Hoje nas notícias: Comissários da UE, cartel e Ryanair

  • ECO
  • 8 Agosto 2019

O dia arranca com a notícia dos nomes indicados por António Costa para comissários da União Europeia e do questionário enviado aos funcionários públicos com questões sobre o tempo da troika.

Já são conhecidos os nomes que António Costa quer ver como comissários na União Europeia — Elisa Ferreira e Pedro Marques foram os escolhidos. Na política, Pardal Henriques deverá ser o cabeça-de-lista do partido fundado e liderado por Marinho e Pinto. É ainda notícia o questionário enviado pelo Governo aos funcionários públicos onde estão incluídas perguntas sobre o tempo de liderança de Passos Coelho. Destaque também para os inúmeros processos que inundaram os tribunais sobre o cartel dos camiões e ainda os pedidos de esclarecimentos enviados pelo Governo e pela ANA à Ryanair sobre o encerramento da base aérea de Faro.

Costa indica Elisa Ferreira e Pedro Marques para comissário português na UE

Elisa Ferreira e Pedro Marques foram os nomes indicados por António Costa para comissário português na União Europeia (UE). A escolha foi comunicada à nova presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que já reuniu com a vice-governadora do Banco de Portugal (BdP) e com o antigo ministro. A futura presidente da Comissão Europeia iniciou uma ronda de contactos esta semana, tendo reunido com os candidatos portugueses esta quarta-feira. Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Pardal Henriques candidato a deputado pelo partido de Marinho e Pinto

Pedro Pardal Henriques, advogado e vice-presidente e porta-voz do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), vai ser o cabeça-de-lista do Partido Democrático Republicano, fundado em 2014 e liderado pelo advogado Marinho e Pinto. Este, por sua vez, será cabeça-de-lista mas pelo círculo do Porto e, questionado sobre a notícia, não confirmou nem desmentiu. Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

Governo aproveita questionário a funcionários públicos para avaliar políticas do PS e do tempo de Passos

A Direção-Geral da Administração e Emprego Público enviou a mais de 500 mil trabalhadores da administração central do Estado um questionário para perceber o que os motiva e os desmotiva. Embora não seja a primeira vez que este documento é enviado, este ano conteve perguntas novas que estão a causar alguma indignação. Isto porque os trabalhadores são confrontados com questões sobre o período da troika, bem como com o que os desmotivou ou se as políticas marcantes da “geringonça” os deixaram mais motivados. Leia a notícia completa no Observador (acesso pago)

Cartel dos camiões leva a avalancha de ações nos tribunais portugueses

Depois de a Comissão Europeia ter descoberto que, entre 1997 e 2004, várias empresas tinham participado num cartel de camiões, e de lhes ter aplicado multas recorde de vários milhões de euros, as empresas que compraram camiões nesse período têm enchido os tribunais com pedidos de indemnizações. Na investigação de Bruxelas estão envolvidas a MAN, a Volvo/Renault, a Daimler, a Iveco, a DAF e a Scania, que concertaram os preços dos camiões e acertaram conjuntamente o momento de colocar no mercado unidades mais amigas do ambiente. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Governo e ANA pedem explicações à Ryanair sobre base em Faro

O encerramento da base aérea de Faro ainda não foi comunicado pela Ryanair à ANA – Aeroportos de Portugal nem ao Governo. Nesse sentido, o Ministério da Economia já pediu “informações às entidades envolvidas”, designadamente à companhia irlandesa. Até ao momento ainda não há “qualquer indicação quanto a redução de voos ou de capacidade aérea para o Algarve”, disse fonte oficial do Ministério. A Ryanair é a companhia com a maior quota de mercado em Faro, cerca de 30%. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

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Costa indica Elisa Ferreira e Pedro Marques para comissário português na UE

  • ECO
  • 8 Agosto 2019

O antigo ministro e a vice-governadora do Banco de Portugal já reuniram com a futura presidente da Comissão Europeia, que está a escolher o seu executivo.

Elisa Ferreira e Pedro Marques foram os nomes indicados por António Costa para comissário português na União Europeia (UE). A escolha foi comunicada à nova presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que já reuniu com a vice-governadora do Banco de Portugal (BdP) e com o antigo ministro e atual eurodeputado.

A futura presidente da Comissão Europeia iniciou esta semana uma ronda de contactos, tendo reunido com os candidatos portugueses esta quarta-feira, adianta o Público (acesso pago). “As reuniões que estão a decorrer esta semana são breves encontros informais, para apresentações. Não se trata de entrevistas de emprego oficiais”, explicou um porta-voz de von der Leyen ao jornal.

Pedro Marques, ex-ministro do Planeamento e Infraestruturas, já era apontado como sendo a escolha de Costa para a pasta da política de coesão e desenvolvimento regional. Já Elisa Ferreira poderá encaixar num pelouro económico. A vice-governadora do BdP destacou-se enquanto eurodeputada no comité dos Assuntos Económicos e Monetários do Parlamento Europeu, durante a crise.

Com esta escolha, de um homem e uma mulher, o primeiro-ministro está a seguir as indicações dadas por von der Leyen, que quer compor um executivo paritário. O prazo para apresentação de candidaturas por parte dos Estados-membros termina a 26 de agosto, altura em que deverá ser finalizado o processo de composição da equipa de von der Leyen.

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Quais são os cinco restaurantes mais caros do país?

Entre os restaurantes espalhados pelo país, é no Algarve e na Madeira que se encontram alguns dos locais mais prestigiados, mas também mais caros. A capital também não escapa.

Para muitos, férias são um sinónimo de relaxamento. É uma altura em que se faz uma pausa do trabalho e há mais tempo para aproveitar certas coisas, como ter horas para desfrutar de uma refeição sem a pressão dos dias. Turistas, que vêm visitar o país e escolhem ir provar a cozinha tradicional, e portugueses, que tiram também férias de cozinhar e enchem os restaurantes, que vão desde as típicas tascas a estabelecimentos de luxo, onde uma refeição pode ultrapassar os duzentos euros.

Para quem está disposto a pagar um pouco mais pela refeição, há várias opções, nomeadamente de restaurantes distinguidos com estrelas Michelin. Existem mais de 30 estrelas em Portugal, em 26 restaurantes, que encabeçam a lista dos estabelecimentos mais caros do país.

É no Funchal que se encontra o Il Gallo d’Oro, liderado pelo chef Benoît Sinthon, que apresenta o preço mais elevado para um menu de degustação, de acordo com o levantamento feito pelo ECO. A opção com dez criações custa 245 euros por pessoa, sendo que se quiser a harmonização de vinhos a fatura aumenta em 105 euros por cada comensal. O estabelecimento tem já duas estrelas Michelin no currículo.

O restaurante Il Gallo D’Oro tem duas estrelas Michelin.PortoBay Hotels & Resorts

Pelo continente, o Ocean, restaurante inserido no hotel Vila Vita Parc Resort & Spa, em Armação de Pêra, é o restaurante que se segue neste top. A cozinha está a cargo do chef austríaco Hans Neuner, e já recebeu duas estrelas Michelin. Localizado no Algarve, este estabelecimento só funciona ao jantar e indica que o dresscode é “eveningwear elegante”.

Com vista sobre o Atlântico como se pode adivinhar pelo nome, o Ocean oferece duas opções: um menu de degustação de quatro pratos, no valor de 170 euros ou o menu de seis pratos, pelo preço de 210 euros por pessoa. Para acompanhar, o restaurante faz também uma recomendação de vinhos para cada menu, no valor de 115 ou 145 euros, respetivamente.

Ainda por terras algarvias encontra-se outro dos restaurantes mais caros do país, também com duas estrelas Michelin. É o Vila Joya, em Albufeira, integrado numa unidade hoteleira e que foi o primeiro restaurante do país a conseguir um par de estrelas. É também um chef austríaco, Dieter Koschina, que está ao leme da cozinha.

Enquanto ao almoço o menu de degustação servido é de quatro pratos, por 135 euros, no jantar o menu é de seis pratos, por 210 euros. Ambos os menus mudam diariamente. Quem for cliente do hotel e reservar um jantar neste restaurante antes de chegar paga 120 euros.

Por Lisboa também se encontram vários restaurantes onde fazer uma refeição é uma experiência diferente do habitual. No Eleven, situado no coração de Lisboa, no Parque Eduardo VII, o chef Joachim Koerper deixa a garantia de que utiliza apenas produtos da estação, na página do estabelecimento. Os clientes do restaurante com uma estrela Michelin podem escolher entre vários menus, sendo o mais caro o que se foca na trufa preta, custando 198 euros sem bebida.

Regressando às ilhas, o William, inserido no Belmond Reid’s Palace do Funchal, apresenta na lista o menu Lagosta, que tem o valor de 187 euros por pessoa. Se quiser incluído um copo de vinho escolhido a dedo com cada prato, o preço sobe para 240 euros. O chef Luís Pestana está no leme da cozinha deste restaurante com uma estrela Michelin.

Na capital, o Belcanto, do chef português José Avillez, também já tem duas estrelas na lapela. Aqui pode revisitar sabores conhecidos, no menu de degustação Clássico, que custa 165 euros sem a harmonização de vinhos, ou arriscar e ir para o menu Evolução, de 185 euros também sem vinho.

Para além da distinção do guia francês, o restaurante que existe desde 2012 entrou também para o top 50 dos melhores restaurantes do mundo. Situado no centro de Lisboa, o Belcanto subiu do 75º para o 42º lugar.

Veja aqui os menus destes restaurantes:

Quanto custa carregar a bateria do seu telemóvel? Quantas árvores são precisas para fazer uma resma de papel? Quanto custa fazer uma prancha de surf? Quantos casamentos se fazem em agosto? De segunda a sexta-feira, até ao final de agosto, o ECO dá-lhe a resposta a um “Sabia que…”.

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Zonas “castanhas” e “pretas”? Arranca hoje discussão pública sobre novas regras para estacionar em Lisboa

Arranca hoje o período de consulta pública em torno do novo regulamento da EMEL, que prevê a criação de duas novas zonas para estacionar em Lisboa. Saiba como participar.

Arranca esta quinta-feira a fase de consulta pública do novo regulamento da EMEL, um período de 36 dias úteis durante o qual os cidadãos poderão remeter à Câmara Municipal de Lisboa sugestões, exposições ou outras considerações sobre a proposta das novas regras acerca do estacionamento e paragem na via pública em todo o concelho, nomeadamente a criação das novas zonas “castanha” e “preta” em locais de maior pressão de estacionamento.

Até 30 de setembro, todos poderão “expressar uma opinião livre e fundamentada” acerca do chamado “Regulamento Geral de Estacionamento e Paragem na Via Pública da Cidade de Lisboa”, que será publicado na área “Lisboa em Debate” do site da Câmara Municipal de Lisboa. “As sugestões ou observações devem ser enviadas para o endereço [email protected] ou por correio postal para Rua Alexandre Herculano n.º 46 – 4ª piso 1269-054 Lisboa”, disse ao ECO fonte oficial da Câmara Municipal de Lisboa.

Como o ECO avançou em julho, uma das principais novidades prende-se com a criação de duas novas zonas de estacionamento. As zonas “castanha” e “preta” estarão localizadas nas zonas do concelho em que há mais carros e custarão, respetivamente, dois e três euros por cada hora, até um máximo de duas horas. Trata-se de uma subida de preços, tendo em conta que as zonas “vermelhas”, que são atualmente as mais caras, têm um custo de 1,60 euros por hora. Em relação à EMEL, passará a ter luz verde para operar durante todo o dia, ao invés do que acontece até agora.

A Câmara Municipal de Lisboa pretende ainda que as famílias numerosas residentes em Lisboa, que tenham três filhos e o mais novo seja um bebé com até 24 meses, tenham direito a um lugar reservado para estacionamento à porta de casa. As restantes terão direito à oferta do primeiro dístico de estacionamento. Além disso, o Executivo tenciona beneficiar os residentes que não têm carro, através de uma medida para que os residentes que usem serviços de carros partilhados possam estacionar junto de casa.

Estacionar em Lisboa vai ser diferente. O que muda?

http://videos.sapo.pt/poMik8AVESCUjvyuFMbq

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Destino das condecorações de Berardo conhecido no fim do mês

"Espero entregar o documento que me foi solicitado no final de agosto", disse ao ECO Mota Amaral. O documento será depois apreciado pelo Conselho das Ordens, que terá a palavra final.

Mota Amaral deverá entregar no final de agosto a nota de culpa que pode levar à retirada das condecorações atribuídas ao empresário madeirense Joe Berardo, no âmbito do processo que foi aberto.

O Conselho das Ordens Nacionais decidiu em maio abrir este processo depois da audição do empresário na comissão de inquérito à recapitalização do banco público, em resposta ao pedido dos deputados da comissão, que criticaram duramente a postura do empresário.

O antigo presidente da Assembleia da República foi o escolhido por Manuela Ferreira Leite como instrutor deste processo que irá avaliar se houve ou não violação dos deveres dos membros das Ordens. Caso se confirme essa violação, o empresário poderá perder as condecorações que lhe foram atribuídas por António Ramalho Eanes, em 1985, e Jorge Sampaio, em 2004: comenda da Ordem do Infante D. Henrique e a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.

“Espero entregar o documento que me foi solicitado no final de agosto”, disse ao ECO Mota Amaral. O documento será depois apreciado pelo Conselho das Ordens que decidirá se houve, ao não, violação dos deveres. Mota Amaral recusou dar qualquer indicação quanto ao seu sentido em que vai o seu parecer.

Espero entregar o documento que me foi solicitado no final de agosto.

Mota Amaral

É depois desta primeira avaliação que o empresário será ouvido. De acordo com as regras do Conselho das Ordens, “no processo disciplinar é diligência impreterível a audiência do arguido, ao qual deve ser entregue nota de culpa e facultada a apresentação de defesa”. Um passo que ainda não foi dado de acordo com Mota Amaral e o próprio empresário.

“Ainda não houve nada”, disse o empresário ao ECO, recusando fazer quaisquer outros comentários sobre os casos em que está envolvido, lembrando que “está tudo nas mãos dos advogados”. O ECO confirmou junto dos mesmos que o empresário ainda não recebeu qualquer notificação do tribunal relativamente aos três arrestos que já foram noticiados. Em causa está o arresto decretado na sequência de uma providência cautelar interposta pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), o BCP e o Novo Banco.

Caso a nota de culpa relativa às condecorações seja “julgada procedente, é imposta ao arguido, conforme a gravidade da falta e do desprestígio causado à Ordem, a sua admoestação ou irradiação”. No primeiro caso, caberá a Manuela Ferreira Leite, enquanto chanceler, repreender Berardo “pessoalmente ou por escrito”; já no caso da retirada dos dois graus de comendador, o processo é mais distanciado, havendo lugar à publicação de um alvará em Diário da República.

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Governo alertado para possível bloqueio da ponte 25 de Abril no dia do arranque da greve dos motoristas

Alerta chegou esta terça-feira. O movimento dos coletes amarelos vai juntar-se ao protesto dos motoristas. O objetivo é fazerem uma marcha lenta na ponte 25 de abril e na A1 e uma manif no Parlamento.

O Governo foi alertado esta terça-feira para a possibilidade de, no dia 12 de agosto, além da greve dos motoristas, o país ser confrontado com um bloqueio da ponte 25 de Abril e uma marcha lenta nas autoestradas que ligam Lisboa ao Porto (A1) e Lisboa ao Algarve (A2), soube o ECO. Uma ação conjunta dos motoristas de matérias perigosas e do movimento dos coletes amarelos.

O aviso foi dado na manhã de terça-feira na reunião semanal do Centro de Coordenação Operacional Nacional, que decorreu na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide.

Nas redes sociais, o movimento dos coletes amarelos já deu as coordenadas para a ação de protesto. Os pontos de encontro são no McDonald’s de Corroios e no Parque Intermodal Malveira às oito da manhã para iniciar a marcha lenta às 9h30 e chegar à Assembleia da República às 11 da manhã de segunda-feira.

Os posts do movimento têm sido frequentemente atualizados e sempre a apelar à adesão de todos para “reforçar a greve dos camionistas”, “por melhores condições de trabalho” para os bombeiros, “em protesto contra a corrupção nacional” e ainda “contra o aumento do preço dos combustíveis”.

Os sindicatos, que avançaram com um pré-aviso de greve, criticaram fortemente a decisão do Executivo em avançar com serviços mínimos que oscilam entre os 50% e os 100% (para hospitais, Proteção Civil e aeroportos, por exemplo). Ambos optaram por impugnar judicialmente esta decisão, e os motoristas de matérias perigosas vão avaliar junto dos sócios o cumprimento ou não dos serviços mínimos decretados.

A questão é que, nas palavras de Pardal Henriques, vice-presidente do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), “cumprir os serviços mínimos é possível se não houver greve”. Em reação às medidas anunciadas pelo Governo, o advogado frisou que se está perante “uma ditadura do tudo posso” e que a “greve é só de nome”. Questionado se os serviços mínimos decretados são uma anulação da greve, Pardal Henriques foi veemente: “Obviamente”.

Perante o grau de exigência destes serviços é expectável que os efeitos da greve sejam muito menores face ao antecipado pelos sindicatos de motoristas. Com base no antecedente da greve de abril, o Governo não arrisca que a greve possa, de facto, parar o país, tendo em conta que os portugueses estão, na sua maioria, em férias e, a agricultura, por exemplo, está em época de colheitas de muitas culturas.

Marcelo Rebelo de Sousa alertou os motoristas para os riscos de a forma de luta escolhida ser excessiva e que isso possa gerar incompreensão junto dos portugueses. O direito à greve está previsto na Constituição, lembrou o Chefe de Estado, mas para “que esse direito seja eficaz deve utilizar os meios mais adequados para que os fins tenham sucesso”. “Não basta que os fins sejam legítimos, é preciso que os meios não venham prejudicar os fins”, frisou.

A bola está agora do lado dos sindicatos: manter a greve, voltar à mesa das negociações, ou simplesmente desconvocar a greve, dada a dimensão dos serviços mínimos decretados. O Sindicato Independente de Motoristas de Mercadorias (SIMM) tem uma reunião agendada para esta quinta-feira para avançar para os tribunais, uma opção que acabou também por ser escolhida pelo SNMMP, segundo avançou a RTP. Os motoristas das matérias perigosas têm um plenário no sábado — inicialmente previsto para analisar as contrapropostas que os patrões (a Antram) viessem a fazer ao conjunto de quatro a cinco pontos que para o sindicatos eram indispensáveis para desconvocar a greve, mas perante as declarações de Pardal Henriques é possível que a estrutura sindical marque um reunião extraordinária antes.

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Novabase propõe prémios aos colaboradores com base no desempenho das ações

  • Lusa
  • 7 Agosto 2019

Empresa tecnológica vai propor aos acionistas um plano de médio ou longo prazo de atribuição de uma remuneração variável a administradores e colaboradores com base no desempenho das ações da empresa

A tecnológica Novabase vai propor, na assembleia-geral do dia 26 de setembro, “um plano de médio ou longo prazo de atribuição de uma remuneração variável” a administradores e colaboradores com base no desempenho das ações da empresa.

Num conjunto de comunicados enviados à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), nos quais a Novabase detalha cada um dos pontos da assembleia-geral, a empresa justifica que a possível “implementação de um plano desta natureza, destinado aos membros do Conselho de Administração da sociedade e a colaboradores da Novabase ou de outras sociedades do grupo Novabase, afigura-se como uma forma de remuneração que permite fidelizar os colaboradores quer da sociedade quer do grupo”, bem como “estimular a sua capacidade criativa e produtividade”.

A empresa acredita ainda que esta estratégia poderá “favorecer a manutenção e/ou contratação de quadros dirigentes e trabalhadores de elevado potencial e valor estratégico, fomentando os resultados empresariais”, segundo o mesmo documento.

Na assembleia-geral de setembro, a Novabase irá ainda propor uma redução de capital, seguida de aumento do mesmo (operação harmónio), anunciou a empresa.

A operação de redução de capital, de 15,7 milhões de euros para 11,3 milhões de euros, tem como objetivo a “libertação de excesso de capital, a efetuar através da redução do valor nominal da totalidade das ações representativas do capital” de 50 cêntimos para 36 cêntimos, adiantou o grupo.

Em seguida, a empresa propõe aos acionistas levar a cabo um aumento de capital, de 11,3 milhões de euros para 54,6 milhões de euros, por incorporação de 43,3 milhões de euros “da reserva de prémios de emissão, mediante o aumento do valor nominal da totalidade das ações representativas do capital social no valor de 1,38 euros”, passando cada título a ter um preço de 1,74 euros, segundo o grupo.

A assembleia-geral irá ainda deliberar sobre um programa de recompra de ações próprias, a eleição de um novo membro para o Conselho de Administração, o balanço intercalar de 30 de julho deste ano e a proposta de distribuição de reservas e resultados acumulados.

Em julho, a Novabase anunciou que tinha registado 1,6 milhões de euros de lucro no primeiro semestre, mais 16,2% do que em igual período do ano anterior.

De acordo com a informação remetida à CMVM, no período de referência, o resultado antes de impostos, juros, amortizações e depreciações (EBITDA) fixou-se em quase cinco milhões de euros (4,98 milhões de euros), o equivalente a uma subida homóloga de 52,5%.

O volume de negócios da empresa que se dedica às tecnologias da informação avançou 8,2% para 74,7 milhões de euros.

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Portugueses já enchem o depósito. “É da ansiedade”

O ECO passou por alguns postos de combustível no centro de Lisboa. A afluência tem vindo a aumentar desde segunda-feira e já começaram as filas para atestar o depósito.

Já há filas para abastecer nos postos de combustível no centro de Lisboa. O receio da greve dos motoristas de matérias perigosas marcada para dia 12 e o impasse nas negociações entre sindicatos e patrões fez soar o alarme desde o início da semana.

No posto da BP perto da Basílica da Estrela há um funcionário a gerir o tráfego dos automóveis que chegam para abastecer. “Já se nota muito mais afluência desde ontem. Já esgotámos os jerricãs hoje e mandámos vir mais. É da ansiedade“, afirma ao ECO, entre sorrisos.

Fila na BP perto da basílica da EstrelaHugo Amaral/ECO

Algumas centenas de metros mais acima, já em Campo de Ourique, o funcionário do posto da Galp acabava de encher três garrafões de 20 litros de gasóleo. “Isto tem sido uma loucura hoje”, diz-nos. A meio da tarde o posto tinha uma fila de automóveis anormal à espera para abastecer.

Cinco litros para abastecer uma scooter.Hugo Amaral/ECO

Na Galp do Campo Pequeno, o cenário não era diferente. Mas as filas não preocupam o funcionário do posto. “Podem vir à vontade que a gasolina não vai acabar hoje! Mas que venham com calma. Ainda há pouco iam andando à porrada por causa da fila”. Poucos quilómetros mais à frente, na zona de Alvalade, mais do mesmo. Filas para abastecer no posto de combustível da Prio. “As pessoas já não metem nem dez nem 20 euros. É tudo para atestar”, conta-nos a funcionária.

Fila para abastecer na Prio a meio da tarde de quarta-feiraHugo Amaral/ECO

Este era o cenário, a meio da tarde de quarta-feira, nos postos no centro de Lisboa. O posto de combustível low-cost da Rede Energia no Campo Grande não foge à regra. Dizem-nos que desde domingo que se nota mais afluência e que não é normal nesta altura em agosto. “Os chineses já não têm jerricãs. Estão a mandar vir às toneladas”, brincam os dois funcionários, enquanto enchem os depósitos dos automóveis à frente de uma fila com quase duas dezenas de veículos.

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Wall Street no verde. Investidores à procura de “pechinchas”

Ações norte-americanas encerraram com ganhos ligeiros, com os investidores a aproveitarem recentes quedas para irem em busca de ações com valores atrativos. Ainda assim, os sinais de alerta mantêm-se.

Após perdas de mais de 1% no início do dia, Wall Street inverteu e acabou por encerrar com ganhos ligeiros. Muitos investidores terão aproveitado para ir em busca de “pechinchas” após um período de seis sessões de perdas. Ainda assim os sinais de alerta mantêm-se com o ouro a brilhar acima dos 1.500 dólares e o petróleo em derrapagem até bem próximo dos 50 dólares.

O S&P 500 avançou uns ligeiros 0,08% enquanto o Nasdaq somou 0,38%. Apenas o Dow Jones destoou, mas com uma perda de apenas 0,09%.

“Como cortamos as perdas para metade pela hora do almoço e continuamos a subir, tornou-se uma questão de os compradores continuarem a comprar ações que sentem que foram excessivamente vendidas ao mesmo tempo que havia falta de vendedores” afirmou Michael James, diretor do departamento de negociação de ações da Wedbush Securities, para justificar a ligeira recuperação observada em Wall Street nesta sessão.

Apesar disso, os sinais de alerta mantiveram-se nas bolsas norte-americanas, com os receios dos investidores face ao impacto da guerra comercial sobre a evolução da economia a refletir-se na queda dos juros da dívida soberana norte-americana. No prazo a 30 anos aproximaram-se de mínimos históricos.

O nervosismo dos investidores também foi percetível no que respeita à procura de ouro como ativo refúgio, com o preço da onça a ultrapassar pela primeira vez nos últimos seis anos a fasquia dos 1.500 dólares.

Em compensação, o petróleo chegou a resvalar 5%, com o barril de crude a ficar próximo da fasquia psicológica dos 50 dólares.

A Walt Disney destacou-se pela negativa na sessão norte-americana, com uma queda de quase 5%, depois de ter reportado resultados que ficaram aquém das estimativas dos analistas.

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Samsung não dobra, mas desdobra Note. Veja os topo de gama

A Samsung atualizou o segmento mais musculado da gama Galaxy e apresentou os Note 10 e Note 10+. Não têm entrada para auscultadores nem botão para desligar, mas meia hora de carga dá para um dia.

Seis meses depois de ter apresentado o primeiro telemóvel dobrável do mercado, a Samsung volta a dobrar telemóveis. Só que, desta vez, fê-lo de outra forma: ao invés de um único modelo da gama Galaxy Note, a marca decidiu fazer diferente e desdobrar o modelo em dois. Chegaram os novos Note 10 e Note 10+.

São dois telemóveis topo de gama que, como é habitual, foram desenhados a pensar num segmento mais empresarial. A empresa sul-coreana também pensou nos “influenciadores”, desenhando dois modelos mais adaptados não só para o trabalho como ainda para o entretenimento e a criação de conteúdo. A marca pretende, deste modo, captar de uma só vez estes dois nichos de mercado tendencialmente mais exigentes.

À esquerda, o Galaxy Note 10. À direita, o Note 10+.Flávio Nunes/ECO

A principal diferença entre as duas versões do novo Note é mesmo o tamanho. O Note 10 conta com um ecrã de 6,3 polegadas, enquanto o do Note 10+ tem 6,8 polegadas. Ambos são ecrãs com margens muito finas e tecnologia AMOLED, o que lhes confere cores mais garridas, brilhantes e fiéis ao original. Em termos comparativos, o Note 10 é ligeiramente menor do que o parente próximo Galaxy S10+, mas é maior do que o S10, ambos já no mercado.

Para os menos entendidos no universo mobile da Samsung, as gamas S e Note podem ser facilmente confundidas. A grande diferença prende-se na caneta integrada nos smartphones Note, que não existe na gama S. Na apresentação aos jornalistas em Amesterdão, na Holanda, a marca admitiu isso mesmo: a existência da caneta é a principal razão invocada pelos clientes que preferem a gama Note à gama S. Por isso, os Note costumam ser telemóveis que, além de maiores, tendem a ser mais caros.

A caneta S Pen é a principal diferença entre a gama Note e a gama S.Flávio Nunes/ECO

Meia hora de carga, um dia de utilização

Como são telemóveis maiores, os Note também carregam em si baterias com maior capacidade do que o normal. A do Note 10 tem 3.500 mAh, enquanto a do Note 10+ conta com uma bateria de 4.300 mAh, melhor até do que a do Galaxy S10+. A Samsung aprimorou o software para obter uma gestão mais inteligente da energia, pelo que a empresa promete que os novos Note aprendem com a utilização. Por outras palavras, mantêm-se “vivos” durante mais tempo.

Outra melhoria reside na velocidade de carregamento. Esqueceu-se de ligar o telemóvel à tomada durante a noite? Não é um problema: basta meia hora de carregamento para obter um dia inteiro de utilização, promete a Samsung. Claro que a estimativa depende da utilização que der ao smartphone.

Em termos comparativos com o anterior Note 9, o Note 10 tem algumas melhorias incrementais: uma capacidade de processamento 33% superior e uma unidade gráfica com 42% mais capacidade, de acordo com cálculos da empresa. Em termos de memória RAM, o Note 10 tem 8 GB, enquanto a versão mais musculada conta com 12 GB.

Mais leves e com suporte ao 5G

O ECO já experimentou os novos Note e uma das características que se destaca logo é a leveza destes novos smartphones. Outra é a “pinta” preta no topo do ecrã, mesmo a meio — num primeiro olhar menos atento, pode dar a ideia de que o ecrã está danificado. Mas não é mais do que a câmara das selfies. No breve teste que fizemos, constatámos que qualidade do sensor é muito satisfatória.

Pormenor da câmara frontal, localizada a meio do ecrã.Flávio Nunes/ECO

Quanto às câmaras traseiras, depende do aparelho. O Note 10 tem três câmaras muito versáteis, que servem praticamente todas as ocasiões: uma é a lente dita “normal”, mas há também uma grande-angular e uma teleobjetiva. O Note 10+ conta igualmente com estas três câmaras, mas tem ainda um quarto sensor que usa lasers para gerar imagens com maior profundidade.

É por isso que um dos enfoques da Samsung na promoção dos Note são os vídeos com profundidade, uma funcionalidade a que a marca chamou de Live Focus, ou seja, foco em tempo real. E boas câmaras pedem boas capacidades de edição de vídeo. É por isso que os Note integram um editor de vídeo avançado, desenvolvido pela marca sul-coreana, mas também o Adobe Rush, uma app de edição de vídeo que deriva do Adobe Premiere, o conhecido software profissional de edição audiovisual.

Em termos de conectividade, a marca considerou importante lançar uma versão do Note 10+ com suporte ao 5G. Trata-se de uma terceira versão do Note, com conectividade de quinta geração, mas que só estará disponível em alguns mercados, entre os quais, para já, não se encontra o português.

Sem botão para desligar nem entrada para auscultadores

A par das novas funcionalidades, os Note ficam marcados por duas ausências de peso. Uma é o chamado power button, isto é, o botão para desligar: agora, se pressionar o botão de desbloqueio, invocará a Bixby, que é a alternativa da Samsung à assistente virtual Siri presente nos iPhones. A marca passa uma mensagem de que desligar é cada vez menos necessário, pelo que, se quiser adormecer os novos Note, terá de carregar no botão de desbloqueio e no do volume ao mesmo tempo.

A segunda ausência inesperada é a entrada para auscultadores. Numa era em que os headphones sem fios são cada vez mais comuns, a Samsung disse “basta” e removeu, finalmente, a tradicional entrada para auscultadores, seguindo uma tendência lançada pela Apple há alguns anos. A opção, como se sabe, não é consensual e poderá não agradar a alguns utilizadores.

É assim a base do Note 10: microfone, entrada USB-C, auscultador e caneta. Não tem entrada para auscultadores.Flávio Nunes/ECO

Em contrapartida, os novos telemóveis têm Bluetooth 5.0, que é mais fiável e permite manter a ligação por uma distância superior, o que representa uma melhoria num telemóvel que privilegia o wireless em detrimento dos fios. Quanto aos altifalantes, os Note integram duas colunas estéreo, desenvolvidas pela conceituada marca AKG.

Tanto o Note 10 como o Note 10+ (lê-se plus) estão disponíveis em três cores. Duas delas são o branco e o preto. A terceira cor é a rosa no caso da versão menos musculada… e uma versão glow, que brilha em vários tons consoante o ângulo em que se olha, no caso da versão maior. Há uma semana, o ECO questionou a Samsung acerca dos preços destes novos aparelhos. No entanto, a empresa não forneceu essa informação a tempo de fecho deste artigo.

O ECO viajou para Amesterdão a convite da Samsung Portugal.

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Sindicato independente: “Vamos impugnar judicialmente estes serviços mínimos”

Sindicato independente diz que serviços mínimos impostos pelo Governo significam que "cada dia de greve será um dia normal de trabalho" e anunciam que vão impugnar judicialmente decisão.

O Sindicato Independente de Motoristas de Mercadorias (SIMM) vai tentar impugnar judicialmente os serviços mínimos agora decretados pelo Governo para a paralisação de motoristas de 12 de agosto, avançou Anacleto Rodrigues ao ECO.

“Vamos impugnar judicialmente estes serviços mínimos, para os travar. Isto são serviços máximos, significam que a greve não será mais do que um dia normal de trabalho”, considerou o dirigente do SIMM. “O Governo ao dar este passo coloca em causa o direito à greve, que está consagrado na Constituição da República Portuguesa.”

O Executivo anunciou esta quarta-feira que, na greve convocada para começar a 12 de agosto, os motoristas dos sindicatos independentes terão de assegurar entre 50% e 75% de serviços mínimos, dependendo do tipo de mercadorias em questão, além de 100% de serviços essenciais. O grau elevado de “mínimos” decidido pelo Executivo justifica-se pelo facto da paralisação ter sido decretada “por tempo indeterminado” e pelos vários impactos que a greve pode representar para a economia nacional, justificou Vieira da Silva, ministro do Trabalho

No entender do SIMM, a imposição de serviços mínimos tão elevados vem também extirpar “mais um direito” aos motoristas, isto quando estes já são poucos. “Tínhamos o direito à greve e a ter um salário… e agora tiram-nos mais um”, apontou Anacleto Rodrigues. “Estes serviços mínimos não são para proteger os cidadãos”, acusou. “O que o Estado fez foi para proteger os interesses económicos de alguns grandes grupos económicos.”

O SIMM deverá reunir esta quinta-feira para avançar para os tribunais.

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Novo Banco vendeu carteiras de imóveis e malparado por 258 milhões

A venda à Waterfall Asset Management e ao Cerberus Capital Management de duas carteiras avaliadas em perto de 800 milhões de euros, foi concretizada com um desconto face a essa quantia.

O Novo Banco anunciou a venda de duas carteiras de imóveis e crédito malparado no início da semana, dando agora conta ao mercado que o negócio foi feito por um montante global de cerca de 258 milhões de euros, 30% da respetiva avaliação.

Ao Cerberus foi vendido o “Projeto Sertorius”, tal como o ECO avançou em final de julho, uma carteira com um valor bruto contabilístico de 487,8 milhões de euros composta por 195 imóveis agregados, que se traduzem em 1.228 unidades individuais, com usos industrial, comercial, terrenos e residencial, incluindo estacionamentos.

De acordo com comunicado publicado no site da CMVM nesta quarta-feira, o banco liderado por António Ramalho revela que “o valor de venda da carteira a entidades indiretamente detidas por fundos geridos pela Cerberus Capital Management, ascendeu a 159 milhões de euros“.

O outro negócio diz respeito à venda à Waterfall Asset Management de uma carteira de ativos imobiliários e crédito não produtivo designada por “Projeto Albatroz””. A carteira foi contabilizada como tendo um valor bruto contabilístico de 308 milhões de euros, segundo o Novo Banco. Relativamente a esta operação, o valor de venda “ascendeu a 98,7 milhões de euros“, diz o comunicado do banco.

Somando dois valores acordados na venda das duas operações, estas ficam avaliadas em 258 milhões de euros, este valor representa 32,25% dos 800 milhões de euros a que estavam avaliadas.

“Estas operações não tiveram efeitos adicionais na conta de exploração face à valorização dos ativos nas contas do Novo Banco de 30 de junho de 2019 na medida em que já refletem o montante de 228,7 milhões de euros de provisões no semestre relacionadas com as referidas vendas de ativos”, dá conta o Novo Baco nesta quarta-feira.

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