Cidades asiáticas continuam a ser as mais caras para viver

  • Juliana Nogueira Santos
  • 21 Março 2017

Um estudo do The Economist comparou preços em 133 países e concluiu que é na Ásia que estão tanto as cidades mais caras para viver, como as mais baratas.

Singapura é, pelo quarto ano consecutivo, a cidade mais cara para viver.

Quando se fala em custo de vida, é incontornável falar das cidades asiáticas. A Economist Intelligence Unit (EIU) analisou os preços de mais de 50 mil produtos em 133 países e chegou à conclusão que Singapura é, pelo quarto ano consecutivo, a cidade mais cara para se viver.

Mas a hegemonia asiática não fica por aqui: Hong Kong, Tóquio, Osaka e Seul ocupam também posições de destaque. Segundo a unidade de investigação ligada à revista The Economist, Tóquio e Osaka voltaram a ter um lugar nesta lista, após terem caído com a desvalorização do iene. A instabilidade monetária, nomeadamente a desvalorização do dólar americano em relação ao dólar canadiano e australiano, também levou a que cidades como Sidney e Wellington tivessem visto o seu custo de vida a aumentar.

Na Europa, Zurique é a cidade mais cara, ocupando o terceiro lugar da lista global. Genebra, Paris e Copenhaga também marcam presença nesta lista, ocupando os 7º, 8º e 10º lugares, respetivamente. A América do Norte conta apenas com uma cidade na lista, sendo que Nova Iorque ocupa os 9º lugar.

Barato não combina com estável

Se a Ásia domina o top 10 das cidades mais caras, é também aqui que estão algumas das cidades mais baratas para se viver, nomeadamente na Índia e no Paquistão. Bangalore, Karachi, Chennai, Mumbai, e Nova Deli representam o continente nesta lista, ocupando os 3º, 4º, 5º, 6º e 10º lugares, respetivamente.

Almaty no Cazaquistão é a cidade mais barata do mundo, segundo a EIU.

O título de cidade com custo de vida mais baixo vai para Almaty, no Cazaquistão, seguindo-se Lagos, na Nigéria. Ainda que os preços baixos possam parecer um fator atrativo, o estudo alerta não só para a instabilidade económica e política que se sente nestas cidades, mas também para desafios relativamente à segurança e às infraestruturas.

A Europa também está representada nesta lista, com Kiev e Bucareste a ocuparem os 8º e 9º lugares, respetivamente.

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Wall Street recupera, mas o dólar não

  • Marta Santos Silva
  • 21 Março 2017

Os principais índices abriram todos no verde em Nova Iorque esta terça-feira, mas o dólar não: a moeda americana continua a sua sequência de quedas, a mais longa desde novembro.

O susto de fim de sessão desta segunda-feira, em que Wall Street fechou no vermelho pela terceira vez consecutiva, parece já ter passado: a bolsa de Nova Iorque abre no verde esta terça-feira com os três principais índices a subir. O dólar, por sua vez, continua em queda, enquanto o euro sobe com a acalmia das incertezas eleitorais em França.

O S&P 500, índice de referência mundial, subia 0,28% para os 2380,09 pontos, e também o industrial Dow Jones mostrava ganhos de 0,22% para os 20952,66 pontos. O índice que subia com mais força era o tecnológico Nasdaq, no dia em que a Apple apresentou algumas novidades. O Nasdaq subia 0,41% à hora de abertura para os 5925,63 pontos.

O euro sobe em força depois de um debate eleitoral ontem à noite em França que reforçou o independente Emmanuel Macron contra a candidata da extrema-direita Marine Le Pen. O dólar, por sua vez, cai: o presidente da Reserva Federal de Chicago, Charles Evans, disse que a Fed poderá aumentar as taxas de juro duas, três ou mesmo quatro vezes em 2017, o que faz com que o dólar esteja na sua sequência de quedas mais longa desde novembro.

O petróleo parece ter recuperado de uma queda acentuada no início do dia de ontem, movida pela incerteza em torno da reunião do G20 na Alemanha. Hoje, o Brent, em Londres, negoceia no verde, a subir 0,17% para os 51,73 dólares por barril, e mesmo o West Texas Intermediate (WTI) negociado em Nova Iorque abriu a subir esta terça-feira, ainda que pouco: uma décima de ponto percentual, para os 48,33 dólares por barril.

Na Europa, o ambiente está estável: não só o PSI-20 sobe desde a abertura como também o índice Stoxx 600 e as principais praças, incluindo Paris, Londres e Madrid, se mantêm no verde.

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Apple lança iPhone 7 em vermelho, iPhone SE duplica capacidade

A marca atualizou a linha de produtos esta terça-feira. Há um iPhone 7 em vermelho, iPhones SE com o dobro da capacidade e um iPad mais barato. Conheça as principais novidades.

A partir de sexta-feira pode comprar um iPhone 7 ou 7 Plus em vermelho. Mas há mais novidades.Apple

Mesmo sem data marcada para o habitual evento da primavera, a Apple decidiu esta terça-feira atualizar a gama de produtos. São três as novidades principais: um iPhone 7 vermelho, um iPhone SE com mais espaço de armazenamento e um iPad mais acessível para as carteiras dos fãs da marca. Segundo o site especializado MacRumors, a marca tinha alertado que a loja oficial estaria offline durante esta madrugada, deixando o mundo na expectativa de novidades. Como sempre, os rumores começaram a circular e, esta manhã, a notícia chegou finalmente.

O iPhone 7, edição especial, em vermelho é feito em alumínio e resulta de uma parceria com a Product Red, uma instituição que procura angariar fundos para eliminar o vírus da Sida em África. Estará disponível ao público a partir de 24 de março, mas as pré-encomendas já podem ser feitas no site da marca. Em Portugal, a versão normal começa nos 889 euros e o iPhone 7 Plus vermelho pode ser comprado a partir de 1.029 euros. “A introdução desta edição especial do iPhone num lindíssimo acabamento vermelho é a nossa maior oferta da Product Red até à data, em jeito de celebração da parceria com a Red”, confirmou o líder da marca, Tim Cook, citado pelo site The Verge.

Mas a cor não é a única coisa que muda no iPhone. A Apple pegou no iPhone SE, lançado em 2016, e duplicou-lhe a capacidade de armazenamento para duas versões de 32 e 128 GB (até aqui, com apenas 16 ou 64 GB). Os novos iPhone SE estarão disponíveis também na sexta-feira e o preço mantém-se. Em Portugal, a versão menos musculada custa 499 euros, enquanto a versão de 128 GB custa 609 euros. É a resposta da marca da maçã ao vício crescente da fotografia, que cada vez exige mais espaço de armazenamento nos nossos telemóveis.

A Apple duplicou o espaço de armazenamento do clássico iPhone SE.Apple

A terceira grande novidade diz respeito ao iPad. A empresa acabou com o iPad Air 2 de 9,7 polegadas. Melhor: manteve-o, mas mudou-lhe o nome para, simplesmente, iPad. Tudo fica igual menos o processador — passou do A8X para o A9 — e o preço, que baixou. O iPad de 9,7 polegadas pode ser adquirido em versões de 32 e 128 GB, com ou sem entrada para cartão SIM. Os preços vão dos 419 euros aos 579 euros.

No campo dos detalhes, há ainda novas braçadeiras para o Apple Watch, uma nova aplicação de edição de vídeo chamada “Clips” (só chega para o mês que vem e já há quem a compare ao… Snapchat). Resta só dizer que o já velhinho iPad mini 4 também duplicou a capacidade, para 128 GB.

O iPad Air de 9,7 polegadas perde o sufixo (agora é só “iPad”) e está mais barato.Apple

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PSI-20? As campeãs da bolsa jogam na segunda liga

É como diz o outro: 15-0. Enquanto o PSI-20 desvaloriza desde o início do ano, as cotadas da segunda liga portuguesa avançam 15%. São os campeões da bolsa lisboeta.

Longe dos holofotes da primeira liga, há valores a brilhar de forma intensa no segundo escalão. Não, não estamos a falar de futebol. Falamos da bolsa. Se no PSI-20 moram as cotadas portuguesas de referência, são os outsiders do mercado nacional que marcam mais pontos este ano. Duas delas subiram esta segunda-feira à primeira divisão, a Novabase NBA 0,00% e Ibersol IBS 0,00% , e voltaram a impressionar.

Mas não se pode dizer que a presença na segunda liga, com as desvantagens de falta de visibilidade e reduzida liquidez que isso traz às cotadas, seja propriamente sinal de maus desempenhos. Pelo contrário. E vem ao encontro da tese do Nobel da Economia Robert C. Merton, que argumentou, em 1987, que as empresas com menor reconhecimento têm de oferecer retornos mais elevados para reparar a assimetria de informação entre os investidores.

Trinta anos depois, o desempenho da bolsa nacional valida a conclusão de Merton. Mais de dois meses e meio volvidos após o início do ano, enquanto o PSI-20 apresenta perdas para os investidores, a performance média das cotadas que “jogam” fora do benchmark bate não deixa de surpreender. É um 15-0.

Fonte: Bloomberg (valores em %) | Índice geral calculado com base na média de retorno desde o início do ano.

Para Albino Oliveira, é nos períodos de maior euforia bolsista que o apetite da parte dos investidores, sobretudo particulares, por títulos mais secundários, que não se encontram nas principais montras acionistas, é mais evidente. “O ambiente mais favorável aos mercados de ações é mais visível no resto da Europa/EUA do que em Portugal”, diz o gestor da Patris Investimentos.

Cientes do contributo que estas cotadas podem trazer às suas carteiras, os fundos nacionais também apostam nos bons valores que há na “segunda divisão”. Mas não é só isso.

Desde a falência do grupo Espírito Santo, em 2014, a gestora da bolsa portuguesa tem observado dificuldades em preencher por completo o seu índice de referência com as 20 cotadas. A Oferta Pública de Aquisição (OPA) do CaixaBank sobre o BPI veio agravar a crise de identidade do PSI-20. A Bloomberg fez as contas (acesso livre / conteúdo em inglês) e o cenário até pode parecer um pouco embaraçoso: o PSI-20 apresenta-se com uma capitalização bolsista mais magra do que a do principal índice do Vietname.

Embora os portefólios sejam em grande medida compostos por títulos do índice de referência, há casos em que o peso destes títulos secundários chega aos 20% do valor total dos ativos em gestão, como acontecia no NB Portugal Ações, do Novo Banco, no final do ano passado. Ibersol, Novabase, Sonaecom, Impresa e Sonaecom estão entre as eleitas dos gestores portugueses.

Além de Ibersol e Novabase, que dão ganhos de 13% e 19% este ano, respetivamente, Albino Oliveira destaca ainda a Sonae Indústria, que estava bem posicionada para aceder ao PSI-20 após a saída do BPI.

“Tendo em conta a restruturação implementada pela gestão da empresa e o facto de se tratar de uma empresa cíclica, num momento em que o otimismo para a evolução da economia global tem vindo a aumentar”, explica o responsável. Para já, as ações da unidade industrial da Sonae vai com um avanço de 28% este ano.

Apenas Pharol e Corticeira se intrometem

Fonte: Bloomberg (valores em %)

Mas nem tudo são rosas. Se a falta de visibilidade pode resultar em oportunidades de negócio atrativas, também traz algumas consequências negativas. E o caso da Imobiliária Construtora Grão Pará serve muito bem de exemplo para os riscos associados ao investimento em títulos com visibilidade e liquidez muito, muito reduzida.

É certo que a Grão Pará é a campeã de inverno da bolsa portuguesa, com ganhos de 150% desde o início do ano. A variação extrema que é explicada com o valor da própria ação, de cinco cêntimos, que a faz disparar ou afundar de forma expressiva de um momento para outro quando na verdade pode estar a valorizar ou a desvalorizar um cêntimo.

Além disso, para quem detém ações da cotada o mais difícil é mesmo encontrar um comprador para elas: é rara a sessão em que negocia e, em média, foram trocados menos de dois títulos por dia nos últimos seis meses. No fundo, é um dos muitos zombies que deambulam no mercado nacional.

“O risco de liquidez é naturalmente importante, o que pode determinar e influenciar o preço ao qual o investidor consegue adquirir ou alienar uma participação na empresa”, explica Albino Oliveira.

"O risco de liquidez é naturalmente importante, o que pode determinar e influenciar o preço ao qual o investidor consegue adquirir ou alienar uma participação na empresa.”

Albino Oliveira

Gestor de ativos da Patris Investimentos

“Poderá também, por outro lado, impedir que a cotação possa refletir o valor justo de um determinado título. Ou seja, mesmo que um investidor consiga identificar uma oportunidade, a menor liquidez em mercado secundário poderá tornar mais difícil (ou prolongado) o ajuste da cotação para o valor justo”, diz o especialista.

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Eis uma nova bateria: Low cost, não inflamável e… portuguesa

Uma bateria de carregamento ainda mais rápido, desenvolvida por uma investigadora portuguesa nos Estados Unidos, pode revolucionar a indústria do armazenamento de energia.

Olhe para o seu smartphone: provavelmente tem uma bateria de lítio que lhe permite ter um carregamento rápido, mas corre o risco de explodir. Veja-se, por exemplo, o que aconteceu com os modelos da Samsung. Mas há uma portuguesa que descobriu uma solução low cost, não inflamável e com um carregamento ainda mais rápido. A solução foi encontrada por uma investigadora especializada em nanomateriais, Maria Helena Braga, que trabalhou com o co-criador da bateria de lítio, o professor norte-americano John Goodenough.

Quando começámos a trabalhar nestas baterias é que começámos a pensar como podíamos fazer para otimizar o funcionamento do eletrólito.

Maria Helena Borges

Investigadora portuguesa

Tudo começou no Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) onde a investigadora, em conjunto com Jorge Ferreira, sintetizou pela primeira vez o eletrólito como vidro. Neste caso, em vez de ser um líquido — como é o caso das baterias de lítio — que conduz a eletricidade, é um sólido. Após o sucesso da sintetização, a portuguesa decidiu ir para os Estados Unidos. “Durante um ano eu fui dez vezes à Universidade do Texas – Austin para provar que o eletrólito funcionava”, explica ao ECO.

Foi lá que trabalhou em laboratório com Andrew Murchison, com quem depois assinou o artigo publicado no Journal of The Electrochemical Society, em janeiro deste ano. A análise de resultados e da teoria associada a esta nova bateria era feita com Goodenough, um físico veterano que passou a maior parte da sua vida dedicado à inovação de baterias. “O meu envolvimento foi total em todas as fases e todas as tarefas”, refere a investigadora portuguesa.

É feita de vidro, mas não é o vidro do copo ou da janela.

Maria Helena Borges

Investigadora portuguesa

Contudo, há um ano a portuguesa decidiu ir definitivamente para os Estados Unidos dado que não tinha condições para continuar o trabalho da bateria em Portugal. “Em fevereiro de 2016 comecei a trabalhar na UT-Austin para fazer uma bateria com elétrodo negativo de lítio metálico, coisa que só podia fazer aqui”, conta ao ECO. Mas porquê? “Porque não tinha uma caixa de luvas para trabalhar em Portugal”, explica, referindo que “o lítio reage violentamente com água e, por isso, não pode estar ao ar na humidade do Porto”, onde trabalha na Universidade do Porto.

“Quando começámos a trabalhar nestas baterias é que começámos a pensar como podíamos fazer para otimizar o funcionamento do eletrólito”, revela Maria Helena Borges ao ECO. E o trabalho foi bem sucedido: a investigadora conseguiu desenvolver uma bateria “totalmente sólida”. “É feita de vidro, mas não é o vidro do copo ou da janela”, alerta, acrescentando que a bateria é “flexível” dado que contém uma “matriz como uma fibra de vidro ou papel”.

Estas condições permitem que esta nova bateria consiga armazenar mais energia, mas também evitar acidentes como explosões. O facto de ser feita de vidro faz com que a bateria deixe de ser inflamável, tal como acontece com os eletrólitos líquidos. Porquê? A especialista responde: “Porque não se formam dendrites, que são responsáveis pelos curto-circuitos nas baterias (uma espécie de espadas que foram o separador e provocam um curto-circuito entre os elétrodos)”.

Pode ainda demorar até ter uma aplicação prática na sua vida, mas quando chegar fará com que os produtos como telemóveis ou carros elétricos sejam mais baratos. Maria Helena Borges garante que será low cost uma vez que “os materiais e os processos são muito baratos”. A investigadora refere que já foram abordados por várias empresas e admite que a nova bateria pode ser usada em várias aplicações que usem o armazenamento de energia, mas não pode revelar com que marcas é que está a trabalhar atualmente.

Os materiais e os processos são muito baratos.

Maria Helena Borges

Investigadora portuguesa

A parceria com Goodenough

Para este professor nunca “está bem que chegue” (tradução literal do inglês Goodenough). O co-criador da bateria de iões de lítio, pelo menos como as conhecemos atualmente, tem agora 94 anos. Mas foi aos 57 anos, em 1980, que este físico norte-americano criou o modo de armazenamento de energia que possibilitou a emergência dos smartphones e, em última análise, até da Tesla. Contudo, como contava um artigo do Quartz, o professor do Texas não se ficou por ali: continuou a trabalhar e desenvolveu, em conjunto com Maria Helena Borges, uma nova bateria que é a primeira a ter células completamente sólidas.

A novidade foi revelada no Twitter pelo presidente da Alphabet, a empresa-mãe que alberga a Google, tendo logo captado a atenção da indústria. Foi a Universidade do Texas que anunciou no final de fevereiro o advento de uma nova bateria que carrega rapidamente (minutos em vez de horas, prometem) e que é mais segura (não é combustível), além de ter três vezes mais densidade energética do que as baterias de iões de lítio. Ou seja, um carro elétrico com esta bateria consegue andar mais quilómetros entre os carregamentos.

A mesma faculdade dizia que a energia era armazenada e transmitida a temperaturas mais baixas, ao contrário das baterias atuais, o que facilitará o uso destas baterias em carros em condições meteorológicas adversas. Esta é a solução que o investigador Goodenough sempre procurou para que os veículos elétricos passem a ser uma alternativa viável para substituir os carros poluentes.

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Bancos têm até 2046 para pagar ao Fundo de Resolução

  • Margarida Peixoto
  • 21 Março 2017

Os bancos vão ter mais tempo para liquidar os empréstimos que o Estado concedeu ao Fundo de Resolução para injetar dinheiro no Novo Banco e no Banif.

O Ministério das Finanças alargou o prazo de maturidade dos empréstimos do Estado ao Fundo de Resolução para dezembro de 2046, revelou esta terça-feira o gabinete do ministro Mário Centeno, num comunicado enviado às redações. O objetivo da alteração é garantir que o esforço das contribuições exigidas aos bancos se mantém “ao nível atual”, explica o Governo.

“A revisão dos empréstimos permite assim que seja assegurado o pagamento integral das responsabilidades do Fundo de Resolução, bem como a respetiva remuneração, sem necessidade de recurso a contribuições especiais ou qualquer outro tipo de de contribuições extraordinárias por parte do setor bancário”, explica o Ministério das Finanças.

"A revisão dos empréstimos permite assim que seja assegurado o pagamento integral das responsabilidades do Fundo de Resolução, bem como a respetiva remuneração, sem necessidade de recurso a contribuições especiais ou qualquer outro tipo de de contribuições extraordinárias por parte do setor bancário.”

Ministério das Finanças

Fonte oficial

Ou seja, os bancos vão pagar ao Fundo de Resolução através das contribuições ordinárias e da contribuição sobre o setor bancário.

O gabinete de Mário Centeno nota que este alargamento da maturidade dos empréstimos não altera as responsabilidades do setor bancário face ao Fundo de Resolução e defende que é uma forma de “reduzir a incerteza” para a banca, “assegurar a estabilidade financeira“, de “favorecer o reforço da capitalização dos bancos portugueses” e também a “competitividade da economia portuguesa.”

O Governo garante que a revisão dos termos destes contratos “contou com o acordo da Comissão Europeia.”

"A revisão dos termos dos contratos contou com o acordo da Comissão Europeia e permite reduzir a incerteza face às responsabilidades anuais dos bancos no futuro, independentemente das contingências que venham a recair sobre o Fundo de Resolução. ”

Ministério das Finanças

Fonte oficial

O Ministério das Finanças explica que a taxa de juro a aplicar aos empréstimos do Estado ao Fundo de Resolução “teve por base o custo de financiamento da República Portuguesa, acrescido de uma comissão” e garante que vai sendo “periodicamente atualizada”. Esta atualização será feita “de forma compatível com o indexante a considerar”, mas também “permitindo manter as condições de solvabilidade do Fundo de Resolução.”

Segundo o Executivo, o Estado já recebeu do Fundo de Resolução 270 milhões de euros a título de juros e 136 milhões de euros a título de reembolso antecipado parcial de um dos empréstimos do Estado.

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Desemprego registado cai em fevereiro

Há menos desempregados inscritos nos centros de emprego. Os números relativos a fevereiro deste ano mostram uma evolução positiva.

Depois de uma subida de 2,5% em janeiro, o número de desempregados inscritos nos centros de emprego diminuiu 1,4% em fevereiro, em relação ao mês anterior. Esta queda é especialmente expressiva na variação homóloga: em comparação com janeiro de 2016, o desemprego registado baixou 13,3%, e com fevereiro de 2016, 15,3%. No total, o desemprego registado inclui 487.629 cidadãos. Só no mês de fevereiro, os centros de emprego receberam 43.954 novas inscrições de desempregados.

“No final do mês de fevereiro de 2017, estavam registados, nos Serviços de Emprego do Continente e Regiões Autónomas, 487 629 indivíduos desempregados”, revela a informação mensal do mercado de emprego do IEFP. Essa diminuição foi registada em todas as regiões do país, mas o Centro e o Alentejo destacaram-se por descidas percetuais mais acentuadas.

“Para a diminuição do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2016, contribuíram todos os grupos do ficheiro de desempregados, com destaque para os homens (-47 872; -17,3%), os adultos com idades iguais ou superiores a 25 anos (-72 655; -14,5%), os inscritos há menos de um ano (-53 914; -17,5%) os que procuravam novo emprego (-78 181; -15,2%) e os que possuem como habilitação escolar o 1º ciclo do ensino básico (-19 745; -17,2%)”, explica o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

Relativamente às atividades económicas que deram origem ao desemprego, no final do mês de fevereiro, os 409.015 desempregados que estavam inscritos como candidatos a novo emprego dividiam-se pelas seguintes categorias:

  • 69,1% tinham trabalhado em atividades do setor dos “serviços”, com destaque para as “Atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio”;
  • 25,4% eram provenientes da “indústria”, com particular relevo para a “Construção”;
  • 4,5% dos desempregados pertenciam ao setor “agrícola”;

Em contrapartida, o desemprego diminuiu nos três setores de atividade económica face ao mês homólogo de 2016. “A desagregação por ramo de atividade económica permite observar as descidas percentuais mais acentuadas na ‘Fabricação de outros produtos minerais não metálicos’ (-26,6%) e na ‘Construção’ (-24,9%)“, explica a informação mensal do mercado de emprego.

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Amorim Luxury investe quatro milhões em novo espaço na Avenida da Liberdade

A dona da cadeia de lojas Fashion Clinic vai abrir um espaço de luxo no edifício do Teatro Tivoli, em Lisboa, onde vai juntar gastronomia, lazer e moda. E já está a olhar para outros destinos.

O Grupo Amorim Luxury prepara-se para inaugurar um novo espaço. A marca de luxo do grupo Amorim, que detém a cadeia de lojas Fashion Clinic, vai juntar gastronomia, moda e lazer para lançar o Jncquoi, que define como “o enfant terrible das lifestyle brands“.

O espaço, concebido pelo arquiteto catalão Lázaro Rosa-Violán, será inaugurado em abril e distribui-se por três pisos do edifício do teatro Tivoli, na Avenida da Liberdade, em Lisboa. Cada piso será dedicado a uma área: o Jncquoi Restaurant, o Jncquoi Delibar e uma loja Fashion Clinic Men.

O restaurante, a cargo do chef António Bóia, ficará no primeiro andar do edifício e será “marcado pelos tetos altos e uma história de quase cem anos”, com capacidade para 90 lugares e vista para a Avenida da Liberdade.

No piso zero, ficará o delibar, um bar-balcão de 42 lugares, rodeado por uma garrafeira e mercearia gourmet. Este piso contará ainda com dois corners de marcas internacionais: a editora Assouline e a pastelaria parisiense Ladurée — que vai abrir, em maio, o primeiro espaço em Portugal, no Tivoli Forum.

Por fim, no piso inferior, ficará a loja Fashion Clinic Men, com marcas que vão da Gucci à Tom Ford.

"Sendo um destino global de compras, vida social e luxo, terá certamente um potencial multiplicador para outras áreas do país, como Algarve e Porto.”

Miguel Guedes de Sousa

CEO do Grupo Amorim Luxury

O grupo fez “uma intervenção profunda num edifício classificado de grande relevo para a cultura nacional”, refere ao ECO Miguel Guedes de Sousa, CEO do Grupo Amorim Luxury. O investimento feito neste “conceito novo e inspirador” foi de quatro milhões de euros e o grupo espera “uma faturação anual não inferior a sete milhões de euros”, antecipa Miguel Guedes de Sousa.

O primeiro Jncquoi, que vai empregar entre 80 a 100 pessoas, ainda não abriu portas, mas o grupo já está de olhos postos noutras paragens. “Sendo um destino global de compras, vida social e luxo, terá certamente um potencial multiplicador para outras áreas do país, como Algarve e Porto. Internacionalmente, podemos surpreender brevemente pela nossa diferenciação”, aponta o CEO da Amorim Luxury.

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O QSP Summit com lotação esgotada

  • ECO + QSP
  • 21 Março 2017

A 11ª edição do QSP Summit tem lugar no Porto, na quinta-feira 23 de março já está com a lotação esgotada e vai receber ao longo do dia mais de 1500 gestores e marketeers.

Um dia intenso de partilha, aprendizagem e networking, onde muitos oradores serão ouvidos e muitas temáticas serão abordadas. Mas há uma palavra que se repetirá, adivinha qual é?

Estudar o consumidor. Entender o consumidor. Atingir o consumidor. Ser relevante para o consumidor. Suprir necessidades do consumidor. “Consumidor” será, porventura, a palavra que mais se ouvirá na edição do QSP Summit 2017, que se realizará no Porto, dia 23 de março.

A dar o mote “Understanding Consumer”, o tema desta edição promete um dia de aprendizagem intenso sobre os vários mecanismos de aproximação das marcas ao mercado. Numa realidade de constante mudança, numa sociedade de informação (quase) perfeita, várias são as ferramentas que as marcas têm à disposição para chegar ao consumidor, mas vários são também os desafios para se tornarem relevantes para o consumidor. No QSP Summit 2017 vamos descobrir como ser singular num universo de competitividade, como ter vantagem usando a tecnologia e a informação gerada.

O painel de oradores do palco principal, com Paco Underhill, Li Huang, Kyle Nel, Harper Reed, Thomas Ramsoy e Farrah Bezner, irá fazer os conferencistas refletirem sobre as formas de entender e atingir o consumidor, como são exemplo a exploração da linguagem visual, a perceção da importância em ser conveniente ou supernormal, a utilização do sarcasmo ou da ficção científica como comunicação e a capacidade das marcas serem verdadeiros hackers culturais.

Nas sessões de worklabs, mais intimistas e de temas mais específicos, não se perderão conversas sobre o estudo do comportamento do comprador, sobre como pensar o marketing num mundo digital, sobre inteligência artificial, bem como os novos mercados emergentes. Aqui também haverão debates ao conhecimento dos consumidores de informação e conteúdos com altos representantes das marcas Google, RTP, Grupo Impresa e NOS; e também dedicados à gestão de emotional brands com a presença do Digital Manager do AC Milan e do Digital Director do FC Barcelona. E claro David Shing está de volta a Portugal. A saúde no Health Forum e o Team Building serão também temáticas que merecerão debate nesta edição.

Sem esquecer a diversão a área de exposição dobrou a capacidade e será também um dos motivos de atracão. Com diversas ativações de marca que pretendem captar a atenção dos decisores.

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Os nerds de Sillicon Valley calçam ténis Louis Vuitton

  • ECO
  • 21 Março 2017

Entre as marcas de luxo que produzem ténis, a Louis Vuitton é a preferida dos moradores da cidade de São Francisco e da área de Sillicon Valley.

Quando pensamos nas marcas de calçado desportivo mais populares do mercado, os nomes de que a maioria das pessoas se lembram serão Adidas, Nike ou Puma. Mas essas são as marcas que as carteiras medianas podem pagar. Porque no mundo dos ténis de luxo, as estrelas são outras. E em São Francisco e Sillicon Valley, a mais brilhante de todas é a Louis Vuitton.

Sim, isso mesmo. Ténis desportivos — vulgo, sneakers — da conceituada marca francesa de malas de viagem. E a LV não é a única a fazer este tipo de calçado: Gucci, Lanvin, Givenchy… A lista continua. E se um par de Adidas Yeezy Boosts podem chegar aos 1.175 euros, e uns retro Air Jordan podem custar 1.403 euros, um par de Louis Vuitton Damier, os preferidos dos nerds de Sillicon Valley, chegam aos 486,38 euros, pelo menos no site Real Real.

A Real Real é uma loja online de artigos de luxo que reúne todos os grandes nomes da haûte couture. E segundo contou à Bloomberg, de entre todos os tipos de ténis apresentados, a escolha do mais popular entre os compradores é clara: são os Common Project Acquilles da Acquilles Canvas Sneakers. Completamente brancos, simples, discretos e caros — um par custa 347 euros.

Mas em Sillicon Valley o rei é Louis Vuitton

Embora a nível geral dos clientes do site Real Real sejam os Common Project Acquilles os mais populares, quando se restringe a pesquisa de mercado ao nicho da cidade de São Francisco e a Sillicon Valley, surge uma surpresa: são os Louis Vuitton Damier os mais procurados. Mais propriamente, os Graphite Canvas Hero da coleção de outono de 2008.

A marca francesa tem produzido variações do mesmo modelo, mas sempre com o mesmo esquema de cores e design. O modelo apresentado nesta imagem é o mais popular de todos, mas já não se encontra em produção. Ainda pode ser adquirido, e o preço original ainda aparece em diversos sites como 745 dólares, mas Graham Wetzbarger, da Real Real, explica que atualmente o valor de mercado vai nos 515 dólares.

Depois dos Louis Vuitton Damier, os cinco outros modelos de ténis mais adquiridos em São Francisco e Sillicon Valley são os Gucci GG, os Lanvin, os já referenciados Common Projects Acquilles e os Givenchy Urban Knots, todos na categoria de low tops.

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Panama Papers: Bancos do Panamá atingem recorde de ativos

Os bancos panamenhos continuaram a aumentar o montante de dinheiro que têm ao sol. O fluxo de capitais no paraíso fiscal alvo dos Panama Papers não foi afetado pela investigação jornalística.

No ano em que foram divulgados os Panama Papers, os bancos panamenhos atingiram um recorde de ativos. A investigação jornalística publicada em abril não impediu que o país aumentasse em 3,3% o valor dos ativos presentes. A casa de milhares de offshores acumulou o número recorde de 121 mil milhões de dólares (cerca de 113 mil milhões de euros) em ativos no setor bancário. A informação foi divulgada pela The International Banking Center à agência francesa de notícias AFP.

2016 foi também o ano em que o Panamá adotou várias práticas internacionais contra a opacidade fiscal, nomeadamente por pressão após a polémica da Panama Papers. Em causa estava a firma de advogados Mossack Fonseca e uma série de empresas e cidadãos ricos que colocavam parte da sua riqueza em offshores no Panamá. Apesar de não serem ilegais, parte destas offshores também era utilizadas para a lavagem de dinheiro ou o financiamento de terrorismo.

Atualmente, o site da OCDE relata várias medidas incorporadas pelo sistema panamenho: o país integrou o Inclusive Framework on BEPS (um sistema para evitar a evasão fiscal), em novembro, e o Multilateral Convention on Mutual Administrative Assistance in Tax Matters (instrumento para aumentar a transparência fiscal), em outubro. Em julho, dois meses dois dos Panama Papers, já tinha adotado a Multilateral Convention on Mutual Administrative Assistance in Tax Matters, uma convenção para partilha de informação entre Estados.

Em Portugal, o mais recente escândalo relacionado com offshores revelou que parte das transferências para paraísos fiscais que escaparam ao controlo do Fisco tinham como destino o Panamá. Foi isso que levou a Comissão PANA, a comissão de inquérito do Parlamento Europeu aos Panama Papers, a decidir fazer uma missão a Portugal, algo que deverá acontecer até junho.

De acordo com o Banco Mundial, a economia panamenha deve crescer a um passo acelerado, o mais rápido a América Latina. As expectativas são de que cresça mais do que 6%.

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Comprar casa? Não se tiver menos de 30 anos

  • ECO
  • 21 Março 2017

Tem até 30 anos e ainda não tem um crédito para comprar casa? É mais normal do que pensa, ainda que contraste com a geração dos pais. Essa é a conclusão de um estudo português.

Nem numa altura em que os juros do crédito da habitação estão em mínimos, são cada vez menos os jovens que planeiam comprar casa. Uma investigação publicada num livro apresentado esta terça-feira no Porto, segundo o Jornal de Notícias, revela que os jovens portugueses já não pedem créditos para adquirir casa. Porquê? Em causa está a “realidade laboral que os mais jovens enfrentam, que não favorece a compra de habitação própria”, explica o professor da Universidade do Minho, Fernando Alexandre, responsável pela investigação.

Nem o contexto de juros mínimos históricos atrai os jovens portugueses até aos 30 anos a planearem ter casa. A mudança de geração trouxe também uma crise financeira em que os atuais jovens cresceram. Condicionados por isso mas também pela insegurança laboral, os jovens preferem não arriscar em contrair um empréstimo, algo mais comum na geração dos pais.

Segundo a investigação, que é citada pelo Jornal de Notícias, os jovens preferem investir as suas poupanças em ativos financeiros. Em causa está o facto de encararem “a residência fixa de forma diferente”. Para os jovens o mercado de trabalho “é muito mais amplo do ponto de vista da geografia”, uma perceção diferente daqueles que os seus pais tinham. As conclusões estão num livro sobre financiamento da economia da responsabilidade de Fernando Alexandre.

Uma das principais conclusões é que os jovens portugueses entre os 25 e os 30 anos não vão estar, no futuro, endividados com créditos.

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