Banco de Portugal também corta previsão para economia. Vê PIB a crescer 1,7% este ano

A instituição liderada por Carlos Costa reduziu em uma décima a previsão de crescimento para Portugal este ano. Pressão sobre Governo sobe a menos de um mês do Programa de Estabilidade.

O Banco de Portugal juntou-se às restantes instituições no corte da previsão de crescimento para 2019 para a economia portuguesa, reduzindo-a em uma décima para 1,7%, igualando a projeção da Comissão Europeia. Portugal cresce mais que a Zona Euro, mas os progressos de convergência são “ligeiros”, avisa a instituição liderada por Carlos Costa.

O número consta do Boletim Económico, divulgado esta quinta-feira, onde o banco central atualiza as previsões para a economia portuguesa. Este exercício merece especial atenção numa altura em que o Governo prepara um novo cenário macroeconómico até 2023 que enviará para Bruxelas em abril no Programa de Estabilidade.

O Conselho das Finanças Públicas é neste momento a instituição mais pessimista quanto ao desempenho da economia portuguesa este ano, ao apontar para um crescimento de 1,6%. Na escala dos mais pessimistas para os mais otimistas, a Comissão Europeia e agora o Banco de Portugal encontram-se um lugar acima, ao prever um crescimento do PIB de 1,7%.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) aponta para 1,8%, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) prevê 1,9% e o Governo português projeta 2,2%.

As várias previsões para Portugal em 2019

Esta previsão será revista agora em abril quando o Governo apresentar o Programa de Estabilidade para os anos de 2019-2023. O ministro das Finanças já tinha indicado poder cortar em duas décimas a taxa de crescimento do PIB, apontando para 2%. Mas na entrevista que deu à SIC evitou ficar agarrado a um número. “Não gostaria que ficássemos presos no valor de 2%. Pode ser 2,1%, pode ser 1,9%”, afirmou.

O corte na previsão face aos 1,8% projetados em dezembro pelo Banco de Portugal é acompanhado de uma alteração na composição do crescimento com a procura interna a ganhar importância, suportada pelo consumo privado.

Apesar da revisão em baixa, o banco central vê Portugal a crescer acima da Zona Euro, embora esta relação seja vista como curta. “O crescimento projetado é superior ao recentemente publicado pelo Banco Central Europeu para a área do euro [de 1,1%], o que se traduz em progressos ligeiros no processo de convergência da economia portuguesa para os níveis médios de rendimento da área do euro“, diz o Banco de Portugal no boletim.

Para 2020 e 2021, o Banco de Portugal antevê crescimentos semelhantes de 1,7% e 1,6%, com a economia a aproximar-se do seu potencial de crescimento depois de ter atingido o ponto máximo em 2017, quando o PIB cresceu 2,8%.

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Abrandamento no euro pode cortar PIB português para 1%

Banco central reviu previsões em baixa e está preocupado com um eventual abrandamento da Zona Euro e fez as contas: no melhor dos cenários, economia cresceria 1,6%. No pior, apenas 1%.

Para além de rever em baixa as suas previsões para o crescimento económico, que já eram mais pessimistas que as do Governo, o Banco de Portugal alertou para o risco de as economias dos principais parceiros comerciais de Portugal não crescerem tanto quanto o esperado este ano e fez as contas: no melhor dos cenário a economia portuguesa cresceria 1,6%. No pior, cresceria apenas 1%, menos de metade do esperado pelo Governo.

A economia já está a abrandar e o próprio Governo o reconhece. Mário Centeno voltou a antecipar, agora em entrevista à SIC, uma revisão em baixa do crescimento económico este ano para cerca de 2%, quando entregar o Programa de Estabilidade em Bruxelas, em abril. “O impacto que neste momento projetamos, até porque a economia portuguesa no primeiro trimestre está a comportar-se muito melhor do que estava no trimestre anterior, é uma atualização relativamente aceitável, idêntica aquela que tivemos na revisão do PIB do final do ano passado. Foram duas décimas. Não gostaria que ficássemos presos no valor de 2%. Pode ser 2,1%, pode ser 1,9%…“, disse.

No Boletim Económico que publica esta quinta-feira, o Banco de Portugal reviu para 1,7% a sua projeção para o crescimento da economia em 2019 e acrescentou ainda um texto onde calcula o impacto na economia portuguesa de este abrandamento se prolongar mais que o esperado.

“Ao longo do horizonte de projeção anteveem-se riscos descendentes para a atividade associados ao enquadramento internacional. Estes riscos estão associados à possibilidade da recente perda de dinamismo da economia da área do euro – que concentra os principais mercados de exportação de Portugal – refletir fatores de natureza mais persistente, à intensificação das políticas protecionistas, ao agravamento de tensões geopolíticas e a uma desaceleração mais acentuada da economia chinesa”, diz o banco central.

"Ao longo do horizonte de projeção anteveem-se riscos descendentes para a atividade associados ao enquadramento internacional. Estes riscos estão associados à possibilidade da recente perda de dinamismo da economia da área do euro – que concentra os principais mercados de exportação de Portugal – refletir fatores de natureza mais persistente, à intensificação das políticas protecionistas, ao agravamento de tensões geopolíticas e a uma desaceleração mais acentuada da economia chinesa.”

Banco de Portugal, Boletim Económico de Março

Para isso, a instituição liderada por Carlos Costa criou dois cenários, mas tendo em conta apenas o impacto de um abrandamento da procura externa dirigida à economia portuguesa.

No melhor dos cenários, estima-se que a economia portuguesa cresça apenas 1,6% este ano e 1,4% no próximo ano, caso a economia da zona euro não acelere na segunda metade do ano, isto tendo em conta apenas o impacto na procura externa da manutenção de um crescimento mais baixo na zona euro. Ou seja, o Banco de Portugal não teve em conta o impacto da incerteza nas decisões de investimento dos agentes económicos nem nas taxas de juro, mas também das respostas dos decisores políticos ou do BCE a um eventual abrandamento.

No cenário mais pessimista, mas também menos provável, a economia portuguesa cresceria apenas 1% em 2019 e novamente 1% em 2020. Este cenário mais pessimista conta, além do abrandamento da economia da zona euro, com a intensificação das políticas protecionistas e o agravamento das tensões geopolíticas, um abrandamento da economia chinesa e a diminuição das relações comerciais entre o Reino Unido e a União Europeia, na sequência do Brexit.

Apesar de menos provável, algumas destas variáveis do cenário mais pessimista já estão a ganhar forma, como é o caso do abrandamento da economia chinesa, e a incerteza sobre a forma como o Reino Unido sairá da União Europeia e a futura relação com o bloco europeu, numa altura em que o cenário de saída sem acordo ganha mais força, e todos estes fatores podem ter impacto na evolução da economia portuguesa.

“A economia portuguesa também pode ser afetada por riscos associados a um aumento da turbulência nos mercados financeiros e a um recrudescimento de tensões nos mercados da dívida soberana na área do euro. Se estes riscos se materializarem, as exportações e a procura interna serão negativamente afetadas e a evolução do saldo das contas externas poderá ser desfavorável. O aumento da incerteza a nível global, para o qual contribui, por exemplo, o processo de saída do Reino Unido da União Europeia, constitui uma ameaça à confiança dos empresários, podendo conduzir ao adiamento de investimentos”, acrescenta o banco central.

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“Aceito todas as auditorias que sejam necessárias”, diz António Ramalho

  • ECO
  • 28 Março 2019

O presidente do Novo Banco diz que todas as auditorias são bem-vindas e que se trata de um "banco sustentável".

Para o presidente do Novo Banco, todas as auditorias às vendas do Novo Banco são bem-vindas, uma vez que os acionistas não podem comprar ativos ou fazer contratos com a instituição. Em entrevista à Sic, António Ramalho disse que recuperou 1.500 milhões de euros em créditos problemáticos, números que, nas suas palavras, “são reais e não são conversa”.

“Todas as auditorias que sejam necessárias”, afirmou o presidente do Novo Banco, quando questionado se aceitaria uma auditoria às vendas dos ativos que estão a ser vendidos abaixo do valor que consta no balanço e ao momento atual da vida do banco. “O contrato proíbe terminantemente que algum acionista, seja ele qual for, possa comprar ativos do banco ou possa fazer contratos com o banco”, explicou.

Sobre os 44 créditos mais problemáticos da instituição bancária, António Ramalho apresentou números que, segundo disse, “são reais e não são conversa”. “Em junho de 2016, eu tinha no meu balanço 4.250 milhões de euros de crédito vencido. Neste momento tem 2.658 milhões, recuperámos 1.500 milhões: 1.000 milhões em cash, 400 milhões em dação de imóveis e só 300 milhões com imparidades”, detalhou.

Dois anos antes, em 2014, “quando o banco tinha uma exposição líquida de 386 milhões de euros a clubes de futebol”, tendo neste momento “64 milhões”, o Novo Banco recuperou, neste montante, “um valor superior a 150 milhões de euros em cash”.

O presidente da instituição referiu-se ao Novo Banco como um “banco sustentável”, sendo esse o compromisso para com os clientes. “É para isso que nós solicitámos o apoio ao Estado e aos obrigacionistas, é para isso que temos um acionista que nos injetou um milhão de euros e é essa atividade que nós estamos a tentar desenvolver e a tentar colocar no mercado em termos do serviço que prestamos”, rematou.

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Lisboa em alta ligeira. Energia e papeleiras suportam

O índice PSI-20 segue com ganhos ligeiros, numa sessão mista na Europa. Em Lisboa, são os títulos dos setores da energia e do papel a suportarem a praça lisboeta em terreno positivo.

A bolsa lisboeta dá continuidade a duas sessões de ganhos nesta quinta-feira, mas com uma subida muito tímida. O ligeiro avanço do PSI-20 é suportado pelos setores da energia e do papel.

O PSI-20 iniciou a sessão a subir 0,01%, para os 5.168,91 pontos, num dia em que os principais índices europeus se dividem entre ganhos e perdas ligeiras.

O índice lisboeta segue agora a valorizar 0,1%, com a Pharol a destacar-se na liderança. As ações da empresa liderada por Palha da Silva sobem 3,15%, para os 19,66 cêntimos.

Contudo, são as papeleiras e as energéticas que mantêm o PSI-20 acima da linha de água. As ações da Altri e da Navigator somam 1,02% e 0,7%, respetivamente, para os 6,91 e 4,054 euros.

Já a EDP Renováveis avança 0,54%, para os 8,445 euros, enquanto a Galp Energia ganha 0,35%, para os 14,23 euros, em contraciclo com as cotações do petróleo que recuam nos mercados internacionais.

A EDP destoa, com as suas ações a figurarem no conjunto dos títulos que estão no vermelho. As ações da elétrica recuam 0,46%, para os 3,474 euros. Próximo deste registo está o BCP que vê os seus títulos perderem 0,44%, para os 22,81 cêntimos, após um disparo de quase 4% na sessão anterior.

(Notícia atualizada as 8h32 com mais informação)

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Fundo Elliott quer manter limites aos direitos de voto na EDP e travar OPA dos chineses

Elliott quer incluir novo ponto na ordem de trabalhos da próxima Assembleia Geral Anual para manter a atual limitação de 25% nos direitos de voto dos acionistas da EDP.

O Fundo Elliott quer incluir novo ponto na ordem de trabalhos da próxima Assembleia Geral para manter a atual limitação de 25% nos direitos de voto dos acionistas da EDP, independentemente da sua participação. No entender do fundo, se os acionistas votarem a favor da blindagem dos estatutos isso determinará o fim imediato da OPA.

“No seu pedido apresentado ao vice-presidente da mesa da assembleia geral da EDP em 27 de março de 2019, a Elliott propôs um ponto da ordem de trabalhos para a assembleia geral de 24 de abril de 2019, no âmbito do qual os acionistas poderão votar sobre se a EDP deverá eliminar o limite de 25% dos direitos de voto de qualquer acionista, sendo esta alteração condicionada ao sucesso da Oferta da CTG. Ao requerer esta votação, a Elliott esclarece que pretende votar contra a alteração e recomenda que todos os demais acionistas façam o mesmo. Caso a deliberação não obtenha uma maioria qualificada de dois terços dos acionistas presentes na Assembleia Geral Anual de 24 de abril de 2019, o limite de voto permanecerá em vigor. Tal resultado deve não só permitir o fim imediato da Oferta na sua forma atual, como também proporcionar à sociedade a certeza necessária para planear o futuro”, pode ler-se no comunicado enviado ao mercado.

“No caso da EDP, a eliminação do limite máximo constituiria um sinal de apoio a uma aquisição pelo maior acionista sem o pagamento de um prémio adequado”, contextualiza o fundo Elliot, acrescentando que no caso de os acionistas rejeitarem a eliminação do limite máximo de voto, “não estaria verificada uma condição necessária ao lançamento da Oferta”. Mas vai mais longe, dizendo que caso a CTG não renuncie imediatamente a essa condição, considera que “haveria fundamento suficiente para que as autoridades portuguesas coloquem termo à oferta”.

Há dez meses que a China Three Gorges, a maior acionista da EDP, lançou uma oferta pública de aquisição (OPA) pelo restante capital, mas tem enfrentado vários obstáculos junto dos reguladores, mas também do Fundo Elliott, que conta apenas com uma participação de 2,29% na elétrica, que já se manifestou várias vezes contra esta OPA. E perante essa oposição até enviou em fevereiro uma carta à EDP onde expôs as razões pelas quais considera que esta operação será negativa para a empresa e sugeriu algumas opções de estratégia.

Uma opção que segundo o próprio Fundo já teve consequências: “A Elliott tem sido encorajada pela resposta construtiva recebida de um conjunto diversificado de stakeholders“, diz o comunicado.

O Fundo Elliott, desde o lançamento da OPA em maio de 2018, considera que a contrapartida de 3,26 euros por ação oferecida pela CTG é demasiado baixa e que “subavalia significativamente” a empresa. “Para prosseguir uma estratégia e um plano mais ambicioso para o futuro, a EDP necessita de ultrapassar a forte incerteza criada pela Oferta da CTG. Existe hoje um claro consenso entre os stakeholders: a Oferta da CTG na sua forma atual não é do interesse da EDP. O preço da oferta fica muito aquém do que seria necessário para obter o apoio dos acionistas”, adianta o comunicado.

Uma das incertezas reside ao nível da luz verde necessária do regulador americano. O embaixador dos EUA em Portugal já disse que Donald Trump vai chumbar a OPA da CTG sobre a EDP nos Estados Unidos. Em entrevista ao Jornal Económico (acesso pago), George Glass, disse que “a EDP controla 80% da energia elétrica em Portugal. Do ponto de vista dos Estados Unidos, do ponto de vista de negócios, como do meu ponto de vista pessoal, não deve haver uma entidade estrangeira a deter a vossa energia elétrica. Deve ser controlada pela Nação ou pelos privados sob regulação nacional. Não é o caso do que está a ocorrer com a EDP”.

No comunicado, o Fundo Elliott dá nota disso mesmo. “A Elliott não tem conhecimento de qualquer progresso significativo nas numerosas condições de lançamento da Oferta, incluindo a aprovação por relevantes entidades reguladoras da concorrência, de investimento estrangeiro, da energia e de outras entidades reguladoras a nível mundial. Não só as entidades reguladoras relevantes não aprovaram ainda a transação, como a CTG ainda não submeteu os pedidos necessários na maioria das jurisdições relevantes”.

(Notícia atualizada às 9h29 com mais informação)

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Hoje nas notícias: Fortunas, relações no Governo e castelos

  • ECO
  • 28 Março 2019

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O dia arranca com a notícia de que o Fisco vai manter sob vigilância mais de 800 fortunas e de cinco novos casos de relações familiares que foram descobertos no Governo do PS. Ao mesmo tempo, enquanto o Governo quer dar às câmaras vários monumentos, as escolas dizem-se com dificuldades para contratar novos funcionários devido aos novos requisitos impostos na hora de avaliar os candidatos. Na Justiça, o bastonário dos advogados admite que se justificaria alterar a Constituição devido aos casos de violência doméstica.

Há mais 800 fortunas que o Fisco vai manter sob vigilância

O reforço dos poderes para fiscalizar os cidadãos com mais rendimento e património já permitiu à administração fiscal identificar 800 novas fortunas. O número é avançado pelo Público, que cita dados da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT). Os novos contribuintes que ficam sob a órbita da Unidade dos Grandes Contribuintes (UGC) foram identificados pelas manifestações de fortuna, pela valorização das participações em empresas, transferências realizadas para contas em paraísos fiscais ou simplesmente por estarem casados com quem já faz parte do cadastro deste serviço central da AT. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Capa Público, 28 de março

Há cinco novos casos de familiares no PS

Para além dos casos de relações familiares que já são conhecidos no Governo, e que têm dado muito que falar, o Observador diz ter identificado mais cinco: o chefe do gabinete da secretária de Estado da Segurança Social é casado com a deputada e vice-presidente da bancada parlamentar do PS; o chefe do gabinete do secretário de Estado da Defesa do Consumidor é filho do ex-deputado e ex-presidente da Câmara de Peniche; o coordenador científico do Laboratório de Análises de Dopagem é casado com a secretária de Estado da Cultura; a técnica especialista no Gabinete do secretário de Estado do Emprego é nora de um ex-deputado do PS; a ex-adjunta do secretário de Estado da Internacionalização é esposa do ex-assessor de António Costa. Leia a notícia completa no Observador (acesso condicionado)

Governo quer dar castelos às autarquias

O Governo quer dar às autarquias vários monumentos, entre os quais castelos. Na lista constam 34 imóveis, mas as câmaras recusam estas “ofertas”. Este é mais um braço de ferro no dossier da transferência de competências do Governo central para as autarquias, que já se verificou em matérias como a educação e a saúde. As câmaras, apesar de serem favoráveis a mais autonomia, recusam ter maiores responsabilidades se estas não forem acompanhadas da devida transferência de verbas do Orçamento do Estado para as autarquias. Leia a notícia completa no Jornal I (acesso pago)

Capa Jornal I, 28 de março

Avaliações psicológicas travam contratação para as escolas

A prometida contratação de mais de 1.000 funcionário não-docentes para as escolas vai obrigar estas instituições a aplicarem provas de conhecimentos e a fazerem uma avaliação psicológica a cada candidato, um procedimento que no passado não era necessário — bastava uma avaliação curricular e uma entrevista. Com isto, a Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP) mostra-se preocupada porque as escolas não sabem como cumprir com as novas exigências e têm receios de ver o concurso — que já obteve autorização do Governo para abrir — anulado. Leia a notícia completa na TSF

Constituição pode vir a ser alterada devido à violência doméstica

O bastonário dos advogados diz que a Ordem dos Advogados (OA) tem recebido várias queixas referentes às sentenças aplicadas por dois tribunais em casos de violência doméstica e defende que estes casos devem ser transferidos para os tribunais de família. Guilherme Figueiredo diz não ser contra a ideia de criar tribunais próprios para a violência doméstica, admitindo que se justifica alterar a Constituição neste sentido. “Até podiam ser os tribunais de família que temos hoje a poderem trabalhar no âmbito do Direito Penal”, disse. Leia a notícia completa na Renascença

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Há mais 800 fortunas que o Fisco vai manter sob vigilância

  • ECO
  • 28 Março 2019

Os contribuintes identificados juntam-se à lista de 758 que já são acompanhados pela Unidade de Grandes Contribuintes, mais do que duplicando para mais de 1600 o universo seguidos por aquela unidade.

O reforço dos poderes para fiscalizar os cidadãos com mais rendimento e património já permitiu à administração fiscal identificar 800 novas fortunas. O número é avançado pelo Público (acesso condicionado), que cita dados da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT).

Os novos contribuintes que ficam sob a órbita da Unidade dos Grandes Contribuintes (UGC) foram identificados pelas manifestações de fortuna, pela valorização das participações em empresas, transferências realizadas para contas em paraísos fiscais ou simplesmente por estarem casados com quem já faz parte do cadastro deste serviço central da AT.

As 868 pessoas agora identificadas poderão juntar-se agora à lista de 758 que já são acompanhadas pela UGC, mais do que duplicando para mais de 1600 o universo de contribuintes singulares seguidos por aquela unidade.

Ao todo, a UGC concluiu que os novos 868 identificados preenchem pelo menos um dos critérios previstos para serem fiscalizados (ter mais de 750 mil euros de rendimento ou mais de cinco milhões de euros de património, ter manifestações de fortuna correspondentes a isso ou ter uma “relação jurídica ou económica” com essas pessoas).

A fatia mais importante dos casos identificados (390) tem a ver com a inclusão dos cônjuges dos contribuintes que já pertencem ao cadastro da UGC, adianta o jornal diário.

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Canadá e laminados levam à queda de 27% no lucro da Sonae Indústria

  • Lusa
  • 28 Março 2019

Redução do volume de negócios deveu-se à quebra do volumes de vendas no negócio de laminados, especialmente nos mercados nórdicos, e à variação cambial do dólar canadiano.

A Sonae Indústria fechou 2018 com um resultado líquido consolidado de 11 milhões de euros, valor que representa uma redução de 27,8% (4,2 milhões de euros) face ao período homólogo, anunciou a empresa ao mercado na quarta-feira.

Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Sonae Indústria informa que o volume de negócios consolidado no último exercício atingiu cerca de 220,2 milhões de euros, uma redução de cerca de 4,7% face aos 231 milhões verificados em 2017.

Esta redução do volume de negócios consolidado é atribuída à redução dos volumes de vendas no negócio de laminados e componentes (em particular para os mercados nórdicos) e pela variação cambial do dólar canadiano, cujo impacto no volume de vendas atingiu 9,1 milhões de euros.

Além disso, acrescenta, “um incêndio na Tafisa Canada, que ocorreu imediatamente após a paragem para manutenção numa das linhas de aglomerado, levou a uma paragem adicional da linha com consequente impacto na produção do quarto trimestre de 2018″.

Citado no comunicado, o presidente do Conselho de Administração da Sonae Indústria, Paulo Azevedo, destacou o facto de a empresa ter apresentado resultados líquidos positivos “pelo terceiro ano consecutivo” e a melhoria da estrutura de capital devido, “simultaneamente, a uma redução da dívida líquida e a uma melhoria dos capitais próprios”. Em 2018, a Sonae Indústria reduziu a dívida líquida em 12,8 milhões de euros para 195,8 milhões, face ao final de 2017.

O EBITDA (resultados antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) consolidado em 2018 atingiu 29,2 milhões de euros, menos 10,1 milhões de euros que no ano anterior.

O valor total de custos fixos representou cerca de 17,1% do volume de negócios, um aumento de 0,6 pontos percentuais quando comparado com o ano anterior, pelo efeito da redução do volume de negócios, uma vez que os custos fixos se reduziram face ao ano anterior, adianta.

Os encargos financeiros líquidos em 2018 foram de cerca de 11,6 milhões de euros, em linha com 2017.

A Sonae Indústria tinha 495 colaboradores no final de 2018, excluindo a Sonae Arauco (em que detém uma participação de 50%), mais nove do que no ano anterior.

Em 2018, a empresa lançou a nova marca Surforma® para o negócio de laminados, concluiu o investimento numa nova prensa contínua de painéis de fibras de média densidade na fábrica de Mangualde, no distrito de Viseu, e iniciou o investimento numa nova prensa contínua de aglomerado de partículas na fábrica de Beeskow na Alemanha.

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Vêm aí mais contratações. Empresas querem aumentar número de colaboradores já a partir de abril

Enquanto 77% das empresas não espera qualquer alteração ao nível das contratações, 16% pretende aumentá-las e 3% admite uma redução.

Avizinha-se um período de mais contratações entre os empregadores do país. A partir de abril e até junho, as empresas portuguesas pretendem aumentar o número de colaboradores, promovendo a dinâmica do mercado de trabalho durante o segundo trimestre de 2019.

As previsões são da Manpower Group, que, através do estudo “Manpower Group Employment Outlook Survey”, concluiu que 16% dos empregadores esperam aumentar o número de colaboradores no próximo trimestre do ano. O valor é mais alto do que o verificado no primeiro trimestre do ano e semelhante ao registado no período homólogo.

Apenas 3% da empresas admitiram uma redução das contratações de abril a junho, enquanto 77% disse que não esperar qualquer alteração a este nível. Feitas as contas, a criação líquida de emprego deverá ser de 13%, um valor superior ao registado no primeiro trimestre do ano.

“As intenções de contratação são quatro pontos percentuais superiores quando comparadas com o trimestre anterior, o que abre boas perspetivas para candidatos ativamente no mercado de trabalho”, pode ler-se no estudo da Manpower Group. Além disso, o valor líquido da criação de emprego mantêm-se estável relativamente ao período homólogo, altura em que rondou os 14%.

Olhos postos no sul. Transportes, armazenagem e comunicações lideram

Geograficamente, o mercado de trabalho deverá assumir a maior dinâmica na região sul do país, onde a perspetiva de emprego líquido ronda os 15%, seguindo-se a zona centro, com uma perspetiva de 14%. Já na Grande Lisboa, a criação de emprego deverá situar-se nos 12%, apenas dois e três pontos percentuais superiores aos valores verificados, respetivamente, no Grande Porto (10%) e no norte do país (9%).

Depois de analisadas as perspetivas nas várias áreas de negócio, a empresa de soluções para a força laboral concluiu, ainda, que os setores de transportes, armazenagem e comunicações serão, em princípio, aqueles que onde o mercado laboral estará mais dinâmico. Nestes setores, os empregadores reportaram uma perspetiva de emprego líquido de 22%.

Seguem-se os empregadores dos setores financeiro, seguros, imobiliário e serviços empresariais (19%) e dos setores de restauração e hotelaria (16%). Do outro lado, com perspetivas mais baixas de contratação, está o setor da construção (6%).

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Rendas altas em Santo António? Preços dispararam 28,4% em Castro Marim

As rendas estão a ficar mais caras. Em Lisboa dispararam, havendo freguesias em que os aumentos chegaram a 27%. Mas o "campeão" das subidas não está na capital.

Comprar casa está cada vez mais caro, mas arrendar também. Enquanto os preços subiram mais de 10%, os valores exigidos no arrendamento aumentaram 9,3% no ano passado. Em Lisboa, a região mais cara para arrendar um apartamento, os preços registaram um agravamento expressivo, com várias freguesias a apresentarem variações de mais de 20%. Santo António lidera, mas só na capital. Castro Marim é o “campeão” nacional.

A vila raiana portuguesa pertencente ao Distrito de Faro, no Algarve, região caracterizada por forte presença estrangeira, registou o maior aumento percentual no valor das rendas, no ano passado. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), neste município que conta com menos de 7.000 habitantes, verificou-se um agravamento de 28,4%. O valor mediano das rendas passou de 4,86 para 6,24 euros por cada metro quadrado, entre 2017 e 2018.

O Algarve é a terceira região do país com maior proporção de novos contratos, a seguir ao Porto e a Lisboa, as duas mais caras do país. Com este forte aumento no valor do metro quadrado nos contratos de arrendamento, Castro Marim bateu a subida de 27,3% registada na freguesia alfacinha de Santo António.

A freguesia onde está localizada a Avenida da Liberdade, a rua mais cara do país, passou, com o forte aumento registado no ano passado, a ser mesmo a mais cara de todas, suplantando o Parque das Nações. O valor do metro quadrado disparou para 14,10 euros, elevando o custo de um arrendamento de um apartamento de 100 metros quadrados para uma média de 1.410 euros.

Todas as freguesias da capital registaram um forte aumento, levando o custo mediano no concelho a subir 16%. No Porto, o aumento foi idêntico, de 16%, levando a média nacional a aumentar 9,3% para 4,80 euros.

Lisboa é, de longe, o concelho mais caro, com um valor mediano de 11,60 euros por metro quadrado no arrendamento, no final do ano passado. Por contraponto, Belmonte continua a figurar na última posição. O concelho do distrito de Castelo Branco é o mais barato do país com um preço de 1,7 euros por metro quadrado. Lisboa bate Belmonte, com o valor das rendas a ser quase seis vezes superior.

Entre os dez municípios com as rendas mais baratas do país estão Vila Nova de Foz Côa, Sátão, Lamego, Celorico de Basto, Moimenta da Beira, Macedo de Cavaleiros, Valpaços, Oliveira do Hospital e Mortágua, todos com um valor máximo de renda de 2,36 euros por metro quadrado.

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Sonae Capital põe à venda edifício Porto Palácio Hotel. Não vende por menos de 70 milhões

A empresa está a vender uma carteira que inclui o edifício do Porto Palácio Congress Hotel & SPA e outros dois edifícios de escritórios. Os ativos fazem parte de um fundo avaliado em 70 milhões.

Depois de ter comprado o Aqualuz Suite Hotel Lagos, a Sonae Capital pôs agora à venda uma unidade hoteleira no Porto, revelou ao ECO uma fonte do mercado imobiliário. O Porto Palácio Congress Hotel & SPA contempla três edifícios com escritórios e restauração, numa área total superior a 47 mil metros quadrados. Embora a multinacional esteja aberta a propostas, estes ativos constituem um fundo de investimento, avaliado em cerca de 70 milhões de euros, que será o mínimo que a empresa aceitará pela operação.

“Boavista Upscale” é o nome da carteira que a Sonae Capital já está a apresentar aos investidores. De acordo com o prospeto, a que o ECO teve acesso, o “pacote” inclui o edifício do hotel de cinco estrelas — que continuará a ser explorado pela Sonae Capital — e dois edifícios de escritórios, numa área total de 47.352 metros quadrados.

O Porto Palácio Congress Hotel & SPA, localizado no número 1269 da Avenida da Boavista, no Porto, tem uma área de 31.087 metros quadrados e é um dos cinco hotéis que fazem parte da carteira da Sonae Capital. Inaugurado em 1986, conta com 215 quartos, um spa e um parque de estacionamento.

Porto Palácio HotelHoteis.com/D.R.

O Boavista Office Building, com 8.335 metros quadrados — onde está instalada a Maló Clinic –, dispõe de vários escritórios, lojas e restauração, com uma taxa de ocupação de 98%. Soma-se ainda um parque de estacionamento.

O terceiro edifício, o WTC Office Building, contempla uma área total de 7.929 metros quadrados, ocupada em 86% e distribuída por escritórios, lojas e restauração e um health club, ocupado atualmente pela Solinca Health & Fitness.

Estes ativos constituem o fundo de investimento imobiliário fechado WTC, gerido pela Sonaegest. Como explicou ao ECO a mesma fonte, o investidor tem duas alternativas: ou compra unicamente os ativos ou compra o fundo. Caso opte pela primeira opção, o fundo será liquidado, uma vez que ficará sem ativos.

Com esta operação concluída, a Sonae Capital vai passar a pagar renda sobre estes imóveis e mantém a gestão do hotel, tal como tem acontecido nas últimas alienações que realizou. As ofertas poderão ser feitas durante o mês de abril e, ainda que não haja um valor base pedido pela empresa, o fundo está avaliado em cerca de 70 milhões de euros — só o hotel vale mais de 34 milhões –, o que poderá dar uma ideia do valor que a mesma pretende arrecadar com esta venda.

Contactada, a Sonae Capital não quis fazer comentários, mas uma fonte ligada ao processo revelou ao ECO que a venda não deverá realizar-se abaixo dos 70 milhões de euros. Já há mais de uma dezena de interessados que terão de fazer propostas que aliciem a empresa, caso contrário o negócio não acontecerá.

Em fevereiro, a Sonae Capital comprou o Aqualuz Suite Hotel, no Algarve, isto depois de ter vencido a corrida à concessão de um hotel na estação de Santa Apolónia, resultado de um investimento de 12 milhões de euros. De acordo com uma avaliação ao seu património imobiliário, encomendada à Cushman & Wakefield, no final de novembro, a multinacional tinha um total de 85 ativos, avaliados em 287,4 milhões de euros.

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5 coisas que vão marcar o dia

O regresso de Vítor Constâncio, ex-governador do Banco de Portugal, ao Parlamento e a divulgação das contas da Sonae Indústria após o profit warning são alguns dos momentos altos do dia. Mas há mais.

A presença de Vítor Constâncio no Parlamento, onde dará a cara aos deputados depois de ter optado sucessivas vezes por apenas dar respostas por escrito, será, sem dúvida, um dos pontos altos do dia. Mas o dia é muito mais do que isso. O Banco de Portugal atualiza esta quinta-feira as suas projeções para a economia portuguesa e tanto a Altice como a Sonae Indústria apresentam resultados anuais, sendo de realçar que esta última fez, em fevereiro, um profit warning. Já ao início da noite, terá lugar a assembleia-geral da Associação Mutualista Montepio que vai analisar não só as contas de 2018 como a proposta de alteração de estatutos.

Vítor Constâncio na Comissão de Inquérito

É o verdadeiro #10yearchallenge do ex-governador do Banco de Portugal. Foi em maio de 2009 que Vítor Constâncio deu a cara pela última vez em uma das já incontáveis comissões de inquéritos que na última década analisaram os colapsos da banca portuguesa. Hoje voltará a fazê-lo. A audição do ex-governador do Banco de Portugal entre 2000 e 2010 — precisamente o período em que muitos dos maus negócios da banca portuguesa aconteceram — na II comissão parlamentar à recapitalização da CGD está prevista começar às 17h.

Banco de Portugal atualiza projeções

Visto pelo próprio Banco de Portugal como a sua “publicação de referência”, o Boletim Económico serve para o supervisor bancário apresentar a visão sobre a economia portuguesa e política económica. A versão mais aprofundada deste documento é libertada em junho, com projeções a dois anos para a economia, mas no final de março o banco central atualiza as suas projeções para a economia portuguesa, o que acontecerá hoje.

Altice apresenta resultados

A Altice Portugal vai divulgar esta quinta-feira os seus resultados anuais, dia em que se saberá se a dona da Meo conseguiu inverter ou atenuar a tendência de queda nas receitas e do EBITDA, que em 2017 recuaram 1,1% e 6,7%, respetivamente. Segundo os números divulgados relativos aos três primeiros trimestres de 2018, o ano arrancou com quedas superiores às de 2017 que, todavia, se foram atenuando ao longo do exercício. Em termos de receitas, a Altice Portugal registou quedas homólogas de 6,5%, 5,4% e 0,3%, respetivamente no primeiro, segundo e terceiro trimestre de 2018, que, no caso do EBITDA, foram de 14,6%, 12,1% e 5,2%.

Sonae Indústria: quão profundo foi o golpe?

Além da Altice Portugal, também a Sonae Indústria apresenta hoje os resultados anuais. E estes são esperados com expectativa pelos mercados, já que a empresa libertou em fevereiro último um profit warning a alertar para uma forte quebra nos resultados registada na reta final de 2018. Os números divulgados sobre as contas no terceiro trimestre de 2018 mostravam um EBITDA de 8,6 milhões, estimando-se uma quebra de quatro milhões neste indicador pelo reconhecimento de uma imparidade pelo encerramento de uma fábrica na Alemanha e de um incêndio numa das maiores linhas de aglomerado de partículas da Sonae Indústria, no Canadá.

Assembleia-geral da Mutualista

A assembleia-geral da Associação Mutualista Montepio vai decorrer hoje a partir das 20h, no auditório Professor Armando Simões dos Santos, na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa. Os associados da Mutualista vão deliberar sobre as contas anuais, a aplicação de resultados e apreciar o relatório da atividade do Conselho Geral. Como quarto e último ponto na agenda está a discussão da proposta de alteração dos estatutos — para que fiquem em harmonia com o disposto no Código das Associações Mutualistas — e a eleição de uma comissão para elaborar o projeto das alterações.

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