🎥 Depósito na reserva. O que os portugueses pensam da greve dos motoristas?

Os portugueses estão a preparar-se para greve dos motoristas que começa segunda-feira. De passagem por alguns postos de abastecimento, o ECO foi saber a opinião dos utilizadores.

Os motoristas vão parar, a partir da próxima segunda-feira, por tempo indefinido. Mas, apesar das negociações com os sindicatos, a greve vai mesmo avançar. O Governo já decretou os serviços mínimos que irão ser mantidos durante a paralisação. A rede de postos de abastecimento de emergência já foi definida: são 374 postos, limitados a 15 litros por pessoa, disse o ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Marques Fernandes.

Contudo, os portugueses gostam de se prevenir. Até o próprio Presidente da República, que já atestou o seu carro antes de partir para férias. Muitos já começaram a corrida às gasolineiras e os números falam por si: a venda de combustível aumentou 30% na semana passada, em relação ao mesmo período do ano passado. “Se não fosse a greve, nem atestava”, confessou Ana Valente ao ECO, enquanto esperava na fila para encher o depósito em Campo de Ourique, no centro de Lisboa. Teresa Martins também estava na mesma fila, mas por motivos diferentes. “Estou a atestar porque vou de férias, e preciso de combustível para ir e voltar”, contou.

“Estou aqui desde as sete da manhã e ainda não parei”, disse o funcionário de um dos postos de abastecimento. Era meio-dia, quando encerrou para almoçar. No depósito havia 1.900 litros de gasolina e cinco mil de gasóleo para a venda ao público. “Sou obrigado a deixar o restante para os bombeiros e para as autoridades”, referiu.

“A greve é um direito que lhes assiste, mas…”

“A greve é um direito que os motoristas têm”, disse João Neves. Mas ninguém o contesta. José Pinto, Ana Valente, Abel Félix e todos os utilizadores com quem o ECO falou, de passagem por alguns postos de abastecimento do centro de Lisboa, reconhecem o direito que os motoristas têm em fazer greve, tal como todos os trabalhadores. Contudo, nem todos estão contentes com a situação. Aliás, Marcelo Rebelo de Sousa, antes de partir para a Alemanha, alertou os sindicatos para o risco de terem contra si a “generalidade dos portugueses”, por acharem “que o sacrifício é excessivo”.

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BCP volta a afundar mais 5%. Ciclo negro de três semanas já roubou 1,2 mil milhões ao banco

O PSI-20 fechou a sessão em terreno negativo, com o banco liderado por Miguel Maya a destacar-se negativamente. Com renovas tensões em Itália, o vermelho dominou o dia nas ações europeias.

Desde dia 17 de julho, as ações do BCP valorizaram apenas em duas sessões e já acumulam uma perda de quase 28% na bolsa de Lisboa. Esta sexta-feira, o banco liderado por Miguel Maya afundou 4,83% para 0,2088 euros por ação e destacou-se num índice acionista onde o vermelho foi a cor dominante.

O ciclo negro de quedas do BCP já tirou 1,21 mil milhões de euros em capitalização bolsista, que se situa atualmente em 3.185 milhões de euros.

Apesar do aumento dos lucros, as perspetivas de descida nos juros pelo Banco Central Europeu que penalize o setor pressionou as ações. Mais recentemente, sucumbiu ao sentimento negativo generalizado nas ações devido à guerra comercial e, esta sexta-feira, pela tensão criada pela queda do Governo italiano.

PSI-20 cai há quatro semanas consecutivas

Se o BCP cai há cinco semanas seguidas, o PSI-20 fechou um ciclo de quatro perdas semanais. O índice perdeu 1,38% para 4.859,04 pontos, com as papeleiras a destacarem-se também negativamente. A Semapa perdeu 2,67%, a Altri recuou 1,87% e a Navigator cedeu 0,97%. No retalho, a Jerónimo Martins desvalorizou 1,83% e a Sonae caiu 1,71%.

As ações da Galp Energia fecharam igualmente no vermelho — com uma perda de 1,4% para 13,06 euros –, apesar da recuperação dos preços do petróleo. O brent de Londres avança mais de 2% para 58,60 dólares por barril, enquanto o crude WTI de Nova Iorque ganha 3% para 54,30 dólares por barril.

Apenas o grupo EDP se destacou entre as cinco cotadas do PSI-20 que fecharam a sessão no verde. A casa-mãe subiu 0,18% para 3,368 euros por ação e a eólia ganhou 0,52% para 9,68 euros por ação.

No dia em que anunciou que irá abandonar o índice mais alargado PSI Geral, a Toyota Caetano Portugal desvalorizou 2,82% para 2,76 euros. A empresas considera que a bolsa de Lisboa já não “constitui um mecanismo de financiamento dos capitais próprios” e propõe pagar 2,80 euros por cada título que está disperso em bolsa. Acionistas vão votar a 30 de agosto.

Itália troca às voltas aos mercados europeus

Por toda a Europa, o sentimento foi negativo. A coligação governativa em Itália não consegue governar e o país deverá realizar eleições antecipadas. O anúncio foi feito na quinta-feira e confirmado esta sexta-feira com uma moção de censura ao governo. Os investidores reagem, mostrando renovado stress em relação ao país.

O índice pan-europeu Stoxx 600 perdeu 0,96%, enquanto o alemão DAX recuou 1,39%, o francês CAC 40 perdeu 1,28% e o espanhol IBEX 35 cedeu 1,63%. O britânico FTSE 100 desvalorizou 0,59% e registou a pior semana em três meses.

Já o índice acionista italiano FTSE MIB afundou 2,48%, enquanto o juro da dívida italiana a dez anos disparou. A yield subiu 24 pontos base (acumulando a maior subida diária desde maio de 2018) para 1,814%. O stress em relação a Itália contagiou os restantes países da Zona Euro, que viram o spread alargar-se face à Alemanha.

Em Portugal, o juro das obrigações a dez anos subiu para 0,29%, no dia em que a dívida portuguesa será avaliada pela agência de notação financeira Moody’s. Se o brilharete dos juros da dívida não deverá passar despercebido, as incertezas sobre a economia global poderão levar a agência a manter o rating da República inalterado.

(Notícia atualizada às 17h)

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CTT vão contratar mais 150 trabalhadores até ao final do ano

  • ECO
  • 9 Agosto 2019

A empresa comunicou aos sindicatos a sua intenção de contratar mais 100 carteiros e 50 técnicos para a área de negócio para as lojas dos CTT até ao final do ano.

Os CTT comunicaram aos sindicatos que pretendem contratar mais 150 trabalhadores até ao final do ano, incluindo carteiros e profissionais para as estações dos correios, avançou o Dinheiro Vivo.

Segundo o jornal, fonte da empresa disse que serão contratados mais 100 carteiros e outros 50 técnicos de negócio e gestão para as lojas CTT até ao final do ano.

A intenção da empresa terá sido comunicada aos sindicatos no âmbito das negociações salariais que terminaram sem acordo.

Os trabalhadores da empresa terão um aumento salarial entre os 0,8% e os 1% já a partir deste mês, um valor mais elevado que a proposta inicial da empresa, mas que ficou aquém do exigido pelos sindicatos, que pedia aumentos entre os 3% e 4%, relembra o Dinheiro Vivo.

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Agência Internacional de Energia revê em baixa procura mundial por petróleo

  • Lusa
  • 9 Agosto 2019

As fracas perspectivas de crescimento da economia mundial, resultado da crescente tensão comercial entre os principais blocos económicos, levou a Agência a rever previsões para 2019 e 2020.

A Agência Internacional de Energia (AIE) reviu esta sexta-feira em baixa as estimativas da procura mundial de petróleo para 2019 e 2020 com base nas fracas perspetivas para o PIB mundial publicadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

No seu relatório mensal, a AIE constata que o crescimento da procura de petróleo foi muito fraco na primeira metade de 2019, com um aumento de 520.000 barris por dia para 99,1 milhões e 99,7 milhões no primeiro e segundo trimestres, ao ritmo mais lento nestes períodos desde 2008.

A Agência baixou as perspetivas para 2019 e 2020 respetivamente em menos 100.000 e 50.000 barris diários do estimado em julho e situou a procura para aqueles anos em 1,1 milhões e 1,3 milhões de barris por dia, o que suporia 100,4 milhões de barris diários em 2019 e 101,7 milhões em 2020.

A AIE refere que a debilidade demonstrada no Produto Interno Bruto (PIB) de grandes economias durante os últimos seis meses está vinculada a uma menor produção comercial e industrial e insiste que, perante a falta de esperança de que a China e os Estados Unidos alcancem um acordo político, o crescimento da procura de petróleo poderia ainda ser menor.

Em relação à produção, a AIE indica que foi estável em julho e que se manteve acima dos 100 milhões de barris por dia, mas com uma redução de 580.000 barris por dia face ao mesmo período do ano anterior, traduzindo a primeira queda anual desde novembro de 2017.

Os cortes da produção da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e as perdas no Irão e na Venezuela fizeram com que nestes países a produção tenha caído dois milhões barris face a julho de 2018.

Em contrapartida, nos países não membros da OPEP a produção aumentou em 1,4 milhões de barris por dia em julho, para 100,1 milhões, e estimam que crescerá até 1,9 milhões em 2019 e 2,2 milhões em 2020.

Em junho, as reservas dos países da OCDE aumentaram em 31,8 milhões de barris por dia até 2.961 milhões, 66,9 milhões acima da média dos últimos cinco anos.

Nos Estados Unidos, os primeiros dados de julho mostram, contudo, que o inventário está a cair enquanto o do Japão aumenta.

O armazenamento flutuante de petróleo também aumentou em 31,9 milhões para 55,9 milhões, o número mais alto desde agosto de 2017, facto que a AIE associa ao grande aumento de petróleo retido nos petroleiros iranianos.

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O que pode fazer o Governo durante a crise energética? Subir preços dos combustíveis e até limitar uso de viaturas particulares

O Executivo acaba de usar a carta mais valiosa do baralho contra os motoristas, tendo declarado situação de crise energética. O que implica esse medida? O ECO explica.

Face à iminente greve dos motoristas de matérias perigosas, o Executivo de António Costa declarou a situação de emergência energética. Esta medida é a carta mais poderosa do baralho do Governo e exige a implementação de uma série de medidas excecionais, que podem mesmo ir mais longe do que as adotadas em abril. Em cima da mesa, poderá estar a limitação do uso de viaturas particulares, o racionamento de combustíveis e até mesmo a subida das tarifas e dos preços da energia.

Depois de várias reuniões sem sucesso, os motoristas decidiram manter a paralisação que agendaram para dia 12 de agosto e cuja duração ainda está por determinar. Face a este movimento reivindicativo, são esperadas perturbações não só no abastecimento dos postos de combustíveis, mas também no que diz respeito, por exemplo, aos supermercados.

É essa expectativa que levou o Executivo a declarar a situação de alerta energético, medida que pode ser acionada a partir do momento em que haja “uma previsão de circunstâncias que possam provocar” uma crise, nomeadamente com previsíveis dificuldades no “aprovisionamento ou na distribuição de energia que tornem necessária a aplicação de medidas excecionais destinadas a garantir os abastecimentos energéticos essenciais à defesa, ao funcionamento do Estado e dos setores prioritários da economia e à satisfação das necessidades fundamentais da população”.

Mas o que implica esta declaração de alerta energético? Em abril, o Governo usou esta ferramenta para implementar quatro grandes medidas de caráter excecional, citando então a alínea c) do nº1 do artigo 14.º da Lei de Bases da Proteção Civil.

  • “Elevação do grau de prontidão e resposta operacional” das forças de segurança e da Proteção Civil, nomeadamente através do reforço dos meios para operações de patrulhamento e escolta, que permitam garantir as operações de abastecimento de combustíveis. Foram também reforçados os meios de segurança de pessoas e bens. De acordo com o ministro do Ambiente, o mesmo deverá acontecer a partir desta segunda-feira.
  • Convocação dos trabalhadores tanto do setor público como do privado que tenham carta de veículos pesados com averbamento de todas as classes de ADR (transporte de matérias perigosas) e dos demais agentes da Proteção Civil habilitados para a condução de veículos pesados. De notar que, além desta medida extraordinária, o Executivo decidiu formar 500 agentes das forças de segurança e das Forças Armadas com carta de pesados para operarem viaturas de transporte de matérias perigosas, caso se concretize a paralisação em questão e os serviços mínimos não sejam cumpridos.
  • Convocação das empresas e dos trabalhadores dos setores públicos e privados que “estejam habilitados a apoiar as operações de abastecimento dos combustíveis” que se considerem necessárias, caso a paralisação dos motoristas se venha mesmo a concretizar.
  • Reconhecimento de crise energética, acautelando, assim, de imediato os níveis mínimos nos postos de abastecimento. Tal medida serve para garantir o abastecimento de serviços essenciais, nomeadamente no que diz respeito ao combustível necessário para as forças e serviços de segurança, assim como para as emergências médicas, proteção e socorro.
  • Em linha com o ponto anterior e ao abrigo decreto-lei nº114/2001, o Governo também definiu, em abril, uma Rede de Emergência de Postos de Abastecimento (REPA), bem como as entidades prioritárias (forças e serviços de segurança, emergências médicas, proteção e socorro) autorizadas a abastecer nesses postos. Desta feita, a REPA conta com 374 postos destacados: 54 para uso exclusivo dessas viaturas prioritárias e 320 que também podem ser usados pelo público em geral (com um volume máximo de abastecimento de 15 litros por viatura).

Além destas medidas, o Executivo pode agora vir a ativar outros procedimentos previstos para situações de crise energética, ao abrigo desse mesmo decreto-lei nº114/2001, e que vão mais longe, ainda que se a sua aplicação deva ser orientada “pelo respeito dos princípios da necessidade, proporcionalidade e adequação aos fins visados”:

  • Ao nível da redução da procura de energia, está prevista a promoção de campanhas informativas através dos meios de comunicação social, a distribuição de folhetos informativos e explicativos, a fixação de cartazes em locais públicos e a ação direta de agentes do Estado para levar os consumidores a, voluntariamente, pouparem energia.
  • No mesmo âmbito, mas ao nível das medidas compulsivas, a lei permite ao Governo estabelecer restrições ao uso de veículos motorizados particulares (nomeadamente proibindo a circulação destas viaturas, penalizando o uso de viaturas particulares em subocupação e reduzindo os limites máximos de velocidade), restrições aos percurso em vazio ou em subocupação de transportes públicos e comerciais, restrições ao uso de equipamentos que consumam energia.
  • Está ainda prevista a “substituição do consumo de um produto deficitário pelo consumo de outra forma energética mais abundante”.
  • Já ao nível da poupança efetiva de energia, o Executivo tem poder para introduzir horários diferenciados e limitar mesmo as emissões de televisão e o funcionamento de espetáculos.
  • Está também prevista a possibilidade de agravar as tarifas e os preços da energia.
  • Do lado da oferta, a lei prevê o reforço da produção de bens energéticos deficitários e de fontes energéticas alternativas.
  • Quanto à distribuição, o Governo pode impor sistemas de racionamento, determinar os períodos de encerramentos dos postos e limitar as quantidades globais de combustíveis introduzidas no mercado.

A avançar a paralisação marcada para segunda-feira, estará em causa a segunda greve levada a cabo pelos motoristas de matérias perigosas no espaço de quatro meses.

Em abril, estes trabalhadores pararam em luta por aumentos salariais, tendo deixado os postos de abastecimento praticamente sem combustível. Os motoristas e os patrões acabaram por chegar a acordo para a progressão salarial, com início em janeiro do próximo ano, mas a 15 de julho, os sindicatos decidiram marcar uma nova greve, acusando os patrões de não cumprir esses termos. Várias reuniões depois, as partes não conseguiram chegar a um consenso, mantendo os motoristas a greve da próxima semana.

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Farfetch tomba 40%. Receios da guerra comercial voltam a pesar em Wall Street

Índices norte-americanos em queda após duas sessões de recuperação, com a Huawei a voltar a ser um dos focos de atenção e as tecnológicas a estarem sobre pressão.

Wall Street entrou com o pé esquerdo na última sessão da semana. Os principais índices bolsistas estão no vermelho após dois dias de recuperação, com a sombra da guerra comercial a fazer reemergir os receios dos investidores relativamente à saúde da economia. A Huawei volta a ser um dos focos de atenção, com as tecnológicas sobre pressão. Uber e Farfetch registam fortes perdas em bolsa.

O S&P 500 perde 0,26%, para os 2.930,51 pontos, enquanto o Dow Jones e o Nasdaq recuam 0,16% e 0,52%, respetivamente, para os 26.337,09 e 7.997,19 pontos.

Esses desempenhos acontecem numa altura em que as preocupações relativamente ao risco de recessão voltaram a surgir, já que a guerra comercia entre os EUA e a China não dá sinais de alívio.

Ações da Farfetch não resistem ao agravamento dos prejuízos

Exemplo disso, são os relatos de que Washington estará a adiar a decisão de permitir que as empresas dos EUA usem produtos da chinesa Huawei. As ações dos fabricantes de chips e outros títulos sensíveis às tarifas comerciais estão assim ser pressionadas nesta sessão.

Empresas como a Micron Technology, Nvidia e Intel sofrem perdas entre 1% e 2%, enquanto a Apple desliza 0,9%.

No campo das perdas há duas empresas em destaque: a Uber e a Farfetch. A empresa de transporte privado de passageiros derrapa perto de 9% em bolsa, depois de ter multiplicado por seis os seus prejuízos no segundo trimestre do ano. Estes ascenderam a 5,24 mil milhões de dólares, em grande medida devido aos custos do IPO que decorreu no início do ano.

Mais acentuada é a queda registada pela Farfetch. As ações tombam 40%, depois de a empresa de comércio online de artigos de luxo também ter multiplicado por cinco vezes os registados há um ano, para 89,6 milhões de dólares.

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Motoristas recorrem da decisão do tribunal sobre serviços mínimos

Tribunal rejeitou providência cautelar interposta contra serviços mínimos, mas motoristas vão recorrer. Pardal Henriques garante que recurso dará entrada "ainda hoje".

O Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) vai recorrer da decisão do Tribunal Administrativo, que rejeitou a providência cautelar interposta por estes trabalhadores contra os serviços mínimos fixados pelo Governo para a greve, que arranca na segunda-feira. Em declarações transmitidas pela RTP 3, o porta-voz dessa estrutura sindical indicou que o recurso dará entrada “ainda hoje”.

Vamos recorrer dessa sentença, porque não concordamos com os argumentos que ali estão”, disse Pedro Pardal Henriques, tendo recusado adiantar mais detalhes sobre esse recurso. “Prefiro responder primeiro ao senhor juiz, dentro do sigilo da Justiça”, disse.

Na quarta-feira, o Executivo de António Costa decidiu definir que, para a greve de 12 de agosto, os motoristas terão de assegurar entre 50% e 75% dos serviços, dependendo do tipo de mercadorias, e 100%, no caso dos serviços essenciais. O Governo justificou esse elevado grau de serviços mínimos com a duração indeterminada da paralisação e com o esperado impacto que este movimento reivindicativo terá no funcionamento da economia geral.

Em resposta, o SNMMP considerou que esta decisão do Executivo é não só “um atentado” e uma barbaridade” como também uma ameaça à democracia. Além disso, os sindicatos independentes apresentaram ao tribunal uma impugnação dos serviços mínimos, mas essa providência cautelar acabou por ser rejeitada, adiantou a TSF e confirmou, à saída da reunião de Conselho de Ministros, o Governo. Isto por “não haver motivos” para contrariar a decisão do Executivo

É a essa decisão que os motoristas prometem agora responder, garantindo que não concordam com os argumentos utilizados para essa rejeição. “Estamos a preparar o recurso que dará entrada ainda hoje”, assegurou Pardal Henriques.

A greve desta segunda-feira será a segunda paralisação dos motoristas de matérias perigosas em quatro meses. A greve de abril deixou muitos postos de abastecimento sem combustível, tendo o Governo, desta feita, limitado o abastecimento de viaturas mesmo nas bombas que não integram a Rede de Emergência de Postos de Abastecimento (REPA): 25 litros é o limite para ligeiros, 100 litros para pesados. A restrição arranca às 23h59 de domingo.

Tal como em abril, os motoristas estão em luta por aumentos salariais. Desta vez, estão em causa, contudo, valorizações remuneratórias a acontecer em 2021 e 2022.

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Automóvel na reserva? Veja aqui em que bombas ainda há combustível

  • ECO
  • 9 Agosto 2019

Evite deslocações desnecessárias a uma bomba já esgotada. Consulte o mapa interativo e veja qual o posto de abastecimento mais próximo que ainda está operacional.

A greve dos motoristas começa na segunda-feira, mas muitos portugueses já estão a fazer fila para atestar, na esperança de minimizar o impacto da esperada falta de combustíveis. Ora, se está na reserva, o melhor é evitar todas as deslocações desnecessárias, sobretudo se for a um posto de abastecimento que, afinal, também está com os depósitos secos.

O melhor a fazer é mesmo consultar este mapa interativo, que indica, em tempo real, em que postos ainda há gasolina, gasóleo ou GPL, assim como qual a bomba mais próxima que faz parte da Rede de Emergência de Postos de Abastecimento (REPA). Os dados não oficiais estão a ser recolhidos pela plataforma #JáNãoDáParaAbastecer, com base no feedback dado pelos próprios utilizadores.

Mapa interativo dos postos de combustível:

Estatísticas globais:

(Nota: Carregue aqui para ver os conteúdos se estiver a aceder ao ECO através da app.)

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Zome incentiva consultores a procurar novos talentos fora do ramo imobiliário

A agência imobiliária Zome lançou o Zwitch, um programa que incentiva e dá prémios aos consultores que recrutem em áreas de negócio fora do setor imobiliário.

A agência imobiliária Zome lançou um programa para incentivar o recrutamento de talentos em outras áreas de negócio fora do setor imobiliário. O objetivo é “refrescar, fortalecer e credibilizar o setor, diminuindo a canibalização entre agências”, avança em comunicado.

O programa de incentivo interno Zwitch vai premiar os consultores que recrutem fora do setor atraiam talento de outras áreas de negócio. Este é o primeiro passo de um conjunto de ações que agência imobiliária quer promover, no sentido de mudar o paradigma do setor imobiliário.

“Este programa é muito importante para nós, mas acreditamos que poderá ser ainda mais importante para o setor imobiliário em geral. Tradicionalmente, os consultores imobiliários têm uma enorme rotatividade entre agências. O nosso intuito é diminuir esta canibalização constante, por forma a dignificar o setor, que, na nossa visão, deverá ser mais cooperativo num futuro o mais próximo possível”, explica Patrícia Santos, CEO da Zome.

Aos consultores que consigam recrutar talentos fora do setor e levá-los para a Zome, serão dados benefícios de carreira para os respetivos formandos. A agência imobiliária acredita que este incentivo vai contribuir para promover a estabilidade e transparência no setor, “diminuindo o assédio constante das imobiliárias aos consultores da concorrência”, e ainda promover o espírito de equipa entre os consultores.

“O negócio das imobiliárias está em constante evolução e este é mais um passo em frente na estratégia da Zome para reforçar a sua competitividade, contribuindo simultaneamente para uma gradual renovação e evolução do setor”, reforça a CEO.

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Huawei perde liderança em Portugal. Trump penaliza vendas de smartphones

A guerra comercial interrompeu o crescimento das vendas de smartphones da Huawei em Portugal, que caíram 4,1%. A Samsung acelerou e ultrapassou a marca chinesa.

É uma reviravolta no marcador. As medidas do Presidente Donald Trump contra a tecnológica Huawei penalizaram as vendas da marca em Portugal, o que permitiu à concorrente Samsung ganhar a liderança do mercado nacional. No segundo trimestre, marcado pelas restrições impostas pelos EUA ao abrigo da guerra comercial com a China, a Huawei Portugal vendeu menos 7.462 smartphones do que no mesmo período do ano passado. Já a Samsung vendeu quase mais 32 mil telemóveis.

Os dados recolhidos pela consultora independente IDC, divulgados esta sexta-feira, mostram uma inversão da tendência de crescimento da Huawei no mercado nacional. Depois de dois anos a subirem, as vendas da empresa chinesa em Portugal, incluindo as da marca irmã Honor, caíram 4,1% entre abril e junho, para 173.437 smartphones vendidos.

Em causa, um período particularmente conturbado para a Huawei. Acusada de servir de veículo de espionagem do regime comunista chinês, a empresa privada, que nega as acusações, viu-se colocada na lista negra norte-americana das exportações. Uma medida da Administração Trump que tornou praticamente impossível que empresas como a Google, fornecedora do Android, mantivesse relações comerciais com a Huawei.

Os dados confirmam, assim, uma notícia avançada pelo ECO em maio, que apontava para uma mudança no mercado português devido às restrições norte-americanas. Desde logo, porque a hipótese de a Huawei vir a perder o acesso a algumas funcionalidades do Android fez tremer o mercado como um todo. As vendas totais de smartphones no segundo trimestre caíram 7,7% em relação ao período homólogo, com as empresas a venderem 593.372 smartphones neste período, numa altura em que os consumidores tiveram dúvidas em relação às implicações da decisão no funcionamento dos aparelhos.

Apesar da contração nas vendas, a quota de mercado da Huawei subiu de 28,1% para 29,2%. Sobretudo devido à perda de quota de mercado por parte da TCL, que comercializa marcas como a Alcatel. Além disso, no cômputo geral, fonte oficial da IDC explicou que, no semestre, as vendas da Huawei até subiram, mas fruto do bom desempenho da empresa registado entre janeiro e março.

Samsung acelera vendas. Xiaomi conquista fãs

Sem grande surpresa, a Samsung acabou por ser a principal beneficiada pelos problemas com a concorrente. As vendas da marca sul-coreana dispararam 19,4%, para 196.210 smartphones vendidos, contra os 164.288 comercializados no mesmo trimestre de 2018. Um desempenho que permitiu à marca consolidar a posição de líder de mercado em Portugal, seguida de perto pela Huawei.

No que toca à Apple, o iPhone continua a ocupar o terceiro lugar em quota de mercado no país, tendo vendido 66.351 smartphones. Trata-se de uma subida de 14,9%, com a quota de mercado da marca a subir de 9% no ano passado para 11,2% este ano.

No campo das marcas em crescimento, o destaque vai para a Xiaomi. A marca chinesa tem conquistado cada vez mais fãs em Portugal, tendo registado um disparo nas vendas na ordem dos 24,7% em termos homólogos. No último trimestre, os portugueses compraram 22.964 telemóveis da empresa.

Huawei já lançou o “plano B”

Com a perspetiva de vir a perder o acesso à versão comercial do Android, o que seria devastador para o negócio na Europa, a Huawei apresentou esta sexta-feira o tão falado “plano B”: um novo sistema operativo desenvolvido pela própria companhia para substituir o sistema da Google.

Chama-se HarmonyOS, ou HongmengOS no mercado asiático. E, segundo Richard Yu, líder do segmento de consumo da empresa, está preparado para ser usado numa gama alargada de aparelhos, desde os smartphones às televisões, passando pelas colunas inteligentes e até pelos sensores. A notícia foi avançada pela CNBC.

O novo sistema operativo vai ser lançado na Ásia, nesta primeira fase, e surge num momento de incerteza em torno da relação entre a Huawei e a Google. Perspetiva-se que os EUA clarifiquem em breve se as fornecedoras norte-americanas vão ou não continuar proibidas de comercializar tecnologia à Huawei, um passo que será decisivo para determinar qual vai ser o destino da empresa.

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Ponto por ponto, as decisões anunciadas pelo Governo para minimizar o impacto da greve

Executivo decidiu decretar estado de alerta energético a partir das 23h59 de hoje.

Na sequência dos serviços mínimos decretados para vigorar na greve dos sindicatos independentes de camionistas para 12 de agosto, e depois de receber um parecer do Conselho Consultivo da Procuradoria-geral da República, o Executivo esteve reunido por via eletrónica para reforçar as medidas extraordinárias para vigorar durante a paralisação.

A desproporcionalidade da greve, o facto da mesma estar no limite entre o admissível e o abuso do direito à greve, explicou o Governo, levou ao avanço preventivo de uma série de medidas para proteger os consumidores e a economia portuguesa, conforme apontaram os governantes presentes na conferência de imprensa do Conselho de Ministros de hoje.

Segundo comunicado emitido logo após a conferência, a “partir das 23h59 de esta sexta-feira, dia 9 de agosto”, será declarada “situação de crise energética” em Portugal, um caminho tomado para “garantir os abastecimentos energéticos essenciais à defesa, ao funcionamento do Estado e dos setores prioritários da economia, bem como à satisfação dos serviços essenciais de interesse público e das necessidades fundamentais da população“, esclarece o Governo.

Neste comunicado são ainda elencadas as medidas de caráter excecional que são implementadas ao abrigo da ‘crise energética’ :

  • Acautelar, a partir das 23h59 de 11 de agosto de 2019, os níveis de combustível nos postos de abastecimento integrados na Rede Estratégica de Postos de Abastecimento (REPA), que corresponde a uma rede especial de postos de abastecimento destinada a assegurar o abastecimento de combustíveis às entidades definidas como prioritárias e veículos equiparados;
  • Estabelecer que a REPA integra postos de abastecimento de combustível exclusivos, destinados unicamente a entidades prioritárias, e postos de abastecimento de combustível não exclusivos, destinados a entidades prioritárias e a veículos equiparados, podendo também abastecer o público em geral;
  • Determinar que os postos de abastecimento de combustível exclusivos devem ser inequivocamente assinalados;
  • Determinar que os postos de abastecimento de combustível não exclusivos ficam obrigados a reservar, para uso exclusivo das entidades prioritárias e veículos equiparados, e para cada tipo de combustível, pelo menos, uma unidade de abastecimento, bem como quantidades definidas de produto;
  • Determinar que, a partir das 23h59 de 11 de agosto de 2019, os postos de abastecimento de combustível não exclusivos participam supletivamente no abastecimento do público em geral, sendo fixado em 15 litros o volume máximo de gasolina ou gasóleo que pode ser fornecido a cada veículo automóvel;
  • Determinar que, a partir das 23h59 de 11 de agosto de 2019, nos postos de abastecimento fora da REPA, são fixados 25 e 100 litros como volume máximo de gasolina ou gasóleo que pode ser fornecido a cada veículo ligeiro e pesado, respetivamente.

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