Bitcoin continua imparável. Já vale mais de 2.100 dólares

Novo recorde para a bitcoin. Moeda digital já vale mais de 2.100 dólares, depois de valorização de mais de 100 dólares da noite para o dia.

A bitcoin continua imparável. A moeda digital tem batido recordes todos os dias e esta segunda-feira não é exceção: superou pela primeira vez a fasquia dos 2.100 dólares.

Na plataforma BitStamp, uma das mais populares para comprar e vender criptomoedas, a bitcoin atingiu um novo máximo histórico nos 2.134,86 dólares, seguindo a negociar perto dos 2.120 dólares. De um dia para o outro, a divisa valorizou mais de 100 dólares, o que aumenta para 37,5 mil milhões de dólares o total de bitcoin em circulação.

Esta subida surge depois das notícias de que a Ledger Holdings, uma empresa parente da plataforma de opções sobre bitcoin LedgerX, ter anunciado um novo financiamento de 11,4 milhões de dólares, numa altura em que aguarda por uma autorização do regulador norte-americano, a Commodity Futures Trading Comission, para criar a primeira bolsa e câmara de compensação para a moeda digital nos EUA.

Bitcoin continua imparável

Fonte: Bloomberg (valores em dólares)

Com o recuo do dólar, perante as polémicas que o Presidente norte-americano tem colecionado nas últimas semanas, a bitcoin tem ganho mais força a cada dia que passa. E até os hackers que têm promovido ataques de ransomware em todo o mundo já têm pedido resgates nesta moeda digital que escapa ao controlo dos países.

Por outro lado, o apetite dos investidores pela bitcoin tem aumentado perante o crescente interesse pela tecnologia blockchain que está por detrás das moedas digitais.

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‘Banco mau’ do Estado angolano vai comprar crédito malparado à banca

  • Lusa
  • 22 Maio 2017

Inicialmente, a Recredit, a nova empresa pública angolana, uma espécie de 'banco mau', vai centrar-se na aquisição do crédito malparado na banca pública. Mas o Governo admite alargar aos privados.

A nova empresa pública angolana Recredit, uma espécie de ‘banco mau’ para concentrar ativos de cobrança duvidosa, vai começar a assumir o crédito malparado da banca pública, mas o Governo admite alargar a operação também às instituições privadas.

De acordo com o ministro angolano das Finanças, Archer Mangueira, citado esta segunda-feira numa informação daquele ministério, a Recredit “vem coadjuvar a banca nacional no domínio do crédito concedido, libertando-a de processos paralisados“, os quais a limitam no “cumprir uma das suas principais missões, a de conceder crédito à economia”.

Inicialmente, a Recredit “vai centrar-se na aquisição do crédito malparado na banca pública”, refere o Ministério das Finanças, que admite a hipótese de “adquirir créditos problemáticos em toda a banca que desenvolva atividades no território nacional, desde que relacionados com processos direcionados à economia angolana”.

A sociedade anónima de capitais públicos Recredit foi criada em 2016 e é participada a 100% pelo Ministério das Finanças, com o objetivo de absorver o crédito malparado do estatal Banco de Poupança e Crédito (BPC), um dos maiores do país, mas a missão foi alargada por decisão do Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, em dezembro último, a toda a banca nacional.

Antes, em setembro, o Presidente e chefe do Governo angolano autorizou a emissão de Obrigações do Tesouro em Moeda Nacional no valor máximo de 231,127 mil milhões de kwanzas (1.250 milhões de euros), mas “com o objetivo exclusivo de serem utilizadas como contrapartida no processo de cedência de ativos do BPC”.

Para o ministro das Finanças angolano, que na sexta-feira apresentou a nova sociedade que vai gerir estes créditos aos responsáveis da banca que opera no país, trata-se de uma “pioneira” na resolução dos problemas financeiros envolvendo os bancos, admitindo que poucos países seguiram até agora este caminho.

“Pretendemos que esta empresa, detida pelo Estado, se transforme num veículo saudável e regenerador da nossa estrutura económica. Temos confiança em que os seus órgãos sociais e os seus quadros saberão percorrer com eficiência este caminho”, enfatizou o governante.

"Pretendemos que esta empresa, detida pelo Estado, se transforme num veículo saudável e regenerador da nossa estrutura económica. Temos confiança em que os seus órgãos sociais e os seus quadros saberão percorrer com eficiência este caminho.”

Archer Mangueira

Ministro angolano das Finanças

O crédito vencido na banca angolana atingiu em 2015 os 355,6 mil milhões de kwanzas (quase 2.000 milhões de euros), de acordo com um relatório da consultora Deloitte apresentado em novembro último, em Luanda.

O valor do crédito vencido, 13% do crédito líquido concedido, que em 2015 cresceu 6%, face ao ano anterior, para 2,736 biliões de kwanzas (14,8 mil milhões de euros), consta da 11.ª edição da publicação Banca em Análise, no qual a Deloitte analisa os resultados dos relatórios e contas apresentados publicamente pelos bancos que operam em Angola.

O estudo refere que a “constituição anual de provisões para o crédito dos bancos aumentou 107%” em 2015, ano em que, por sua vez, o volume de ativos agregado das instituições atingiu os 7,512 biliões de kwanzas (40,7 mil milhões de euros).

O responsável da Deloitte para o setor de Serviços Financeiros em Angola, José Barata, admitiu, durante a apresentação destes resultados, uma “deterioração da carteira de crédito” da banca angolana, que teve de fazer o dobro das provisões, face a 2014.

“Isso reflete uma necessidade de registar resultados negativos para fazer face a perdas na carteira”, enfatizou José Barata, admitindo que o crédito malparado “continua elevado” junto da banca angolana.

Angola vive desde 2014 uma profunda crise financeira e económica decorrente da quebra nas receitas petrolíferas, dificuldades afetam igualmente o setor bancário nacional.

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Revista de Imprensa Internacional

  • ECO
  • 22 Maio 2017

A política faz os cabeçalhos da imprensa internacional. Há agitação na esquerda espanhola e nas negociações do Brexit. Há mais um discurso de Trump e no Brasil procura-se a calma no Parlamento.

A política internacional acordou exaltada esta semana. Em Espanha, a esquerda ganha terreno com os resultados das primárias do PSOE. A União Europeia debruça-se sobre o ex-aliado e discutem-se as condições do divórcio com o Reino Unido. Já do outro lado do oceano, o Parlamento brasileiro procura não andar à deriva e manter a normalidade apesar do escândalo que envolve Temer. Trump volta a gerar polémica num discurso contraditório de ataque ao Irão. A ética discute-se também nas redes sociais após a revelação das regras que guiam os conteúdos mais polémicos Facebook.

Valor Econômico

Líder do Governo na Câmara diz que Congresso deve manter os trabalhos

Aguinaldo Ribeiro, deputado e líder do Governo da Câmara, foi escolhido como porta-voz da reunião organizada este domingo por Michel Temer. A “grande resposta” que o Parlamento quer dar ao país é continuar as atividades legislativas com “normalidade”. Na reunião os líderes partidários terão reafirmado o apoio a Temer, que por sua vez reforçou a indignação com as acusações de que é alvo e declarou o propósito de “defender o país” e recuperar a economia. Estiveram presentes 28 parlamentares e 18 ministros entre os quais o Presidente da Câmara Rodrigo Maia e o Presidente do Senado, Eunício Oliveira. Leia a notícia completa no Valor Econômico. [Acesso gratuito / Conteúdo em português]

Bloomberg

Reino Unido ameaça desistir das negociações do Brexit. UE discute a posição

O Reino Unido não concorda com os 100 mil milhões de euros que a UE pode vir a exigir pelo “divórcio” e ameaça desistir das conversações se o bloco insistir neste caminho. Esta segunda-feira, os ministros da União Europeia vão reunir-se para repensar a sua posição. Mesmo mil milhões seria “muito dinheiro” defende David Davis, o secretário britânico para o Brexit. Theresa May defende que “pagamentos passados” devem ser tidos em conta, referindo-se a antigos projetos com a UE e ao Banco Europeu de Investimento. Leia a notícia completa no site da Bloomberg. [Acesso gratuito / conteúdo em Inglês]

Expansión

Sánchez arrasa e terá o caminho livre para erguer o PSOE

Pedro Sánchez demarca-se nas primárias do partido PSOE com 50,2% dos votos. Segue-se Susana Díaz com 40% e Patxi López distancia-se com 9,8%. A participação subiu dos 66% das últimas primárias para 80%. A promessa do “candidato dos militantes” é a de “reconstruir a unidade” dentro do partido. Em cima da mesa está também uma coligação com o Podemos e a constituição de uma aliança entre os partidos de esquerda que derrube a direita espanhola. Mariano Rajoy vê assim mais longe a possibilidade de se associar ao PSOE numa Grande Coligação. Leia a notícia completa no site do Expansión. [Acesso Gratuito / conteúdo em Espanhol]

Financial Times

Trump ataca Irão em discurso que opõe “o bem e o mal”

“Uma batalha entre o bem e o mal” é como Trump se refere ao terrorismo. Culpa o Irão de financiar, dar armamento e treinar milícias e assim “espalhar a destruição e o caos”. O discurso vem contrariar a vontade de abertura à relação com nações estrangeiras que a população iraniana demonstrou com a reeleição do Presidente Hassan Rouhani, precisamente no dia anterior. A ausência da menção aos direitos humanos foi notada. Leia a notícia completa no Financial Times. [Acesso condicionado / conteúdo em inglês]

The Guardian

Revelado livro de regras do Facebook para sexo, terrorismo e violência

As normas do Facebook em matérias como o terrorismo, violência e sexo foram reveladas. O volume de normas parece incomportável tendo em conta a velocidade de decisão que é necessária. Moderadores mostram ainda receio em relação a contradições. A publicação de vídeos de mortes violentas é permitida, por exemplo, de forma a “sensibilizar para as doenças mentais”. As regras parecem ainda deixar margem para a publicação de conteúdo de auto-mutilação. Leia a notícia completa no The Guardian. [Acesso gratuito / conteúdo em inglês]

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Portugal sai do PDE, juros renovam mínimos desde outubro

Juros da dívida nacional cedem pela quinta sessão consecutiva, depois de a Comissão Europeia ter anunciado a saída de Portugal do Procedimento por Défice Excessivo.

É oficial. Portugal saiu do Procedimento de Défice Excessivo, anunciou há momentos a Comissão Europeia, numa decisão que beneficia a imagem do país junto dos mercados. Para já, o comportamento dos juros reflete esta boa nova para o país: as taxas continuam em queda pela quinta sessão consecutiva.

As taxas portuguesas cedem em toda a linha, com a maturidade de referência a dez anos a cair pela quinta sessão consecutiva para 3,18%, o ponto mais baixo desde outubro do ano passado. A yield associada às obrigações a cinco anos cai para 1,593%.

Também o risco do país mantém-se em queda, com o diferencial de juros entre as obrigações portuguesas a dez anos e as obrigações alemãs no mesmo prazo a renovar um novo mínimo desde agosto de 2016. Este spread é uma das formas de os investidores avaliarem o risco de Portugal, comparando a taxa portuguesa com uma taxa de um ativo seguro como são as bunds.

A Comissão Europeia revelou esta manhã que retirou Portugal do PDE. Isto depois de o país ter cortado o défice para menos de 3% do PIB, o limite máximo permitido pelas regras comunitárias. E fê-lo com uma boa margem de segurança, tendo superado todas as metas e expectativas: foi de 2%, o valor mais baixo em mais de 40 anos. As projeções para 2017 e 2018 apontam para um equilíbrio das contas públicas.

Paralelamente, a economia começa a dar sinais positivos no arranque do ano. O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 2,8% no primeiro trimestre e surpreendeu tudo e todos, reforçando a frágil estabilidade do país.

Com este bom desempenho, também os credores que detém a nossa dívida estão mais confiantes. Os juros em queda são reflexo do maior conforto do mercado em relação a Portugal. Os analistas do Commerzbank até consideram que as “obrigações portuguesas estão na moda”.

“Um fator que ajuda é certamente o alívio francês, que tem alimentado o apetite por ativos com maior risco. Mas as dinâmicas surpreendentemente positivas nos fundamentais (isto é, forte crescimento económico e défice mais baixo em 2016) e o percurso mais moderado do Governo do que inicialmente temíamos (não há mais reversões nas reformas) são os fatores dominantes”, frisou Michael Leister, analista do banco alemão.

(Notícia atualizada às 10h40 após anúncio da Comissão Europeia)

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Taxa turística rende 3,3 milhões a Lisboa em três meses

  • ECO e Lusa
  • 22 Maio 2017

Dos ganhos deste ano, 1,1 milhões de euros “foram entregues pela Airbnb. Só 1% dos concelhos aplica a taxa turística.

A Câmara de Lisboa arrecadou 3,3 milhões de euros com a aplicação da taxa turística nas dormidas na cidade entre janeiro e março deste ano, totalizando uma receita de 16,7 milhões com esta cobrança desde 2016.

Numa resposta escrita enviada à agência Lusa, a autarquia precisa que, dos ganhos deste ano, 1,1 milhões de euros “foram entregues pela [plataforma ‘online’] Airbnb no âmbito do protocolo entre esta plataforma e a autarquia”.

Desde a sua entrada em vigor, a 1 de janeiro de 2016, “o total dos pagamentos efetuados no âmbito da taxa municipal turística [sobre dormidas] somou já um total de 16,7 milhões de euros, sendo 2,8 milhões de euros provindos da Airbnb”, assinala o município.

Aprovada em 2014, a Taxa Municipal Turística começou a ser aplicada no ano passado sobre as dormidas de turistas nacionais (incluindo lisboetas) e estrangeiros nas unidades hoteleiras ou de alojamento local, sendo cobrado um euro por noite até um máximo de sete euros. Isentos deste pagamento estão as crianças até 13 anos, assim como quem pernoita na cidade para obter tratamento médico e os seus acompanhantes.

No primeiro ano de aplicação da taxa sobre as dormidas, a autarquia arrecadou 13,4 milhões de euros.

 

Aquando da criação da taxa turística, previa-se também a cobrança um euro nas chegadas por via aérea e marítima a Lisboa. A metodologia foi entretanto alterada e, em 2015, a responsabilidade do pagamento foi assumida pela ANA – Aeroportos de Portugal na sequência de um acordo realizado entre a gestora de aeroportos e o município.

Ao todo, a ANA suportou 3,8 milhões de euros nesse ano, mas mostrou-se indisponível para o continuar a fazer.

Na resposta enviada à Lusa, a autarquia frisa que “o modelo de aplicação da taxa de chegadas, em vigor, ainda está a ser objeto de negociações com parceiros nacionais e internacionais”, razão pela qual não está em funcionamento. A autarquia prevê uma receita de 15,7 milhões de euros com esta taxa este ano. O valor arrecadado reverte para o Fundo de Desenvolvimento Turístico de Lisboa, criado para financiar investimentos na cidade.

Só 1% dos concelhos aplica a taxa turística

A taxa turística relativa às dormidas tem uma fraca adesão em Portugal, com apenas três concelhos a cobrá-la – Lisboa, Cascais e Santa Cruz – e poucos a ponderar aplicar a medida. Numa ronda pelo país feita pela Lusa, concluiu-se que, dos 308 concelhos, menos de 1% (0,97%) cobra taxa turística.

Cascais começou a aplicar a taxa turística a 7 de abril.Wikimedia Commons

O município de Cascais começou a aplicar a taxa turística no passado dia 7 de abril, cobrando um euro por dormida, a maiores de 13 anos, até ao máximo de sete dias de estadia. “As receitas serão aplicadas na promoção internacional de Cascais e no acolhimento aos turistas, bem como, na dinamização cultural e recreativa” da vila, explicou a autarquia.

Os hóspedes recebem, como contrapartida, o “passe turístico Bairro dos Museus”, válido por 24 horas, que junta 14 equipamentos culturais da vila. As verbas, que visam também compensar uma redução das receitas das contrapartidas da concessão da zona de jogo do Estoril, são geridas pela Associação de Turismo de Cascais nas iniciativas culturais e ações de apoio ao turismo.

Na Madeira a taxa é aplicada pela câmara de Santa Cruz.Pixabay

Na Madeira, a taxa é aplicada pela câmara de Santa Cruz, o concelho vizinho a leste do Funchal, desde 1 de janeiro de 2016 e já rendeu 300 mil euros. O valor está fixado em um euro por dia, no máximo de cinco dias, independentemente do tempo da estadia e estão isentas as crianças e jovens até os 18 anos.

No Porto, a taxa não é aplicada, mas o presidente da Câmara, Rui Moreira (independente), defende que seja criada num próximo mandato, tendo já classificado o tema como “interessante para debater” na campanha eleitoral das autárquicas de outubro.

Situação inédita ocorreu em Aveiro, que começou a aplicar a taxa de um euro em janeiro de 2013, mas acabou com ela em abril de 2014. A medida rendeu ao município quatro mil euros, quando se esperava que fossem angariados 200 mil euros, apurou a Lusa junto da autarquia.

A taxa foi introduzida pelo executivo liderado por Élio Maia (eleito pelo PSD/CDS) e foi abolida pelo presidente da Câmara que lhe sucedeu, Ribau Esteves (eleito pela coligação PSD/CDS/PPM), por considerar que prejudicava o turismo e não tinha expressão significativa para as receitas municipais.

Nos Açores, o presidente da Câmara de Ponta Delgada, anunciou em fevereiro que estava a ser equacionada a criação, em 2018, de uma taxa turística de um euro por dormida no concelho.

No Algarve, apenas a câmara de Vila Real de Santo António ponderou avançar com a taxa turística em 2017, mas a intenção ficou pelo caminho depois de os hoteleiros terem alertado que negoceiam antecipadamente cada ano turístico, pelo que, não seria possível introduzir esse custo adicional aos pacotes que já tinham sido vendidos.

 

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Ford tem novo presidente executivo

Depois de anunciar que vai reduzir em 10% a sua força de trabalho, a Ford prepara mudanças no cargo de CEO para se adaptar à nova realidade de automóveis sem condutor e partilha de boleias.

Mudanças na liderança da Ford. A fabricante de automóveis norte-americana vai substituir Mark Fields por Jim Hackett no cargo de CEO do grupo para reforçar a aposta em carros sem condutor e no sistema de partilha de boleias.

Fields, 56 anos, está de saída para a reforma, enquanto Hackett é promovido a presidente executivo da Ford depois de liderar a unidade de Smart Mobility da companhia, adiantou fonte próxima citada pela Bloomberg.

Desde que Mark Fields assumiu o cargo de CEO, a 1 de julho de 2014, as ações da Ford perderam quase um terço do seu valor em bolsa e estas mudanças ocorrem numa altura de transformação da gigante automóvel mundial que vai cortar 10% da sua força de trabalho ainda este ano.

A Ford alcançou um lucro de 1,6 mil milhões no primeiro trimestre do ano, um resultado 35% inferior ao mesmo período do ano passado.

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Jane Goodall: a guru dos chimpanzés vem a Lisboa

  • ECO + National Geographic
  • 22 Maio 2017

Investigadora de chimpanzés na Tanzânia é um dos três nomes internacionais que participam na National Geographic Summit, em Lisboa.

Dr. Jane Goodall at the 12th Khazanah Global Lecture, Kuala Lumpur, Malaysia

Jane Goodall ficou mundialmente famosa devido à investigação que desenvolveu sobre o comportamento de chimpanzés na Tanzânia. O seu trabalho como investigadora fez vom que, com o passar do tempo, se tornasse mais ativista. Fundou o Jane Goodall Institute, que possui agora 22 representações espalhadas pelo mundo. O objetivo desta organização é incentivar a capacidade de cada indivíduo agir em prol da melhoria do ambiente.

Em 2000, é nomeada ‘Explorer-in-Residence’ da National Geographic, instituição que apoia desde o início da sua carreira). Hoje, esta Mensageira da Paz das Nações Unidas está a inspirar novas gerações de ‘Janes’ através da ‘Roots and Shoots’ (um programa ambiental e humanitário de jovens criado por Jane Goodall e um grupo para estudantes na Tanzânia presente em mais de 120 países e com mais de 150 mil membros) Uma sonhadora, uma aventureira, uma ativista, uma inspiração – Jane Goodall tem tido uma vida de descobertas e realizações.

Na sua intervenção no evento em Lisboa, intitulada de ‘Nature, Humans and cultures’, a octogenária parte da sua experiência de vida para nos inspirar a contribuir para a preservação do planeta como forma de nos protegermos enquanto humanidade.

Além de Goodall, estarao em Lisboa para a conferência Jodi Cobb e Tristram Stuart.

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Repsol é a primeira grande petrolífera a vender obrigações verdes

  • ECO
  • 22 Maio 2017

Petrolífera espanhola será a primeira grande companhia do setor a vender obrigações verdes mas a operação está longe de convencer o mercado de que se trata de um financiamento amigo do ambiente.

A Repsol está prestes a concluir um financiamento de 500 milhões de euros em obrigações verdes a cinco anos. Será a primeira grande petrolífera mundial a emitir dívida amiga do ambiente, mas o mercado não está totalmente convencido.

A petrolífera espanhola vai usar este financiamento para cortar nas emissões de gases do efeito de estufa e tornar os seus edifícios energeticamente mais eficientes e sustentáveis. Mas “isto é fundamentalmente dúbio”, referiu Sean Kidney, fundador da Climate Bonds Initiative, uma organização que ajuda a desenhar os standards do que é uma obrigação verde. “Neste momento, é pouco provável a inclusão na nossa lista de obrigações verdes e nos nossos índices de obrigações verdes”, acrescentou o responsável à Bloomberg.

O mercado de obrigações verdes tem pouco mais do que uma década. No último ano, foram levantados 95 mil milhões de dólares neste tipo de financiamento para projetos que protejam o meio ambiente. Este montante deverá subir para os 123 mil milhões este ano.

Não havendo propriamente um regulador que determine o que é uma obrigação verde, cabe aos investidores e consultores como a Climate Bonds Initiative essa avaliação.

De acordo com a Repsol, este financiamento irá sobretudo ajudar a melhorar o desempenho de caldeiras, fornos, equipamentos térmicos e sistemas de controlo de oxigénio nas suas refinarias localizadas em Espanha e Portugal.

“Vai ajudar a evitar a emissão de 1,9 milhões de toneladas de gás de efeito de estufa a um ritmo anual até 2020”, segundo a avaliação da Vigeo Eiris, uma agência de rating ambiental, contratada pela Repsol. É o equivalente àquilo que 400 mil carros produzem.

A Repsol garante que projetos relacionados com a exploração de novas reservas de petróleo e gás estão excluídos deste financiamento, tendo auditores externos que asseguram que as obrigações verdes vão financiar apenas projetos mais qualificados.

Apesar das dúvidas dos analistas, a empresa espanhol registou forte interesse por esta emissão, tendo observado dois mil milhões de euros em ordens de compra só na primeira hora, segundo o BBVA.

Antes da Repsol, uma pequena petrolífera tailandesa, a Bangchak Petroleum, já havia levantado 95 milhões de dólares em dívida verde há dois anos.

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Parque Escolar recebeu a maior fatia de fundos comunitários

  • ECO
  • 22 Maio 2017

Desde 2007, a educação foi a área que recebeu mais fundos europeus. O pódio é ocupado pela Parque Escolar, seguida da direção-geral do Ensino Superior, Fundação para a Ciência e Tecnologia.

A requalificação das escolas públicas através da Parque Escolar foi o projeto português que mais verbas recebeu dos fundos comunitários. Numa contabilização feita pelo site SubsidyStories e avançada pelo Jornal Público, desde 2007, a educação foi a área que recebeu mais fundos europeus.

Numa análise mais detalhada, por entidade beneficiária, o pódio é ocupado pela Parque Escolar, seguida da direção-geral do Ensino Superior, Fundação para a Ciência e Tecnologia (bolsas de investigação) e o Instituto do Emprego e Formação Profissional, com duas dotações elevadas, graças às iniciativas Novas Oportunidades (de formação de adultos) e Inov Jovem (estágios profissionais).

Segundo o Público, e com base nos dados do mesmo site, à semelhança de Portugal só a Bélgica, Áustria e Irlanda têm a educação ou a formação profissional no topo dos projetos cofinanciados pela União Europeia.

Apesar de em Portugal, politicamente, se discutir os montantes comunitários gastos em projetos de infraestruturas, os dados recolhidos pelo SubsidyStories — um site desenvolvido por um conjunto de investigadores europeus — as empresas de infraestruturas de transportes Estradas de Portugal ou REFER só surgem depois da Educação. Mas, na maioria dos Estados-membros a prioridade tem sido a construção de estradas, autoestradas, ferrovias e restantes infraestruturas.

 

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Bolsa nacional avança mas continua a temer Brasil

Situação delicada no cenário político brasileiro retira apetite comprador na bolsa. O Presidente brasileiro é acusado de vários crimes. Em Lisboa, cautela é a palavra de ordem dos investidores.

Depois da melhor sessão do último mês, Lisboa está de volta aos ganhos no arranque da semana. Os ganhos são ligeiros, com o mercado em sentido por causa do que se passa no Brasil. Para já, EDP e mais 11 cotadas colocam a bolsa nacional acima da linha de água.

O PSI-20, o principal índice português, avança 0,06% para 5.180,35 pontos, após ter fechado a sessão da última sexta-feira com um disparo de 2%, a melhor sessão em mais de um mês em Lisboa. Para os analistas, a negociação nos mercados deverá continuar condicionada pela situação política no Brasil, onde o Presidente Temer é acusado de vários crimes.

“No mercado nacional, a conjuntura externa deverá ser o principal catalisador na sessão de hoje. A situação política no Brasil continuará a merecer ser monitorizada pelos investidores, considerando a exposição que diversas empresas nacionais têm a esse país”, referem os analistas do BPI no seu Diário de Bolsa, alertando para o risco de contágio da crise política brasileira a outros mercados.

“Quando uma crise emerge num país, os investidores globais não conseguem vender os ativos que aí detêm e então, para reduzir a sua exposição aos mercados emergentes, vendem ativos de outros países emergentes, mesmo que não tenham qualquer correlação com o país em crise”, acrescentam os analistas.

Por cá, é um dos pesos pesados nacionais que mais contribuiu para colocar o índice no verde. É a EDP, com um avanço de 0,32% para 3,11 euros. Também a Galp e a Pharol, duas cotadas com elevada exposição ao mercado brasileiro e que foram particularmente afetadas na semana passada, registam agora sessões mais tranquilas: a petrolífera avança 0,07% para 14,28 euros e a dona de parte da operadora Oi ganha 2,42% para 0,25 euros.

No plano internacional, a sessão europeia arrancou com pouco interesse dos investidores pelo risco dos mercados acionistas. Milão é das praças com maior pressão no início do dia, com o FTSE Mib a perder mais de 1%. Em Madrid, Frankfurt e Paris as perdas são mais ligeiras.

Para os analistas do BPI, “os investidores europeus terão que se confrontar com uma série de eventos que poderão gerar uma maior aversão ao risco” ao longo da semana. Citam os casos que envolvem o Presidente norte-americano Trump, nomeadamente o Russiagate, o início do debate em Bruxelas para aliviar a dívida da Grécia e as tensões na Península da Coreia.

(Notícia atualizada às 8h24)

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Ministério da Justiça chamado a tribunal pelas leiloeiras

  • ECO
  • 22 Maio 2017

Em causa está a plataforma e-leilões, cuja gestão exclusiva foi entregue pelo Ministério da Justiça à Ordem dos Solicitadores e Agentes de Execução. Uma decisão "ilegal" de acordo com as leiloeiras.

A Associação Portuguesa de Estabelecimentos de Leilão (APEL) defende que a Ordem dos Solicitadores e Agentes de Execução (OSAE) não tem legitimidade para gerir a plataforma e-leilões, na qual se leiloam bens penhorados. O processo em tribunal pretende não só declarar ilegal o despacho do Ministério da Justiça que dá a exclusividade da gestão da plataforma à OSAE como impossibilitar esta ordem de praticar qualquer tipo de leilão.

Na última sexta-feira, 19 de maio, foi interposto o processo no Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa, avançou o Jornal de Negócios. A acusação de falta de legitimidade da OSAE para gerir a plataforma e-leilões baseia-se na falta de licenciamento para a atividade leiloeira.

A OSAE defende-se na voz de Armando A. Oliveira, que salienta ao Negócios a distinção entre vendas em estabelecimento de leilão e vendas em leilão eletrónico, presente no Código de Processo Civil. Do código consta ainda que os bens penhorados devem ser vendidos preferencialmente através de leilão eletrónico, e as vendas judiciais devem ser feitas por agentes de execução, não por leiloeiras.

À acusação da natureza da ordem não possibilitar o exercício de qualquer atividade comercial, Armando A. Oliveira responde que os valores pagos pelos utilizadores cobrem apenas custos administrativos, pelo que na sua ótica esta questão não se levanta.

Miguel Lucas Pires, especialista em direito administrativo consultado pelo Jornal de Negócios, corrobora que “as associações públicas, caso das Ordens, até podem praticar atos de comércio”, mas defende a posição da APEL na medida em que um despacho deveria ter uma força jurídica inferior à de um decreto-lei. Neste sentido, o despacho emitido pelo Ministério da Justiça não seria suficiente para determinar os agentes de execução à revelia do previsto na lei. Impunha-se ainda uma autorização prévia da Direção-Geral das Atividades Económicas (DGAE).

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Câmara de Lisboa vai penalizar empresas com precários nos concursos

  • ECO
  • 22 Maio 2017

A Câmara de Lisboa pretende discriminar positivamente nos concursos as empresas fornecedoras com menos trabalhadores precários.

A Câmara de Lisboa vai penalizar as empresas com o maior número de trabalhadores em situação precária, discriminando positivamente nos seus concursos os fornecedores de bens e serviços que apresentem uma percentagem maior de trabalhadores com vínculo permanente.

De acordo com o Diário de Notícias, será criado um grupo de trabalho dentro de “um ou dois meses”, composto por empregadores, sindicatos e terceiro setor, para ajudar a autarquia lisboeta a desenhar a estratégia.

O vereador dos Recursos Humanos e das Finanças da autarquia, João Paulo Saraiva, adiantou àquele jornal que a ideia passa pela introdução “na avaliação das propostas dos fornecedores que concorrem a um determinado procedimento da câmara o critério da percentagem de trabalhadores com vínculo permanente e/ou vínculos precários e haverá penalizações para quem tiver mais precários”.

“É uma questão de ter o mesmo grau de exigência que estamos a ter para nós enquanto município para todos os que se relacionam connosco e com quem fornece serviços ou bens à administração pública e aos municípios em particular”, explicou aquele responsável.

"Ideia passa por introduzir na avaliação das propostas dos fornecedores que concorrem a um determinado procedimento da câmara o critério da percentagem de trabalhadores com vínculo permanente e/ou vínculos precários e haverá penalizações para quem tiver mais precários.”

João Paulo Saraiva

Vereador da Câmara de Lisboa

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