Crédito Agrícola corta spread da casa para 1,2%. É o terceiro mais baixo

O banco liderado por Licínio Pina reviu em baixa o leque de spreads que cobra para dar crédito à habitação. A nova margem mínima é a terceira mais baixa do mercado.

Mais um episódio da guerra de spreads. Depois do BPI, em fevereiro, chega a vez do Crédito Agrícola rever em baixa a margem mínima que cobra para financiar a compra de casa. O banco liderado por Licínio Pina colocou o spread mínimo do crédito à habitação em 1,2%. Trata-se do terceiro mais baixo do mercado. Apenas o Bankinter e o Banco CTT têm valores inferiores.

O novo spread mínimo de 1,2% a aplicar na concessão de crédito a clientes do segmento “adultos” surge na atualização do preçário do Crédito Agrícola realizada a 11 de março. Ou seja, praticamente um ano depois de o banco ter descido a margem mínima para 1,4%, mexida que ocorreu em fevereiro de 2018.

Com esse corte, o Crédito Agrícola deixa de ter o terceiro spread mínimo mais elevado do mercado, para passar a ter o terceiro mais baixo.

Os spreads mínimos de dez bancos

Fonte: Preçários dos bancos

Entre um universo de dez instituições financeiras, até agora apenas o Banco Montepio (1,5%) e o Eurobic aplicavam margens mínimas mais elevadas do que o Crédito Agrícola. No atual cenário, apenas o Bankinter (1%) e o Banco CTT (1,1%) apresentam spreads inferiores.

O Crédito Agrícola é assim o segundo banco a rever em baixa a sua tabela de spreads em 2019, depois de o BPI ter dado o pontapé de saída para eventuais contra-ataques dos concorrentes. Essas mexidas acontecem numa altura em que, apesar dos alertas e da medida macroprudencial do Banco de Portugal que entrou em vigor no início de julho com o objetivo de colocar um travão no crédito e prevenir situações de sobreendividamento, a concessão de empréstimos para a compra casa continua a crescer.

No ano passado, a concessão de crédito à habitação atingiu um novo recorde. Os bancos disponibilizaram quase dez mil milhões de euros — 9.835 milhões de euros — em empréstimos para a compra de casa, em 2018, um novo máximo desde 2010.

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Importações levantam voo com compra de aviões. Exportações abrandam

As importações subiram em janeiro deste ano, impulsionadas pela compra de aviões. As exportações desaceleraram face ao mês anterior, ao aumentar 4,1%.

As importações levantaram voo no início do ano, ao subir 16,6% em janeiro, impulsionadas maioritariamente pela compra de aviões. Por outro lado, as exportações aumentaram 4,1%, no que foi um abrandamento face ao crescimento do mês anterior, revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

O défice da balança comercial no primeiro mês do ano atingiu os 1.996 milhões de euros, mais 794 milhões de euros do que no mesmo mês de 2018, indica o INE. O saldo da balança comercial continua a ser negativo, enquanto as importações de Portugal batem as exportações.

Portugal comprou aviões e as suas partes principalmente a França, país de origem da Airbus que fornece os aparelhos para a TAP, o que fez as importações vindas desse país aumentar quase 70% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Quando se olha para o total de 2018, foi Espanha o principal fornecedor, seguido pela Alemanha, tendência que se manteve no início do ano.

Para além das movimentações nos aviões, também os automóveis pesaram na balança, apesar de não serem suficientes para travar o défice. As exportações de automóveis para transporte de passageiros cresceram 33,5% em janeiro, relativamente ao mesmo período do ano passado, fixando-se nos 428 milhões de euros. Um desempenho que não é alheio ao aumento de produção da Autoeuropa. Já as importações de carros caíram 15,2% no primeiro mês do ano.

As exportações de Portugal para a Alemanha aumentaram 17,1% em janeiro, bem como para a Espanha, que registaram um crescimento de 7,4%. Pelo contrário, as compras da Bélgica e do Brasil diminuíram, principalmente na área dos combustíveis e lubrificantes, “justificado em parte pelas manutenções ocorridas nas refinarias nacionais“, explica o INE.

(Notícia atualizada às 12h05)

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Após três meses a subir, crédito da casa cai para mínimos de quase um ano

No primeiro mês de 2019, os bancos disponibilizaram 747 milhões de euros em empréstimos para a compra de casa. É o valor mais baixo desde fevereiro de 2018.

No primeiro mês de 2019, os bancos disponibilizaram 747 milhões de euros em empréstimos para a compra de casa. É o valor mais baixo desde fevereiro de 2018. Em termos homólogos, a tendência, no entanto, é de subida.

Estatísticas divulgadas pelo Banco de Portugal nesta terça-feira mostram que os bancos concederam 747 milhões de euros em empréstimos para a compra de casa, um número que corresponde a uma diminuição de 156 milhões de euros face aos 903 milhões de euros disponibilizados em dezembro.

É registada assim uma inversão de rumo após três meses seguidos de aumentos da disponibilização de empréstimos para a aquisição de habitação. De salientar no entanto que o mês de janeiro é um período tradicionalmente marcado por uma desaceleração da concessão de crédito.

Crédito para comprar casa abranda em janeiro

Fonte: Banco de Portugal

Já se formos analisar numa base homóloga, a tendência é de subida. O montante disponibilizado no primeiro mês deste ano representa um aumento de 134 milhões face aos 634 milhões de euros em crédito para a compra de casa disponibilizado no mesmo período do ano passado. Trata-se ainda em termos homólogos do valor mais alto desde 2010.

No que respeita ao crédito ao consumo também foi observada uma quebra entre dezembro e janeiro, na ordem dos 58 milhões, para se fixar em 338 milhões de euros, o valor mais baixo desde julho de 2017. Em termos homólogos, também se observou uma diminuição, apesar de curta.

Foram menos quatro milhões de euros em comparação com os 342 milhões concedidos em janeiro de 2018. Há seis anos que não se observava uma quebra nos níveis de concessão de crédito ao consumo no primeiro mês do ano.

Nos empréstimos a particulares com outros fins, o montante da concessão ascendeu a 133 milhões de euros em janeiro, uma redução de 49 milhões de euros face aos 182 milhões concedidos em dezembro. Face ao período homólogo, registou-se uma diminuição de dois milhões de euros.

Considerando as três finalidades de crédito, foram concedidos pelos bancos 1.218 milhões de euros às famílias no primeiro mês de 2019.

(Notícia atualizada às 11h39 com mais informação)

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Investidores aplaudem nova estratégia de Mexia. Ações da EDP sobem mais de 1%

Elétrica atualizou esta manhã o seu plano estratégico até 2022. Vai aumentar a porção dos lucros a dar aos acionistas. E anunciou um ambicioso plano de investimentos no valor de 12 mil milhões.

Depois de um arranque em “falso”, as ações da EDP inverteram para terreno muito positivo, estando já a negociar em máximos de seis meses, isto depois de António Mexia ter anunciado em Londres que pretende aumentar a porção dos lucros a distribuir pelos acionistas até 2022, ao mesmo tempo que tenta imprimir um ambicioso plano de investimentos no valor de 12 mil milhões de euros, com especial foco nas renováveis.

As ações da elétrica portuguesa, que estiveram a cair mais de 1% no início do dia, estão agora a subir 1,25% para 3,31 euros, cinco cêntimos acima da contrapartida oferecida pelos chineses da China Three Gorges na Oferta Pública de Aquisição (OPA) no valor de 3,26 euros.

Também os títulos da EDP Renováveis somam 0,58% para 8,675 euros — bem acima dos 7,33 euros que o grupo chinês apresentou como contrapartida para ficar com a empresa de energias limpas há quase um ano.

A EDP apresentou esta terça-feira ao mercado a aguardada atualização do plano estratégico até 2022, depois de ter terminado 2018 com o lucro mais baixo da década, pouco acima dos 500 milhões de euros. Esta atualização vista pelo mercado como uma resposta da administração de António Mexia à OPA chinesa e simultaneamente aos americanos do fundo Elliot Management, de Paul Singer, que querem mudanças no seio da utility nacional.

Do ponto de vista do investidor, a nova estratégia traz um reforço dos dividendos a distribuir pelos acionistas. É intenção de António Mexia que o dividendo não baixe dos 19 cêntimos por ação nos próximos anos, como vai distribuir este ano, mas isto vai significar um aumento do payout (parte dos lucros que são distribuídos pelos acionistas) para um intervalo entre 75% e 85%, dez pontos percentuais acima do anterior objetivo. Até 2022 quer distribuir três mil milhões de euros em dividendos.

Para esta política de dividendos que a EDP considera “atrativa”, além da diminuição da dívida e do crescimento do negócio, a elétrica pretende financiar-se também através de uma “otimização do portefólio”. A rotação de ativos poderá gerar mais de quatro mil milhões de euros e as alienações poderão levar a um encaixe de dois mil milhões de euros, com redução do mercado ibérico.

Em contrapartida, haverá um reforço do investimento nas energias renováveis. O capex (investimento em bens de capital) previsto até 2022 é de cerca de 12 mil milhões de euros, com foco nos EUA, Canadá e Europa. No setor das renováveis o investimento deverá ascender a sete mil milhões de euros.

EDP em máximos de seis meses

(Notícia atualizada às 11h08)

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Inditex desinvestiu em Portugal mas têxtil português compensou diversificando

  • Lusa
  • 12 Março 2019

A Inditex não irá abandonar nunca Portugal, porque vai necessitar da produção de proximidade, diz a ATP, mas alerta para a necessidade de as empresas diversificarem clientes.

A espanhola Inditex tem feito um “desinvestimento grande” em Portugal, reduzindo as encomendas ao têxtil português “por questões de preço”, mas as empresas nacionais têm compensado esta quebra diversificando clientes e mercados, defende a associação setorial.

“Não é pelos preços que iremos encontrar a nossa competitividade e o que está a acontecer com a Inditex poderá ser pedagógico para muitas empresas, que se acomodaram, e um sinal importante para a nossa indústria de que o preço não é a resposta”, afirmou o diretor-geral da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) em declarações à agência Lusa.

Não é pelos preços que iremos encontrar a nossa competitividade e o que está a acontecer com a Inditex poderá ser pedagógico para muitas empresas, que se acomodaram, e um sinal importante para a nossa indústria de que o preço não é a resposta.

Paulo Vaz

Diretor-geral da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal

Na véspera de o grupo Inditex – dono de marcas como a Zara e a Maximo Dutti e líder mundial da venda de roupa a retalho – divulgar os resultados de 2018, Paulo Vaz destacou que, apesar da quebra de 4% em 2018 e de 2% em 2017 das exportações do têxtil e vestuário português para Espanha, este “há de ser sempre um mercado fundamental para Portugal e para a indústria têxtil portuguesa”.

A Inditex não irá abandonar nunca Portugal, porque vai necessitar da produção de proximidade e do conjunto de competências que lhe trazemos, nomeadamente no ‘design’, no desenvolvimento de materiais e na rapidez de resposta. Mas aquela dimensão e intensidade que tinha no passado vai restringir-se por questões de preço”, antecipou.

Segundo a ATP, as exportações do setor têxtil e vestuário português para Espanha terminaram 2017 com uma quebra de 3,9% (ou 68 milhões de euros), para perto de 1.700 milhões de euros, mas aquele país continua a liderar o ‘ranking’ dos principais destinos, com uma quota de 31,9% (em 2016 este peso chegou aos 34%).

De acordo com Paulo Vaz, as exportações do setor para a região espanhola da Galiza – onde está sedeada a Inditex – rondarão os 850 milhões de euros, dos quais “55% a 60%” resultarão de encomendas feitas por aquele grupo em Portugal.

“A nossa conclusão – que é empírica, de feeling quase, mas que não deve estar muito longe da realidade – é que a quota de Espanha [nas exportações têxteis portuguesas] vem caindo essencialmente por causa de um cliente que tem um peso particularmente grande, que é a Inditex, e que mudou a sua política de compras por razões que têm a ver com as mudanças que está a tentar imprimir ao seu modelo de negócio”, explicou.

Segundo o dirigente associativo, “a Inditex está claramente à procura de margem”, optando por “quem lhe produza mais barato”, o que a tem levado a transferir encomendas de Portugal para outros mercados também de proximidade, como Marrocos ou a Turquia.

Agora o que normalmente acontece é que quando se procura preço desce-se na qualidade”, avisou, notando que “a Inditex está a começar a ter algumas dificuldades nas vendas nos mercados mais clássicos e tradicionais, que são essencialmente os mercados dos países desenvolvidos, nomeadamente da Europa”.

“As informações que tenho é que se calhar as vendas não estão a correr tão bem como no passado e que o crescimento é feito com a abertura de novas lojas noutras geografias. A verdade é que as vendas e as margens que [a Inditex] tinha há alguns anos já não são as mesmas e eles andam atrás disso mesmo”, sustenta.

Se calhar as vendas não estão a correr tão bem como no passado e que o crescimento é feito com a abertura de novas lojas noutras geografias.

Paulo Vaz

Diretor-geral da ATP

Na sua opinião, esta situação resulta de “mudanças estruturais no ato de comprar” que têm levado a uma contração do consumo de moda: “As novas gerações querem mais a experiência do que o património, gastam mais dinheiro em viagens, espetáculos, bem-estar e cultura e menos em roupa ou automóveis”, explicou.

Convicto que “de hoje para amanhã a moda vai ter que ser repensada”, Paulo Vaz admite que “isto poderá não estar ainda a ser bem compreendido pela maioria das marcas, que estão à procura de uma reorientação”.

No caso da Inditex, a este cenário acresce o facto de, ao estar atualmente cotado em bolsa, o grupo ter “que satisfazer já não apenas o acionista família Ortega [fundadora da empresa], mas um conjunto de acionistas que querem dividendos das suas ações”: “Isto implica uma grande pressão que tem de ser respondida de uma outra maneira, diferente da de há cinco ou dez anos”, sustentou.

Para o diretor geral da ATP, a evolução do setor poderá levar a que, no horizonte de uma década, a quota de Espanha nas exportações do têxtil e vestuário português recue para os 25% ou 26%, embora “mantendo os mesmos valores absolutos”, crescendo as vendas da fileira para mercados que têm evoluído muito positivamente, como a Itália, Holanda, China ou os EUA.

“A grande questão é que as empresas aprendam de vez a lição de nunca ficarem com excesso de dependência relativamente a um cliente ou a um mercado em particular. Mais uma vez, a história repetiu-se com algumas delas, sobretudo as mais pequenas, que tiveram de encerrar, mas a minha convicção é que não é isso que vai afetar de uma forma violenta, ou pelo menos dramática, um setor que hoje em dia tem outros argumentos, alternativas e mercados e outra forma de reagir na procura de outros clientes”, considera.

A grande questão é que as empresas aprendam de vez a lição de nunca ficarem com excesso de dependência relativamente a um cliente ou a um mercado em particular. Mais uma vez, a história repetiu-se com algumas delas.

Paulo Vaz

Diretor-geral da ATP

Quanto às exportações para Espanha, Paulo Vaz acredita que “têm ainda potencial para crescer”, até porque este mercado “está a ser berço de um conjunto de novas marcas muito orientadas para a sustentabilidade”, em oposição ao “excesso de homogeneização que se encontrou em modelos de ‘fast fashion’ como a Inditex”.

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Preço médio do arrendamento de casas em Portugal aumentou 37% em 2018

  • Lusa
  • 12 Março 2019

Lisboa foi o distrito que, a nível nacional, registou o preço médio mais elevado da habitação em 2018, tanto no arrendamento como na venda de casas.

O preço médio das casas em Portugal em 2018 aumentou 37% no arrendamento face a 2017, fixando-se em 1.106 euros, e 25% no mercado de compra e venda, situando-se em 247.090 euros, revelou esta terça-feira o portal de imobiliário Imovirtual.

Neste âmbito, Lisboa foi o distrito que, a nível nacional, registou o preço médio mais elevado da habitação em 2018, tanto no arrendamento (1.475,53 euros) como na venda de casas (329.833,29 euros), de acordo com a análise de todos os anúncios novos de apartamentos e moradias para arrendamento e venda, inseridos no Imovirtual em 2017 (492.595) e em 2018 (641.203).

Relativamente ao mercado de arrendamento, o distrito que maior crescimento registou no preço médio das casas foi Beja (85%), seguido de Lisboa (31%) e da ilha da Madeira (30%), segundo os dados do Imovirtual, enviados à Lusa.

Consequência desta dinâmica de valorização, “em Portugal o preço médio de arrendamento de apartamentos e moradias passou de 808 euros em 2017 para 1.106 euros em 2018, um aumento de 37%”.

Os dados globais de 2018 mostram ainda que os distritos com o preço médio de arrendamento na habitação mais baixo foram, respetivamente, a Guarda (347,13 euros), Portalegre (370 euros), Castelo Branco (386,12 euros), Vila Real (405,43 euros) e Santarém (420,23 euros).

“A nível nacional, o distrito da Guarda foi o único que apresentou uma queda no preço médio de arrendamento, passando de 360 euros em 2017 para 347 euros em 2018”, informou o Imovirtual.

No ‘rating’ dos cinco distritos com o preço médio de arrendamento na habitação mais elevado em 2018, Lisboa (1.475,53 euros) ocupou a primeira posição, seguida do Porto (1.102,14 euros), Faro (878,73 euros), Beja (726,27 euros) e Setúbal (685,83 euros).

Em relação ao mercado de compra e venda, os preços dispararam em 2018, comparativamente com o ano anterior, registando-se “um aumento de 25% no preço médio de venda das casas, subindo de 197.561 euros para 247.090 euros, a nível nacional”.

Segundo o portal imobiliário, os distritos que apresentaram um preço médio de venda na habitação mais elevado foram, respetivamente, Lisboa (329.833,29 euros), Faro (316.201,64 euros), Porto (219.906,06 euros), Leiria (213.221,42 euros) e Setúbal (206.326,21 euros). No distrito de Lisboa, o preço médio de venda de um apartamento ou moradia foi “33% maior do que a média nacional” registada em 2018.

Já o preço médio mais baixo de casas para venda em 2018 localizou-se nos distritos de Castelo Branco (123.873,80 euros), Portalegre (142.989,85 euros), Guarda (147.913,8 euros), Beja (151.606,72 euros) e Santarém (153.650,35 euros), segundo os dados do portal, indicando que “Portalegre foi o único distrito que manteve o seu preço médio em 2018 relativamente ao ano anterior”.

Em termos de crescimento, os distritos de Setúbal e Leiria foram os que verificaram um maior aumento no preço médio de venda de casas em 2018, face ao ano anterior, ambos com uma subida de 33%, seguidos do Porto (26%), Lisboa (24%) e Faro (15%).

No que diz respeito à dinâmica de oferta de apartamentos e moradias para arrendamento e venda, o portal imobiliário Imovirtual registou “um aumento de 30% de novos anúncios de casas” em 2018 (641.203), comparativamente a 2017 (492.595).

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António Mexia atualiza o plano estratégico da EDP até 2022. Assista aqui em direto

  • ECO
  • 12 Março 2019

O CEO da elétrica vai divulga o plano de investimentos para os próximos três anos, depois de ter anunciado esta segunda-feira uma queda nos lucros.

António Mexia apresenta, em Londres, esta terça-feira, o plano estratégico da empresa até 2022. O plano que prevê a utilização de três mil milhões de euros para remunerar os acionistas, aponta também para a utilização de dois mil milhões de euros para reduzir a dívida da elétrica.

 

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Filhos até aos 25 anos e rendimentos até 8.120 euros entram no IRS dos pais

  • Lusa
  • 12 Março 2019

Além do limite da idade, apenas são considerados dependentes caso não tenham auferido mais de 8.120 euros em 2018, o que equivale ao valor do salário mínimo em vigor no ano passado.

Os dependentes que no dia 31 de dezembro de 2018 ainda não tivessem completado 26 anos de idade podem entrar na declaração de IRS dos pais, mesmo que tenham registo de rendimentos de trabalho. Desde 2015 que a idade para se deixar de ser dependente fiscal está balizada nos 25 anos e esta característica mantém-se, independentemente de se estar ou não a estudar e de se ter tido algum rendimento proveniente de trabalho ou de um estágio profissional, por exemplo.

Mas a possibilidade de os pais colocarem os filhos que já trabalham na sua declaração anual do IRS, e desta forma beneficiarem das despesas e da dedução que o fisco atribui de forma automática a cada dependente, tem também alguns limites.

Um desses limites tem precisamente a ver com o valor auferido. Relativamente à declaração de IRS que começa a ser entregue no próximo dia 1 de abril, são considerados dependentes se não tiveram auferido mais de 8.120 euros em 2018 – o que equivale ao valor do salário mínimo em vigor no ano passado, pago 14 vezes.

Esta solução permite aos pais abaterem os 600 euros de dedução pessoal que é atribuída a cada dependente, bem como as despesas com saúde, educação e formação. Em contrapartida, terão de somar ao seu rendimento o valor recebido pelo filho.

Para os casais que optem pela tributação em separado, o valor ganho pelo dependente será considerado em 50% na declaração de IRS de cada um.

Perante esta arquitetura, António Ernesto Pinto, especialista em questões fiscais da Associação de Defesa do Consumidor – Deco, sublinha que, antes de optar por manter o dependente no IRS do agregado ou lhe indicar que faça uma declaração sozinho, há que fazer contas e perceber qual das soluções será fiscalmente mais vantajosa.

“Pode haver casos em que a soma do rendimento do filho com o dos pais implique uma subida de escalão de rendimento e que isso acabe por traduzir-se num acréscimo de imposto que não é compensado pela utilização das deduções”, referiu o fiscalista à Lusa.

Os contribuintes tiveram até ao dia 15 de fevereiro para confirmar (e atualizar) a composição do agregado familiar no Portal das Finanças. Quem não o tenha feito e necessite de acrescentar dependentes na declaração do IRS terá de rejeitar o IRS automático (caso se lhe aplique) e de entregar a declaração pela via “normal”, isto é, através do Modelo 3.

No próximo ano, e por causa da subida do salário mínimo nacional para os 600 euros, aquele valor limite para que os filhos continuem a poder ser considerados fiscalmente dependentes aumenta para os 8.400 euros.

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EDP Renováveis quer investir oito mil milhões de euros até 2022. Vai vender ativos

A empresa liderada por João Manso Neto vai recorrer ao cash flow e a vendas de ativos para realizar investimentos de 8.000 milhões de euros entre 2019 e 2022.

A EDP Renováveis quer realizar investimentos de mais de 8.000 milhões de euros entre 2019 e 2022. Para tal, a empresa pretende vender ativos num valor superior a 4.000 milhões de euros e recorrer ao cash flow próprio como forma de financiamento, de acordo com o plano estratégico enviado esta terça-feira à CMVM.

O valor dos investimentos está incluído no capex de 12 mil milhões de euros que o grupo EDP prevê para o período até 2022. Isto porque a elétrica liderada por António Mexia, que é a principal acionista da EDP Renováveis, também apresentou um novo plano estratégico para o mesmo período, no qual revela a intenção de investir ainda em redes e em soluções de gestão de energia e clientes.

Enquanto grupo, a EDP prevê investir 7.000 milhões de euros em negócios ligados às energias renováveis, que é um dos pilares da estratégia defendida em fevereiro pelo fundo ativista Elliott Management para o grupo EDP. O fundo, liderado por Paul Elliott Singer, detém 2,29% da elétrica desde outubro do ano passado.

Evolução das ações da EDP Renováveis na bolsa de Lisboa

Energia solar vai valer 25% do negócio

Liderada por João Manso Neto, a EDP Renováveis EDPR 1,19% estima também que o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) e o lucro líquido cresçam a taxa anual composta 6% e 11%, respetivamente, no período iniciado em 2018 e até 2022.

Para além do financiamento autossustentável para a realização de investimentos, a empresa aposta ainda noutros dois pilares estratégicos: “crescimento seletivo” e “excelência operacional”. Promete perseguir um plano geograficamente diversificado, com 60% do negócio na América do Norte, 20% na Europa e os restantes 20% no Brasil e em novos mercados.

A EDP Renováveis também promete diversificação na tecnologia: quer 70% da energia a ser produzida por aerogeradores onshore e 5% offshore. O peso da energia gerada a partir do sol deverá ser de 25% até ao final de 2022, segundo as estimativas avançadas pela companhia.

(Notícia atualizada às 10h30 com mais informações)

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EDP quer dar três mil milhões de euros em dividendos até 2022

Atualização da estratégia da empresa implica venda de ativos para conseguir os objetivos de remuneração acionista, diminuição de dívida e reforço nas renováveis. CAPEX vai atingir os 12 mil milhões.

A EDP quer usar três mil milhões de euros até 2022 para remunerar os acionistas. Cerca de dois mil milhões serão usados para reduzir a dívida da elétrica e sete mil milhões em investimentos, segundo revela a atualização do plano estratégico para os próximos três anos, que foi publicado esta segunda-feira, um mês depois de o fundo ativista Elliott ter proposto à gestão da EDP uma série de medidas de crescimento, como alternativa à oferta pública de aquisição (OPA) da China Three Gorges (CTG).

“Vamos alocar os nossos fundos para apoiar uma remuneração atrativa dos acionistas, desalavancagem e um crescimento significativo”, refere o plano estratégico enviado esta terça-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Desde 2005, a elétrica entregou cerca de oito mil milhões de euros em dividendos.

O objetivo é que o dividendo não caia abaixo dos atuais 19 cêntimos, que foi o valor entregue aos acionistas relativamente ao exercício de 2017 e também o que a empresa anunciou esta segunda-feira que irá propor para o exercício de 2018, apesar da quebra nos lucros. O rácio de payout dos lucros — que antecipa cresçam a um ritmo anual de 7% e superem os mil milhões de euros em 2022 — será de 75% e 85%, ou seja, 10 pontos percentuais acima do anterior objetivo.

Já em relação à dívida líquida da elétrica liderada por António Mexia, a meta é que caia para 11,5 mil milhões de euros, face aos atuais 13,5 mil milhões de euros. Este montante do final de 2018, conhecido esta segunda-feira, representa já uma diminuição de 3% em relação ao ano anterior, graças a um “aumento de fluxos de caixa das operações internacionais e da venda de défice tarifário em Portugal”. O rácio da dívida face ao EBITDA, atualmente em quatro vezes, poderá vir a cair até três vezes.

Seis mil milhões de euros vindos de alienações e rotação de ativos

Para conseguir estes objetivos de remuneração dos acionistas, de diminuição da dívida e de crescimento, a elétrica vai libertar financiamento através da “otimização do portefólio”, refere. “Vamos gerar mais de seis mil milhões de euros em receitas com vendas para reinvestir em renováveis e reforçar a folha de balanço”. A rotação de ativos poderá gerar mais de 4 mil milhões de euros e alienações poderão levar a um encaixe de dois mil milhões de euros, sendo que a EDP quer reduzir a exposição à Ibéria, merchant e térmica.

Em sentido contrário, vai reforçar nas renováveis. O CAPEX previsto até 2022 é de cerca de 12 mil milhões de euros, com especial foco neste segmento na América do Norte (EUA e Canadá) e Europa. Em termos anuais, irá crescer 60% para 2,9 mil milhões, de 1,8 mil milhões previstos no anterior plano. 75% do valor do CAPEX já está assegurado e o restante está em negociações.

Para o investimento nas renováveis serão alocados sete mil milhões de euros, ou seja, 75% do total. Dentro de três anos, a EDP prevê que a renováveis representem mais de 70% das fontes de geração de energia, contra os 66% com que fechou o ano passado. Do restante montante, cerca de 20% será alocado a redes e os outros 5% a soluções para clientes.

Enquanto o documento foi enviado à CMVM, o CEO António Mexia está a apresentar o plano a investidores, analistas e jornalistas, em Londres. As ações do grupo EDP reagiram em alta na bolsa de Lisboa. Às 10h45 horas, a casa-mãe segue a subir 1,25% para 3,31 euros, cinco cêntimos acima da contrapartida oferecida pelos chineses da China Three Gorges na OPA. A eólica soma 0,58% para 8,675 euros, acima dos 7,33 euros que o grupo chinês ofereceu.

(Notícia atualizada às 11h)

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Empresário Nelson Tanure reforça na Pharol

O fundo Adar Capital Partners deixou de ser o principal acionista da Pharol, tendo reduzido a posição comprada no ano passado. Simultaneamente, Nelson Tanure e High Bridge reforçaram a posição.

A estrutura acionista conhecida da Pharol PHR 0,98% voltou a mudar. A High Bridge e o empresário brasileiro Nelson Tanure têm agora controlo reforçado sobre a empresa portuguesa, ao mesmo tempo que o fundo Adar Capital Partners vendeu parte da posição adquirida em maio do ano passado, deixando de ser o maior acionista da empresa liderada por Luís Palha da Silva.

Estas informações fazem parte de três comunicados enviados à CMVM esta terça-feira, que mostram como estas empresas venderam ou compraram ações da Pharol no passado dia 8 de março. Na base das operações terá estado a alienação de parte da posição de 10,29% do fundo Adar Capital Partners. O fundo controla agora 4,8% dos direitos de voto, através de instrumentos financeiros.

Ao mesmo tempo, o conhecido empresário brasileiro Nelson Tanure, que também é administrador da Pharol, reforçou a posição na empresa através da sociedade Blackhill Holding Limited. Esta holding, com sede em Malta, que detinha 4,83% da Pharol, controla agora 6,31% do capital da empresa portuguesa.

A Pharol comunicou ainda ao mercado uma terceira operação de reforço: a High Bridge Unipessoal — que, em 2017, comprou os 6,17% que o BCP mantinha na antiga holding da Portugal Telecom — controla agora 9,99% da cotada portuguesa. Torna-se a segunda maior acionista da Pharol, ficando apenas atrás da Telemar Norte Leste, que detém 10%.

A antiga holding da Portugal Telecom, que já foi a principal acionista da brasileira Oi, ainda controla 5,51% na operadora, sendo este o seu principal ativo. As três operações comunicadas esta terça-feira ao mercado surgem numa altura em que o plano de recuperação judicial da Oi entra na reta final e a operadora tenta mudar o foco, das contas para o desempenho operacional.

Evolução das ações da Pharol na bolsa de Lisboa

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TAP cancela voo para Venezuela por falta de condições operacionais em Caracas

  • Lusa
  • 12 Março 2019

A TAP está a acompanhar a evolução da situação na Venezuela, para perceber se mantém os voos previstos para Caracas.

O voo que a TAP tinha previsto esta terça-feira para a Venezuela foi cancelado por falta de condições operacionais no aeroporto de Caracas, disse à Lusa fonte da companhia aérea.

A mesma fonte explicou ainda que a TAP está a analisar “muito de perto” a evolução da situação na Venezuela “para atempadamente decidir sobre o voo de sábado”.

Segundo o jornal Público, no domingo, uma tripulação da companhia espanhola Air Europa foi atacada a tiro num hotel de Caracas. “Presumíveis assaltantes, que se deslocavam de moto, tentaram parar o furgão no qual a tripulação fez a viagem entre o aeroporto e o hotel, onde se encontrava a equipa que a deveria render”, escreve o jornal.

O Público acrescenta ainda que os elementos da Air Europa chegaram a estar sequestrados no hotel, antes de voltarem todos ao aeroporto e partir para Espanha.

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