Bruxelas multa Facebook. Dados “enganosos” valem 110 milhões

Compra do Whatsapp pelo Facebook, em 2014, terá envolvido "informação incorreta ou enganosa", anunciou Bruxelas na manhã desta quinta-feira.

A Comissão Europeia decidiu multar o Facebook em 110 milhões de euros. Em causa está informação “incorreta ou enganosa” facultada pela empresa que gere a rede social, a propósito da compra do Whatsapp pelo Facebook, em 2014, por 13.800 milhões de euros.

De acordo com o anúncio feito esta quinta-feira, a decisão “envia um sinal claro às empresas de que devem cumprir com todos os aspetos das normas de fusões da União Europeia, incluindo a obrigação de fornecer informação correta. Impõe uma multa proporcionada e dissuasória ao Facebook”, assinalou a comissária europeia para a Concorrência Margrethe Vestager, em comunicado.

A compra do Whatsapp pelo Facebook foi autorizada pela União Europeia em outubro de 2014.

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Dono do BPI avalia oferta pelo Popular

CaixaBank, que em fevereiro finalizou a compra do BPI, pondera avançar com uma oferta não vinculativa pelo Banco Popular para passar à fase seguinte de análise de dados com maior profundidade.

Embora esteja focado no crescimento internacional, o CaixaBank estuda a hipótese de avançar com uma oferta não vinculativa pelo Banco Popular. Deste modo, o banco catalão, que em fevereiro finalizou a compra do português BPI, passaria à fase seguinte para poder analisar com maior profundidade os detalhes de um eventual negócio.

De acordo com o Expansión (acesso livre / conteúdo em espanhol), a apresentação de uma oferta “informal” não implicaria nenhum compromisso quanto a uma oferta definitiva sobre o problemático Banco Popular. Até ao momento, apenas Santander e Bankia manifestaram interesse na instituição liderada por Emilio Saracho.

Fontes financeiras adiantaram que também o Sabadell poderia realizar uma oferta pelo Popular, uma notícia que já foi desmentido pelo próprio banco.

Saracho impôs a última terça-feira como data limite para que os eventuais interessados se manifestassem junto do banco e dos assessores JPMorgan Chase e Lazard. O Banco Popular pretende acelerar o processo que pode levar a uma fusão com um grande banco espanhol e quer receber as ofertas vinculativas até dia 10 de junho.

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Apollo quer despedir 380 trabalhadores da Seguradoras Unidas

  • Lusa
  • 18 Maio 2017

Sindicato Nacional dos Profissionais de Seguros e Afins acusou a Apollo de querer despedir “de forma ilegal” 380 trabalhadores da Seguradoras Unidas após ter integrado a Açoreana na Tranquilidade.

O Sindicato Nacional dos Profissionais de Seguros e Afins (SINAPSA) acusou hoje a Apollo de querer despedir “de forma ilegal” 380 trabalhadores da Seguradoras Unidas após ter integrado a Açoreana na Tranquilidade.

“O acionista Apollo, que adquiriu a Tranquilidade e posteriormente a Açoreana, fez no ano passado rescisões amigáveis, portanto, despediu 100 trabalhadores, e agora, após a integração da Açoreana na Tranquilidade, pediu uma autorização ao Ministério do Trabalho para despedir mais 380 trabalhadores”, afirmou à Lusa José Manuel Jorge, porta-voz do SINAPSA.

“Com este pedido [a Apollo] quer que seja o dinheiro do Estado, através das contribuições dos trabalhadores para a Segurança Social, a sustentar o despedimento”, salientou.

Como os representantes dos trabalhadores não foram consultados, como é obrigatório, e não existe projeto de reestruturação porque, segundo a mesma fonte, “a empresa não está com dificuldades económicas”, o SINAPSA considera que se está perante “mais uma ilegalidade”.

E reforçou: “A Apollo fica com os lucros e os nossos descontos ajudam a despedir”.

O porta-voz do SINAPSA referiu que a entidade vai enviar o seu parecer negativo ao Conselho de Concertação Social e divulgá-lo pelos trabalhadores, que devem “manter-se unidos na defesa dos seus postos de trabalho”.

Paralelamente, o responsável denunciou uma “estratégia” dos fundos de investimento, como a Apollo, que passa por se “apoderarem dos ativos, nomeadamente os ativos imobiliários das próprias empresas, para assim fazerem um encaixe para o seu investimento”.

É que, segundo José Manuel Jorge, a Apollo comprou a Tranquilidade por 42 milhões de euros, mas em pouco mais de um ano já vendeu 200 milhões de ativos imobiliários da seguradora que pertencia ao Grupo Espírito Santo (GES).

“A Apollo vendeu praticamente todo o património imobiliário da Tranquilidade. Agora [com a integração da Açoreana], o que pretende é despedir estes trabalhadores, integrar os outros nos edifícios que a Tranquilidade já tinha, e a seguir ir vender os ativos imobiliários da Açoreana”, assinalou, criticando este tipo de investimento estrangeiro.

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Navio-plataforma da Galp já entrou em produção no Brasil

Galp anunciou que o navio-plataforma FPSO P-66 já está a produzir no campo Lula/Iracema, no pré-sal brasileiro. Petrolífera portuguesa detém 10% do consórcio.

A Galp anunciou esta quinta-feira a entrada em produção do navio-plataforma FPSO P-66 na área Lula Sul, no pré-sal da bacia de Santos. Trata-se da sétima unidade a entrar em operação no campo Lula/Iracema em seis anos, e primeira unidade replicante (P-66) a iniciar produção no campo petrolífero brasileiro onde a empresa portuguesa que detém 10% no consórcio.

De acordo com a Galp, está previsto que a P-66 seja interligada a um total de dez poços produtores e oito injetores. A FPSO — unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência — “encontra-se a aproximadamente 290 quilómetros da costa do estado do Rio de Janeiro, ancorada a uma profundidade de água de 2.150 metros”, informou a petrolífera portuguesa, que espera que “a operação comercial da unidade beneficie das excelentes condições dos reservatórios do campo Lula, que têm vindo a suportar elevados níveis de produtividade”.

A Galp, através da subsidiária Petrogal Brasil, tem uma participação de 10% no consórcio que desenvolve o BM-S-11. A Petrobras é a operadora do campo Lula/Iracema com uma participação de 65%, cabendo à Shell os restantes 25%.

A replicação de unidades FPSO é um conceito inovador que está a ser implementado pelo consórcio e que passa pela construção de seis FPSOs semelhantes concebidas especialmente para operar em projetos do pré-sal da bacia de Santos, com capacidade para processar diariamente 150 mil barris de petróleo e 6 milhões de m3 de gás natural.

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Parte dos terrenos da empresa de Rui Moreira são da Câmara

  • ECO
  • 18 Maio 2017

Existe um parecer técnico dos serviços da Câmara Municipal do Porto que conclui que os terrenos onde a Selminho quer construir a Calçada da Arrábida são, afinal, do domínio municipal.

O imbróglio que opõe a Câmara Municipal do Porto (CMP) à empresa detida pela família do presidente Rui Moreira não vê forma de se desatar. O Caso Selminho, como é conhecido desde meados do ano passado, conheceu novos contornos esta quinta-feira, com o Público a garantir que uma boa parcela dos terrenos onde a família quer construir parecem ser, afinal, propriedade da autarquia.

O caso é complexo. Em traços gerais, a Selminho, da qual Rui Moreira é sócio, tenciona construir um empreendimento, a Calçada da Arrábida, num terreno próximo da ponte da Arrábida. O terreno, expropriado pela autarquia em 1949, foi comprado no final de julho de 2001 pela empresa, da família do autarca do Porto — e, como indica o jornal, nunca a sua propriedade foi posta em causa ao longo de todos estes anos. Aliás, o problema nem começou por causa disso: iniciou-se quando a Selminho viu ser-lhe negado o direito de construção no início da década, por o Plano Diretor Municipal proibir construções em zonas de escarpa, como é o caso.

Houve litígio, num caso insólito que opõe Rui Moreira presidente a Rui Moreira proprietário. Mas agora, avança o Público, desde 16 de dezembro de 2016 que existe a informação técnica dos serviços municipais que conclui que, mediante análise dos registos prediais existentes, a Selminho não pode ter direitos de construção. Porquê? Porque, aos olhos do Município, esses terrenos são da autarquia. Mais propriamente, 1621 m2 do total da área onde a Selminho quer construir fazem parte do domínio municipal, e 40 m2 são do domínio público.

O jornal indica que este parecer foi mantido em segredo até agora, com circulação reservada aos serviços jurídicos da Câmara e ao gabinete da Presidência. A informação nem sequer foi incluída no dossiê aberto à consulta dos vereadores sobre o caso, pois o departamento jurídico considera que “não se relaciona com o processo questionado anteriormente”, isto é, o do litígio Selminho-CMP. Rui Moreira não reagiu, mas os advogados da Câmara explicaram que “o preanuncio de ações judiciais é contraproducente aos interesses jurídicos do município”, cita o Público.

Ainda assim, é um documento que pode pôr em causa as intenções da Selminho de construir o empreendimento em causa, que surge num caso já por si só bastante complexo. Neste momento, a CMP avançou com uma “ação de simples apreciação”, reconhecendo a “incerteza real, séria e objetiva” em relação a quem é, afinal, o dono dos terrenos. Recorde-se que chegou a estar em cima da mesa a declaração de nulidade dos atos que levaram os terrenos à posse da Selminho, incluindo a escritura por usucapião.

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Deputado formaliza pedido de destituição de Presidente brasileiro Michel Temer

  • Lusa
  • 18 Maio 2017

Alessandro Molon, do partido Rede, formalizou na quarta-feira um pedido de destituição contra o Presidente do Brasil, Michel Temer, na Secretaria-Geral da Câmara Baixa do parlamento.

O deputado brasileiro Alessandro Molon, do partido Rede, formalizou na quarta-feira um pedido de destituição contra o Presidente do Brasil, Michel Temer, na Secretaria-Geral da Câmara Baixa do parlamento.

O pedido aconteceu pouco depois de o jornal brasileiro O Globo ter revelado que o empresário Joesley Batista, acionista da empresa JBS, gravou uma conversa na qual o Presidente Michel Temer o autoriza a pagar um suborno pelo silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, condenado por participação no esquema de corrupção na Petrobras.

“Já protocolei um pedido de impeachment [destituição] de Michel Temer com base nesta denúncia, nessa delação [da JBS], que trata do pedido de manutenção do pagamento de suborno para Eduardo Cunha para que ele manter o seu silêncio”, disse o deputado, num vídeo divulgado na rede social Facebook.

Alessandro Molon continua a afirmar que “[a gravação mostra que o Presidente] fere direta e claramente a lei de responsabilidade [usada para iniciar pedidos de destituição no Brasil], que diz que ter um comportamento incompatível com o decoro do cargo é causa para cassação do mandato”.

É o primeiro pedido de destituição contra o chefe de Estado brasileiro com base na denúncia divulgada quarta-feira pelo jornal O Globo.

Segundo o diário brasileiro, a gravação foi feita no dia 07 de março, num encontro no Palácio do Jaburu, residência oficial do Presidente brasileiro.

Segundo o Globo, o empresário Joesley Batista disse alegadamente a Michel Temer que estava a dar ao ex-deputado Eduardo Cunha e ao operador financeiro Lúcio Funaro uma mesada na prisão, para eles ficarem calados.

Após ouvir esta informação Michel Temer terá respondido: “Tem que manter isso, viu”.

A gravação foi apresentada por Joesley Batista e Wesley Batista, irmãos e acionistas da JBS, aos procuradores do Ministério Público Federal (MPF) e o juiz Edson Fachin, que julga os casos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), para negociar um acordo de delação premiada (colaboração em troca da redução da pena).

Centenas de manifestantes em São Paulo contra Presidente

Centenas de pessoas concentraram-se na quarta-feira à noite no centro de São Paulo, no primeiro protesto organizado na sequência das denúncias de que o Presidente brasileiro autorizou o pagamento de um suborno a um deputado.

Os manifestantes empunharam cartazes e bandeiras a exigir a realização de eleições diretas, ao mesmo tempo que gritaram: “Fora [Michel] Temer”, constatou a agência Lusa no local.

O jornal brasileiro O Globo noticiou na quarta-feira que o empresário Joesley Batista, acionista da empresa JBS, gravou uma conversa na qual o Presidente brasileiro, Michel Temer, o autoriza a pagar um suborno pelo silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, condenado por participação no esquema de corrupção na Petrobras.

A polícia fechou parte da avenida Paulista ao trânsito, na sequência da manifestação, convocada ao início da noite de quarta-feira através da rede social Facebook.

Pouco antes da meia-noite, os manifestantes começaram a abandonar a avenida, que foi reaberta ao trânsito.

Michel Temer disse que “jamais solicitou pagamentos para obter o silêncio de ex-deputado Eduardo Cunha”, num comunicado divulgado pelo Palácio do Planalto poucas horas depois da notícia de O Globo.

No comunicado, o chefe de Estado brasileiro afirmou que “não participou e nem autorizou qualquer movimento com o objetivo de evitar delação ou colaboração com a Justiça pelo ex-parlamentar”.

Uma manifestante, Karina Bernardino, de 25 anos, disse à Lusa que decidiu protestar na avenida Paulista assim que soube das denúncias.

“Cheguei a casa e logo soube da denúncia. O Michel Temer tem que cair e devemos convocar novas eleições. O povo tem o direito de votar de novo”, afirmou.

Sobre o instável cenário político do país, que no ano passado assistiu à destituição da Presidente Dilma Rousseff e tem acompanhado as denúncias de corrupção contra centenas de políticos, Karina considerou que os brasileiros têm de ser mais ativos.

“É frustrante ver que nem todo o mundo está na rua. As pessoas acostumaram-se com a corrupção e isto é muito negativo. Temos que mudar”, declarou.

Para o economista Everton Carneiro, que também participou no protesto, o Governo de Michel Temer já acabou.

“O Presidente não tem outra opção senão a de renunciar. Quando soube das denúncias contra o Temer, a primeira coisa que pensei foi que o Governo tinha acabado”, declarou.

O economista, de 30 anos, sublinhou que o suposto pagamento de suborno ao ex-deputado Eduardo Cunha, alegadamente autorizado por Temer, é mais um exemplo de que “a velha política” ainda domina o Brasil.

“A população brasileira é muito ingénua e agarra-se a um discurso moralista contra a corrupção. Devemos discutir mais as causas da corrupção porque acordos como este que o Temer fez para comprar o silêncio do Eduardo Cunha são corriqueiros”, concluiu.

 

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Bolsa volta a cair depois de uma das piores sessões do ano

Galp e EDP arrastam PSI-20 para nova queda. Mas o ambiente internacional também não ajuda. Investidores estão preocupados com as polémicas em torno de Donald Trump.

Depois de uma das piores sessões do ano, a bolsa nacional abriu esta quinta-feira novamente no vermelho, com os pesos pesados portugueses em queda. Lisboa acompanha as perdas que se verificam também entre os pares europeus, com os investidores a manifestarem pouco apetite pelo risco na sequência das polémicas em torno do Presidente norte-americano, Donald Trump.

O PSI-20, o principal índice português, cai 0,23% para 5.106,02,02 pontos, depois de ter cedido ontem mais de 1,5%, naquela que foi a pior sessão desde janeiro. Para esta queda do benchmark nacional contribuem de forma decisiva a Galp e a EDP. São cotadas que têm maior preponderância no rumo do índice e apresentam quedas entre os 0,5% e os 1,5%. No caso da petrolífera, a empresa liderada por Carlos Gomes da Silva informou o mercado da entrada em produção da primeira unidade replicante (P-66) em Lula/Iracema, no Brasil.

No total, são nove as cotadas que negoceiam abaixo da linha de água. O pior desempenho pertence ao Montepio, cujas unidades de participação do fundo daquele banco cedem 2,63% para 0,41 euros.

Outra nota vai para a Sonae, com as ações a recuarem 0,86% para 0,92 euros, no dia em que presta contas relativas ao primeiro trimestre do ano. A dona do Continente terá apresentado um lucro de oito milhões de euros, segundo o BPI Research, embora a pool de analistas da Bloomberg tenham projetado um prejuízo na ordem dos três milhões de euros.

“A recuperação do crescimento da economia, espelhada pelos últimos indicadores divulgados (nomeadamente o PIB do primeiro trimestre) deverá ser um dos catalisadores do resultado por ação da empresa, tendo em conta a sua elevada exposição à economia do país”, referem os analistas do BPI no Diário de Bolsa.

Sonae cai antes de prestar contas

Lá por fora, os investidores também continuam avessos ao risco. Em Madrid, o Ibex-35 cai 0,76%. Os principais mercados em Londres, Itália e Paris também estão em perda por causa de Donald Trump. O Presidente norte-americano está a ser acusado de interferências em investigações federais e isso pode comprometer a agenda da sua Administração em relação à reforma fiscal e gastos públicos em infraestruturas.

“A incerteza causada pelas recentes notícias sobre Donald Trump desencadearam renovadas preocupações com o comprometimento do Presidente relativamente à sua agenda, nomeadamente as medidas de crescimento tão aguardadas”, diz o BPI.

"A incerteza causada pelas recentes notícias sobre Donald Trump desencadearam renovadas preocupações com o comprometimento do Presidente relativamente à sua agenda, nomeadamente as medidas de crescimento tão aguardadas.”

Analistas do BPI

Diário de Bolsa

No mercado de dívida, os juros associados às obrigações a 10 anos de Portugal continuam em queda. A yield cede ligeiramente para 3,21%, numa altura em que o país está a melhorar a sua perceção de risco sobretudo por causa do desempenho na frente económica.

(Notícia atualizada às 8h24)

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Preços das casas em Portugal estão no limite para Bruxelas

  • ECO
  • 18 Maio 2017

Preços das casas já recuperaram para níveis anteriores à crise e a valorização acentuada do imobiliário pode estar a causar desequilíbrios na economia portuguesa, segundo a Comissão Europeia.

A subida acentuada dos preços das casas em Portugal em 2016 tocou o limite a partir do qual a União Europeia considera existir receios quanto à existência de desequilíbrios na economia.

O valor médio do imobiliário em Portugal subiu 7,1% no ano passado, o que traduz um aumento de 6% dos preços do setor em cima de uma inflação geral de 1,1%, segundo os dados da Comissão Europeia citados pelo Jornal de Negócios (acesso pago).

Este crescimento de 6% “toca no limite a partir do qual soam as campainhas do mecanismo de avaliação de desequilíbrios macroeconómicos da União Europeia”, adianta o mesmo jornal, que indica que a evolução do preço do imobiliário deflacionado é um dos seis indicadores principais de acumulação de desequilíbrios internos deste mecanismo de coordenação de políticas europeias criado durante a crise (os desequilíbrios externos, contam com outros cinco indicadores, e o desemprego com mais três).

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Bruxelas diz que Altice comprou PT Portugal antes de obter aprovação

A Comissão Europeia acusou a Altice de ter incorporado a PT Portugal antes da aprovação dos reguladores europeus, acusações que o grupo já contestou na íntegra. Negócio não está em causa.

A PT Portugal foi comprada pelo grupo francês Altice em 2015.Thomas Meyer/Bloomberg

A Comissão Europeia (CE) enviou uma comunicação de objeções à Altice, acusando o grupo de implementar a aquisição da PT Portugal antes de obter luz verde por parte de Bruxelas. Em causa está o negócio da compra da dona da Meo por parte da empresa com sede na Holanda, cuja intenção foi comunicada à CE a 25 de fevereiro de 2015.

Bruxelas reconhece que, a 20 de abril do mesmo ano, considerou que o negócio era compatível com as regras do mercado comum, salvo algumas condições. No entanto, na perspetiva “preliminar” dos comissários, a Altice incorporou a empresa portuguesa antes de obter essa autorização.

“Em particular, a Comissão considera que o acordo de compra entre as duas empresas pôs a Altice numa posição de exercer influência decisiva sobre a PT Portugal antes da notificação ou aprovação da transação, e em algumas instâncias a Altice exerceu mesmo uma influência decisiva sobre a PT Portugal“, defende a CE num comunicado.

As regras da União Europeia obrigam as empresas a notificarem a Comissão antes de implementarem essas aquisições. “Obedecer a estas obrigações é essencial para a certeza legal, permite à Comissão conduzir uma análise correta do impacto das fusões no mercado e previne o potencial impacto prejudicial das transações na estrutura competitiva do mercado. Desta forma, as forças de mercado atuam em benefício dos consumidores”, lê-se no mesmo comunicado.

Sobre o caso, a comissária europeia com a pasta da concorrência, Margrethe Vestager, disse: “Se as empresas se antecipam ao implementar fusões antes da notificação ou aprovação, estão a pôr em causa o funcionamento eficaz do sistema europeu de controlo de fusões. A comunicação de objeções enviada à Altice mostra o quão sério a Comissão leva estas infrações das regras desenhadas para proteger o sistema de controlo de fusões.”

Altice contesta todas as objeções

A Altice já reagiu a esta decisão, dizendo que não concorda com as conclusões preliminares de Bruxelas. A empresa garante que vai submeter uma resposta à União Europeia e destaca que a comunicação de objeções enviada não prejudica o resultado final da investigação. Além disso, a empresa considera que a investigação não afeta a aprovação garantida em abril de 2015 pelos reguladores aquando da aquisição da PT Portugal, ponto também sublinhado pela Comissão.

"A Altice não concorda com as conclusões preliminares da Comissão Europeia e vai submeter uma resposta completa à comunicação de objeções e contestar todas essas objeções.”

Altice

em comunicado

O comunicado enviado esta quinta-feira à Altice é um passo formal no início de uma investigação à empresa. A Altice terá oportunidade, nesta primeira fase de inquérito, de prestar justificações à Comissão Europeia, nomeadamente no que toca à acusação formal de que incorporou a PT Portugal antes da notificação de aprovação dos reguladores europeus.

Bruxelas recorda ainda que a Altice chegou a um acordo com a operadora brasileira Oi a 9 de dezembro de 2014, na perspetiva de adquirir o controlo da PT Portugal. A notificação formal dessa intenção chegou à Comissão a 25 de fevereiro de 2015. A 20 de abril, os reguladores deram luz verde ao negócio.

No entanto, nessa altura, a Oni e a Cabovisão (agora, Nowo), eram subsidiárias da Altice em Portugal e, simultaneamente, concorrentes da dona da Meo. Bruxelas receava que a compra da PT Portugal pudesse distorcer o mercado ao nível da concorrência nas telecomunicações fixas, resultando, em última instância, num “aumento dos preços para os clientes”. A compra da PT Portugal estava, assim, sujeita à saída da Altice do capital de ambas as operadoras concorrentes. Em setembro de 2015, o grupo Altice anunciou a venda da Oni e da Cabovisão ao fundo Apax França.

(Notícia atualizada às 8h44 com mais informações)

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Montepio esclarece que “não há qualquer correção a efetuar nas contas”

Gestão liderada por Félix Morgado esclareceu o mercado que não há qualquer retificação a efetuar nas contas do terceiro trimestre do ano passado, desmentindo pressão para rever uma alegada mais-valia.

Félix Morgado desmente pressão para corrigir contas do terceiro trimestre de 2016.Paula Nunes/ECO

A Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) esclareceu o mercado de que “não há qualquer correção a efetuar nas contas oficiais” do terceiro trimestre de 2016. O banco acrescenta ainda que não é verdade que o Conselho Geral e de Supervisão da CEMG tenha pressionado a gestão “no sentido de rever uma alegada mais-valia (que não existiu)”.

A reação surge depois de, esta quarta-feira, o jornal Público (acesso pago) ter revelado que a comissão executiva, liderada por José Félix Morgado, recebeu instruções do conselho de supervisão do banco para corrigir os números do terceiro trimestre. Em vez de lucros de 144 mil euros, deveria ter declarado prejuízos de 23,8 milhões de euros e, a bem da transparência, deveria informar a CMVM dessa correção, mesmo que as contas anuais, entretanto divulgadas, já tenham refletido essa realidade.

Em causa está a anulação de um movimento financeiro que em setembro do ano passado “gerou lucros artificiais de 24,1 milhões de euros”, envolvendo a venda de 19% na I’m Minining (minas de Aljustrel) à Vogais Dinâmicas, uma sociedade constituída pelo banco a 29 de setembro de 2016, justamente dois dias antes do fecho do balanço do terceiro trimestre.

No entanto, no esclarecimento enviado ao regulador durante a madrugada desta quinta-feira, a CEMG reafirma as contas apresentadas no exercício do terceiro trimestre. “As contas publicadas referentes ao trimestre findo a 30 de setembro de 2016 não refletem nos resultados qualquer mais-valia extraordinária resultante da venda de participações sociais. Por consequência, não há qualquer correção a efetuar nas contas oficiais apresentadas pela CEMG”, diz a instituição.

"As contas publicadas referentes ao trimestre findo a 30 de setembro de 2016 não refletem nos resultados qualquer mais-valia extraordinária resultante da venda de participações sociais. Por consequência, não há qualquer correção a efetuar nas contas oficiais apresentadas pela CEMG.”

Montepio Geral

Esclarecimento à CMVM

Logo de seguida, desmente “que o Conselho Geral e de Supervisão tenha tomado qualquer posição no sentido de se rever uma alegada mais-valia (que não existiu), não tendo obviamente este Conselho de Administração Executivo recebido nenhuma solicitação nesse sentido do Conselho Geral e de Supervisão”.

Informa ainda que o lucro declarado de 144 mil euros “assentou no crescimento da margem financeira de +10,3% e na redução de 8,4% dos custos operacionais”.

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Mário Vaz: “Nunca senti da parte do grupo Vodafone intenção de sair de Portugal”

  • Lusa
  • 18 Maio 2017

O presidente executivo da Vodafone Portugal, Mário Vaz, afirmou na quarta-feira que nunca sentiu da parte do grupo de telecomunicações internacional a "intenção, vontade de sair de Portugal".

Mário Vaz falava enquanto orador convidado do primeiro encontro no âmbito do ciclo Digital Business Dinners 2017 da APDC – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações, que decorreu em Lisboa na quarta-feira à noite.

“Nunca senti por parte da organização Vodafone intenção, vontade de sair de Portugal”, afirmou.

Relativamente ao ‘roaming’, Mário Vaz alertou que a operadora vai perder receitas a partir de junho, com a entrada em vigor das novas regras impostas por Bruxelas.

Dirigindo-se a Fátima Barros, que termina o mandato enquanto presidente da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) este mês, Mário Vaz sugeriu que a Universidade Católica “tivesse uma cadeira sobre ‘roaming'” ou até “mestrado”. Fátima Barros é docente naquela instituição.

“É uma cadeira muito complexa”, considerou, nomeadamente “como implementar as regras que a Comissão Europeia impõe”.

Só a título de exemplo, apontou que a Vodafone perdeu no ano passado 150 milhões de euros [de receitas com o ‘roaming’] a nível europeu e que o montante para o atual ano fiscal rondará os 300 milhões de euros.

“Vamos ter um segundo semestre com impacto significativo no ‘roaming'”, salientou o gestor.

Mário Vaz criticou a decisão da Anacom relativamente aos mercados 3A e 3B – relativos ao acesso à fibra, salientando que “foi de tal forma penalizante” que acabou por afetar tudo o que de bom tinha sido feito.

Sobre as taxas aplicadas ao setor das telecomunicações, o presidente executivo da Vodafone Portugal disse que independentemente do modelo da gerigonça ou sem ela, o setor “não se livra” das mesmas.

Sobre o 5G, disse esperar que “não haja precipitação” e que o valor a aplicar para a atribuição das licenças “seja razoável”, salientando que ainda “há muito a tirar do 4G” e que o “5G é prematuro”.

O presidente da subsidiária portuguesa do grupo britânico apontou que os reguladores “têm de ter consciência que os tempos de decisão das organizações não se compadecem com esperas de 12/15 meses”, aludindo à questão dos contratos de transmissão de futebol que a Autoridade da Concorrência analisa.

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5 coisas que precisa de saber antes de abrirem os mercados

Dia de resultados em Portugal, com Caixa Geral de Depósitos e Sonae a prestarem contas aos investidores. Lá por fora, destaque para a polémica de Donald Trump, que está a enervar o mercado.

Agenda completa para os investidores ao longo desta quinta-feira. Vale a pena acompanhar os desenvolvimentos no mercado de dívida nacional, com o brilharete de Portugal em evidência. Ainda por cá, há resultados para apresentar. A Caixa Geral de Depósitos fá-lo depois de prejuízos históricos em 2016. E a Sonae deverá apresentar prejuízos no primeiro trimestre. Nos EUA, destaque para Trump e toda a polémica a envolver o presidente norte-americano nos últimos dias.

Caixa apresenta resultados

Depois dos prejuízos de 1,8 mil milhões de euros em 2016, a Caixa Geral de Depósitos volta a apresentar resultados relativos ao primeiro trimestre do ano. Paulo Macedo já avisou que o banco público não terá resultados positivos até 2018, numa altura em que prossegue a reestruturação do negócio da Caixa.

As contas da dona do Continente

Continua a temporada de resultados no PSI-20. A Sonae é quem se segue na bolsa nacional. A dona da cadeia de hipermercados Continente deverá ter registado um prejuízo de três milhões de euros no primeiro trimestre do ano, de acordo com a pool de estimativas da Bloomberg. Contas são apresentadas após o fecho do mercado.

Um brilharete nos juros da dívida

Portugal está na moda, diz o Commerzbank em relação ao bom desempenho dos juros da dívida portuguesa no mercado secundário. A taxa das obrigações a dez anos caiu esta quarta-feira para o nível mais baixo desde agosto. Os analistas acreditam que os juros vão continuar a cair até… que o IGCP anuncie uma nova emissão sindicada de dívida.

Trump recebe Presidente colombiano sob fogo

O Presidente colombiano, Juan Manuel Santos, desloca-se à Casa Branca num período particularmente controverso para Donald Trump. Depois da partilha de informação sensível com a Rússia, Trump está no meio de um novo caso polémico: terá pedido ao diretor do FBI, entretanto demitido, que encerrasse a investigação ao seu anterior assessor de Segurança Nacional, Michael Flynn. Bolsas tremeram na última sessão com os receios de que o escândalo possa comprometer agenda expansionista de Trump.

Dodd-Frank e China no Congresso americano

O secretário de Estado das Finanças norte-americano, Steven Mnuchin, apresenta-se perante o Congresso no seu primeiro testemunho diante dos deputados desde que foi nomeado para o cargo. Mnuchin fala no comité de assuntos financeiros sobre os planos da Administração Trump para retirar alguma da regulação sobre o setor bancário (a chamada Lei Dodd-Frank) e sobre a decisão de não incluir a China na lista de países de manipulam a sua moeda.

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