Lojas de retalho não alimentar do grupo Sonae fecham às 13h00 nos próximos fins de semana

O administrador financeiro da Sonae diz que as lojas de retalho não alimentar do grupo vão encerrar às 13h00 nos próximos fins de semana, para respeitar "espírito da lei". As demais mantêm horários.

A lojas de retalho alimentar, parafarmácia e de cuidados para animais do grupo Sonae “vão permanecer abertas” nos horários normais nos próximos dois fins de semana. No entanto, a empresa que detém a retalhista Continente decidiu fechar “todos os restantes estabelecimentos físicos de retalho” às 13h00, para respeitar “o espírito da lei”.

A garantia foi dada pelo administrador com o pelouro financeiro, João Dolores, numa conferência telefónica com analistas esta quinta-feira, dia em que a decisão do concorrente Pingo Doce de abrir às 6h30 e fechar às 22h00 causou polémica, com várias autarquias a avançarem unilateralmente com travões às pretensões do grupo Jerónimo Martins. Entretanto o grupo já recuou nessa decisão.

Face ao recolher obrigatório implementado pelo Governo a partir das 13h00 em mais de uma centena de concelhos nos próximos dois fins de semana, como forma de travar a pandemia, o gestor garantiu que “a Sonae irá como sempre respeitar a lei, bem como o espírito da lei”. “Sentimos que é nosso dever, enquanto empresa relevante no mercado de retalho em Portugal, agir de forma responsável e dar um exemplo positivo para auxiliar as autoridades no seu esforço para conter a propagação do vírus”, disse, segundo uma transcrição enviada posteriormente pela empresa ao ECO.

“As nossas lojas de retalho alimentar, parafarmácia e de cuidados para animais vão permanecer abertas para servir os nossos clientes. Não iremos alterar os nossos horários nos próximos fins de semana e estaremos preparados para receber os clientes nas nossas lojas, como habitualmente”, afirmou João Dolores. De seguida, acrescentou que “todos os restantes estabelecimentos físicos de retalho encerrarão às 13h00 durante os próximos dois fins de semana”.

“Iremos naturalmente continuar a servir os nossos clientes através dos nossos canais online, sendo que temos implementado nas nossas marcas várias opções de entrega mais rápida, inclusive no próprio dia, que reforçaremos durante este período”, detalhou.

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Sonae contra regulamento do 5G. É “enorme retrocesso” para o setor

Cláudia Azevedo, presidente executiva da Sonae considera que as regras do 5G definidas pela Anacom "inibem" o investimento e a inovação e são um "enorme retrocesso para a competitividade do setor".

A Sonae, acionista da operadora Nos NOS 0,54% , considera que as regras do leilão do 5G definidas pela Anacom representam um “enorme retrocesso para a competitividade do setor” das telecomunicações. Em comunicado, a presidente executiva, Cláudia Azevedo, alerta mesmo que “inibem o investimento e a inovação, com prejuízo potencialmente irreparável para o país e para os portugueses”.

“Este regulamento baseia-se em pressupostos comprovadamente errados sobre o setor das comunicações em Portugal. Não é verdade que tenhamos preços altos no mercado português. Portugal é um dos países mais concorrenciais e com melhor qualidade e cobertura de serviço na Europa”, aponta a gestora. Na mesma nota, Cláudia Azevedo sublinha que as regras para o leilão do 5G “põem em causa a sustentabilidade do setor a prazo”.

Na quinta-feira da semana passada, a Anacom divulgou o regulamento final do leilão do 5G. O regulador decidiu manter os preços de reserva, mas flexibilizou as condições de pagamento. Foram ainda revistas as condições excecionais para novos entrantes, deixando cair o desconto de 25% que estava previsto mas mantendo a reserva de espetro, permitindo o roaming nacional nas redes das outras operadoras por dez anos e lançando novas obrigações de cobertura, menos apertadas do que as das demais operadoras.

“Sempre atuámos em mercados altamente competitivos em todas as nossas áreas de negócio, concorrendo com operadores de dimensão internacional. E sempre soubemos atuar em mercados regulados, conhecendo o nosso papel e reconhecendo o papel dos reguladores. Mas, em consciência, não podemos deixar de manifestar o nosso total desacordo e preocupação face a um regulamento altamente lesivo para o futuro do próprio país”, sublinha Cláudia Azevedo no mesmo comunicado.

"O regulamento representa um enorme retrocesso para a competitividade do setor. Tratam-se de regras que põem em causa a sustentabilidade do setor a prazo, uma vez que inibem o investimento e a inovação, com prejuízo potencialmente irreparável para o país e para os portugueses”

Cláudia Azevedo

Numa posição mais detalhada, o grupo Sonae critica o que considera ser “um regulamento marcadamente discriminatório entre operadores já presentes no mercado e potenciais entrantes”. “A criação de distorções no mercado, em que uns têm obrigações de investimento muito exigentes, e nunca vistas em nenhum país europeu, e outros não têm qualquer obrigação de investimento relevante, algo também nunca visto em Portugal ou na Europa, produz um enviesamento artificial inaceitável por parte de quem tem um compromisso de longo prazo com o país e com o setor”, sublinha fonte oficial.

A posição do grupo Sonae acontece numa altura em que Meo, Nos e Vodafone estão a seguir diferentes vias para tentarem travar o regulamento do 5G divulgado há uma semana pelo presidente da Anacom, João Cadete de Matos. Uma das ações mais recentes partiu da Vodafone, que interpôs uma providência cautelar com potencial para suspender o leilão. As operadoras são contra as regras menos apertadas no leilão para incentivar a compra de licenças por novas empresas que queiram entrar no mercado do 5G em Portugal.

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Pandemia acelera vendas da Sonae, mas não evita prejuízos

A dona do Continente e Worten viu o volume de negócios acelerar 6% no primeiro semestre do ano. Ainda assim, não evitou prejuízos de 75 milhões de euros.

A dona da cadeia de hipermercados Continente e de lojas Worten viu as vendas acelerarem no primeiro semestre do ano, período marcado pela pandemia. Ainda assim, não conseguiu evitar prejuízos de 75 milhões de euros.

O volume de negócios subiu 6% para 3.136 milhões de euros entre janeiro e junho, com a Sonae a justificar o forte crescimento das vendas com a “rapidez na implementação de fortes medidas operacionais” e “o desempenho sem precedentes das vendas online”. Isto permitiu à holding liderada por Cláudia Azevedo obter “ganhos de quota de mercado na maior parte dos negócios, sendo de destacar o forte contributo da Sonae MC”, que detém o Continente, segundo o comunicado enviado ao mercado.

Gostaria de destacar os desempenhos excecionais da Sonae MC e da Worten, que, num contexto tão desafiante, foram capazes de reforçar as suas posições de liderança no mercado português“, destacou a CEO da Sonae, que detém ainda a Sonae Fashion, a Iberian Sports Retail Group, a Sonae FS, a Sonae IM, a Sonae Sierra e a Nos.

“Globalmente, a Sonae cresceu 5% em termos homólogos no trimestre e o EBITDA subjacente, em termos comparáveis, manteve-se estável face ao ano passado. Este é um desempenho notável, considerando que muitas das nossas operações estiveram encerradas durante várias semanas”, acrescentou.

Apesar do bom desempenho, a primeira metade do ano terminou com prejuízos de 75 milhões para a Sonae, “principalmente influenciado pelo total de contingências contabilísticas (non cash) de 76 milhões no primeiro trimestre e pela redução da avaliação do portefólio da Sonae Sierra no segundo trimestre, ambas diretamente relacionadas com o Covid-19”.

A Sonae realça, porém, que fechou já o segundo trimestre com um lucro de dois milhões de euros.

A holding adianta ainda que reforçou a sua solidez financeira nos últimos meses, com a redução da dívida líquida em 498 milhões de euros (-28,4%) para 1.257 milhões, enquanto beneficia de condições de financiamento caracterizadas por um baixo custo da dívida (1,2%).

Quanto aos investimentos, ascenderam a 113 milhões de euros no primeiro semestre, dos quais 89 milhões realizados pela Sonae MC.

A Sonae sublinha ainda a “gestão ativa do portefólio com reforço de participações”, dando conta de três operações realizadas ao longo deste ano: a criação da Sonae Prime, uma joint-venture líder no setor imobiliário de retalho com APG, Allianz e Elo, a qual inclui os ativos mais icónicos da Sonae Sierra; a aquisição da totalidade da marca de roupa Salsa; e ainda o reforço na operadora Nos, após ter desfeito a parceria com Isabel dos Santos na Zopt.

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Clã Azevedo foi às compras e já gastou 200 milhões em plena pandemia

Os negócios sucedem-se em plena pandemia: a família Azevedo, dona da Sonae, já investiu mais de 200 milhões de euros em compras nos últimos meses: Salsa, Sonae Indústria, Sonae Capital e Nos.

Cláudia Azevedo e Paulo Azevedo.

Se a pandemia tem feito mossa na economia e em muitas empresas, os negócios da família Azevedo vão no sentido oposto e não têm parado de crescer com novas aquisições em 2020. Ora por questão de estratégia, ora por necessidade da circunstância (como foi o caso mais recente da Nos), os investimentos no universo Sonae superam já os 200 milhões de euros desde o início do ano.

O valor é já considerável tendo em conta a realidade portuguesa e ainda mais dado o período de grande incerteza causado pelo vírus, que poderia aconselhar maior cautela em novos investimentos. Mas a família Azevedo, cujo ativo de referência é a Sonae, tem contrariado a tendência do mercado este ano.

A Sonae, holding que detém a cadeia de hipermercados Continente, anunciou esta quarta-feira o maior investimento até agora: adquiriu uma participação de 7,38% na operadora Nos NOS 0,54% que estava nas mãos do BPI. Não foram revelados valores da operação, mas tendo em conta o preço de fecho das ações da telecom, o negócio terá sido feito por um valor a rondar os 137 milhões de euros.

O reforço na Nos surge depois de a Sonae, que passa a deter 33,45% da operadora portuguesa, ter anunciado o fim da parceria com Isabel dos Santos na Zopt. Era este veículo garantia à Sonae uma posição de controlo na telecom portuguesa. Porém, mesmo desfeita a união com a empresária angolana, a Sonae vai manter-se em situação de domínio após ter comprado os tais 7,38% ao BPI, passando a deter 33,45% da Nos.

Duas OPA de uma cajadada só

Antes disso, no último dia de julho, a Efanor, a holding familiar dos Azevedo que controla 25,9% da Sonae, “bisou” na bolsa ao lançar duas ofertas públicas de aquisição (OPA) em simultâneo: uma sobre a Sonae Capital (que reúne interesses em várias áreas, desde o turismo, fitness, imobiliário) e outra sobre a Sonae Indústria (empresa industrial do setor dos derivados de madeira).

Para concretizar as duas operações, o esforço financeiro da Efanor deverá situar-se à volta dos 81,2 milhões de euros: 65 milhões de euros na aquisição de 37,2% do capital da Sonae Capital e outros 16,2 milhões de euros na compra das ações que não detém na Sonae Indústria.

Tendo sucesso, tanto a Sonae Indústria como a Sonae Capital deixarão de estar cotadas na bolsa de Lisboa, sendo que esta última está incluída no principal índice nacional, o PSI-20.

Negócios com pitada de Salsa

Ainda antes das ofertas sobre as Sonae Indústria e Capital, em abril, em pleno confinamento, a Sonae decidiu juntar mais “Salsa” aos seus negócios: passou a controlar 100% da marca de vestuário, depois de ter adquirido os 50% à Wonder Investments. Não foram conhecidos valores do negócio.

Na altura, a Sonae destacou a marca de “renome internacional” que é a Salsa, como confirmam os seus números: os seus produtos podem ser encontrados em mais de 35 países e mais de 60% do seu volume de negócios tem origem em mercados internacionais”.

Do ponto de vista operacional e de desempenho financeiro, a Salsa registou vendas de mais de 200 milhões de euros em 2019, tendo obtido “níveis assinaláveis de rentabilidade e de geração de cash flow“, segundo sublinhou ainda a Sonae.

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Salários na gestão da Sonae sobem 10%. Líder Cláudia Azevedo ganha 812 mil euros

Dona do Continente viu os gastos com remunerações aos administradores aumentar em ano de transição de poder. Cláudia Azevedo, a nova CEO, recebeu pouco mais de 812 mil euros.

Em ano de transição de equipas, a Sonae viu os encargos com remunerações na comissão executiva subirem 9,3% em 2019, com a nova líder Cláudia Azevedo a auferir mais de 812 mil euros.

Paulo Azevedo saiu do cargo de presidente executivo da holding que detém a cadeia de hipermercados Continente depois de Cláudia Azevedo ter sido eleita em assembleia geral de acionistas para substituir o irmão a partir do dia 8 de maio do ano passado.

De acordo com o relatório de governo das sociedades, a Sonae gastou 1,5 milhões de euros em salários e outras remunerações variáveis com a comissão executiva no ano passado. Cláudia Azevedo recebeu 715,6 mil euros como CEO — aos quais se juntam ainda 96 mil euros por exercer funções noutra empresa do grupo. Total: 812 mil euros.

Entretanto, já em março deste ano, Cláudia Azevedo recebeu 186 mil euros do prémio de desempenho de relativo a 2016 — tem previsto receber até 2022 cerca de 526 mil euros em prémios por desempenho em anos anteriores.

O irmão Paulo Azevedo recebeu 208,8 mil euros como CEO, função que exerceu durante cerca de quatro meses. Recebeu ainda 214 mil euros como chairman, um cargo que passou a desempenhar depois disso, e mais 193 mil euros do prémio de desempenho relativo a 2015 (e pago em março de 2019). Total: cerca de 615 mil euros.

Relativamente aos prémios de desempenho por prestações em anos anteriores, Paulo Azevedo recebeu já 213 mil euros em março deste ano, de um total de 595 que irá receber até 2022.

As remunerações no conselho de administração da Sonae ascenderam a 644 mil euros.

A Sonae realiza a assembleia geral de acionistas no dia 30 de abril. Registou um lucro de 165 milhões de euros no ano passado, menos 20% do que em 2018, e vai propor o pagamento de um dividendo de 4,63 cêntimos por ação, um aumento de 5% face aos 4,41 cêntimos distribuídos no ano passado.

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Sonae “preocupada” com impacto do caso Luanda Leaks na Nos

Holding liderada por Cláudia Azevedo garante que os órgãos internos da Nos estão a avaliar impacto do caso Luanda Leaks "de forma rigorosa e com sentido de urgência".

A Sonae está preocupada com o impacto do caso Luanda Leaks na Nos NOS 0,54% , nomeadamente com as notícias que associam administradores não executivos da telecom portuguesa onde é acionista aos esquemas financeiras de Isabel dos Santos em Portugal. A holding adianta que já foi garantido que os órgãos internos da Nos “estão a avaliar a situação de forma rigorosa e com sentido de urgência”.

Dois nomes da administração da Nos saltaram para as notícias nos últimos dois dias, incluindo o nome do chairman Jorge Brito Pereira, de quem se diz que controlava a offshore de Isabel dos Santos no Dubai para onde foram transferidos mais de 100 milhões de euros em fundos públicos de contas da Sonangol. Jorge Brito Pereira, advogado de longa data da empresária angolana, já veio dizer que nunca controlou a sociedade em questão, a Matter Business Solutions.

Face a estes desenvolvimentos em torno do Luanda Leaks, a Sonae emitiu um comunicado ao início da noite desta segunda-feira para dizer que “está a acompanhar a situação com atenção e preocupação, sobretudo dadas as alusões feitas a vários membros não executivos do conselho de administração da sua participada Nos“.

Com a garantia de que o assunto está a ser tratado internamente na operadora, a Sonae lembra, ainda assim, que a “Nos sempre se pautou por regras de governo societário exigentes, que vêm sendo estritamente cumpridas e continuarão a sê-lo”.

Além do nome de Jorge Brito Pereira, as notícias também apontam a administradora não executiva Paula Oliveira, amiga próxima da empresária angolana, como a responsável pela Matter.

Em comunicado, a Sonae reitera a confiança na comissão executiva, que é liderada por Miguel Almeida. E adianta que “tudo fará para garantir que a empresa tem a estabilidade necessária para continuar a servir os seus diversos stakeholders e gerar valor para a economia portuguesa”.

A Nos tem como acionista maioritário a Zopt, que controla 52,15% do capital da telecom nacional. A Zopt é detida pela Sonae (através da Sonaecom) e Isabel dos Santos (através da Kento e da Unitel).

(Notícia atualizada às 21h29)

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BPI aposta na EDP, Jerónimo Martins e Navigator em 2020

Analistas do CaixaBank/BPI mantêm EDP, Jerónimo Martins e Navigator na lista das favoritas para o próximo ano, com potencial de valorização até 40%. Nos salta fora das preferidas nacionais.

O CaixaBank/BPI mantém as ações da EDP, Jerónimo Martins e Navigator na lista das favoritas para o próximo ano, apontando para potenciais de valorização que podem chegar aos 40%. Em sentido contrário, a Nos salta fora das preferidas na bolsa de Lisboa. Mas há mais oportunidades na praça nacional.

O banco publicou esta semana o Iberian Book, onde lança as suas “previsões” para os mercados português e espanhol em 2020. No PSI-20, onde se esperam valorizações atrativas em grande parte das cotadas, há um trio que continua a despertar a atenção dos analistas do CaixaBank/BPI.

A EDP é uma delas. “A estratégia sólida traz crescimento acelerado através da rotação de ativos no valor de quatro mil milhões e da venda de ativos no valor de dois mil milhões, permitindo um plano de investimento (capex) de 12 mil milhões até 2022 sobretudo focado nas energias renováveis”, explicam os analistas do banco. Atribuem ao título um preço alvo de 4,50 euros, antecipando um potencial de valorização de 21% para a elétrica portuguesa.

Recomendam “comprar” EDP com base nos “catalisadores potenciais de fusões e aquisições, crescimento atrativo, dividendo superior, múltiplos poucos exigentes e fundamentais em alta”, reforça o banco.

Em relação à Jerónimo Martins, o preço alvo de 18,65 euros traz consigo um potencial de subida de 25%, com os analistas a darem “like” às operações da retalhista na Polónia e na Colômbia. “A operação polaca continua a ter um melhor desempenho em relação a um mercado que deverá manter os padrões de crescimento em 2020. Colômbia é um importante driver em 2020-2021”, frisa o CaixBank/BPI. Recomendação: “comprar”.

Sobre a Navigator, a subida dos preços do papel faz augurar um bom ano para a papeleira que será liderada por António Redondo. “A companhia enfrenta perspetivas de resultados mais favoráveis, oferecendo uma sólida geração de cash flow e um dividendo sustentável”, com a taxa da dividend yield a rondar os 8%, assinala o banco. Dá aos papéis da Navigator um preço alvo de 5,10 euros, o que confere um potencial de ganhos de 40%.

Semapa a valorizar 80%, Sonae quase 60%

A Nos deixa de figurar na chamada “core list” do CaixaBank/BPI, devido à concorrência no mercado das telecoms em Portugal. Ainda assim, a operadora liderada por Miguel Almeida mantém a recomendação “compra”, apresentando um potencial de 26%.

No geral, os analistas deixam perspetivas positivas para aquilo que será o desempenho das cotadas portuguesas no ano que vem. As avaliações para as 14 cotadas da bolsa de Lisboa apresentam em média um potencial de crescimento de 32%, com 11 delas a terem uma recomendação de “comprar”.

Fora das preferidas do banco há avaliações com maior potencial. A Semapa (que detém a favorita Navigator e ainda o negócio da cimenteira Secil) tem um preço alvo de 25,10 euros e um potencial de subida de 78%. Poderá ser a estrela da bolsa portuguesa no próximo ano, à boleia da subida dos preços do papel e da retoma no cimento.

Logo atrás surge a Sonae. Os analistas dizem que a dona da cadeia de hiper e supermercados Continente está “barata”. Vêm a ação a cotar nos 1,45 euros, perspetivando-se uma subida de 56%.

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Vendas da Sonae sobem 10%. Sem extraordinários, lucros caem

A Sonae lucrou 88 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano. houve uma quebra face ao período homólogo explicada pela ausência de extraordinários.

A Sonae lucrou menos nos primeiros nove meses deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Os resultados líquidos caíram para 88 milhões de euros, sendo esta evolução explicada pela ausência de efeitos extraordinários da mesma dimensão do que os registados em 2018. Em termos operacionais, o desempenho foi positivo, com as vendas a apresentarem um crescimento de mais de 10%.

“Nos primeiros nove meses deste ano, o resultado líquido total da Sonae ascendeu a 131 milhões de euros, sendo a parte atribuível aos acionistas de 88 milhões de euros“, refere a empresa. Este valor “pressupõe um crescimento expressivo, se excluídos os itens não recorrentes”, nota a empresa liderada por Cláudia Azevedo. No período homólogo, os lucros ascenderam a 105 milhões. Ou seja, houve uma quebra de 16%.

A “Sonae registou no terceiro trimestre deste ano mais-valias relativas à transação da WeDo e a operações de sale & leaseback, contribuindo para o registo positivo de 4 milhões de euros, face a um comparável de 33 milhões nos nove meses de 2018″, valor influenciado pela “mais-valia decorrente da venda de uma participação na Outsystems no segundo trimestre.”

Se os resultados líquidos apresentam uma quebra na comparação com o ano passado, os operacionais registaram uma evolução expressiva. Houve um crescimento de 41,2% do EBITDA no terceiro trimestre, para 206 milhões, e de 20,9% nos nove meses, para 485 milhões de euros, enquanto as receitas aumentaram mais de 10%.

O volume de negócios da Sonae cresceu 8,8% para 1.674 milhões de euros no terceiro trimestre, contribuindo para que nos primeiros nove meses de 2019 o volume de negócios da Sonae tenha atingido 4.635 milhões (+10,2% face ao ano passado), beneficiando principalmente do desempenho da Sonae MC, da Sonae IM e da consolidação das vendas estatutárias da Sonae Sierra”.

"À medida que o final do ano se aproxima, continuaremos todos focados em executar as estratégias definidas para cada negócio, fazendo de 2019 um ano de sucesso para a Sonae e para todos os nossos stakeholders.”

Cláudia Azevedo

CEO da Sonae

A “Sonae manteve um forte desempenho operacional no terceiro trimestre, consolidando assim os resultados positivos atingidos no primeiro semestre do ano”, salientou Cláudia Azevedo, em comunicado enviado à CMVM. O “balanço da Sonae continua sólido com a dívida líquida a diminuir 20 milhões em termos homólogos, 113 milhões numa base comparável, outra clara demonstração da capacidade de geração de cash flow dos nossos ativos subjacentes”, acrescentou.

“À medida que o final do ano se aproxima, continuaremos todos focados em executar as estratégias definidas para cada negócio, fazendo de 2019 um ano de sucesso para a Sonae e para todos os nossos stakeholders”, rematou a CEO da Sonae.

(Notícia atualizada às 19h10 com mais informação)

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Sonae vai investir até 725 milhões no retalho alimentar. Quer abrir 50 a 70 lojas de proximidade

A empresa liderada por Cláudia Azevedo vai continuar a apostar forte no negócio do retalho alimentar. Tem ambição de abrir até 70 lojas de proximidade.

A Sonae vai investir milhões de euros no negócio do retalho alimentar, apostando fortemente no conceito de proximidade nos próximos anos. Pretende investir 725 milhões de euros até 2021, sendo que a maior parte do dinheiro será gasto na otimização dos espaços atuais. Mas tem até 280 milhões para novas unidades do Continente Bom Dia e do Continente Modelo.

De acordo com o plano estratégico apresentado esta sexta-feira aos investidores através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), nos próximos anos a empresa liderada por Cláudia Azevedo conta conseguir abrir entre 50 a 60 unidades do Continente Bom Dia e outras 4 a 8 do Continente Modelo.

A expansão do negócio do retalho alimentar, assente em lojas de menor dimensão que o Continente, logo posicionadas junto de maiores aglomerados populacionais, representará um investimento entre 260 e os 280 milhões de euros. A esta soma, a gastar entre este ano e 2021, a Sonae juntará mais cerca de 445 milhões na otimização das restantes unidades.

Este esforço de investimento acontecerá num contexto de estabilização dos resultados operacionais, com a Sonae a assumir uma margem de EBITDA “estável” até 2021. O rácio de endividamento face ao EBITDA, deverá ficar, antecipa a empresa, abaixo das 3,5 vezes.

No ano passado, a Sonae registou um rácio de 1,9 vezes, mas antes na nova norma contabilística IFRS 16. Contando já com esta norma, o rácio estava nas 3,8 vezes no final da primeira metade deste ano.

(Notícia em atualização)

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Sonae responde a Sócrates. Empresa diz que “nunca pressionou nem tentou obter tratamentos especiais”

  • Lusa
  • 5 Julho 2019

Fonte da Sonae diz que acusações de José Sócrates não são novidade. Empresa diz que sempre exigiu ser tratada com equidade, rejeitando que tenha pressionado ou tentado obter tratamento especial.

A Sonae “nunca pressionou, nem tentou obter tratamentos especiais”, disse à Lusa fonte oficial, depois de o ex-primeiro-ministro José Sócrates ter acusado o presidente do grupo de pressão no caso da OPA lançada sobre a PT.

“Estas não são acusações novas e, como é óbvio, a Sonae nunca pressionou nem tentou obter tratamentos especiais, exige sim ser tratada com lisura e equidade”, afirmou fonte oficial do grupo liderado por Cláudia Azevedo (irmã de Paulo Azevedo) desde final de abril.

O ex-primeiro-ministro socialista José Sócrates disse, em resposta escrita à comissão de inquérito à CGD, que o seu governo manteve neutralidade na OPA da Sonae à PT e a única pressão veio do então presidente da Sonae, Paulo Azevedo.

“Os argumentos que a empresa esgrimiu em defesa do seu plano aconteceram no âmbito do processo organizado pelo próprio governo, que pretendia comparar os benefícios dos dois projetos, tendo sido expressamente convocada para este efeito”, prosseguiu fonte oficial da Sonae, que considerou que “os argumentos que utilizou neste processo foram exatamente os mesmos que utilizou publicamente“.

Na resposta à comissão de inquérito à recapitalização e gestão da CGD, José Sócrates afirmou: “Posso e devo dizer que o único concorrente que efetuou abertamente essa pressão foi a Sonae. Dias antes da assembleia-geral o presidente do Conselho de Administração da Sonae, Dr. Paulo Azevedo, telefonou-me pedindo expressamente a intervenção do governo para que a Caixa Geral de Depósitos [CGD] votasse a favor da Sonae. Reafirmei, nesse telefonema, a nossa posição de neutralidade”.

Sócrates diz que nunca falou com o ex-presidente do Banco Espírito Santo (BES), Ricardo Salgado, sobre a Oferta Pública de Aquisição (OPA) da Sonae, nem recebeu dele “nenhum pedido ou pressão sobre este assunto nem direta, nem indiretamente”, assim como não recebeu “qualquer quantia monetária ou outro qualquer bem” do grupo BES, da empresa Lena ou de qualquer outra empresa.

O ex-governante diz que a posição do seu governo sempre foi de que “deveria ser o mercado a decidir”, e isso mesmo ficou explícito na assembleia-geral em que o Estado se absteve.

Sobre o voto da CGD, que também era acionista da PT, diz Sócrates que “o governo não deu qualquer orientação à Caixa Geral de Depósitos nem a nenhum dos seus administradores” e que o banco público votou apenas tendo em conta o seu interesse.

Sócrates afirma mesmo que a relação do seu governo com a PT “foi sempre conflituante”, porque o executivo queria aumentar a concorrência no setor das telecomunicações, enquanto a PT queria manter o seu poder no setor.

A OPA da Sonae sobre a PT foi lançada em 2006 e terminou em 2007, sem sucesso.

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A hora de Cláudia. Uma transição que a Sonae prepara há dois anos

Doze anos depois de Paulo suceder a Belmiro, chegou a hora de Cláudia suceder a Paulo. O grupo prepara a transição há dois anos e nova CEO esteve seis meses liberta de funções a preparar novo cargo.

Os acionistas da Sonae SGPS elegem esta terça-feira o novo conselho de administração do grupo, momento que marcará a segunda transição de liderança em 12 anos. Em 2007, Paulo sucedeu a Belmiro. Em 2019, Cláudia sucede a Paulo. E a transição que agora se concretiza, apesar de aprovada apenas em julho do ano passado, foi sendo preparada ao longo dos últimos dois anos, num esforço que movimentou quase todos os conselhos de administração das empresas do grupo.

Não sendo alheios a transições na liderança executiva, o grupo apostou num longo processo de preparação de Cláudia Azevedo, mas também do próprio grupo e das suas dezenas de ramificações. “Os últimos dois anos também foram intensos no desenvolvimento e planeamento da sucessão na gestão em todos os níveis, incluindo a minha substituição e a do Ângelo Paupério nas nossas funções executivas”, explica Paulo Azevedo.

Neste processo preparatório, também foi dada toda a margem a Cláudia Azevedo para se preparar para a liderança, com a Sonae a movimentar-se para dar meio ano de ‘folga’ à gestora das funções que exercia, ‘folga’ que lhe permitiu dedicar toda a atenção nas responsabilidades que assume a partir de agora.

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“O esforço desenvolvido pelo Ângelo e por mim na preparação da sucessão, juntamente com o esforço do Conselho de Administração na elaboração da recomendação para a nova CEO e para a composição do Conselho, foi minucioso e oportuno, permitindo um período de 6 meses para a transição com a Cláudia Azevedo, liberta das suas funções anteriores e preparando-se para a sua nova função“, revela o co-CEO da Sonae, na mensagem deixada a “colegas, acionistas e parceiros”, no relatório e contas relativo ao exercício de 2018.

Tendo herdado o cargo de CEO da Sonae em 2007 e partilhando-o com Ângelo Paupério, Paulo Azevedo conhece como ninguém a transição por que Cláudia Azevedo passará agora. Talvez por isso os cuidados na preparação da nova transição. E talvez por isso aquele que será a partir de agora “apenas” Chairman da Sonae assegura que fará “o melhor possível para criar as condições necessárias para que Cláudia e as equipas executivas tenham sucesso na sua difícil tarefa de atender aos exigentes objetivos de valor económico e social que sempre impusemos a nós mesmos”.

Porque Paulo sabe o que se vai exigir de Cláudia: que concretize objetivos que “exigem um elevado grau de conhecimento e empenho do Conselho e dos acionistas e uma forte parceria sustentada por um elevado nível de confiança na administração”. E nestes objetivos estão números, crescimento e levar o grupo a enveredar por novos caminhos, longe de óbvios.

O que aí vem

“Estas coisas das mudanças de liderança fazem-se porque faz sentido e porque esperamos que as novas lideranças façam mais e melhor”, explicou Paulo Azevedo, já na última apresentação de resultados em que deu a cara como Co-CEO da Sonae.

Tal como nos anos em que liderou a Sonae, Paulo Azevedo não estava sozinho a apresentar as contas. A seu lado tinha Ângelo Paupério, que partilhou a cadeira de CEO da Sonae com o filho de Belmiro de Azevedo. E se Paulo deixou o desejo de ver a Sonae a fazer mais e melhor, Ângelo explicou porquê: “Estamos muito bem preparados para continuar o nosso caminho, sentimos que os nossos negócios têm equipas preparadas para prosseguir este caminho, o balanço é forte e a capacidade do grupo para os apoiar é grande”.

Por tudo isto, sublinhou esperar “um futuro, liderado por Cláudia Azevedo, cheio de sucesso”.

Mas a nova CEO da Sonae não herda só uma empresa em posição de crescer, mas também uma empresa que precisa de crescer. O grupo tem hoje um portfolio alargado, é certo, mas também demasiado concentrado, pois apesar das dezenas de ramificações — retalho alimentar, saúde e bem-estar, desporto, eletrónica, imobiliário, serviços financeiros, centros comerciais, telecomunicações ou tecnologias emergentes –, as contas da empresa continuam a depender em dois terços da Sonae MC.

Ponderar, decidir e executar a estratégia para aumentar o peso dos negócios não-alimentar, melhorando a rentabilidade dos mesmos, será assim um dos grandes desafios que a nova CEO enfrentará neste seu primeiro mandato à frente da Sonae. O outro grande desafio reside no core da Sonae, ou seja, o ramo alimentar: por um lado, o segmento vai enfrentar concorrência reforçada com a entrada da Mercadona em Portugal, e, por outro, a Sonae não concretizou o objetivo de dispersar parte do capital da Sonae MC. O que fazer? Como? E quando? São perguntas a que caberá agora a Cláudia responder.

As outras mudanças

A subida de Cláudia Azevedo a CEO da Sonae não é a única alteração no grupo que hoje se concretiza. Ângelo Paupério e Carlos Moreira da Silva vão transitar para a administração da Efanor, sendo a primeira vez que nomes fora da família Azevedo assumem lugar na administração da holding pessoal da família.

E além de Cláudia Azevedo a CEO e Paulo Azevedo a Chairman, a gestão da Sonae será agora composta por nomes como José Neves Adelino, Marcelo Faria de Lima e Margaret Lorraine Trainer, que já marcam presença no conselho. Já Fuencisla Clemares, ex-responsável ibérica da Google, é um dos novos nomes a entrar na administração, bem como o de Philippe Cyriel Elodie Haspeslagh.

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Sonae capta 50 milhões no mercado. Procura mais 100 milhões

  • ECO
  • 10 Abril 2019

A "holding" concretizou com sucesso a emissão de um empréstimo obrigacionista no montante de 50 milhões de euros. Emissão garante necessidades deste ano.

A Sonae foi ao mercado. Realizou com sucesso a emissão de um empréstimo obrigacionista no montante de 50 milhões de euros, por subscrição particular e sem garantias, pelo prazo final de 7 anos. Esta operação garante as necessidades deste ano, mas a “holding” quer assegurar as necessidades de financiamento até ao final de 2020. Para isso, precisa de mais 100 milhões.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliário (CMVM), a empresa que vai passar a ser liderada por Cláudia Azevedo a partir de dia 30, revela que fez a operação, mas nunca é referida a taxa de juro a que se financiou neste montante que lhe “permite estar totalmente financiada para o corrente exercício”.

Adicionalmente, acrescenta que está “em processo de formalização de novos empréstimos no montante aproximado de 100 milhões de euros, que permitirão assegurar todas as necessidades de financiamento atualmente existentes até final de 2020 e manter um perfil de maturidade da dívida confortável”.

“Com estas operações, a Sonae também aumenta a diversificação dos bancos de relacionamento e obtém condições de financiamento mais favoráveis, reduzindo o custo médio de dívida com vista à prossecução dos seus objetivos estratégicos, nas melhores condições”.

“Em 2018, o custo médio das linhas de crédito utilizadas pelo grupo Sonae (excluindo a Sonae Sierra) apresentou um nível baixo, próximo de 1%, fruto da forte qualidade do grupo e da sua solidez financeira”, nota a empresa, em comunicado. A dívida da Sonae encolheu em 223 milhões no ano passado, numa base comparável, num ano em que os lucros ascenderam a 222 milhões.

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