Imobiliárias consideram “perigosas para mercado” medidas sobre alojamento local

  • Lusa
  • 8 Janeiro 2018

Luís Lima, presidente da APEMIP defende que tem havido "muito populismo" no debate sobre os impactos do alojamento local na vida das pessoas.

A Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) considerou esta segunda-feira que as medidas debatidas na Assembleia da República são “perigosas para a continuidade do mercado” de alojamento local.

Em comunicado, a APEMIP reagiu “com receio” sobre o futuro do alojamento local que, de acordo com o presidente Luís Lima, “poderá estar em causa com a eventual aprovação de uma medida daquela natureza”.

Na sexta-feira, cinco projetos de lei referentes ao alojamento local foram discutidos no plenário da Assembleia da República, baixando à Comissão de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação, sem votação, para discussão na especialidade.

PCP, Bloco de Esquerda, PS, PAN e PSD já se haviam mostrado “abertos ao diálogo”, em sede de especialidade, para debaterem a regulação do alojamento local, já que os seus projetos defendem, na generalidade, a obrigatoriedade de uma autorização por parte da assembleia dos condóminos para o exercício da atividade.

Para o responsável da APEMIP, existe “muito populismo” à volta do impacto que o alojamento local tem na vida das pessoas e famílias que vivem nos centros das cidades, salientando que foi este mercado “a verdadeira pedra de toque para a dinamização do sector imobiliário no país”.

Os anticorpos que se geram são desmedidos, pois na balança os benefícios são bem maiores do que os malefícios.

Luís Lima

Presidente da APEMIP

“Trouxe investimento, incentivou a reabilitação urbana, redinamizou os centros das cidades, salvou setores como a construção ou a restauração e gerou emprego para muita gente que viu neste mercado uma solução para, por exemplo, não ter que abandonar o país. Os anticorpos que se geram são desmedidos, pois na balança os benefícios são bem maiores do que os malefícios”, refere o representante das imobiliárias portuguesas.

Luís Lima reconheceu também os problemas habitacionais que existem, sobretudo nas principais cidades do país, mas recordou, igualmente, que estas dificuldades já existiam bem antes de o alojamento local ganhar a dinâmica que tem ganho em Portugal.

[Deixar nas mãos dos condomínios a hipótese de decidir] se o vizinho poderá ou não colocar a sua casa no mercado de alojamento local é absolutamente utópico.

Luís Lima

Presidente da APEMIP

“O mercado de alojamento local tem sido o bode expiatório para os problemas habitacionais que se vivem nas grandes cidades. Mas, só em receita fiscal este mercado arrecadou mais de 120 milhões de euros em 2017. Ora se há problemas, e se é ao Estado que compete resolvê-los, que tal utilizar este dinheiro para sanar os problemas habitacionais das famílias mais carenciadas”, questionou Luís Lima.

Para o responsável, deixar nas mãos dos condomínios a hipótese de decidir “se o vizinho poderá ou não colocar a sua casa no mercado de alojamento local é absolutamente utópico”. “Deixar nas mãos de outrem tal decisão é deixar os proprietários prisioneiros das cobiças e mexericos da má vizinhança”, sublinhou.

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Ministro do Planeamento quer Europa e fundos para 2030 com novo olhar sobre floresta

  • Lusa
  • 8 Janeiro 2018

Ministro do Planeamento e das Infraestruturas disse ser necessário alertar as pessoas para as políticas florestais. Fundos comunitários para 2030 são um dos pontos a ter em conta no futuro.

O ministro do Planeamento e das Infraestruturas defendeu esta segunda-feira a necessidade de alertar a União Europeia (UE) para mudar políticas relativamente à “floresta do sul da Europa”, tendo em mente os fundos comunitários para 2030.

“Os fundos comunitários têm estado muito orientados para o desenvolvimento da agricultura competitiva. Este é o tempo de apresentarmos à Europa o caso da floresta do sul da Europa. Para ocuparmos de forma sustentável e resiliente estes territórios, precisamos de outra política florestal”, afirmou Pedro Marques em Matosinhos, distrito do Porto, numa reunião com o Conselho Regional do Norte destinada a debater com as regiões a estratégia nacional para as próximas décadas, nomeadamente tendo em vista o financiamento comunitário ‘Portugal 2030’.

O primeiro-ministro marcou presença no encontro, “algo inédito para o mais alto representante executivo do país”, como destacou o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), mas a comunicação social não pode assistir à intervenção feita por António Costa na sessão.

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Governo autoriza IGCP a emitir até 20 mil milhões em obrigações

IGCP tem luz verde do Governo para ir ao mercado de dívida. Agência liderada por Casalinho pode emitir até 20 mil milhões de euros em Obrigações do Tesouro e até quatro mil milhões em Certificados.

O Governo autorizou o IGCP a emitir até 20 mil milhões de euros em Obrigações do Tesouro em 2018, segundo a resolução do Conselho de Ministros publicada esta segunda-feira em Diário da República e que estabelece os montantes de dívida pública que a entidade liderada por Cristina Casalinho poderá financiar-se nos mercados tendo em conta a execução do Orçamento do Estado para este ano.

Este anúncio surge a poucos dias de o IGCP apresentar o seu plano de financiamento para este ano, isto depois de a agência que gere a dívida pública ter adiantado na passada sexta-feira, na primeira apresentação de 2018 aos investidores internacionais, que pretende financiar-se em 15 mil milhões de euros em Obrigações e outros títulos de dívida a médio prazo.

No que toca às autorizações do Governo, o IGCP pode ainda emitir um total de 17 mil milhões de euros em Bilhetes do Tesouro, cuja maturidade se situa entre os três e os 12 meses. Por outro lado, Casalinho recebeu luz verde para ir buscar até quatro mil milhões de euros em Certificados do Tesouro Poupança Crescimento e Certificados de Aforro — na mesma apresentação aos investidores, a entidade admitiu que pretende que as famílias financiem o Estado num montante de 1,8 mil milhões de euros, onde se incluem ainda as Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV), para lá dos Certificados de Poupança do Estado.

Paralelamente, há autorização para o IGCP emitir “outra dívida pública fundada, denominada em moeda com ou sem curso legal em Portugal”, até ao montante máximo de dez mil milhões de euros.

Além dos montantes de financiamento, o Governo deu ainda autorização ao IGCP para continuar a amortizar dívida ao Fundo Monetário Internacional — em 2018 está prevista a amortização de 800 milhões de euros do empréstimo do Fundo — e para continuar efetuar operações de troca de dívida, a exemplo do que tem feito nos último meses, nas quais a República portuguesa tenta recomprar títulos de dívida a vencer em breve em troca de novos títulos com vencimento mais alargado.

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Morreu Rui Pena, um senador da advocacia

Foi Ministro da Defesa Nacional (2001 – 2002) e Ministro da Reforma Administrativa (1978). Foi também sócio fundador da sociedade que é hoje a CMS Rui Pena Arnaut & Associados.

Foi Ministro da Defesa Nacional (2001 – 2002) de António Guterres, Ministro da Reforma Administrativa (1978) e presidente do Grupo Parlamentar do CDS. Foi também sócio fundador da sociedade que é hoje a CMS Rui Pena Arnaut & Associados, onde atualmente era senior partner. Morreu com 78 anos, vítima de cancro.

Rui Pena exerceu advocacia predominantemente na área do direito administrativo. Ao longo da sua carreira de advogado com mais de 50 anos, desempenhou um conjunto de cargos governativos bem como assumiu as funções de deputado à Assembleia de República entre 1976 e 1983.

Destacam-se ainda a função de Presidente do Instituto das Sociedade de Advogados da Ordem dos Advogados (2006-2011) e de membro do Conselho Consultivo da ASAP – Associação das Sociedades de Advogados Portugueses – (desde 2011). Era também, desde 2012, Presidente do Conselho Executivo da Concórdia – Centro de Conciliação e Mediação de Conflitos.

Desempenhou igualmente vários cargos políticos de relevo, como o de presidente do Grupo Parlamentar do CDS, de Presidente do Grupo Português da União Interparlamentar, de Ministro da Reforma Administrativa (1978) e de Ministro da Defesa Nacional (2001 – 2002).

Teve ainda uma extensa carreira académica, onde se assinalam as funções de professor de História das Ideias Políticas no Instituto Superior de Línguas e Administração; regente das cadeiras de Direito Administrativo e de Direito das Obrigações na Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa; Professor das cadeiras de Direito Administrativo na Universidade Autónoma de Lisboa e na Universidade Livre de Lisboa e ainda professor convidado pela Universidade Católica Portuguesa no Mestrado em Direito da Energia.

Rui Pena licenciou-se em Direito, em 1962, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e foi cofundador das sociedades de advogados PMBGR – Pena, Machete, Botelho Moniz, Nobre Guedes, Ruiz & Associados e da Pena, Arnaut & Associados.

 

 

 

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Seedrs teve o melhor ano de sempre. Superou os 140 milhões de investimento

  • ECO
  • 8 Janeiro 2018

Seedrs teve o seu melhor ano de sempre, tendo gerado investimentos superiores a 140 milhões de euros. Em Portugal, cinco empresas foram financiadas com 1,4 milhões de euros.

O ano de 2017 foi generoso na Seedrs. A maior plataforma europeia de equity crowdfunding bateu recordes ao gerar investimentos superiores a 140 milhões de euros, que acabaram por permitir o financiamento de 168 campanhas em 17 setores diferentes. No seu melhor ano, a Seedrs chamou a atenção de investidores de 58 países, que, nos últimos doze meses, apostaram 46.700 vezes nos projetos desta plataforma. Os dados foram revelados esta segunda-feira pela empresa.

No ano passado, as cinco startups portuguesas presentes na Seedrs levantaram 1,4 milhões de euros junto de mais de 1.200 investidores. Além disso, a Revolut — aplicação móvel de pagamentos — consagrou-se como a campanha mais popular da plataforma, atingindo 4.200 investidores. Já a Bux — aplicação de trading — conseguiu o seu objetivo de financiamento em apenas 24 horas.

“Desde campanhas recorde com mais de 4.000 investidores ao lançamento de novos produtos pioneiros, 2017 foi um ano excelente para a Seedrs”, sublinhou, em comunicado, o líder executivo da empresa, Jeff Kelisky. Paralelamente, a Seedrs lançou também em 2017 um mercado para negociação de ações das empresas financiadas na plataforma. Em cinco anos, a empresa já apoiou 590 negócios, superando a marca dos 330 milhões de euros investidos.

Em 2018, a Seedrs prevê que o interesse no blockchain se mantenha, tal como o foco no desenvolvimento da cibersegurança. “Negócios sustentáveis vão continuar a registar uma forte procura com as empresas do setor a inovarem com novas tecnologias e com a consciencialização dos consumidores para o uso de energias renováveis”, acrescenta a empresa.

A Seedrs foi a primeira plataforma deste tipo a nível mundial a ter a sua atividade autorizada e regulada. Atualmente, está aberta a qualquer investidor e empresa, na Europa, aceitando campanhas e investimento em euros e libras. A empresa, que começou a operar em julho de 2012, assume assim como objetivo captar financiamento de forma prática e transparente junto de pequenos investidores para ajudar a criar ou a fazer crescer startups.

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Linklaters vence “African Deal of the Year” nos PFI Awards 2017

Os PFI Awards são promovidos pela revista Project Finance International (PFI), uma publicação da Thomson Reuters, líder nos setores da energia, infraestruturas e financeiro.

A Linklaters recebeu a distinção de “African Deal of the Year” em duas categorias pelo trabalho de assessoria em dois dos maiores projetos realizados em África em 2017. Os PFI Awards são promovidos pela revista Project Finance International (PFI), uma publicação Thomson Reuters, líder nos setores da energia, infraestruturas e financeiro.

O projeto da plataforma flutuante de liquefação de gás natural (Área 4 Coral FLNG), que envolveu um valor global de oito biliões de dólares, venceu o prémio de “Oil & Gas Deal of the Year”. Este é o maior “project finance” até à data realizado em África.

A equipa da Linklaters em Lisboa, liderada pelo sócio Francisco Ferraz de Carvalho, integrou ainda os sócios e associados Rui Palma, Diogo Plantier Santos, Edgar Monteiro, Teresa Faria e Miguel Paiva Antunes (escritório de Lisboa).

Já o projeto ferroviário e portuário do Corredor Nacala, que inclui a construção, remodelação e operação de uma linha ferroviária de 912 km através de Moçambique e do Malawi, bem como a construção e operação de um terminal de carvão no porto de Nacala-à-Velha, em Moçambique, ganhou na categoria de “Logistics Deal of the Year”. Este é o maior projeto de desenvolvimento de infraestruturas nos setores ferroviário e portuário na África Subsariana, e envolveu um montante de quatro biliões de dólares. Trata-se também do primeiro acordo na região que reuniu investimento do setor público e privado com o objetivo de melhorar as infraestruturas ferroviária e portuária de Moçambique, apoiando assim o crescimento do setor mineiro no país, bem como todos os benefícios associados ao aumento do transporte de passageiros e carga para zonas até à data de difícil acesso. O projeto é único também por envolver financiamento por parte de quatro entidades diferentes e cinco concessões, abrangendo ainda o desenvolvimento mineral (greenfield) e industrial (brownfield).

A equipa da Linklaters em Lisboa foi liderada pelos sócios Francisco Ferraz de Carvalho e integrou diversos outros sócios e associados, incluindo Marcos Sousa Monteiro, Ricardo Guimarães, Marta Pereira, Edgar Monteiro, e Válter Gouveia.

A equipa de projetos da Linklaters ganhou vários prémios em 2017 pelo seu trabalho nos setores de energia e infraestruturas, incluindo o prémio “Managing Complexity and Scale” do FT Innovative Lawyers, o “Africa Renewables Deal of the Year”, do IJ Global’s e “Projects & Energy Firm of the Year”, nos China Law & Practice Awards.

Francisco Ferraz de Carvalho, Sócio da Linklaters em Lisboa, responsável pela equipa de Bancário e Projetos, sublinha que “é impressionante que, no mesmo ano, tenham sido assinados os financiamentos do projeto Corredor de Nacala e da Área 4 Coral FLNG. Isso mostra que é possível estruturar financiamentos em project finance em larga escala numa variedade de setores em Moçambique. Projetos como estes constituem um contributo significativo para o desenvolvimento de Moçambique e da região, não só porque permitem monetizar os seus recursos naturais, mas também pelos benefícios colaterais que proporcionam. No caso do Corredor de Nacala, o transporte de carvão viabiliza o transporte de carga geral e passageiros de zonas remotas de Moçambique e do Malawi. Para a Linklaters é um enorme orgulho ter a confiança dos clientes nas transações mais inovadoras da África Lusófona, onde trabalhamos sempre com escritórios locais com os quais temos excelentes relações”.

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Abreu Advogados debate mediação de conflitos desportivos

O seminário promovido pela Union Internationale des Avocats (UIA) conta com diversos especialistas de mediação internacional e reúne a indústria desportiva.

A Abreu Advogados recebe – dias 12 e 13 – a mediação jurídica na resolução de conflitos desportivos. O seminário promovido pela Union Internationale des Avocats (UIA) conta com diversos especialistas de mediação internacional e reúne a indústria desportiva.

“A mediação de conflitos apresenta-se como uma alternativa que oferece maior rapidez na gestão de questões de litígio, por exemplo ao nível da contratação desportiva, e esta iniciativa pretende constituir-se como um primeiro passo na preparação dos agentes desportivos na gestão de conflitos desportivos, antecipando cenários e soluções que se ajustem a cada realidade” explica Fernando Veiga Gomes, sócio responsável da área de Direito de Desporto da Abreu Advogados e presidente da Comissão de Direito do Desporto da UIA.

Do programa do evento destaca-se a análise do enquadramento legal de cenários de disputa desportiva, os mecanismos legais de resolução de conflitos desportivos, os desafios e as oportunidades da mediação de conflitos no desporto contando com um leque diversificado de oradores provenientes de diferentes jurisdições – Espanha, Grécia, Reino Unido, Suíça, Bélgica, EUA.

A abertura será realizada por Pedro Pais de Almeida (sócio da Abreu Advogados e presidente da UIA) e o encerramento por Fernando Veiga Gomes. O evento conta igualmente com a presença de Guilherme Figueiredo, bastonário da Ordem dos Advogados. Destaque ainda para as intervenções de Thomas Gaultier (consultor da Abreu Advogados e vice-presidente da comissão de mediação e prevenção de conflitos da UIA), Alexandre Miguel Mestre (consultor da Abreu Advogados e ex-secretário de Estado do Desporto), André Pereira da Fonseca (advogado associado da Abreu Advogados e árbitro no Tribunal Arbitral do Desporto).

No fecho da iniciativa, atestando a importância da temática, os participantes terão a oportunidade de testemunhar a relevância da mediação e o papel decisivo que pode desempenhar num contexto de disputa, através de uma simulação.

A Abreu Advogados está atualmente entre as três maiores sociedades de advogados em Portugal, contando com uma equipa de cerca de 200 advogados, num total de 300 profissionais. Além dos escritórios de Lisboa, Porto e Madeira, a Abreu Advogados tem forte presença internacional através das desks de Angola, Brasil, Cabo Verde, China, Moçambique e Timor-Leste.

A União Internacional de Advogados (UIA) reúne hoje mais de dois milhões de advogados através dos seus membros, seja a título individual ou coletivamente, distribuídos em mais de 120 países. Aberto a todos os advogados do mundo, generalistas ou especialistas, também reúne profissionais do direito, como juízes, professores e estudantes de direito.

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Desemprego cai para 8,4% em outubro, mínimo desde fevereiro de 2005

  • Margarida Peixoto
  • 8 Janeiro 2018

A taxa de desemprego surpreendeu e voltou a registar uma nova queda, para 8,4%. É preciso recuar a fevereiro de 2005 para encontrar um valor igual.

A taxa de desemprego voltou a descer em outubro de 2017, para 8,4%, o valor mais baixo desde fevereiro de 2005. Esta foi uma revisão em baixa face à primeira projeção, que apontava para uma estabilização. Os dados foram avançados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística. Para novembro, o INE projeta nova queda, para 8,2%.

Desemprego regressa a níveis de 2005

Fonte: INE

O INE estima que a população desempregada seja agora de 435 mil pessoas, menos 4,6 mil do que o registado um mês antes. Já a população empregada deverá ser de 4.730,7 mil pessoas, mais 12,1 mil trabalhadores do que o verificado em setembro.

E a projeção para novembro aponta para uma melhoria nos dois sentidos: a população desempregada deverá ter voltado a encolher (para 424,2 mil pessoas), ao mesmo tempo que o número de pessoas com emprego deverá ter registado nova subida (para 4.745,1 mil).

Aliás, o INE nota que a projeção para novembro aponta para uma subida da população empregada em todos os grupos em análise: mulheres e homens, adultos e jovens. Da mesma forma, a taxa de emprego, isto é, o peso da população empregada no total da população ativa, melhorou 0,2 pontos percentuais, antecipando-se que tenha ficado em 61% em novembro.

Olhando para a população desempregada, as boas notícias também se antecipam para quase para todos os grupos em análise. O INE espera que o número de pessoas à procura de emprego tenha diminuído entre as mulheres, os adultos e os jovens. Só entre os homens o número de desempregados deverá ter ficado praticamente inalterado, antecipa o INE.

Se a taxa de desemprego projetada para novembro (8,2%) se confirmar, este será o valor mais baixo desde novembro de 2004, quando a taxa de desemprego foi de 8,1%.

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Pharol força nova assembleia geral da Oi para 7 de fevereiro

A antiga holding da Portugal Telecom, que é a maior acionista da Oi, convocou uma assembleia geral extraordinária de acionistas da operadora brasileira. Está contra o plano de recuperação

A Pharol, antiga holding da Portugal Telecom, vai forçar a realização de uma assembleia geral de acionistas da operadora Oi para o próximo dia 7 de fevereiro. A informação foi comunicada esta segunda-feira aos mercados. Numa nota, a empresa refere que a sua subsidiária Bratel convocou “uma assembleia geral extraordinária da Oi”. A Pharol, através da Bratel, é a maior acionista da empresa brasileira e está contra o plano de recuperação aprovado pela administração da companhia.

Oposição essa que é recordada no próprio comunicado: “A Pharol entende que o plano de recuperação judicial não está em conformidade com a governança estabelecida no Estatuto Social da Oi em vigor, em oposição direta aos direitos dos acionistas (…).” Em causa, indica a Pharol, está, entre outras coisas, a “diluição injustificada” da posição dos acionistas, com um aumento de capital que define “o preço de emissão com base em avaliação que não reflete o real valor de mercado da Oi”. O pedido de convocação desta reunião já tinha sido comunicado aos mercados no final de 2017.

Outros motivos invocados pela empresa de Luís Palha da Silva estão relacionados com “a destituição e nomeação indevida” de administradores “em flagrante violação das regras” do estatuto social, e falta de “garantia de manutenção, nos seus respetivos cargos, da própria diretoria responsável pela elaboração do plano de recuperação judicial”, durante o processo, “com a renovação dos seus compromissos contratuais, incluindo indemnizações”. Além disso, para a Pharol, a “regra de resolução de conflitos” entre os acionistas e a empresa é “distinta da prevista” no estatuto.

Por fim, a Pharol PHR 1,67% gatrante que houve ficação de “privilêgios indevidos para determinado grupo de credores, que receberiam comissões bilionárias”, bem como a “entrega gratuita de valores mobiliários da Oi, sem garantia de contraprestação à Oi, em prejuízo da companhia”. Neste último ponto, a empresa escuda-se nas questões já levantadas pela Anatel, o regulador brasileiro das comunicações, que também está contra o plano.

(Notícia atualizada às 11h02 com mais informações)

Cotação das ações da Pharol na bolsa de Lisboa

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João Lourenço, Presidente de Angola: Recusa no processo de Manuel Vicente é “ofensa” de Portugal

  • ECO e Lusa
  • 8 Janeiro 2018

Na conferência de imprensa que marca os primeiros 100 dias de João Lourenço no poder, o Presidente angolano mostra-se ofendido com a decisão de Portugal de não transferir o processo de Manuel Vicente.

Quando Angola pediu a transferência do processo de Manuel Vicente para o território africano, Portugal não concedeu, alegando não confiar na justiça Angolana. João Lourenço, na conferência de imprensa que marca os seus primeiros 100 dias no poder, aponta esta recusa como “uma ofensa”.

Portugal, lamentavelmente, não satisfez o pedido“, critica o Presidente angolano. “Não estamos a pedir o arquivamento ou absolvição” do processo, esclarece. Apesar de lamentar a situação, as boas relações podem ser retomadas com “apenas um gesto”: se Portugal recuar na decisão e remeter o processo para Angola.

Temos toda a paciência deste mundo. Vamos continuar à espera do desfecho deste caso“, afirma João Lourenço. As medidas a tomar no caso de o Governo português não alterar a sua posição são ainda uma incógnita: “Não posso revelar”, fechou o líder angolano.

Exoneração do Fundo Soberano Angolano “pode vir a acontecer”

João Lourenço admitiu ainda que a exoneração da administração do Fundo Soberano de Angola “pode vir a acontecer” em breve. Desta administração faz parte um dos filhos do ex-Presidente angolano, José Filomeno dos Santos.

O Fundo Soberano está neste momento sob escrutínio do Governo, através de uma empresa contratada. As conclusões ditarão as medidas a implementar. Em relação à administração, “não diria que vou exonerar, mas pode vir a acontecer”, admite João Lourenço. “Estou a analisar essas medidas propostas e é muito provável que nos próximos dias venham a ser implementadas”, avança.

O líder angolano nega contudo qualquer “crispação” com o ex-Presidente, José Eduardo dos Santos. O esclarecimento vem a propósito desta possível demissão se seguir à de Isabel dos Santos, também filha do ex-presidente, que João Lourenço exonerou do cargo de presidente da comissão executiva da Sonangol, a petrolífera Angolana.

O Presidente da República de Angola, João Lourenço, disse que aguarda que José Eduardo dos Santos cumpra o compromisso anteriormente assumido, de deixar a liderança do partido em 2018. “Só a ele compete dizer se o fará, se vai cumprir com esse compromisso. Quando isso vai acontecer, só a ele compete dizer”, disse o Presidente da República.

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Fitch: Crescimento da economia portuguesa pode acelerar subida de ratings da banca

  • Rita Atalaia
  • 8 Janeiro 2018

A agência de notação está confiante de que o rating dos bancos vai continuar a melhorar ao longo deste ano. E graças à recuperação da economia portuguesa. Mas deixa alertas.

Os ratings dos bancos portugueses vão continuar a melhorar ao longo deste ano. A conclusão é da Fitch. A agência de notação afirma que as instituições financeiras vão assistir a uma melhoria da notação graças à recuperação da economia portuguesa. Apesar de estar confiante, a Fitch alerta que os bancos ainda têm trabalho de casa para fazer: é preciso diminuir o peso do crédito malparado, que equivale a 25% do PIB, e resolver a baixa rentabilidade.

“A diminuição do desemprego e a recuperação modesta, mas estável, do mercado imobiliário devem beneficiar os bancos através da redução dos NPL [crédito malparado]”, refere a agência de notação numa nota citada pela Reuters. “Prevemos que o PIB tenha crescido 2,6% em 2017 e, embora [o crescimento] vá abrandar entre 2018 e 2019, a economia vai continuar a crescer”, acrescenta a Fitch.

"A diminuição do desemprego e a recuperação modesta mas estável do mercado imobiliário devem beneficiar os bancos através da redução dos NPL [crédito malparado].”

Fitch

No mês passado, relembra a agência, vários bancos portugueses assistiram a uma melhoria do rating depois de uma subida da notação de Portugal. Após a decisão de setembro da Standard & Poor’s, também a Fitch decidiu em dezembro melhorar o rating da República portuguesa para o nível de investimento. A dívida pública portuguesa conta agora com a avaliação positiva de três agências de notação financeira: a DBRS, a S&P e a Fitch.

“Os fundamentais de crédito dos bancos melhoraram significativamente em 2017. Angariaram cerca de cinco mil milhões de capital e usaram os proveitos para aumentar a cobertura de ativos problemáticos e fortalecer os rácios de capital”, refere a agência.

Mas a Fitch deixa alertas: é preciso diminuir o peso do malparado. “O rating que avalia a viabilidade dos bancos continua abaixo de nível de investimento devido à fraca qualidade dos ativos e rentabilidade”, nota. Para a agência, o malparado está “a diminuir, mas ainda representa cerca de um quarto do PIB de Portugal e continua a penalizar a rentabilidade”.

(Notícia atualizada às 10h47)

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 8 Janeiro 2018

Arrimadas não deita a toalha ao chão e está pronta para ser alternativa para Catalunha. Reino Unido diz adeus, mas nem tanto. Possível sucessor de Draghi quer prazo para fim da compra de títulos.

Viciado no telemóvel? Não é o único. A adição tem-se tornado tão grave que até os acionistas da Apple já chamam a atenção para a necessidade de medidas que solucionem ou mitiguem este problema. Deste lado do Altântico, o Reino Unido quer ficar longe da UE… mas nem tanto, aproximando-se do continente em vários setores. Sucessor de Mario Draghi defende o estabelecimento de prazo para o fim do programa de compra de títulos do BCE e, em Espanha, Inês Arrimadas está pronta para propor alternativa de Governo. Na China, minar bitcoin está cada vez mais difícil.

El Mundo

BCE deveria estabelecer prazo para encerrar compra de títulos

Apontado como possível sucessor de Mario Draghi e conhecido crítico da política monetária expansionista do BCE, Jens Weidmann defende que deverá ser estabelecido um prazo para encerrar o programa de compra de títulos do banco. “As perspetivas para a evolução dos preços correspondem a um retorno da inflação a um nível suficiente para manter a estabilidade dos preços. Por esse motivo, na minha opinião, seria justificável colocar um fim claro à compra de títulos de dívida ao estabelecer uma data concreta (para encerrar o programa)”, reforçou o presidente do alemão Bundesbank. O BCE comprometeu-se a continuar a comprar títulos até pelo menos setembro deste ano, mas é esperado que o programa encerre depois disso.

Leia a notícia completa no El Mundo (acesso livre / conteúdo em inglês).

Financial Times

Reino Unido quer ficar na Agência Europeia do Medicamento

Mesmo depois de o divórcio estar finalizado, o Reino Unido quer continuar na Agência Europeia do Medicamento. Os britânicos desejam que este setor de atividade seja mantido sob a regulação do continente. O país liderado por May já expressara a vontade de continuar a ter as agências do bloco a escrutinar as suas indústrias químicas e da aviação, mesmo após o Brexit, o que reflete o intuito britânico de se manter próximo da UE, em alguns setores.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado / conteúdo em inglês).

Reuters

Viciado no telemóvel? Apple deveria tomar medidas, dizem acionistas

Jana Partners e o Fundo de Pensões dos Professores da Califórnia, que juntos possuem dois mil milhões de dólares em títulos da Apple, estão a pressionar a tecnológica para responder ao problema do vício crescente que os iPhones espoletam entre os jovens. Uma das sugestões é que a “grande maçã” crie um software que permita aos pais limitarem o uso por parte dos menores.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre / conteúdo em inglês).

El País

Ciudadanos preparam-se para propor alternativa de Governo

Inês Arrimadas, a líder dos Ciudadanos, o partido que reuniu mais votos nas eleições catalãs de 21 de dezembro, assume em entrevista ao El País que o seu partido vai “colocar uma alternativa ao Governo”, e enfrentar assim as forças separatistas. “Nós somos a primeira força política e já reivindicámos a presidência do Parlamento da Catalunha. Já iniciámos conversações para o presidir”, garante Inês Arrimadas.

Leia a notícia completa no El País (acesso livre / conteúdo em espanhol).

Quartz

Minar bitcoin na China pode ter os dias contados

O regulador chinês responsável pelas finanças na Internet aconselhou o Governo a “guiar” todos aqueles que se têm dedicado a minar bitcoin a uma “saída ordeira” do negócio. Na semana passada, fontes do executivo liderado por Xi Jinping já tinham avançado que o Governo está a planear colocar limites ao uso da eletricidade por parte dos cidadãos envolvidos na mineração desta criptomoeda. Os responsáveis acusam a bitcoin de gastar “quantidades imensas de recursos” e gerar especulação, no mercado das moedas virtuais.

Leia a notícia completa na Quartz (acesso livre / conteúdo em inglês).

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