Ressaca no dia 1? Esta startup serve-lhe o pequeno-almoço

  • ECO
  • 30 Dezembro 2018

Breadfast tem dois menus especiais de Ano Novo: reservas podem ser feitas até às 23h59 de dia 31 de dezembro.

O primeiro pequeno-almoço do ano pode estar à distância de um clique. A startup portuguesa Breadfast preparou um menu especial para a entrada no novo ano.

A startup produz e entrega pequenos-almoços ao domicílio e tem dois menus pensados especialmente para o dia do pós-festa.

O menu Detox inclui Água das Pedras, sumo energético, energy balls, fruta variada, pão de cereais e húmus e custa 11,90 euros. O menu Munchie custa 10,90 euros e inclui panquecas americanas recheadas com Nutella, pão com chouriço, água e o energizer Lemon’Mate, que venceu o concurso de pitch do programa de aceleração da Startup Lisboa, From-Start-to-Table.

Ainda não tem onde passar o réveillon? Dez sugestões para entrar em 2019 com o pé direito

O pedido do pequeno-almoço pode ser feito até às 23h59 de dia 31 de dezembro. As entregas são gratuitas e podem ser programadas para o horário entre as 7h00 e as 13h00.

 

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Hipóteses de concretizar Brexit são “50-50” se parlamento britânico rejeitar

  • Lusa
  • 30 Dezembro 2018

O ministro do Comércio Internacional britânico, Liam Fox, considera que a ratificação pelo parlamento é a única forma de garantir que o Brexit acontecerá a 29 de março de 2019.

O ministro do Comércio Internacional britânico estimou hoje que as hipóteses de o Reino Unido sair ou não da União Europeia (UE), no caso de rejeição parlamentar ao acordo com Bruxelas, são de “50-50”.

Em entrevista ao jornal Sunday Times, Liam Fox encorajou os deputados a apoiarem o acordo assinado em novembro entre o governo de Theresa May e os seus homólogos europeus, considerando que a ratificação pelo parlamento é a única forma de garantir que o Brexit – nome dado à saída do Reino Unido da UE – acontecerá mesmo a 29 de março de 2019.

“Se não aprovarmos o acordo, não arrisco dar [à concretização do Brexit] hipóteses superiores a 50-50”, admitiu.

O governo britânico está a tentar convencer os deputados a apoiarem o acordo, mas a maioria não parece inclinada para o fazer.

O acordo desiludiu os fervorosos adeptos do Brexit, que criticam a manutenção de uma ligação permanente do Reino Unido à UE, enquanto os apoiantes da Europa esperam que o processo possa fazer marcha-atrás.

A votação, que esteve prevista para 11 de dezembro, foi anulada à última hora por Theresa May, para evitar uma derrota anunciada, e foi adiada para a terceira semana de janeiro.

Se o acordo for rejeitado, o ministro Liam Fox, apoiante de longa data do Brexit, considera que “a relação de confiança entre o eleitorado e o Parlamento será quebrada”, o que conduzirá a “território desconhecido, com consequências imprevisíveis”.

“A única coisa que quebra a relação de confiança entre o eleitorado e o parlamento é a recusa de ministros como Liam Fox em confiarem nos eleitores para terem a última palavra a dizer sobre o Brexit”, reagiu a deputada liberal-democrata Layla Moran, favorável a um novo referendo.

Um novo debate no parlamento britânico sobre o acordo de Brexit está agora previsto para começar a 9 de janeiro, estando a votação marcada para a semana de 14 a 18 de janeiro.

O Reino Unido deverá sair da União Europeia em 29 de março de 2019.

Depois do Brexit, o país deixará de ser membro das agências europeias Europol e Eurojust e do Sistema Europeu de Mandados de Detenção, que permite aos países-membros acelerar a extradição de suspeitos e condenados.

O acordo sobre as relações futuras compromete os dois lados a estabeleceram planos recíprocos para tentar harmonizar a aplicação da lei e a cooperação judicial.

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Do ciberataque em grande escala à corrida ao 5G. Cinco previsões tech para 2019

A corrida ao 5G vai acelerar em 2019 mas a cibersegurança continuará a ser um problema. O Facebook vai continuar debaixo de fogo e Bruxelas apertará o cerco à Google. Conheça as nossas previsões.

O ECO fez cinco previsões tecnológicas para 2019. Conheça-as.Ana Raquel Damas

Prever o futuro é um exercício arriscado. E mais arriscado é num setor tão dinâmico como o da tecnologia. Mas certos sinais podem apontar para uma maior ou menor probabilidade de algo vir a acontecer. E já é tradição, no final de cada ano, tentar-se antecipar o que vai acontecer no ano seguinte à luz da informação disponível no momento.

O ECO analisou alguns fatores e acontecimentos marcantes durante o ano de 2018 e arrisca fazer estas cinco previsões tecnológicas para 2019. São apenas suspeitas, meros prognósticos de algumas tendências do meio tecnológico para o ano que agora se inicia. Conheça-as.

Crise no Facebook deverá continuar

O ano de 2018 foi de escândalo atrás de escândalo para o Facebook. Soube-se que uma consultora usou dados de 87 milhões de pessoas para promover a candidatura de Donald Trump; que agentes do Kremlin estarão a usar as plataformas da empresa para influenciar o eleitorado; que uma vulnerabilidade deixou dados pessoais de dezenas de milhões de pessoas à mercê de criminosos; e que empresas como o Spotify e o Netflix tiveram acesso especial às mensagens privadas dos utilizadores.

Estes são apenas quatro exemplos de muitos casos que ameaçaram a credibilidade da empresa e até a liderança de Mark Zuckerberg, obrigado até a testemunhar no Congresso numa audição histórica e inédita. A isso, soma-se a inaptidão da empresa em lidar com as crises e em assumir os erros, mais os milhões de pessoas em todo o mundo que deixaram de confiar na empresa e fizeram o crescimento do número de utilizadores do Facebook desacelerar para mínimos.

É por tudo isto que a maior rede social do mundo entra em 2019 debaixo de uma nuvem negra. E existem poucos sinais — talvez nenhum — de que o ano de 2019 vá ser diferente.

O ano de 2018 foi de escândalo em escândalo para a rede social fundada por Mark Zuckerberg. E 2019 não deverá ser muito diferente.David Paul Morris/Bloomberg

Novo ataque informático em grande escala

Em 2017, dois ataques informáticos massivos atingiram dezenas de grandes empresas e resultaram prejuízos de milhares de milhões de euros para a economia mundial. Em 2018, a imprensa internacional deu conta de várias fugas de informação, roubos de dados que foram notícia, sobretudo pela sua dimensão: 50 milhões de utilizadores do Facebook com as contas expostas, 500 milhões de clientes dos hotéis Marriott com os dados em risco.

O ano que agora começa poderá ficar marcado por novos casos em que falhas de segurança são exploradas para roubar informação confidencial de empresas e cidadãos, ou por um novo ataque informático em larga escala que volte a alertar o mundo para a problemática da cibersegurança. E com os sérios prejuízos associados a este tipo de casos, é claro.

Bruxelas aperta o cerco às grandes tecnológicas

Com o mandato do presidente Jean-Claude Juncker a chegar ao fim (acaba em outubro de 2019), é de esperar que a Comissão Europeia acelere o passo numa das suas principais bandeiras: a da Concorrência, da qual é rosto Margrethe Vestager. Aliás, a comissária europeia foi uma das protagonista dos ano quando, a 18 de julho de 2018, Bruxelas confirmou a multa recorde de 4,34 mil milhões de euros à Google por concorrência desleal com o sistema operativo Android.

Vestager nunca escondeu o desejo de continuar a perseguir esta causa. Em novembro de 2018, quando esteve em Lisboa por ocasião do Web Summit, disse que os casos contra a Google “têm sido uma prioridade” e que a atual composição da Comissão Europeia pretende definir claramente “os princípios fundamentais da concorrência” na União Europeia (UE), para que a fasquia fique bem lá em cima. A comissária apelou ainda a que os reguladores se empenhem em garantir “os direitos dos cidadãos”.

Os apelos à regulamentação das redes sociais e de tecnologias como a inteligência artificial, mais o caminho de promoção da concorrência que tem sido seguido na Europa, parecem não deixar margem para dúvidas: 2019 tem tudo para ser um ano de novos casos contra grandes tecnológicas como a Google e o Facebook.

A comissária europeia Margrethe Vestager esteve em Lisboa em novembro, por ocasião do Web Summit. E teceu algumas ameaças à Google.Web Summit

Mais projetos a adotar blockchain

Se 2017 foi o ano da popularização das criptomoedas, 2018 foi o ano da blockchain. Em 2019, por sua vez, deverão surgir mais projetos assentes em blockchain, a tecnologia do registo inviolável que permitiu surgirem moedas virtuais como a bitcoin. Esta previsão assenta em duas grandes razões: por um lado, várias empresas já anunciaram publicamente que estão a desenvolver aplicações com recurso à blockchain; por outro, já foram revelados alguns projetos concretos pelas mãos de gigantes como a IBM, ou de startups como a Arianne.

Ainda tem dúvidas? A 21 de dezembro de 2018, a Bloomberg avançou que o WhatsApp, detido pelo Facebook, está a desenvolver uma criptomoeda indexada ao valor do dólar, que assenta na tecnologia blockchain, para permitir aos utilizadores fazerem transações financeiras através da aplicação de mensagens. Mesmo em Portugal, como noticiou o ECO, são já vários os projetos que estão a ser cozinhados. Em 2019, é expectável que muitos deles acabem por ver a luz do dia.

Corrida ao 5G acelera

A Apple não deverá lançar um iPhone com conectividade 5G antes de 2020, a data em que a Comissão Europeia pretende que a nova geração de rede móvel comece a ser implementada nos 28 Estados-membros da UE. Mas o caminho até à internet ultrarrápida e sem fios tem de ser feito. E 2019 vai muito provavelmente ser um ano determinante, tanto para as empresas de telecomunicações como para as que fabricam os equipamentos.

A tendência também deverá chegar a Portugal. É expectável que se saiba como vão ser atribuídas as frequências do 5G (o Governo quer um leilão eletrónico, mas as operadoras estão contra), frequências essas que estão atualmente ocupadas pelo serviço de Televisão Digital Terrestre (TDT) e que terão de ser libertadas (sim, os portugueses vão ter de sintonizar novamente os aparelhos). Em 2018, houve mesmo um dia em que Meo, Nos e Vodafone acolheram três eventos relacionados com o 5G à mesma hora.

No campo dos equipamentos, as fabricantes deverão apresentar os primeiros protótipos de smartphones com capacidade 5G e não está totalmente descartada a hipótese de alguns deles chegarem ao mercado de consumo.

Em 2019, os esforços no sentido de implementar redes 5G deverão acelerar para que se cumpram as metas atualmente definidas.Flávio Nunes/ECO

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Marcelo faz terceira mensagem de Ano Novo, depois de avisos e elogios em 2017 e 2018

  • Lusa
  • 30 Dezembro 2018

Presidente da República faz esta terça-feira a sua terceira mensagem de Ano Novo, depois de recomendar "prudência" para 2018.

Marcelo Rebelo de Sousa faz, na terça-feira, a sua terceira mensagem de Ano Novo como Presidente, depois de ter avisado, em 2017, que havia “muito por fazer” e recomendado prudência em 2018, apesar dos sucessos na economia.

Eleito em 24 de janeiro de 2016, tomou posse em 9 de março e fez a sua primeira mensagem aos portugueses, através da televisão, em 1 de janeiro de 2017, e que durou menos de oito minutos.

Com o Governo minoritário do PS, e com o apoio da esquerda, há pouco mais de um ano no poder, Marcelo Rebelo de Sousa descreveu 2016 como o ano da “gestão imediata”, em que foram dados “pequenos passos” e desejou que 2017 tivesse mais “crescimento económico”.

2016 foi o ano da gestão do imediato, da estabilização política e da preocupação com o rigor financeiro. 2017 tem de ser o ano da gestão a prazo e da definição e execução de uma estratégia de crescimento económico sustentado. Aprendendo a lição de que, no essencial, tivemos sucesso quando nos unimos“, disse.

No primeiro dia do ano, Marcelo Rebelo de Sousa assinalou a indesmentível “estabilidade social e política”, salientando o acordo sobre o salário mínimo ou ainda a aceitação de dois Orçamentos do Estado pela União Europeia e a compensação a alguns dos mais atingidos pela crise.

“Quer isto dizer que demos passos – pequenos que sejam – para corrigir injustiças e criámos um clima menos tenso, menos dividido, menos negativo cá dentro e uma imagem mais confiável lá fora, afastando o espetro da crise política iminente, de fracasso financeiro, de instabilidade social que, para muitos, era inevitável. Tudo isto foi obra nossa – nossa, de todos os portugueses. No entanto, ficou muito por fazer”, sublinhou.

As mensagens de Ano Novo têm servido, para um Presidente da República que fala aos jornalistas quase diariamente, para lançar alertas ao Governo e outros atores políticos e sociais, a exemplo do que fizeram os seus antecessores em democracia, no pós-25 de Abril de 1974.

E a de 2017 não foi exceção, ao salientar que “ficou muito por fazer”. O Presidente fez um “balanço positivo” do ano que tinha passado, mas lamentou o crescimento económico “tardio e insuficiente”, os cortes de financiamento em “domínios sociais”, a dívida pública “muito elevada” e a justiça lenta.

O caminho para 2017 é muito simples – não perder o que de bom houve em 2016 e corrigir o que falhou no ano passado. Não perder estabilidade política, paz e concertação, rigor financeiro, cumprimento de compromissos externos, maior justiça social, formação aberta ao mundo, proximidade entre poder e povo”, defendeu.

O ano de 2017 foi marcado pelos grandes incêndios florestais, em junho e outubro, que fizeram mais de 100 mortos, centenas de feridos e milhões de euros de prejuízos, no interior do país.

Foram acontecimentos que puseram o Presidente a percorrer a zonas atingidas, pressionando a resolução dos problemas das famílias afetadas, o que o levou a dizer que aquele tinha sido um ano “estranho e contraditório”, “povoado de reconfortantes alegrias e de profundas tristezas”.

Se o ano tivesse acabado em 16 de junho, tudo estaria bem, afirmou, mas “um outro ano, bem diverso, se somou ao primeiro, a partir de 17 de junho”, dia dos grandes incêndios de Pedrógão Grande, no distrito de Leiria.

“O passado bem recente serve para apelar a que, no que falhou em 2017, se demonstre o mesmo empenho revelado no que nele conheceu êxito. Exigindo a coragem de reinventarmos o futuro”, afirmou.

Os indicadores da economia e das finanças públicas foram positivos, “como se de um sonho impossível se tratasse”, admitiu.

Mas, esse sucesso aconselhou o ex-comentador político, também a colocar “fasquias mais altas no combate à pobreza, às desigualdades, ao acesso e funcionamento dos sistemas sociais e aconselhando prudência no futuro”.

Mudanças que Marcelo Rebelo de Sousa admitiu terem começado no “ciclo político anterior”, do Governo PSD/CDS-PP, e foram confirmadas com a solução política atual que “tão grandes apreensões e desconfianças havia suscitado”, “cá dentro e lá fora”.

Mais uma vez, a mensagem de Ano Novo foi curta, durando oito minutos, e o chefe de Estado optou por fazê-la a partir da sua casa de Cascais, arredores de Lisboa, ainda a convalescer de uma intervenção cirúrgica.

E para o ano que nesse dia começava, o Presidente sugeriu que fosse “o ano da reinvenção”.

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Próximo Governo brasileiro liderado por Bolsonaro terá 22 ministros

  • Lusa
  • 30 Dezembro 2018

O vencedor das eleições presidenciais disputadas no Brasil em outubro passado, Jair Bolsonaro torna-se Presidente na terça-feira, liderando um executivo formado por 22 ministros.

O vencedor das eleições presidenciais disputadas no Brasil em outubro passado, Jair Bolsonaro torna-se Presidente na terça-feira, liderando um executivo formado por 22 ministros.

Na campanha presidencial, Bolsonaro prometeu formar uma equipa de notáveis, mas após ser eleito indicou nomes que despertaram simpatia dos brasileiros e também outros que geraram grande controvérsia no país.

Sem muita surpresa, Bolsonaro confirmou a nomeação do economista neoliberal formado na Escola de Chicago Paulo Guedes para liderar o Ministério da Economia.

Guedes nunca ocupou cargos públicos, mas tem uma longa trajetória no mercado financeiro, tendo fundado o Banco Pactual e o grupo Bozano Investimentos. Integrou o conselho de administração de grandes empresas brasileiras como a PDG Realty, Localiza e a Anima Educação.

O futuro ministro da Economia foi anunciado ainda na campanha presidencial como avalista de propostas para o Brasil baseadas em privatizações, descentralização e mais ajustes fiscais.

Para liderar a pasta da Justiça, Bolsonaro escolheu Sérgio Moro, ex-juiz que foi responsável pela condução da Operação Lava Jato, que desvendar grandes esquemas de corrupção na estatal petrolífera brasileira Petrobras, e pela prisão de empresários, ex-funcionários públicos e políticos de renome como o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Também fará parte do núcleo central do Governo o deputado federal (membro da câmara baixa) Onyx Lorenzoni, que foi o braço direto de Bolsonaro na campanha presidencial e agora ocupará a pasta da Casa Civil.

Antigo colega de Bolsonaro na câmara baixa do Congresso brasileiro, Onyx Lorenzoni identifica-se com o Presidente eleito no perfil conservador ou na defesa da propriedade privada.

Lorenzoni diz ser contra a corrupção, embora tenha confessado ter recebido dinheiro não declarado à justiça na sua campanha eleitoral doado ilegalmente pela empresa JBS, definindo-se também como um político liberal.

Foi eleito cinco vezes consecutivas para o cargo de deputado federal pelo estado brasileiro do Rio Grande do Sul, e agora será responsável pela articulação política do Governo Bolsonaro.

Na pasta da Agricultura, área considerada fundamental para o novo Governo, foi escolhida como ministra a deputada Tereza Cristina, que balizou a sua carreira defendendo o agronegócio e projetos polémicos, como uma nova regulamentação para uso de agrotóxicos que pretende aliviar as regras impostas ao registo deste tipo de produto no Brasil.

A futura ministra já anunciou decisões polémicas como o plano de acabar com inspeções diárias em fábricas de carnes do Brasil que eram feitas por funcionários públicos.

Fazem parte ainda do núcleo duro do Governo três generais do Exército brasileiro: Carlos Alberto dos Santos Cruz, que participou em missões de paz no Haiti e no Congo e ocupará a Secretaria de Governo, Augusto Heleno Ribeiro, que também comandou a missão de paz da Organização das Nações Unidas no Haiti e foi oficial militar da Amazónia brasileira, e Fernando Azevedo e Silva, que era chefe do Estado-Maior do Exército e comandante da Brigada de Paraquedistas.

Uma das maiores polémicas criadas na escolha do novo Gabinete do Governo brasileiro foi a indicação de Ernesto Araújo para liderar o Ministério das Relações Exteriores.

Diplomata de carreira no Itamaraty, que subiu a um escalão mais elevado em 2016 quando passou a dirigir o Departamento de Assuntos Interamericanos do Ministério das Relações Exteriores, Araújo já declarou admirar o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e ser um adversário do globalismo e do marxismo cultural.

Antes de tomar posse, o futuro ministro já tomou posições controversas como anunciar a saída do Brasil do pacto de Migrações da Organização das Nações Unidas (ONU).

Araújo também retirou os convites para a posse de Bolsonaro enviados para os Governo de Cuba, Venezuela e Nicarágua, países que classifica como ditaduras de esquerda.

Outra escolha controversa deu-se no Ministério do Meio Ambiente, que será liderado por Ricardo Salles.

Advogado ligado ao grupo Endireita Brasil, organização civil que promove valores ultraconservadores, Salles ocupou o cargo de secretário de Meio Ambiente no governo estadual de São Paulo.

Após ocupar este cargo, foi condenado por improbidade administrativa por supostamente favorecer empresas de mineração que queriam explorar áreas de conservação no estado de são Paulo.

À frente do Ministério das Mulheres, Família e Direitos Humanos, que passará a existir no Governo de Bolsonaro, está outra ministra contestada por muitos brasileiros, a pastora evangélica Damares Alves.

Defensora do que ela mesma classifica de valores da família cristã, Damares Alves chegou a anunciar um plano para evitar que mulheres violadas abortem no Brasil.

Antes de ser indicada para o cargo, era conselheira de uma frente parlamentar evangélica, que apoiou Bolsonaro na campanha eleitoral.

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Investimento brasileiro em Portugal com aposta no setor aeronáutico e industrial

  • Lusa
  • 30 Dezembro 2018

O setor da aeronáutica e da indústria são grandes apostas do investimento brasileiro em Portugal, com a OGMA, a Lusosider e as duas fábricas da Embraer em Évora.

O setor da aeronáutica e da indústria são grandes apostas do investimento brasileiro em Portugal, com a OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, a Lusosider e as duas fábricas da Embraer em Évora a espelharem essa estratégia.

A OGMA é uma empresa portuguesa dedicada ao fornecimento de serviços de manutenção e fabricação de aeroestruturas, sendo detida em 65% pelo consórcio Airholding SGPS, constituído pela brasileira Embraer, com os 35% detidos pela Empoderf – Empresa Portuguesa de Defesa (Estado português).

Criada em 1918, a OGMA tem uma longa tradição no setor aeronáutico, tendo entrado em 2003 numa nova etapa quando o Governo privatizou quase a totalidade da empresa. No espaço de três anos, o volume de negócios duplicou, o que conduziu, em 2005, à atual composição acionista.

Outra das apostas ‘emblemáticas’ do Brasil em empresas portuguesas está refletida na Lusosider Aços Planos, criada em 1996 e “única indústria portuguesa do setor siderúrgico que produz e comercializa aços planos com revestimento anticorrosão“, de acordo com a empresa.

Em 2005, a brasileira Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) comprou a metade que ainda não detinha da Lusosider, passando a sua única acionista, sendo um dos exemplos de investimento duradouro em Portugal.

Outro importante investimento foi o da Embraer, anunciado em 2008, sobre o desenvolvimento de duas fábricas em Évora, a sul da capital portuguesa, num investimento superior a 140 milhões de euros.

A AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal refere, no seu ‘site’, que as duas unidades da Embraer “constituem não apenas um importante papel para a mobilização do investimento produtivo em Portugal, como contribuem para a formação e consolidação de um ‘cluster’ aeronáutico em Portugal, potenciador de excelência industrial, de desenvolvimento tecnológico e inovação e de qualificação de empresas, especialmente PME [pequenas e médias empresas]”.

A Zagope Construções e Engenharia, fundada em janeiro de 1967 como Empresa Geral de Obras Públicas Terrestres e Marítimas, foi compara em 1988 pelo grupo brasileiro Andrade Gutierrez, tendo na altura começado a diversificar a tipologia de projetos executados.

A partir de 2002, a internacionalização passou a ser uma aposta, tendo entrado no mercado africano e asiático três anos depois.

Já a Cimpor, a cimenteira portuguesa que passou a ser detida pelos brasileiros da Camargo Corrêa em 2012, não teve a mesma sorte e, depois de passar a brasileira, vai a caminho de mudar para mãos turcas.

Em 26 de outubro, a Cimpor assinou um contrato com o OYAK (Ordu Yardımlaşma Kurumu) para a venda de todos os ativos que compõem a unidade de negócio de Portugal e Cabo Verde.

Com este negócio, a cimenteira, que é, atualmente, detida pelo grupo brasileiro Camargo Corrêa, aliena as três fábricas e as duas moagens de cimento, as 20 pedreiras e as 46 centrais de betão localizadas em Portugal e em Cabo Verde.

O OYAK, primeiro e maior fundo de pensões na Turquia, fundado em 1961, já comunicou à Autoridade da Concorrência (AdC) a compra da Cimpor Portugal (detida pela InterCement, ‘holding’ para os negócios do cimento da Camargo Corrêa), no início de dezembro.

Em sentido inverso, nem todas as apostas portuguesas correram bem em terras de Vera Cruz.

A antiga Portugal Telecom (PT) iniciou a aposta no Brasil ainda na década de 90 do século passado e, numa aliança com a espanhola Telefónica, arrancaram com a Vivo em 2003, operadora que deu destaque à empresa portuguesa.

Posteriormente, a posição que detinha na Vivo foi vendida à Telefónica e a PT apostou na Oi, o que viria a ter como resultado o fim da operadora portuguesa como até à data era conhecida. Com o desmoronamento do Banco Espírito Santo (BES), a PT, que está nas mãos da Oi, é vendida aos franceses da Altice, abandonando o ‘sonho’ de ser a maior operadora de telecomunicações em língua portuguesa.

Por razões diferentes, a aposta da Jerónimo Martins no mercado brasileiro também não correu bem. Hoje, a dona do Pingo Doce aposta na Polónia e na Colômbia, além de Portugal. Por sua vez, a Galp Energia, a EDP, o grupo Pestana e a Mota-Engil mantêm as suas apostas no mercado brasileiro.

Com presença no Brasil desde 1999, a Galp tem vários projetos nas fases de desenvolvimento e produção.

O Brasil tem sido apresentado como prioridade na estratégia de crescimento e de investimento da Galp, tendo já ultrapassado os cinco mil milhões de dólares (4,2 mil milhões de euros).

Nos últimos anos, os projetos no Brasil corresponderam aproximadamente a 80% do investimento total da unidade de negócios de exploração e produção de petróleo e gás da companhia.

A EDP, detém 51% da EDP Brasil, que tem atividade na produção e na comercialização de eletricidade, contando já com três milhões de clientes.

O grupo Pestana iniciou a sua expansão na América do Sul em 1999, com o primeiro investimento no Brasil, o Pestana Rio Atlântica.

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Com maior OPA ainda em aberto, banca domina fusões e aquisições em Portugal

A aquisição da EDP pela CTG poderá vir a ser a maior operação de sempre, mas ainda não é garantida. Este ano, houve um disparo de 209% no M&A, com a banca e o imobiliário a dominarem.

A Oferta Pública de Aquisição (OPA) da empresa estatal chinesa China Three Gorges à elétrica portuguesa EDP poderá entrar para a história como a maior operação no campo das fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) alguma vez realizada em Portugal. Esta continua, no entanto, pendente. Entre as operações que se concretizaram ao longo deste ano, foram o setor financeiro e o imobiliário (especialmente centro comerciais) que dominaram.

O mercado de fusões e aquisições português movimentou 1,4 mil milhões de euros nos primeiros 11 meses do ano, o que representa um disparo de 209% em relação a igual período de 2017, de acordo com dados da Transactional Track Record. Os dados revelam que as operações são maiores já que houve uma quebra de 7,41% no número de operações.

Ainda assim, o montante poderia ser mais de seis vezes superior, caso a OPA da China Three Gorges tivesse ficado fechada. O acionista, que detém atualmente 23,27% do capital da empresa liderada por António Mexia de forma direta (a que acrescem 4,98% através da empresa-irmã CNIC), ofereceu 9,1 mil milhões de euros pelas restantes ações da EDP.

Para se encontrar um montante que se aproxime é preciso remontar até 2010, como mostram os dados (em dólares) da plataforma internacional Delogic, enviados ao ECO. Caso a oposição dos restantes acionistas da EDP e as obrigações de vários reguladores numa série de geografias levem à queda da OPA da CTG, a Portugal Telecom (PT) poderá manter o troféu de maior operação de sempre, com a venda de 50% da Brasilcel (empresa que controlava a Vivo) à Telefonica. O negócio, que aconteceu em simultâneo com a entrada da então PT no capital da Oi, envolveu 7,5 mil milhões de euros.

Maiores operações de M&A em Portugal

Bancos e centros comerciais aquecem mercado nacional

Este ano, o segundo maior negócio também envolve (indiretamente) a antiga PT. A Altice fechou, em junho, a venda das torres de telecomunicações da Meo a um consórcio que tem um fundo de investimento de Pires de Lima e Sérgio Monteiro e o Morgan Stanley. Os ativos, considerados um investimento imobiliário de longo prazo (a Altice só está a vender as estruturas metálicas onde estão instalados os equipamentos), estavam avaliados em 700 milhões de euros, mas a operação foi realizada por 660 milhões de euros.

Ainda no campo do imobiliário — um mercado cada vez mais sedutor para os investidores — houve outras operações a entrarem no top 10 do M&A este ano, em Portugal. O centro comercial Almada Forum foi vendido pela gestora de fundos imobiliários norte-americana Blackstone, à espanhola Merlin Properties por 406,7 milhões de euros, enquanto o Dolce Vita Tejo passou das mãos dos norte-americanos da Baupost e dos britânicos do Eurofund para a AXA Investment Managers por 230 milhões de euros.

Na banca também houve várias operações que chegaram ao ranking das maiores operações de M&A de 2018, com a Caixa Geral de Depósitos a destacar-se. O banco público vai receber um valor total de 570 milhões de euros com a alienação das unidades em Espanha e África do Sul, numa decisão aprovada no mês passado pelo Governo. Pelo Banco Caixa Geral, os espanhóis do Abanca vão pagar 364 milhões de euros. Já a venda do sul-africano Mercantile Bank ao Capitec Bank vai render 201 milhões de euros.

Após a oferta pública de aquisição pela maioria do capital do BPI no início de 2017, o CaixaBank tem vindo a reforçar a posição no BPI, tendo comprado 8,425% das ações ao Allianz SE em maio por 178 milhões de euros, o que lhe permitiu esta semana conseguir o controlo total. A fechar o top 10 há ainda mais um negócio que envolve a banca: a venda da GNB Companhia de Seguros de Vida pelo Novo Banco à Bankers Insurance Holdings por 190 milhões de euros.

Top 10 das fusões e aquisições em 2018

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Bruxelas quer euro a alavancar peso político e económico da UE

  • Lusa
  • 30 Dezembro 2018

Após 20 anos do euro, é preciso reforçar o papel internacional da moeda única, de modo a melhor refletir o peso político e económico da Europa”, afirma Dombrovskis.

O vice-presidente da Comissão Europeia responsável pelo Euro, Valdis Dombrovskis, afirma a necessidade de impulsionar o papel internacional do euro como expressão do peso político e económico da União Europeia (UE). Numa breve declaração escrita enviada à agência Lusa, o comissário do Euro recordou que, embora seja um “jovem” de apenas 20 anos, o euro é “a segunda moeda mais importante no mundo, sendo fortemente respaldado pelos europeus que a usam diariamente”.

‘Nascido’ em 1 de janeiro de 1999, e materializado em 1 de janeiro de 2002, o euro nunca foi tão popular: segundo um barómetro publicado pela Comissão Europeia em novembro, 74% dos cidadãos da zona euro estimam que a moeda única beneficia a UE, enquanto 64% defendem que é positiva para a economia do seu próprio país.

“Assim, chegou o momento de reforçar o papel internacional do euro, de modo a melhor refletir o peso político e económico da Europa”, prosseguiu, reiterando uma ideia que tem defendido incansavelmente nos últimos meses e que motivou, inclusive, um ‘plano de ação’, apresentado em 05 de dezembro, para incrementar o peso da moeda única nos mercados, com a colaboração de grandes atores económicos, nomeadamente do setor da energia.

Para perspetivar o futuro da moeda usada por 340 milhões de cidadãos de 19 países – Portugal faz parte do grupo de 11 fundadores que está no euro desde o seu início -, Valdis Dombrovskis recorreu ao passado, à crise que há dez anos sacudiu o mundo e, em particular, a zona euro e a divisa europeia. “Colhemos lições importantes, fortalecemos a arquitetura da nossa União Económica e Monetária e o euro é hoje mais forte do que nunca. Todavia, o nosso trabalho não terminou. De futuro, o euro será tão estável quanto a nossa União Económica e Monetária. Eis porque precisamos de fazer o nosso trabalho de casa e reforçar a resiliência das nossas economias individuais e da área do euro como um todo”, completou.

O vice-presidente comunitário reportava-se ao aprofundamento da União Económica e Monetária, cujos primeiros passos concretos foram dados com o respaldo político dos líderes europeus, na cimeira do euro de 14 de dezembro, e às decisões do Eurogrupo, presidido por Mário Centeno, sobre a reforma do Mecanismo Europeu de Estabilidade e a União Bancária.

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Chegar à reforma com 100 mil euros extra? Esta é a receita

Investir para a reforma é uma prioridade assumida "a sério" por poucos portugueses, que tendem a preferir produtos conservadores. Saiba o que é preciso para conseguir um pé-de-meia de 100 mil euros.

Para muitos portugueses, a ideia da reforma significa fugir do stress do quotidiano, viver confortavelmente e sem preocupações financeiras. Contudo, com o aumento da idade e a penalização das reformas antecipadas, cumprir esses desejos tornou-se mais difícil.

Os portugueses estão conscientes disso, mas a maioria continua a preferir confiar no Estado a determinação do valor da reforma. Mas eles próprios podem chamar a si a missão de complementar o valor da sua reforma. 100 mil euros extra seria uma ajuda valiosa para assegurar uma reforma tranquila. Mas sabe quanto teria de poupar e como aplicar a quantia amealhada para conseguir lá chegar? Implica um esforço de poupança e uma rentabilidade à altura.

A necessidade de complementar a reforma é algo que os especialistas defendem como sendo praticamente uma obrigação. “Nós contribuímos e esperamos ter uma pensão por parte do Estado, mas essa tem vindo a decrescer. Aquilo que esperávamos há alguns anos, agora já não é o mesmo”, alerta Cristina Duarte, especialista em reforma da Mercer, durante a conferência “Hora da Reforma” organizada pelo Novo Banco.

Cristina Duarte, foi uma das oradoras da conferência “Hora da Reforma” organizada pelo Novo Banco.

Se em 2002, tendo em conta o mecanismo de determinação do valor da reforma ainda em vigor naquela ocasião, o valor conseguido era de 74% do último salário, as regras atuais apontam para um valor médio de 60% do valor do último ordenado. E para tal é necessário ter 40 anos de descontos e ter pelo menos 66 anos. Para quem queira reformar-se mais cedo tem de contar com uma penalização de 6% por ano sobre o valor da reforma. E as regras atuais impõem que, por cada ano que passe, a idade da reforma suba em um mês.

"É preciso ter consciência que, atualmente, é importante começar a olhar para fatores externos à Segurança Social, para que possamos poupar e ter uma reforma digna.”

Cristina Duarte

Mercer

A especialista da Mercer lembra assim que “é preciso ter consciência que, atualmente, é importante começar a olhar para fatores externos à Segurança Social, para que possamos poupar e ter uma reforma digna”.

Nesse âmbito, considera que as empresas têm um papel a desempenhar, através dos planos de pensões e a educação dos seus trabalhadores com vista a que também procurem assegurar a sua estabilidade financeira no após vida ativa. Mas ao trabalhador também compete tomar uma atitude.

“As poupanças complementares de cada um de nós têm uma importância extrema para colmatarmos qualquer diferença que possa existir”, diz, acrescentando que “é importante começar a pensar. E a pensar o mais cedo possível na reforma“.

E a relevância de começar a pensar cedo na reforma é facilmente percetível através dos exemplos levados à conferência por Cristina Duarte. Imagine-se um hábito de poupança mensal de 50 euros. Tratando-se de um indivíduo que o comece a fazer aos 30 anos de idade, esse hábito permite-lhe chegar aos 66 anos com uma poupança de 36 mil euros. Já tratando-se de alguém que comece a poupar a mesma quantia, mas só aos 50 anos de idade, a poupança amealhado aos 66 anos é de apenas 13 mil euros. Ou seja, cerca de um terço daquele valor.

"A idade da reforma, 60 anos é o que gostaríamos, mas o que é facto é que para nos podermos reformar nessa idade teríamos que começar a poupar o mais cedo possível.”

Mário Pires

Schroders

“A idade da reforma, 60 anos é o que gostaríamos, mas o que é facto é que para nos podermos reformar nessa idade teríamos que começar a poupar o mais cedo possível” disse Mário Pires, diretor de clientes institucionais para Ibéria da Schroders, partilhando assim da mesma opinião da especialista da Mercer. “Numa fase inicial, quando começamos a trabalhar, é claramente a melhor altura para começar a poupar“, recomenda Mário Pires.

A relevância da idade com que se começa a investir na poupança para a reforma é percetível num outro exemplo, onde é adicionada uma componente de remuneração.

Assumindo como ponto de partida alguém que pretenda construir um complemento de reforma de 100 mil euros. Caso comece a poupar com 30 anos de idade irá necessitar de colocar de parte todos os meses 100 euros e garantir que essa quantia seja aplicada a uma taxa de rentabilidade anual média de 4%, para atingir esse objetivo. Começando aos 50 anos de idade, através do investimento em produtos financeiros com a mesma taxa de retorno, já seria necessário colocar de parte 350 euros todos os meses.

Um retorno de 4% ao ano não é, contudo, uma meta muita fácil de alcançar. Assumindo os mesmos 100 mil euros de objetivo final, mas através de uma majoração de 2% no valor da poupança anual, já bastaria que o investimento fosse feito em produtos financeiros que oferecem uma remuneração de 2,5%.

Ainda assim face ao perfil de investimento típico dos portugueses, atingir quer seja uma remuneração de 4% quer de 2,5% não é uma missão propriamente fácil.

Tal como revela um estudo levado a cabo pela Schroders junto de investidores de todo o mundo, chegada a hora de escolher como aplicar a poupança, no caso dos portugueses os depósitos continuam a ser os investimentos financeiros preferidos.

Entre os inquiridos nacionais, 45% elegeram os depósitos como a sua aplicação preferida. Em segundo lugar, e ainda bastante distante dessa proporção, aparecem os seguros e fundos de pensões (22%). Seguem-se-lhe as ações e outras participações (19%), enquanto os fundos de investimento reúnem apenas 3% das preferências.

“Mostra a natureza conservadora dos investidores portugueses. Não estamos preparados para investir, sobretudo se esse investimento se pode traduzir numa perda“, diz Mário Pires.

Um conservadorismo que, contrariamente ao que já aconteceu, rende atualmente muito pouco. Devido ao contexto de juros historicamente baixos, mesmo negativos, os bancos remuneram os novos depósitos a prazo a uma taxa de juro média de 0,15% ao ano. Descontando a inflação, em termos práticos significa uma perda de dinheiro.

Distribuição das poupanças por produtos financeiros

Schroders

O conservadorismo dos investidores portugueses não fica por aí. Atendendo às conclusões do estudo da Schroders, os investimentos financeiros por si só representam uma fatia de apenas 16% das poupanças das famílias. O grosso das suas poupanças acaba por ter como destino o imobiliário, cabendo a essa classe de ativos 76% do valor global.

Independentemente da quantia a aplicar, da rentabilidade pretendida, Pedro Arbués, responsável de produto e de marketing da GNB Gestão de Ativos, lembra que antes de escolher como investir, é determinante saber-se que tipo de investidor se é. “Independentemente de olhar para o futuro, é bom que aquilo que é o meu investimento reflita aquele que é o meu perfil como investidor. Arriscar por arriscar não tem sentido“, recomenda este responsável.

Mário Pires, da Schroders, e Pedro Arbués, da GNB Gestão de Ativos, fizeram parte do painel de oradores da Conferência “Hora da Reforma”

E nesse campo, o especialista da GNB Gestão de Ativos recomenda ainda a “alinhar o perfil de risco à carteira e ao horizonte de vida, tendo sempre em consideração a diversificação. Mas chama a atenção que “diversificar não significa ser colecionador“.

Prós e contras das principais classes de ativos

Imobiliário

Segurança da valorização do capital, resultante da subida do valor do imóvel;

Rendimentos periódicos provenientes do arrendamento.

Custo de entrada elevado;

Investimento com pouca liquidez;

Fim do efeito como ativo de refúgio devido ao atual nível de preços praticados.

Depósitos

Segurança dos valores aplicados até 100 mil euros por depositante ao abrigo do Fundo de Garantia de Depósitos;

Remuneração assegurada através do pagamento de um juro;

Nem sempre é assim, mas tradicionalmente o resgate das quantias depositadas é relativamente simples, apesar de poder implicar a perda de juros não vencidos.

Baixa remuneração oferecida: Na maioria das situações oscila entre 0% e 0,25%;

Perda do valor do dinheiro aplicado, resultante do efeito corrosivo da inflação que é superior à remuneração oferecida em quase todos os produtos.

Ações e obrigações

Ações: valorização do capital e rendimentos periódicos quando há lugar ao pagamento de dividendos;

Obrigações: Devolução do capital no vencimento e rendimentos periódicos assegurados pelo pagamento de um cupão.

Excesso de exposição a títulos individuais;

Imobilização das aplicações e custos de transação elevados;

Risco de incumprimento ou de redução de dividendos.

Fundos de investimento

Exposição diversificada a diferentes tipos de ativos, regiões geográficas e setoriais;

Custo de acesso baixo já que muitas vezes bastam 10 euros ou 100 euros para poder investir;

Gestão da carteira de ativos é assegurada por um gestor profissional.

Custos com comissões que lhes estão associados;

Há fundos de investimento com capital garantido, mas noutros não existe essa garantia.

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20 anos depois, o que significou o euro?

  • Lusa
  • 30 Dezembro 2018

O euro vai fazer 20 anos e, para Portugal, a moeda única foi uma vantagem. Não só trouxe mais exigência nas contas públicas como permitiu o acesso do país a financiamento com baixas taxas de juro.

O que significaram os 20 anos do euro para a economia portuguesa? Os economistas ouvidos pela agência Lusa consideram que a moeda única evitou um “desastre maior” nas contas públicas portuguesas e reduziu os custos de financiamento dos países da moeda única, sendo o balanço claramente positivo.

“Acho que o euro foi um sucesso. O meu balanço é francamente positivo”, considera Ricardo Ferreira Reis, professor da Católica Lisbon School of Business & Economics, sobre os 20 anos de euro que se assinalam no próximo dia 1 de janeiro.

Para Ricardo Ferreira Reis, o balanço é triplamente positivo. Em primeiro lugar, numa dimensão global, “a existência do euro permite uma afirmação da economia europeia face ao crescimento de blocos, como o chinês, que ainda não tem uma divisa forte no contexto internacional”, afirmou.

Em segundo lugar, disse, “a introdução de uma divisa europeia que cada vez mais se afirma no espaço dos mercados financeiros globais é muito importante para a dimensão europeia, fortaleceu imenso aquilo que é a aventura da União Europeia (UE)”. Para o professor da Católica, a moeda única “é um patamar de integração bastante ambicioso porque, de facto, tirou muito do que era a liberdade de política monetária aos vários países”, criando “uma exigência de integração muito grande”.

E a terceira dimensão é a nacional. “Também aqui daria uma nota positiva, temos cumprido o que são as obrigações da moeda única. Mas aqui a nota não é tão lisonjeira porque isto é uma espécie de puxão de orelhas contínuo de disciplina imposta aos governos portugueses, que acho que não existiria se estivéssemos fora do euro”, declarou o professor.

Também para Rui Bernardes Serra, economista-chefe do Montepio, “o balanço é positivo” e “a principal conquista foi a estabilidade de preços e a pertença a uma região com uma moeda forte e única, gozando de taxas de juro bem mais baixas do que as observadas antes de se iniciar o ajustamento”.

Rui Bernardes Serra considera que “fazer parte do euro permitiu, ainda, reduzir os custos de transação e de incerteza relacionados com a volatilidade do mercado cambial”, tornando mais fácil a comparação de preços e permitindo uma maior concorrência entre o espaço europeu que aderiu ao euro.

Se já é assim com o euro, imagine o que seria com o escudo. Esta incapacidade que temos de contenção das contas públicas seria ainda mais complicada com uma moeda própria. Em Portugal, teria sido um desastre maior do que por momentos foram estes 20 anos de finanças públicas.

Ricardo Ferreira Reis, professor da Católica Lisbon School of Business & Economics

Já para António Afonso, professor do ISEG, uma das grandes vantagens da existência da moeda única tem sido “a redução dos custos de financiamento que os países membros têm obtido”, e “não só os países membros como também os próprios cidadãos, porque as taxas de juro convergiram de forma bastante significativa, desde o início da moeda única”.

O professor do ISEG aponta também outra mais-valia: “o aumento da sincronização do ciclo económico”, ou seja, “algum alinhamento da forma como os países se posicionaram no crescimento económico, em termos de recessões”, o que, de alguma forma, ajuda na condução da política económica.

Questionado sobre eventuais impactos da não adesão de Portugal ao euro, Ricardo Ferreira Reis alerta que o país teria tido desvalorizações contínuas do escudo, teria sido competitivo em termos monetários porque a moeda seria mais fraca do que o resto das moedas europeias e teria empregos de baixos salários no contexto europeu. “Se já é assim com o euro, imagine o que seria com o escudo”, alerta, acrescentando que, sem o euro, haveria “contas públicas perfeitamente desregradas”, o que se aplicaria a todos os países do sul da Europa.

“Esta incapacidade que temos de contenção das contas públicas seria ainda mais complicada com uma moeda própria”, frisa o professor da Católica, acrescentando que, “em Portugal, teria sido um desastre maior do que por momentos foram estes 20 anos de finanças públicas”.

Mas também a própria Grécia, “apesar de todo o sofrimento”, beneficiou muito do euro e “seria ainda muito pior se estivesse estado fora”, aplicando-se o mesmo a Itália e Espanha. “Estou convencido de que movimentos independentistas teriam sido muito mais fortes se não fosse o euro”, afirma Ricardo Ferreira Reis.

Outra vantagem do euro, para António Afonso, foi a redução dos custos de financiamento da economia. O professor do ISEG considera que se Portugal não tivesse tido a moeda única “dificilmente conseguiria acompanhar os países da área do euro em termos de crescimento, produtividade e em termos de redução dos custos”.

Do lado das desvantagens, para Rui Bernardes Serra, a principal “foi a incapacidade de Portugal, no início da União Económica e Monetária (UEM), saber viver numa moeda única em que os crescimentos nos preços e salários desfasados de ganhos de produtividade conduziram a perdas de competitividade, gerando desequilíbrios, que culminaram na entrada da ‘troika’ em Portugal, com todos os custos que o programa de ajustamento teve na economia, no emprego e, em última análise, no bem-estar das famílias portuguesas”.

Para António Afonso, “do outro lado da medalha” houve “alguns desvios”, ou seja, alguns países – Espanha, Grécia, Itália e Portugal – nos quais “o nível de crescimento em termos de convergência com a média da UE não foi tão grande como o inicialmente esperado”, o que acarreta, “além de problemas económicos, alguns problemas sociais”. [Mas] Apesar dos desvios, Rui Bernardes Serra admite que “o euro atingiu a maioridade e a sua arquitetura está hoje bem mais completa do que aquando do seu nascimento”.

“O Banco Central Europeu [BCE] é hoje uma entidade muito respeitada, que age com independência e que conseguiu interpretar os tratados de uma forma ampla. No contexto do seu mandato, lançou programas de compra de ativos com criação monetária, que numa análise mais estrita, poderiam violar os tratados europeus por constituírem financiamentos, ainda que indiretos, dos défices públicos. Foram tomados passos no sentido da União Bancária”, frisa.

Para o economista-chefe do Montepio “falta, todavia, ainda um importante pilar: a integração orçamental”, que incluísse um mecanismo de subsídios de desemprego a nível comunitário, “que é um importantíssimo estabilizador automático entre regiões num Estado federal”.

Ricardo Ferreira Reis considera, por seu turno, que o ‘Brexit’ é, precisamente, sintoma de “uma crise de crescimento importante para que depois o sucesso do projeto de integração seja grande”. “Esta coisa de andarmos com o euro no bolso, de andarmos com a UE no bolso é importantíssima na dimensão da integração europeia”, conclui.

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Governo italiano garante apoio da Câmara dos Deputados ao orçamento para 2019

  • ECO
  • 29 Dezembro 2018

O governo italiano já garantiu o apoio da Câmara dos Deputados para o Orçamento do Estado para 2019, depois de renegociado com a Comissão Europeia.

O governo de Itália obteve este sábado o apoio da maioria da Câmara dos Deputados ao Orçamento do Estado para 2019, cuja aprovação definitiva está prevista para domingo. A coligação governamental italiana, que integra a Liga (extrema-direita) e o Movimento 5 estrelas (M5S, antissistema) submeteu a proposta a um voto de confiança, um método ao qual se recorre com frequência em Itália quando se quer acelerar a tramitação de uma lei, já que desse modo se evitam a discussão parlamentar com votações de emendas.

O governo superou a moção com 327 votos a favor e 228 contra, estes da oposição do Partido Democrata (PD, centro-esquerda), a conservadora Forza Italia (FI), o partido de a esquerda Livres e Iguais e parte do Grupo Misto. A Câmara dos Deputados deverá proceder a aprovação final e formal das contas na manhã deste domingo. O Senado italiano tinha já aprovado o Orçamento do Estado para 2019, negociado com a União Europeia.

O Orçamento para 2019 já conta com o aval da Comissão Europeia, depois de o Governo italiano ter cedido nas suas pretensões e proposto a redução do seu défice público de 2,4% para 2,04% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019.

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“O sr. Ministro tem jeito para a brincadeira”, diz Rio sobre Centeno

  • ECO
  • 29 Dezembro 2018

Rui Rio comenta, com ironia, a participação de Mário Centeno no Governo-Sombra: Tem jeito para a "brincadeira". E tem "de lá ir mais vezes".

Mário Centeno foi o convidado do último Governo-sombra de 2018 na TVI24 e, entre outros temas, afirmou que a economia não estava a arrancar em 2015 e que havia ainda dúvidas no início de 2016 sobre a recuperação económica. Quase 24 horas depois, Rui Rio respondeu no twitter a Centeno. “O sr. Ministro tem jeito para a brincadeira. Tem de ir lá mais vezes”.

O que disse, afinal, Centeno? Num registo descontraído, afirmou: “Em 2015, a economia estava com dúvidas, a economia não estava a arrancar. Eu acho que nós não temos a perceção perfeita disso. Por isso é que o conceito do diabo apareceu na primavera de 2016 (…) Porque a economia portuguesa não estava, de facto, a crescer em março de 2016, e não era por causa do Governo que tinha tomado posse há cinco meses”. A conta oficial de Rui Rio no Twitter – aberta já em dezembro de 2018 – tem sido o espaço privilegiado do presidente do PSD para comentar a atualidade política. E foi aqui que analisou a participação pública do ministro no programa conduzido por Carlos Vaz Marques e que tem também no painel João Miguel Tavares, Pedro Mexia e Ricardo Araújo Pereira.

Centeno “foi lá dizer que a economia só começou a subir quando ele chegou ao Governo Sol. O Sr. Ministro tem jeito para a brincadeira. Tem de ir lá mais vezes”, escreveu o líder do PSD. Na verdade, como o ECO escreveu na Prova dos 9, a economia já estava a arrancar em 2014 e acelerou em 2015… Cresceu 1,6%, mas uma análise trimestral mostra que, à entrada no últimos três meses, a economia abrandou. Foram as eleições, a formação do Governo por um partido que as tinha perdido, a criação da geringonça e o embate com a Comissão Europeia no primeiro trimestre. No último semestre de 2016, a economia voltou a acelerar em termos trimestrais e, soube-se já em 2018, os números de 2016 acabaram por superar os de 2015. A economia cresceu 1,9%.

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