A tarde num minuto

Não teve tempo de ler as notícias esta tarde? Fizemos um best of das mais relevantes para que fique a par de tudo o que se passou, num minuto.

Draghi termina mandato no outono do próximo ano, mas Angela Merkel já não pretende um alemão à frente do banco central. Quer antes colocar um compatriota na liderança da Comissão Europeia. Maria João Carioca garantiu que CGD está a operar com normalidade apesar da greve convocada pelo maior sindicato do banco. Administradora diz que promoções que vão ocorrer em setembro são normais.

O Governo alemão deixou cair o nome do presidente do Bundesbank, Jens Weidmann, da corrida à sucessão de Mario Draghi na liderança do Banco Central Europeu (BCE), numa decisão que poderá representar uma maior moderação no ritmo de subida dos juros na Zona Euro. Um cenário, dizem os analistas, que vai beneficiar países mais endividados, caso de Portugal.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) adianta que a adesão à greve desta sexta-feira está acima dos 30%, num “registo de normalidade” que não está a afetar o serviço prestado aos clientes, disse a administradora Maria João Carioca aos jornalistas.

O Banco de Portugal (BdP) abriu um processo de contraordenação por suspeitas de incumprimento do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades contra a Energias de Portugal (EDP), de acordo com a empresa do setor energético. Caso o BdP venha a formalizar a condenação, a coima pode chegar aos dez milhões de euros, uma infração especialmente grave, avança esta sexta-feira o Público (acesso condicionado).

A venda da Herdade da Comporta está relançada. A Gesfimo, sociedade que gere os ativos imobiliários que estão a ser negociados, tinha imposto como condição para a reabertura da venda que os três concorrentes do último processo, que ficou fechado sem sucesso, renunciassem ao direito de contestar qualquer decisão. Dois dos interessados já assinaram e entregaram essa declaração, denominada de waiver, e o terceiro aceitou também essa condição, embora tenha pedido um adiamento para entregar a declaração.

Portugal tem conquistado vários adeptos de outros países, visitas agora constantes. Já é difícil andar pelas ruas de Lisboa e não ouvir outras línguas e sotaques. Consegue apontar quem vem com mais frequência?

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Ricciardi acusa adversários à presidência do Sporting de “ataques soezes”

  • ECO
  • 24 Agosto 2018

O candidato à presidência do Sporting acusa os adversários de "mau caráter e desespero" e enaltece os resultados que o antigo BESI teve enquanto liderou o banco do universo Espírito Santo.

Depois da notícia avançada esta, sexta-feira, pelo Jornal de Negócios (acesso pago), de que a Deloitte reabriu as contas de 2015 do Haitong para “corrigir erros” contabilísticos feitos pela administração de José Maria Ricciardi, o antigo banqueiro vem agora defender-se. Em comunicado, Ricciardi refere-se a estas informações como um “conjunto de falsidades que visam desvalorizar” a sua candidatura e acusa os restantes candidatos à presidência do Sporting de lhe fazerem “ataques soezes”.

Em resposta à “campanha negra com o objetivo de atingir” a sua candidatura à presidência do Sporting, Ricciardi enumera uma longa lista de feitos alcançados pelo antigo Banco Espírito Santo Investimento (BESI), que liderou até à resolução do BES, em 2014. Nesse período, diz, “os resultados do BESI foram altamente positivos, tendo os lucros atingido um montante global de 448,9 milhões de euros”.

Para além disso, acrescenta, “o BESI apresentou, entre 2006 e 2010, um retorno ao capital superior a 21%, rendibilidade nunca vista na banca nacional”. Ao mesmo tempo, “o BESI/Haitong Bank jamais foi intervencionado pelo Estado português, não foi objeto de resolução”.

Se é certo que o Haitong Bank não recebeu diretamente ajudas do Estado, é certo também que recentemente se viu obrigado a receber um aumento de capital. O BESI chegou a ser integrado no Novo Banco (que, na altura da sua criação, recebeu ajudas públicas no valor de 3,9 mil milhões de euros) em agosto de 2014, aquando da resolução do BES. Nesse ano, de acordo com os dados disponíveis no relatório e contas, o BESI reportou prejuízos de 137,6 milhões. Já em 2015, inicialmente, reportou prejuízos de 35,4 milhões.

Pouco depois da integração no Novo Banco, o BESI acabou por ser vendido ao grupo chinês Haitong, em setembro de 2015, por 379 milhões de euros, passando a chamar-se Haitong Bank. Menos de dois anos depois, em março de 2017, o Haitong Bank anunciou que teria de fazer um aumento de capital no valor de 419 milhões de euros. José Maria Ricciardi manteve-se à frente do Haitong Bank até ao final de 2016.

Agora, tal como escreve o Jornal de Negócios, a Deloitte reconheceu imparidades que a anterior administração, liderada por José Maria Ricciardi, não tinha inscrito em 2015, o que fez quase triplicar os prejuízos registados pelo banco nesse ano. Os prejuízos de 2015 serão então de 98,3 milhões e não de 35,4 milhões, como inicialmente reportado.

Ricciardi considera, contudo, que estas informações se tratam de ataques. “Os ataques soezes de que estou a ser alvo só demonstram o mau caráter e o desespero de alguns candidatos. Os sportinguistas não se deixarão enganar quanto às minhas capacidades de liderança e gestão do clube, característica fundamental que não reconheço em qualquer outra candidatura”.

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EDP: Regras do Banco de Portugal não se aplicam ao seu caso

  • Lusa
  • 24 Agosto 2018

A EDP pode ser multada em até 10 milhões de euros se o Banco de Portugal decidir que é culpada de prestar serviços de pagamentos. No entanto, a EDP defende que o regime não se aplica.

A EDP considera que o regime dos serviços de pagamento não se aplica ao seu caso, após ser conhecido que o Banco de Portugal a pode multar até 10 milhões de euros por prestação de uma atividade reservada a instituições financeiras.

O relatório e contas da EDP, divulgado esta quinta-feira e noticiado pelo Expresso e pelo Público, refere que foi instaurado à EDP “um processo de contraordenação pelo Banco de Portugal (BdP), por alegado incumprimento com o Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras”.

Em causa, refere o documento, está o “exercício da atividade de prestação de serviços de pagamento (atividade essa legalmente reservada a instituições de crédito e entidades similares) e incumprimento de determinações do BdP”. A multa pode chegar a 10 milhões de euros, dividida entre as empresas EDP Soluções Comerciais e EDP S.A.

Numa reação enviada à Lusa, a EDP disse hoje que “colaborou ativamente com o Banco de Portugal para esclarecer os factos, considerando, no entanto, que o regime jurídico dos serviços de pagamento não se aplica ao caso em concreto”.

A empresa liderada por António Mexia acrescenta que “estão essencialmente em causa serviços complementares prestados pela EDP, no âmbito das normais relações comerciais estabelecidas com alguns dos seus clientes”, e que “aguarda serenamente pelo desenvolvimento do processo.”

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Lisgráfica falha PER. Entra em processo de insolvência

  • Marta Santos Silva
  • 24 Agosto 2018

A Lisgráfica entrou em PER em 2017 mas foi notificada pelo tribunal de que este não iria até ao fim. Agora a empresa deve negociar um plano de recuperação a envolver um perdão de 65% da dívida.

A empresa de impressão de periódicos, Lisgráfica, anunciou esta sexta-feira a sua entrada em processo de insolvência, após ter falhado o Processo Especial de Revitalização (PER) que tinha começado em junho de 2017.

Num comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa refere que o Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste decidiu cessar as funções do administrador judicial provisório que estava com a Lisgráfica, Miguel Ribas Fernandes, assim como dar início a um processo de insolvência.

“Não é tema que nos preocupe excessivamente, porque a atividade da empresa continuará a decorrer dentro das circunstâncias normais”, disse ao Jornal de Negócios (acesso pago) o vice-presidente da Lisgráfica, Jaime Baptista da Costa. Agora que entrou em insolvência, a Lisgráfica deverá proceder à elaboração de um plano de recuperação junto dos credores. O plano deverá incluir um perdão de cerca de 65% da dívida financeira.

De acordo com o Jornal de Negócios, o maior credor da Lisgráfica é o BCP, que detém 53,3% dos créditos identificados na lista elaborada para a adesão ao PER. A gráfica deve cerca de 43,4 milhões de euros a este banco, e acumula também dívidas ao Novo Banco, ao Estado e ao Fisco, até um total de 81,4 milhões de euros.

Em 2017, a empresa registou um total de 1,9 milhões de euros em prejuízo, uma melhoria de 52% em relação ao ano anterior. No primeiro trimestre deste ano, porém, já estava a perder novamente, com prejuízo de 368 mil euros só de janeiro a março.

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Cristina Ferreira, de repórter de rua a papa-audiências

Dezasseis anos depois de começar a carreira na TVI, Cristina Ferreira vai trocar Queluz de Baixo por Carnaxide. E a SIC contrata uma campeã de audiências, independentemente da hora do programa.

Dezasseis anos depois, Cristina Ferreira vai mudar de casa. Avançada durante a tarde de quarta-feira, a notícia de que a apresentadora se prepara para, já em setembro, trocar a TVI — o seu canal de sempre, onde começou a carreira — pela concorrente SIC teve impacto na bolsa, nas redes sociais e na opinião pública.

A transferência milionária — Cristina Ferreira vai ganhar cerca de um milhão de euros por ano (aproximadamente 80 mil euros por mês, sendo que parte desse valor corresponde a uma remuneração variável que só será paga mediante resultados em audiência e telepromoções), três vezes mais do que o presidente do grupo Impresa, Francisco Pedro Balsemão — talvez se justifique pelo impacto da apresentadora nas audiências da estação de Queluz de Baixo.

Segundo o Relatório e Contas 2017 da Media Capital, nas manhãs, o programa ‘Você na TV’ “continua a ter a preferência dos portugueses”. Em 2017, o programa apresentado pela dupla Cristina Ferreira e Manuel Luís Goucha registou uma audiência média diária de 381 mil espectadores, correspondendo a um share de 26,6%, subindo face a 2016.

Mas, se o par Manuel e Cristina continuava a dar cartas nas manhãs televisivas nacionais, a apresentadora conseguiu, no mesmo período, conquistar também as audiências dos fins de tarde, lugar há muito preenchido pelo concorrente da televisão pública, “O Preço Certo”.

“A estreia de Apanha se Puderes […] conquistou, com grande vantagem, a liderança da importante faixa de acesso ao prime time desde o primeiro dia. O concurso com apresentação de Cristina Ferreira e Pedro Teixeira ultrapassou em 2017 o até então líder de audiências O Preço Certo, da RTP”, lê-se no Relatório e Contas da Media Capital. No documento, a dona da TVI vai mais longe, considerando o sucesso do programa um dos grandes acontecimentos do ano para as contas da estação televisiva.

"“Apanha se Puderes” foi outro marco de 2017, destronando no horário de acesso ao prime time o concorrente mais próximo, até então líder nesta importante faixa do mercado.”

Relatório e Contas Media Capital 2017

“Um dos marcos de 2017 foi o facto de a Plural ter abraçado a produção de entretenimento, através do programa Apanha se Puderes. Uma aposta vencedora, já que este formato internacional, adaptado para a TVI onde é emitido diariamente no slot horário das 19:00-20:00, se tornou, desde o 1.º dia de exibição, líder no acesso ao prime time”, esclarece o relatório.

Este impacto nas audiências, referido no Relatório e Contas do grupo dono da TVI, reflete o peso da apresentadora de televisão em termos de marca pessoal e reconhecimento público. Segundo o estudo “Figuras Públicas e Presença Digital 2018” da Marktest Consulting, que pretende conhecer a imagem que os portugueses têm das figuras públicas nacionais, a sua opinião acerca das principais características destas personalidades e a sua associação à publicidade, a apresentadora é a segunda figura pública com maior notoriedade espontânea topofmind (1.ª referência), a seguir a Cristiano Ronaldo.

“Cristiano Ronaldo, com 41,5% de referências, foi destacadamente a figura pública com maior notoriedade espontânea top of mind (..). Cristina Ferreira ocupou a segunda posição, com 6,4%, e Rita Pereira a terceira, com 2,5%. Na lista dos dez nomes mais referidos em primeiro lugar por estes indivíduos constam ainda Manuel Luís Goucha, Rosa Mota, Herman José, Ruy de Carvalho, Rui Vitória, Fernando Mendes e Rui Veloso”, refere o estudo.

Considerando o total de referências espontâneas à pergunta sobre notoriedade de figuras públicas portuguesas, Cristiano Ronaldo foi o mais referido pelos inquiridos neste estudo, tendo recolhido mais de metade (59,5%) das respostas. A nova apresentadora da SIC foi indicada por cerca de um quarto dos entrevistados (24,1%), enquanto Manuel Luís Goucha ocupou a terceira posição, com 19,8% das referências.

Outro âmbito do estudo foi medir a opinião dos portugueses face à participação de figuras públicas em campanhas publicitárias ou de sensibilização social. Numa escala de 1 (nada importante) a 10 (muito importante), o atributo “honestidade” foi considerado a mais importante, com uma classificação média de 8,75. Depois do nome de Cristiano Ronaldo, que mais vezes ocupou o lugar cimeiro no conjunto de atributos avaliados (prestígio, talento, reputação e competência, entre outros num total de 13), Cristina Ferreira liderou em três dos atributos analisados, com 12,2% de associações a simpatia, 9,6% a persuasão e 5,5% a credibilidade.

De acordo com dados da LUVin, que gere a presença digital da apresentadora, ao ECO, Cristina Ferreira reúne uma audiência de mais de 2,5 milhões de seguidores (1,72 milhões no Facebook e 749 mil no Instagram). Já o blog Daily Cristina, lançado em maio de 2013, conta com 2,2 milhões de visualizações por mês.

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Jerónimo Martins sobe 2%. Retalhista deixa bolsa acima da linha de água

Lisboa fechou semana em terreno ligeiramente positivo, assim como a Europa. Por cá, destacaram-se as ações da Pharol, que evidenciaram um disparo de 6% no meio de notícias da Oi.

O melhor desempenho da sessão em Lisboa coube à Pharol, com as ações a subirem mais de 6%, mas também a Jerónimo Martins apresentou ganhos expressivos, determinantes para que a bolsa conseguisse terminar a semana em terreno ligeiramente positivo. Na Europa, o fecho das praças também se fez em tons de verde.

O PSI-20, o principal índice português, ganhou 0,12% para 5.497,2 pontos. As ações da dona do Pingo Doce somaram 1,9% para 13,90 euros e foram o contributo mais decisivo para que a praça nacional fechasse a sessão com sinal mais. Outras quatro cotadas também ajudaram, mas um pouco menos. Foi o caso da Galp Energia e da EDP Renováveis, com subidas de 0,54% e 0,40%, respetivamente.

A maior subida pertenceu à Pharol. A gestora da participação na operadora brasileira Oi viu títulos dispararem 6,07% para 0,2185 euros. Um desempenho que surge depois da notícia da Reuters de que os fundos de investimento especializados em ativos problemáticos, e que controlam parte da telecom, vão esperar por uma melhoria dos resultados antes de se desfazerem das suas participações.

“A Pharol distinguiu-se pela forte subida, que interrompe um movimento descendente bastante acentuado, que é explicado pela decisão da administração em participar no próximo aumento de capital da Oi”, afirmam os analistas do BPI no Comentário de Fecho. “Para materializar esse intento, a Pharol anunciou na semana passada que irá igualmente aumentar o seu capital. Essa decisão gerou uma forte pressão vendedora que foi interrompida hoje”, acrescentam.

A travar uma maior ambição: EDP e BCP, com quedas de 0,77% e 0,47%, respetivamente.

Fora do índice de referência nacional, as ações do BPI estiveram sob pressão compradora, fechando em alta de 1,94% para 1,472 euros, depois de a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) se ter decidido pela nomeação de um auditor para fixar a contrapartida para o CaixaBank retirar o banco português de bolsa.

BPI avança

No panorama europeu, o benchmark Stoxx 600 somou ligeiros 0,09%. Outras praças importantes como o CAC-40, o FTSE-Mib e o IBEX-35 encerraram com ganhos entre 0,2% e 0,6%.

“A sessão pautou-se pela expectativa em relação à intervenção do Presidente da Fed no Fórum Anual desta instituição que se realiza em Jackson Hole“, disse o BPI. “O setor bancário europeu, que ultimamente tem sido atingido pelos receios em relação ao próximo Orçamento de Estado do Governo Italiano, foi hoje animado por uma notícia reportada pela Reuters sobre uma hipotética fusão entre o italiano Unicredit e o francês BNP Paribas”, notou ainda.

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Vender já a Oi? Fundos só saem quando começar a dar lucro

Os fundos de investimento que controlam a Oi deverão focar-se em melhorar as contas da operadora antes de alienarem as suas posições, segundo a Reuters.

Os fundos de investimento que controlam a Oi pretendem melhorar primeiro as contas da empresa antes de se desfazerem das participações. A notícia foi avançada esta sexta-feira pela Reuters. Até aqui, acreditava-se que, concluída a operação de conversão de dívida da Oi em capital, estes fundos procurariam vender as respetivas posições no curto prazo.

A agência cita duas fontes não identificadas para indicar que os fundos, como o Solus Altenative, o GoldenTree e o York Capital Management, estão focados em melhorar as operações da maior telecom brasileira. Só depois estará em cima da mesa a possibilidade de alienarem as suas participações.

Uma das fontes salientou que os fundos tencionam, com a melhoria da empresa, aumentar o valor das suas participações para encaixarem uma mais-valia maior com a venda. Além disso, o facto de a Oi estar em litigância com o regulador das telecomunicações Anatel, que reclama 14 mil milhões de reais em multas regulatórias, é visto como um atrito a uma operação satisfatória para estas empresas. Como recorda a Reuters, a Anatel obrigou a que este valor não contasse como crédito.

A Oi já concluiu a primeira fase do plano de recuperação, através do qual foram convertidos créditos em capital da empresa. A portuguesa Pharol, que era a maior acionista, acabou por ver a sua posição ser diluída para 7,85%, sendo ultrapassada pelos fundos de investimento. O próximo passo é o aumento de capital em dinheiro fresco, no valor de mil milhões de dólares.

A operadora fechou o segundo trimestre do ano com um portefólio de 59 milhões de clientes, uma queda de 6% face ao período homólogo. A retenção de subscritores e atração de novos clientes será um dos maiores desafios para a próxima temporada.

(Notícia atualizada às 16h53 com mais informações)

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Em Jackson Hole, Powell defende atual estratégia de aumento de juros da Fed

  • Marta Santos Silva
  • 24 Agosto 2018

No primeiro discurso no encontro de Jackson Hole enquanto presidente da Fed, Powell respondeu aos ataques de Trump à subida de juros afirmando que parece ser o melhor trajeto para proteger a economia.

Jerome Powell, o Presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed), defendeu esta sexta-feira a estratégia que os economistas e banqueiros centrais norte-americanos têm adotado perante o crescimento económico do país. A subida gradual dos juros, afirmou no seu primeiro discurso enquanto Presidente da Fed no encontro anual de especialistas e decisores de política monetária em Jackson Hole, é a melhor opção para proteger o crescimento económico do país.

O discurso de Powell serviu em parte como uma resposta ao Presidente dos Estados Unidos Donald Trump, embora sem o mencionar. Trump criticara no princípio da semana a estratégia da Fed com o aumento de taxas de juro. “A Fed deveria ajudar-me”, disse à Reuters numa entrevista, acrescentando “não adorar” as subidas de juro.

Esta sexta, Powell reage com uma defesa acérrima da posição da Fed. O banco central, explicou, procura defender-se de dois riscos paralelos. A Fed “tem navegado entre os baixios do sobreaquecimento e um aperto prematuro na política monetária, com uma visão vaga de guias de navegação que estão a mudar”, afirmou, sublinhando assim a dificuldade de decidir quando aumentar as taxas de juro — nem cedo de mais, dificultando o crescimento económico, nem tarde de mais, permitindo um sobreaquecimento da economia.

Para evitar estes dois riscos, referiu na sua intervenção, a solução é avançar devagar. “Vejo o nosso caminho atual de aumentar gradualmente as taxas de juro como a nossa forma de levar ambos os riscos a sério”, acrescentou Jerome Powell, citado pelo Financial Times.

Após a divulgação, esta semana, das minutas da última reunião da Fed, os investidores ficaram ainda mais convencidos de que a Fed venha a realizar um novo aumento de taxas de juro em setembro. Antecipa-se que os banqueiros centrais realizem um aumento em setembro e um segundo em dezembro. As previsões para 2019, porém, ainda não são claras.

No seu discurso, Jerome Powell voltou a reforçar que um novo aumento surgirá em breve, ao afirmar: “Se o recente crescimento em rendimentos e emprego continuar, então é provável que venham a ser apropriados mais aumentos graduais na meta da taxa de juro federal”.

O encontro anual em Jackson Hole, nos Estados Unidos, junta especialistas em política monetária e economistas de todo o mundo para um simpósio sobre as políticas económicas e de mercado. Este é o primeiro encontro em que Jerome Powell participa enquanto Presidente da Fed, após ter substituído Janet Yellen.

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Isabel dos Santos responde com ironia ao Presidente angolano nas redes sociais

  • Lusa
  • 24 Agosto 2018

Acusada de "desencorajar o investimento" em Angola, Isabel dos Santos publicou mensagens irónicas no Twitter e no Instagram afirmando: "Continuo a investir em Angola e a acreditar nos angolanos".

A empresária angolana Isabel dos Santos utilizou hoje as redes sociais Twitter e Instagram para responder às críticas feitas pelo Presidente de Angola, que a acusou de “desencorajar o investimento” no país.

“Há uns que tapam o sol com a peneira, há outros que constroem abrigo para se por à sombra… e trabalham para comprar ar condicionado. Faço parte da segunda categoria”, escreveu a filha do ex-chefe de Estado angolano José Eduardo dos Santos, aludindo às declarações de João Lourenço feitas no último dia da visita oficial à Alemanha, que terminou quinta-feira.

Quinta-feira, em Berlim, João Lourenço, em resposta às críticas da empresária feitas em junho, lamentou que Isabel dos Santos “desencoraje investimento para o seu próprio país”. Aos jornalistas, respondeu: “Eu não queria entrar em mesquinhices deste tipo para uma cidadã nacional que desencoraja o investimento para o seu próprio país. É o único comentário que tenho a fazer”.

Já na rede social Instagram, sem nunca referir o nome de João Lourenço, Isabel dos Santos surge numa fotografia com um capacete na cabeça, tendo como pano de fundo uma obra num local que não referencia.

“Na obra, trabalhando e a supervisionar a construção desde raiz deste novo empreendimento. Como engenheira, estou envolvida no terreno desde o início até ao fim da obra, e estou presente em todas as etapas. Continuo a investir em Angola e a acreditar nos angolanos e seu talento“, escreve. “Aqui está em construção mais um empreendimento que vai gerar mais empregos para jovens e oportunidades para os pequenos e médios produtores escoarem e venderem os seus produtos”, acrescenta Isabel dos Santos.

No texto, a empresária angolana lembra que, desta forma, vai apoiar “outros empresários e produtores e gerar mais iniciativas”.

“A produção nacional é a única forma de baixar os preços. Nesta obra trabalham com afinco mais de 100 bons técnicos angolanos que constroem com qualidade e no final do dia vão para suas casas com orgulho e determinação de fazer parte do crescimento de Angola”, termina o texto.

Em junho, durante a visita de João Lourenço à Bélgica, a empresária angolana criticou nas redes sociais a falta de atratividade externa de Angola, pela dificuldade em repatriar dividendos.

Na mensagem colocada nas redes sociais, Isabel dos Santos, exonerada em novembro de 2017 por João Lourenço das funções de presidente do conselho de administração da petrolífera estatal Sonangol, questionava, sem nunca se referir à visita do chefe de Estado à Europa, a atratividade do país, do ponto de vista dos investidores estrangeiros.

“Qual o investidor que vai entrar se não dão autorização aos atuais investidores estrangeiros para levarem os lucros em dólares”, afirmou, então, Isabel dos Santos, considerada a mulher mais rica de África, referindo-se às dificuldades que as empresas e investidores enfrentam, nos últimos anos, para repatriar lucros e dividendos, devido à escassez de divisas em Angola.

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Montepio pede ao Banco de Portugal para avaliar Álvaro Nascimento como presidente não executivo

  • Lusa
  • 24 Agosto 2018

Álvaro Nascimento estará a ser considerado para assumir o lugar de chairman da Caixa Económica Montepio Geral. O grupo enviou ao Banco de Portugal o pedido para que este seja avaliado.

O grupo Montepio enviou para o Banco de Portugal um pedido provisório de avaliação da idoneidade de Álvaro Nascimento para presidente não executivo (‘chairman’) da Caixa Económica do Montepio Geral (CEMG), segundo fontes do setor financeiro.

Contudo, o nome – que será do agrado de Carlos Tavares, presidente da Caixa Económica Montepio Geralainda não foi aprovado nos órgãos sociais do Montepio, mas o pedido provisório de avaliação de idoneidade já seguiu para o supervisor bancário antes que haja uma decisão formal. A Lusa contactou fontes oficiais do Montepio e do Banco de Portugal, que não fizeram comentários sobre este tema.

A escolha de Álvaro Nascimento, professor na Universidade Católica e ex-presidente não executivo da Caixa Geral de Depósitos (2013 a 2016), foi noticiada na quinta-feira à noite pelo Eco e pelo Jornal Económico.

O professor universitário escreve artigos de opinião regulares no Jornal de Negócios. Em março, criticou a “benesse do crédito fiscal por impostos diferidos atribuído à Associação Mutualista Montepio Geral” e questionou a entrada da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa na CEMG pelo montante de que então se falava.

Atualmente, Carlos Tavares ocupa as funções de presidente não executivo (‘chairman) do banco Montepio e de presidente executivo, uma acumulação de cargos aceite pelo Banco de Portugal apenas temporariamente.

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Weidmann fora da corrida. Quem vai suceder a Draghi no BCE?

Draghi termina mandato no outono do próximo ano, mas Angela Merkel já não pretende uma alemão à frente do banco central. Quer antes colocar um compatriota na liderança da Comissão Europeia.

O Governo alemão deixou cair o nome do presidente do Bundesbank, Jens Weidmann, da corrida à sucessão de Mario Draghi na liderança do Banco Central Europeu (BCE), numa decisão que poderá representar uma maior moderação no ritmo de subida dos juros na Zona Euro. Um cenário, dizem os analistas, que vai beneficiar países mais endividados, caso de Portugal.

Segundo o jornal alemão Handelsblatt, Angela Merkel tem outras pretensões que já não passam pelo cargo de presidente do banco central, que se prepara para estar livre no outono do próximo ano com o fim do mandato do italiano.

Ao invés, a chanceler alemã pretende colocar um nome alemão na presidência da Comissão Europeia. Peter Altmaier, ministro dos Assuntos Económicos, ou Manfred Weber, líder do grupo do Partido Popular Europeu do Parlamento Europeu, estão entre os nomes citados pelo jornal germânico.

Com a saída de cena de Weidamnn ganham força os nomes de François Villeroy de Galhau (França) ou de Erkki Liikanen (Finlândia) para suceder a Mario Draghi. “O candidato que suceder não irá desviar-se fundamentalmente daquilo que foi a linha de atuação de Draghi de manter a união monetária unida também através da política monetária”, refere o economista chefe do Commerzbank, Jörg Kramer, numa nota divulgada esta quinta-feira.

Para Kramer, “com as causas da crise da dívida, particularmente em Itália, ainda por resolver, os governos da Zona Euro vão continuar a apoiar uma política monetária mais soft“. E, por essa razão, falcões como Weidmann teriam poucas hipóteses numa disputa pelo cargo de presidente do banco central, frisa.

É neste contexto que o economista alemão prevê que o BCE vai continuar a reinvestir as obrigações vencidas durante um longo período após o fim do programa de compras no final do ano.

Foi com Draghi que o banco central empreendeu uma agressiva política de compra de dívida pública na região desde 2015, a fim de conter a subida do risco e promover um maior dinamismo da economia e inflação. Mas este programa de estímulos vai agora terminar em dezembro, mantendo-se uma política de reinvestimentos dos títulos que atingirem a maturidade para lá dessa data.

“Como resultado destes reinvestimentos, o BCE vai deter quase um terço das obrigações dos governos durante anos, deprimindo de forma permanente as yields da dívida para o interesse dos países mais endividados“, explica.

“Além disso, não esperamos um verdadeiro ciclo de subida das taxas de juro, mesmo que o BCE aumente a sua taxa de depósito dos -0,4% para -0,3% em setembro de 2019″, sublinha ainda Jörg Kramer.

Draghi já prometeu uma subida dos juros durante o verão do próximo ano, se as condições económicas assim o permitirem.

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Wall Street em alta com expetativa no discurso de Powell

As principais praças norte-americanas negociam em alta. A determinar este comportamento está a expectativa à volta do discurso do presidente da Fed, na busca de pistas sobre a política monetária.

As principais praças norte americanas negoceiam, esta sexta-feira, em alta à espera do discurso de Jerome Powell, presidente da Fed, na conferência de banqueiros centrais em Jackson Hole.

O Dow Jones está a valorizar 0,31% para os 25.733,73 pontos, o S&P 500 cresce 0,30% para os 2.865,78 pontos. Já o Nasdaq cresce 0,45% para os 7.913,68 pontos.

A animar o mercado está a expectativa sobre o primeiro discurso de Powell, em Jackson Hole, e onde este deve reiterar a intenção de continuar a aumentar as taxas de juro.

As minutas da Fed, dadas a conhecer esta semana, indicam que deverá haver lugar a uma subida das taxas de juro em setembro e dezembro. Esta revelação, que já era esperada pelo mercado, levou mesmo a tombos em Wall Street, durante os últimos dois dia, agravado pela introdução das novas tarifas comerciais entre EUA e China no montante de 16 mil milhões de euros.

Também a impulsionar os mercados está a desvalorização do dólar face às principais moedas mundiais.

Em destaque estão as ações do setor bancário, com o Citigroup e o Bank of America a valorizarem 2%. Em sentido contrário, destaque para a GAP, depois de a empresa ter anunciado uma queda maior do que o esperado nos resultados líquidos.

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