemos ter mais em Espanha e menos em Portugal”, disse. E justificou: “Queremos ter mais em Espanha para diversificar e a produtividade lá também é elevada”.

De acordo com a reforma da floresta quem quiser plantar uma nova área de eucalipto, numa zona definida, tem de recuperar e identificar uma área de eucalipto que não esteja com bons níveis de produtividade, arrancar o que lá está e deixar o terreno em condições e para utilização agrícola ou pecuária ou então fazer imediatamente uma nova plantação de uma nova espécie que não seja o eucalipto.

A redução é feita ao longo de cinco anos: no primeiro ano a proporção é de um para 90, sendo regressiva a 50% até se criar uma moratória para que esta redução se faça a partir do momento em que as autarquias incluem no seu PDM os Plano Regionais de Ordenamento Florestal (PROF). Isto exige que os proprietários florestais façam uma avaliação criteriosa do ponto de vista económico do investimento que querem fazer.

Estas afirmações não significam, porém, que a Portucel, como era designada anteriormente a The Navigator Company, vai desistir de Portugal. Diogo da Silveira garantiu que “deter terra em Portugal é importante porque é uma segurança, uma reserva, ajuda a gerir ‘stocks'”, sendo também “relevante por permitir desenvolver boas práticas e transferi-las”.

A Navigator, que tem tecido duras críticas à reforma da floresta e inclusivamente chegou a fazer depender o investimento de 206 milhões de euros em Cacia da não introdução de um travão à expansão do eucalipto, considera que a nova legislação vai ter impacto no mercado da madeira em 12 anos.

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Ganhos ligeiros em Lisboa com resultados do BCP e EDP à vista

Prossegue a temporada de resultados no PSI-20. Hoje é a vez do BCP e da EDP prestarem contas ao mercado. Ambas as cotadas valorizam num arranque de sessão tímido em Lisboa.

Numa semana que está a ser marcada por menor liquidez na bolsa, que tenderá a reduzir ainda mais com a entrada de mais investidores de férias, a bolsa continua a evidenciar oscilações tímidas. Se as perdas não são profundas, os ganhos que Lisboa tem registado também não revelam grande euforia dos investidores. É o que acontece hoje com o PSI-20 a avançar ligeiros 0,1% em linha com a Europa.

O principal índice português avança para os 5.275,10 pontos num arranque de sessão sobretudo alimentado pelos pesos pesados BCP, EDP e EDP Renováveis. No caso do banco e da elétrica liderada por António Mexia o dia é marcado pela apresentação de resultados. As ações ganham para já 0,56% e 0,13%, respetivamente. Para a EDP Renováveis, cujos títulos valorizam 0,15% para 6,79 euros, importa mais a oferta pública de aquisição lançada pela casa-mãe com o preço de 6,75 euros. Esta quinta-feira termina o prazo para a EDP rever o preço da contrapartida, embora já tenha anunciado que não pretende fazê-lo.

“Hoje será um dos dias mais intensos da época de resultados em Portugal”, comentavam os analistas do BPI no seu Diário de Bolsa.

Ainda antes da abertura, a papeleira Navigator apresentou um lucro de 60,5 milhões de euros no trimestre, acima do esperado pelos analistas. As ações da papeleira avançam 1,17% para 3,72 euros. Além disso, para esta quinta-feira está ainda previsto que Altri e REN divulguem os seus resultados trimestrais com perspetivas de resultado líquido de 24 milhões de euros (+26% face ao mesmo período do ano passado) e 39 milhões (+12%).

Ontem foi a Jerónimo Martins a anunciar um lucro de 96 milhões no trimestre. Os analistas do BPI falam em “desvio do lucro face às estimativas” que é explicado por “alguns custos não recorrentes”. As ações da dona do Pingo Doce cedem 1,35% e travam maiores ambições do PSI-20.

Lá por fora, com o contexto da decisão da Reserva Federal norte-americana de manter as taxas de juro e da temporada de earnings season, as atenções vão estar viradas para o euro. A moeda única tem estado em valorização acentuada tendo superado a barreira dos 1,17 dólares esta semana.

Nos mercados acionistas, o Dax-30 alemão cede 0,28%. Mas há ganhos (também ligeiros) em Madrid, Paris, Milão e Londres, onde as bolsas se apresentavam com valorizações que não excediam os 0,5%.

(Notícia atualizada às 8h24)

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Navigator e Altri doam um milhão para ajudar vítimas de Pedrógão Grande

Um milhão de euros é o valor que a Navigator e a Altri decidiram doar, em conjunto, para minimizar as consequências do incêndio em Pedrógão Grande, que matou mais de seis dezenas de pessoas.

Um milhão de euros é quanto a Altri e a Navigator vão doar para apoiar as vítimas do incêndio em Pedrógão Grande, que fez pelo menos 64 mortos e centenas de feridos e desalojados, naquilo que as duas empresas chamam de “plano de recuperação de infraestruturas”.

Num comunicado conjunto, as papeleiras avançam que vão “contribuir com um milhão de euros”, metade para o “fundo especial de apoio às organizações da sociedade civil da região de Pedrógão Grande” e a outra metade para ajudar “na recuperação de encostas, linhas de água e infraestruturas florestais, nas zonas afetadas pelos incêndios, conforme um plano técnico com 12 ações, disponibilizando ainda o apoio especializado das suas equipas”.

“Esta contribuição visa ajudar a minimizar as consequências dos incêndios e da tragédia que afetou os municípios de Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera”, sublinham as companhias.

“Neste momento dramático e de forte comoção nacional, a nossa primeira palavra dirige-se às vítimas do incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande e aos seus familiares, bem como a todos aqueles que, em condições adversas e com risco da própria vida, se empenham no combate ao fogo”, lê-se ainda na nota enviada à comunicação social.

As empresas garantem, por fim, estar a “acompanhar de perto” a situação “desde o primeiro momento”, e a “participar no combate à vaga de incêndios, especialmente violenta, que assolou o território português no passado fim de semana”.

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