Meo e Nos têm acesso a dados de clientes da EDP

  • ECO
  • 16 Setembro 2017

Meo e Nos estarão a contactar clientes da EDP sem serviço de comunicações para captarem novos subscritores. CNPD conhece casos e aponta o dedo a outras empresas contratadas por estas operadoras.

As operadoras Nos e Meo estarão a usar dados de clientes da EDP para efeitos de angariação de novos subscritores, revela uma investigação do Expresso [acesso pago] publicada na edição deste sábado. Segundo o semanário, várias pessoas são contactadas por estas operadoras a sugerir a subscrição de serviços de comunicações ou televisão após firmarem um contrato com a EDP Comercial.

O jornal relata situações em que clientes sem subscrição de pacotes de telecomunicações, pouco tempo depois de assinarem ou renovarem contratos com a energética nacional, são contactados pelas operadoras que lhes propõem os seus serviços. Num dos casos detalhado pelo jornal, que envolveu um telefonema da Nos após renovado um contrato com a EDP, o interlocutor assumiu trabalhar para a Nos através da empresa de trabalho temporário Randstad.

O semanário relata ainda outro caso em que um novo cliente da EDP passou a ser contactado pela Meo e pela Nos, mesmo tendo indicado no contrato a recusa em cedência de dados pessoais a terceiros. A justificação dada ao cliente por ambas as operadoras para a posse do número de telefone terá sido a mesma: o contacto foi gerado pelo computador, embora não seja claro como é que a operadora faz essa seleção só de pessoas que ainda não são suas clientes.

Fonte da Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) confirmou ao jornal ter conhecimento deste tipo de ocorrências, mas sublinhou que a alegada partilha de dados parece estar a ocorrer ao nível das empresas externas às quais estas companhias recorrem. Certo é que ninguém assume as culpas. A Randstad atira a bola para as empresas que a contratam, alegando serem elas a fornecer “todos os contactos”.

a Nos garantiu ao jornal não ter “qualquer acordo de partilha de dados de clientes com o grupo EDP, mas admitiu já ter recebido reclamações por contactos não solicitados para efeitos de angariação de subscritores. A Meo disse também desconhecer que “algum dos seus parceiros comerciais” possa ter algum acordo com a EDP de partilha de dados pessoais.

Fonte da EDP também disse ao Expresso que tem como prioridade a “salvaguarda dos dados” dos clientes e que acessos ilegais a estas informações são reportados às autoridades. Segundo o jornal, a CNPD sabe que a elétrica levou a cabo uma investigação interna relacionada com este tipo de casos, e que foram apresentadas queixas às autoridades.

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EDP contesta intenção do Governo de travar produção eólica adicional a preço garantido

  • Lusa
  • 13 Setembro 2017

A EDP contestou formalmente a intenção do Governo limitar a autorização dada às centrais eólicas para produzir mais energia a um preço de venda garantido. Foi a única.

A EDP reclamou ao Governo da intenção de limitar a autorização dada às centrais eólicas para produzir mais energia a um preço de venda garantido, que passará a ter que ser avaliada pelo regulador do setor.

Em causa está o despacho 7087/2017, publicado em 14 de agosto, que determina que nos procedimentos para autorização do sobreequipamento de centros eletroprodutores [eólicos], isto é, para aumento de produção, a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) tem de consultar a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) sobre os impactos para a tarifa da autorização relativa ao sobreequipamento em causa, sendo que “só deve ser autorizada desde que não tenha efeitos negativos para o Sistema Elétrico Nacional”.

Fonte oficial da secretaria de Estado da Energia confirmou à agência Lusa a entrada da reclamação do grupo liderado por António Mexia no gabinete do secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, ao despacho publicado em meados de agosto, sem adiantar os fundamentos da reclamação administrativa da EDP, que foi a única produtora eólica a manifestar-se formalmente contra a intenção do Governo.

Contactada pela Lusa, a EDP não quis comentar a reclamação apresentada.

Segundo o Observador, o sobrecusto – que se reflete nas tarifas – resultante destas autorizações de potência adicional terá rondado os 50 milhões de euros no ano passado. Em 2016, entraram mais 62.969 kW (kilowatt), o triplo da quantidade adicional autorizada em 2015, noticiou o jornal em 14 de agosto.

No referido despacho, o Governo solicita ainda à DGEG a apresentação de uma proposta, no prazo de 60 dias, de revisão da legislação em vigor, que permite agora que, através de um procedimento administrativo, a energia adicional produzida nas centrais eólicas seja injetada na rede elétrica e remunerada em regime especial, com uma tarifa fixa de 60 euros Megawatt/hora (MWh), acima do preço do mercado, sendo esse diferencial pago pelo consumidor.

No despacho de 14 de agosto, o Governo reforça a prioridade de “redução do preço da eletricidade, do défice tarifário, e dos encargos com os sobrecustos futuros”.

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Gas Natural já abordou António Costa sobre fusão com EDP

A Gas Natural quer reforçar a sua presença europeia e está a olhar para a EDP. A companhia espanhola já abordou os acionistas chineses, mas também esteve em Lisboa para falar com António Costa.

A Gas Natural está à procura de um parceiro para criar um gigante ibérico. Uma das alternativas é a elétrica portuguesa EDP. Isidro Fainé, presidente da empresa espanhola, contactou o maior acionista da EDP, a China Three Gorges, numa viagem à China, numa tentativa de perceber que opções tem em cima da mesa, revelou esta quarta-feira o Expansión. Mas não só. O ECO sabe que Fainé esteve em Lisboa, há algumas semanas, para um encontro com António Costa. O objetivo foi convencer o governo português das virtudes de uma fusão entre as duas companhias.

A EDP é a mais forte oportunidade para o crescimento da Gas Natural e, por isso, Isidro Fainé — há um ano como presidente da empresa — está há meses a avaliar esta oportunidade. Em julho, foi avançada a possibilidade de uma fusão entre as duas empresas, mas ambas as empresas negaram os rumores. À data, o ECO confirmou os contactos. Também agora, contactada, a Gas Natural Fenosa rejeita a existência de contactos tendo em vista uma fusão. E a EDP também não fez comentários.

Mais recentemente, o líder da empresa espanhola, que é controlada pelo grupo La Caixa (dono do BPI), esteve, então, em Lisboa e trouxe uma proposta para responder aos previsíveis obstáculos políticos de uma fusão que seria, na prática, uma absorção da EDP. Segundo apurou o ECO, com a intervenção direta de Artur Santos Silva, Fainé encontrou-se com o primeiro-ministro e propôs que, após a fusão, a sede da EDP Renováveis, agora em Madrid, passasse para Lisboa, enquanto a sede da nova empresa fusionada assentaria arraiais em Barcelona, e com um presidente executivo português no primeiro mandato. António Mexia é, claro, o nome que está em cima da mesa. E, segundo o ECO apurou, o gestor vê esta operação com bons olhos.

Oficialmente, não há comentários. António Costa não terá assumido qualquer posição em relação ao negócio, até porque a EDP é hoje privada e tem pelo menos dois acionistas de relevo: os chineses da China Three Gorges e o fundo americano Capital Group.

Esta quarta-feira, o jornal Expansión (conteúdo em espanhol) avançou que Isidro Fainé já teve reuniões com os chineses, um acionista que será mais difícil de convencer do que o americano. A CTG entrou na EDP para fazer, a partir de Portugal, o centro de uma empresa internacional, particularmente na área das renováveis.

O ECO sabe também que os máximos responsáveis da CTG estiveram em Lisboa há duas semanas, para encontros com o primeiro-ministro e também com o Presidente da República. A questão do negócio com a Gas Natural dominou os encontros, mas também a renegociação dos chamados CMEC, as rendas consideradas excessivas que garantem os preços da EDP.

O que resultaria de uma fusão (leia-se absorção) das duas companhias? A empresa que resultar da fusão entre EDP e Gas Natural pode fixar uma avaliação de mercado de cerca de 31 mil milhões de euros, saltando diretamente para o quarto posto entre as maiores utilities do Velho Continente, de acordo com a soma das atuais capitalizações das duas empresas. Ficaria à frente da francesa EDF, cujo valor de mercado está nos 27,6 mil milhões de euros.

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Um mês depois do fim da OPA, EDP asfixiou EDP Renováveis em bolsa. E agora?

Foi há um mês que António Mexia viu fracassada a intenção de, dez anos depois de a colocar em bolsa, retirar a empresa de energias renováveis do mercado. Um mês depois, a EDP Renováveis ainda respira.

Passou um mês desde o fim da Oferta Pública de Aquisição (OPA) da EDP à EDP Renováveis. Apesar de ter conseguido comprar apenas 5% da subsidiária, a empresa liderada por António Mexia nunca admitiu o fracasso da operação. Um resultado que ficou aquém sobretudo pela resistência dos acionistas minoritários em aceitar o que consideraram ser um preço baixo. Estes acionistas acabaram por correr um risco, com a liquidez a cair ainda mais. Mas foi um risco que pode ter compensado, pelo menos para alguns pequenos investidores: podem agora vender os títulos (se conseguirem superar o risco da liquidez) e ganhar mais dinheiro. As ações estão acima do preço da OPA.

Foi no início de agosto que a EDP ficou com 82,56% da EDP Renováveis após a OPA. No total, a EDP conseguiu comprar 43,9 milhões de ações da EDP Renováveis, o equivalente a apenas 5,03% dos cerca de 22,5% de capital que ainda não detinha na cotada presidida por Manso Neto. Embora imprevisível, o resultado da OPA acabou por confirmar a resistência dos acionistas minoritários face àquilo que consideram ser um baixo preço oferecido pela EDP, de 6,75 euros. Esta foi inclusivamente a principal crítica lançada pelos pequenos investidores e até por acionistas institucionais da EDP Renováveis, como o fundo americano MFS e o fundo britânico Ecofin.

Ações da EDP Renováveis valem agora 6,89 euros

“Parece evidente que o pequeno acionista da EDP Renováveis, que mesmo neste contexto de falta de liquidez conseguiria transacionar um pequeno bloco de ações sem pressionar o mercado, ficou numa melhor situação do que aquela que teria caso tivesse aceite a oferta da EDP. Logo poderemos presumir a falta de justeza da contrapartida oferecida“, afirma Octávio Viana, presidente da Associação de Investidores e Analistas Técnicos do Mercado de Capitais (ATM), ao ECO.

Parece evidente que o pequeno acionista da EDP Renováveis, que mesmo neste contexto de falta de liquidez conseguiria transacionar um pequeno bloco de acções sem pressionar o mercado, ficou numa melhor situação do que aquela que teria caso tivesse aceite a oferta da EDP. Logo poderemos presumir a falta de justeza da contrapartida oferecida.

Octávio Viana

Presidente da Associação de Investidores e Analistas Técnicos do Mercado de Capitais

Esta resistência fez com que a EDP ficasse aquém dos 90% mínimos exigidos para conseguir avançar com uma OPA potestativa, através da qual iria proceder à retirada de bolsa da empresa de energias renováveis, mas nem assim admitiu a derrota. Em vez disso, a empresa liderada por António Mexia disse ser um passo em frente na estratégia que pretende levar a cabo. “Acreditamos que é um bom negócio para os acionistas das duas empresas. Faz sentido para os acionistas de ambas as empresas”, disse Mexia.

Como não conseguiu tirar a empresa de energias limpas de bolsa, a liquidez ficou ainda mais baixa. Neste primeiro mês após a OPA, o volume médio diário negociado na bolsa de Lisboa está mais de 50% abaixo da média deste ano e dos últimos 12 meses. Mas este risco não surpreende os pequenos investidores. “Era um risco conhecido. De qualquer forma, será provavelmente necessário esperar mais algum tempo, de modo a excluir o efeito de redução dos volumes transacionados geralmente observado no mês de agosto”, afirma Albino Oliveira, da Patris Investimentos, ao ECO.

Por outro lado, Octávio Viana nota que um mercado com baixa liquidez, “mais que um risco, traduz-se num maior custo de transação, nomeadamente ao nível do spread entre a compra e a venda, o impacto que a transação terá no preço (um mercado liquido tem pouca capacidade de absorver o choque da transação sem grande impacto) e o custo de oportunidade associado a ter de esperar por momentos de maior liquidez por forma a reduzir os custos descritos anteriormente. Ou seja, na ótica de um investidor numa empresa cotada, o prémio que irá reclamar para ter esse ativo será sempre maior quanto menor for o free float/liquidez”. Neste momento, o free float é de apenas 14%.

Free float é de apenas 14%

Outra OPA a caminho?

Com o fim da OPA, a menor liquidez no mercado tornará a EDP Renováveis menos atrativa para os investidores, tanto os pequenos como os grandes, o que poderá repercutir-se negativamente na cotação. Só não terá um impacto superior tendo em conta que continuará a pairar sobre a cotada o interesse da EDP, que poderá retirá-la de bolsa. Albino Oliveira nota que “um free float reduzido e baixos volumes de negociação podem contribuir para reduzir o interesse dos investidores. De qualquer forma, a EDP Renováveis continua a ser uma forma de ganhar exposição ao tema das energias renováveis”.

Mas pode não ser assim tão fácil para a EDP voltar a atacar a subsidiária. O presidente da ATM relembra que um “lançamento consecutivo de ofertas pelo mesmo oferente levaria uma distorção das regras e a uma disfunção do mercado” e que o regulador não permite, por isso, que isto aconteça. “Não obstante, é possível que a EDP procure atingir o desiderato que pretendia com a OPA (perda de qualidade aberta da EDPR e a possibilidade de utilizar uma avaliação da sua participação mark-to-model) através de outras manobras societárias”, diz Octávio Viana.

Em todo o caso, diz, “todas estas manobras deverão implicar o pagamento de uma contrapartida para quem não as queira acompanhar e, nesse caso, a EDPR deverá refletir sobre a razão do enorme insucesso que foi a OPA“.

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Falhanço na OPA não é surpresa. EDP vai abater dívida

A EDP não conseguiu seduzir os investidores na OPA à EDP Renováveis. Comprou apenas 5%, um resultado que não surpreende os analistas. Gasta menos, tem mais dinheiro para abater à dívida.

A Energias de Portugal (EDP) conseguiu muito poucas ações da EDP Renováveis. A Oferta Pública de Aquisição (OPA) a um valor de 6,75 euros por ação teve pouca aceitação — os investidores consideraram o valor baixo —, um fracasso que os analistas dizem já ser esperado. Em vez de 1,3 mil milhões, gasta apenas 300 milhões. O resto? Vai para abater a dívida.

A EDP ficou com 82,56% da EDP Renováveis após a OPA. No total, a EDP conseguiu comprar 43,9 milhões de ações da EDP Renováveis, o equivalente a apenas 5,03% dos cerca de 22,5% de capital que ainda não detinha na cotada presidida por Manso Neto, segundo os resultados da OPA divulgados pela Euronext Lisboa.

Caso a EDP tivesse conseguido adquirir a totalidade do capital dos minoritários da EDP Renováveis, o investimento total seria de cerca de 1,3 mil milhões de euros. Na medida em que apenas conseguiu adquirir 5% da EDP Renováveis no âmbito da oferta a EDP irá desembolsar 296 milhões de euros sendo o restante valor utilizado para acelerar a redução do endividamento da EDP.

Caixa BI

“Não é surpresa que a EDP não tenha alcançado os 90% necessários para retirar a Renováveis da bolsa”, refere o Haitong. A EDP colocou a EDP Renováveis em bolsa a 8,00 euros por ação, tendo oferecido 6,75 euros nesta OPA (valor já deduzido do dividendo pago entretanto), valor que foi alvo de críticas por parte dos investidores. A Massachusetts Financial Services (MFS), acionista norte-americano da EDP Renováveis, declarava que não aceitava o preço oferecido pela EDP, pedindo uma revisão em alta.

“Esperamos uma reação de curto prazo negativa, com o final da OPA, mas o interesse da EDP em retirar a Renováveis da bolsa deverá suportar as ações a longo prazo”, comentam os analistas do Haitong. A EDP Renováveis está, contudo, a valorizar no rescaldo do resultado da OPA, somando 0,15% para 6,807 euros, um valor acima dos 6,75 euros oferecidos.

EDP Renováveis sobe. Continua acima da OPA

A EDP não consegue a totalidade da EDP Renováveis, que assim se mantém em bolsa e no PSI-20. A empresa liderada por António Mexia não admite o fracasso, referindo apenas que “é um passo adicional para reforçar a cooperação e integração das operações na atividade de produção de energia elétrica através de fontes de energia renovável“. E o Caixa BI vê o resultado como um abrir de porta para reduzir mais a dívida.

“Caso a EDP tivesse conseguido adquirir a totalidade do capital dos minoritários da EDP Renováveis, o investimento total seria de cerca de 1,3 mil milhões de euros”, diz o banco de investimento da CGD. “Na medida em que apenas conseguiu adquirir 5% da EDP Renováveis no âmbito da oferta a EDP irá desembolsar 296 milhões de euros sendo o restante valor utilizado para acelerar a redução do endividamento da EDP“, remata.

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CMEC: Juiz diz que não há provas de envolvimento de Manuel Pinho

  • ECO
  • 29 Julho 2017

O ex-ministro da Economia, Manuel Pinho, foi constituído arguido no processo sobre as rendas excessivas da EDP. Mas o juiz de instrução criminal diz que não há provas do seu envolvimento.

Não existem índicos de crime de corrupção de Manuel Pinho. Quem o garante é o juiz de instrução, Ivo Rosa, numa nota onde recusa que se façam buscas à casa do ex-ministro da Economia do Governo de José Sócrates. “Não se vislumbra a existência de indícios, ainda que mínimos, da prática do alegado crime de corrupção por parte do suspeito Manuel Pinho”, lê-se no documento que o Expresso (acesso pago) divulga este sábado.

Inicialmente, depois da divulgação da investigação do Ministério Público, Pinho desvalorizou a investigação, referindo que era um “absoluto disparate” a suspeita de corrupção. Dias mais tarde surge a notícia de que teria sido ouvido como arguido pela Polícia Judiciária. Depois viria a ser confirmado que Manuel Pinho é arguido no caso, ainda que o seu advogado alegue que não lhe foram feitas questões nem acusações na sua audição.

No âmbito do processo, o Ministério Público queria fazer buscas à casa de Pinho, mas o juiz Ivo Rosa impediu: “Nada resulta que a pessoa em causa, enquanto ministro da Economia, atuou, no exercício das suas funções públicas, com a intenção de dar proteção aos interesses e pretensões da EDP e dos arguidos António Mexia e João Manso Neto, solicitando ou aceitando destes vantagens patrimoniais ou não patrimoniais, diretas ou indiretas”, justificou.

O juiz de instrução criminal, segundo o semanário, admite apenas que Pinho teve uma intervenção no processo, em 2007, na fixação da taxa de juro (7,55%) para a remuneração de uma parcela dos polémicos contratos com a EDP, os Custos para a Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC). Ainda assim, para Ivo Rosa “nada indicia a existência daquilo a que podemos chamar o mercadejar com o cargo de ministro”.

Na nota em que recusa as buscas, o magistrado faz também notar que a ligação entre Pinho ter dado aulas na Universidade de Columbia e o patrocínio da EDP a essa instituição norte-americana “é manifestamente insuficiente para concluir que isso consistia numa vantagem indireta em troca de pretensões da EDP”.

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Ganhos ligeiros em Lisboa com resultados do BCP e EDP à vista

Prossegue a temporada de resultados no PSI-20. Hoje é a vez do BCP e da EDP prestarem contas ao mercado. Ambas as cotadas valorizam num arranque de sessão tímido em Lisboa.

Numa semana que está a ser marcada por menor liquidez na bolsa, que tenderá a reduzir ainda mais com a entrada de mais investidores de férias, a bolsa continua a evidenciar oscilações tímidas. Se as perdas não são profundas, os ganhos que Lisboa tem registado também não revelam grande euforia dos investidores. É o que acontece hoje com o PSI-20 a avançar ligeiros 0,1% em linha com a Europa.

O principal índice português avança para os 5.275,10 pontos num arranque de sessão sobretudo alimentado pelos pesos pesados BCP, EDP e EDP Renováveis. No caso do banco e da elétrica liderada por António Mexia o dia é marcado pela apresentação de resultados. As ações ganham para já 0,56% e 0,13%, respetivamente. Para a EDP Renováveis, cujos títulos valorizam 0,15% para 6,79 euros, importa mais a oferta pública de aquisição lançada pela casa-mãe com o preço de 6,75 euros. Esta quinta-feira termina o prazo para a EDP rever o preço da contrapartida, embora já tenha anunciado que não pretende fazê-lo.

“Hoje será um dos dias mais intensos da época de resultados em Portugal”, comentavam os analistas do BPI no seu Diário de Bolsa.

Ainda antes da abertura, a papeleira Navigator apresentou um lucro de 60,5 milhões de euros no trimestre, acima do esperado pelos analistas. As ações da papeleira avançam 1,17% para 3,72 euros. Além disso, para esta quinta-feira está ainda previsto que Altri e REN divulguem os seus resultados trimestrais com perspetivas de resultado líquido de 24 milhões de euros (+26% face ao mesmo período do ano passado) e 39 milhões (+12%).

Ontem foi a Jerónimo Martins a anunciar um lucro de 96 milhões no trimestre. Os analistas do BPI falam em “desvio do lucro face às estimativas” que é explicado por “alguns custos não recorrentes”. As ações da dona do Pingo Doce cedem 1,35% e travam maiores ambições do PSI-20.

Lá por fora, com o contexto da decisão da Reserva Federal norte-americana de manter as taxas de juro e da temporada de earnings season, as atenções vão estar viradas para o euro. A moeda única tem estado em valorização acentuada tendo superado a barreira dos 1,17 dólares esta semana.

Nos mercados acionistas, o Dax-30 alemão cede 0,28%. Mas há ganhos (também ligeiros) em Madrid, Paris, Milão e Londres, onde as bolsas se apresentavam com valorizações que não excediam os 0,5%.

(Notícia atualizada às 8h24)

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CMEC: Acionista da EDP apresenta queixa-crime contra autores de denúncias anónimas

  • Lusa
  • 16 Julho 2017

António Moutinho Cardoso, acionista da EDP, apresentou uma participação criminal contra autores de queixas anónimas sobre a EDP. Queixas que determinaram a investigação às rendas na energia.

O empresário António Moutinho Cardoso, acionista da EDP, apresentou uma participação criminal por denúncia caluniosa, sob a forma continuada, contra autores de queixas anónimas sobre a EDP, que determinaram a investigação às rendas na energia que conta nove arguidos.

De acordo com a participação criminal, a que a Lusa teve acesso, e que o Procurador da República já juntou ao processo principal, “os factos denunciados [por anónimos que assinam como ex-colaboradores da EDP e da REN] são ofensivos e caluniosos, pois a EDP não move influências nem delineia estratégias desonestas e ilegais, o que os anónimos denunciantes bem sabem”.

“Ao propalar tais factos inverídicos, o (s) desconhecido (s) aqui participado (s) representou (aram) e quis (eram) ofender a credibilidade, o prestígio e a confiança que é devida à EDP“, defende, referindo que a intenção era “denegrir o bom nome da instituição [EDP]”.

"Ao propalar tais factos inverídicos, o (s) desconhecido (s) aqui participado (s) representou (aram) e quis (eram) ofender a credibilidade, o prestígio e a confiança que é devida à EDP.”

António Moutinho Cardoso, acionista da EDP

A participação criminal do empresário do Porto, titular de mais de três milhões de ações da EDP, uma participação que vale à cotação em bolsa perto de nove milhões de euros, refere que, “se os denunciantes anónimos tivessem a consciência de que os factos imputados correspondiam à verdade, teriam fornecido informação e elementos de prova adequados […] e colocado o seu depoimento ao serviço da investigação, não se acobardando no anonimato de missivas não assinadas, de pseudónimos que não permitem, sem mais, identificar o autor ou autores das denúncias”.

Assim e, uma vez que “a denúncia caluniosa” tem reflexo “no valor económico da empresa” e no “ativo financeiro”, António Moutinho Cardoso pretende que “se investigue quem foi o autor das denúncias para posteriormente se constituir assistente”.

De acordo com o advogado Pedro Marinho Falcão, a participação criminal enviada ao Procurador-Geral da República já foi aceite e apensa, em 30 de junho, ao processo principal, que investiga eventuais crimes de corrupção e participação económica em negócio na área da energia, estando a ser investigados “factos subsequentes ao processo legislativo, bem como aos procedimentos administrativos relativos à introdução no setor elétrico nacional dos Custos para Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC), que ocorreu em 2004, com a sua regulamentação a ocorrer três anos mais tarde.

A primeira denúncia anónima em causa, remetida ao Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) em janeiro de 2012, está assinada por “RF, ex-colaborador da EDP que se demitiu por não compactuar com estas aldrabices”. O denunciante fala do processo de privatização da EDP, como “uma verdadeira vergonha, um roubo, um acumulado de corrupção liderado pelo senhor [António] Mexia [presidente da EDP]“, pedindo que “haja coragem para uma operação ciclone (depois da operação furacão)”.

Nessa denúncia, é referida ainda “a negociata dos famosos contratos de manutenção do equilíbrio contratual [CMEC], com o apanágio do senhor Manuel Pinho [antigo ministro da Economia]”, que, continua, “revestem características de um filme de máfia italiana”.

No mesmo mês, chegou ao DCIAP uma nova denúncia anónima, que alude novamente “à negociata dos CMEC e do prolongamento das concessões de 18 barragens à EDP em 2007 e 2008″, referindo que foi tudo negociado no Marquês do Pombal (antiga sede da EDP) e na Horta Seca (onde funciona o Ministério da Economia).

O processo em causa contabiliza nove arguidos: o antigo diretor-geral de energia Miguel Barreto, o antigo ministro da Economia Manuel Pinho, o presidente executivo da EDP, António Mexia, e o presidente da EDP Renováveis e administrador da EDP João Manso Neto, o administrador da REN e antigo assessor de Manuel Pinho João Conceição, o ex-presidente da REN e antigo assessor de Pinho Rui Cartaxo, o diretor da REN Pedro Furtado e dois antigos gestores da EDP, Pedro Rezende e Jorge Ribeirinho Machado.

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EDP: Documentos apreendidos mostram lóbi junto do Governo

  • ECO
  • 15 Julho 2017

O material apreendido pelo Ministério Público revela que António Mexia e Eduardo Catroga atuarem de maneira a defenderem os interesse da elétrica junto do Governo após a privatização.

O material recolhido pelo Ministério Público revela que António Mexia e Eduardo Catroga atuaram para defender os interesses da elétrica após a privatização. Um dos documentos que as autoridades apreenderam é uma carta escrita pelo presidente da EDP e enviada ao então ministro da Economia. Segundo o Expresso, Mexia tentava garantir que as medidas para o setor elétrico seriam favoráveis à elétrica.

O Expresso (acesso pago) avança que as buscas feitas pelo Ministério Público na EDP expõem um lóbi da elétrica junto do Governo. O jornal diz que poucos dias antes da venda da posição de 21,35% da EDP à China Three Gorges, António Mexia escreveu ao então ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, para garantir que a definição de medidas para o setor elétrico seria favorável aos seus interesses.

“Importa agora definir não só a melhor maneira de formalizar a implementação do conjunto de medidas identificadas e constantes da ficha técnica anexa, como também a metodologia para a respetiva divulgação pública”, lê-se no documento. Era importante para a EDP que as alterações às regras da garantia de potência e a redução do juro aplicável aos Custos para a Manutenção do Equilíbrio Contratual, mais conhecidos como CMEC, fossem, segundo o Expresso, apresentadas em conjunto.

“Consideramos ser útil que o Governo e a EDP acordem detalhadamente o programa de comunicação de forma a garantir que há total coordenação nas mensagens explicitar”, escreveu António Mexia ao ministro da Economia. Esta carta do presidente da EDP a Álvaro Santos Pereira é um dos documentos que o Ministério Público apreendeu nas buscas que fez na EDP, no dia 2 de junho. Isto no âmbito da investigação às rendas pagas pelo Estado à EDP.

Mas há uma outra carta. Eduardo Catroga, presidente do conselho geral e de supervisão da EDP, também abordou o Governo. Catroga escreveu a Santos Pereira e a Vítor Martins, com conhecimento de Passos Coelho, afirmando que não era “legítimo” que o Estado reduzisse o valor dos CMEC. Isto porque estes contratos beneficiaram o próprio Estado. “Mesmo que existisse à época de cada um dos contratos uma margem de lucro acima do normal, o que não é o caso, diríamos que se trata de um assunto a resolver entre o Estado acionista e o Estado regulador, a que são alheias a EDP e os seus acionistas”, escreveu.

Os CMEC entraram oficialmente a pagamento há quase uma década, em julho de 2007 e, desde logo, contribuíram para as contas da EDP, compensando a energética que, anos antes, passara a ser obrigada a pôr as centrais a vender no mercado grossista a energia produzida. Em 2007, quando essa remuneração fixa começou a ser paga, Mexia já era o presidente executivo da EDP há pelo menos um ano.

Recorde-se que, nesse ano, a EDP e o Governo acordaram, mediante o pagamento de quase 760 milhões de euros por parte da empresa, o prolongamento da concessão de várias barragens. Isso permitiu que a energética continuasse a receber a remuneração dos CMEC por um período entre 15 e 25 anos. Apesar de alguns dos contratos já terem expirado em 2014 e outros em 2016, o último só terá fim daqui a uma década, em 2027. De referir que os CMEC não constituem, por conclusão da Comissão Europeia, uma ajuda de Estado.

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ERSE exige mudanças de nome na EDP

  • ECO
  • 8 Julho 2017

As atividades reguladas e comerciais do grupo EDP devem ter uma imagem totalmente separada, diz o regulador: a EDP Distribuição e a EDP Serviço Universal vão ter de mudar de nome.

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) decidiu obrigar a EDP Distribuição e a EDP Serviço Comercial a mudar de nome, de maneira a demarcarem-se totalmente do grupo EDP, por serem as empresas que prestam serviços regulados, por oposição à EDP Comercial, que vive de receitas ganhas em mercado, escreve este sábado o jornal Público.

A ideia é que a distinção para os consumidores seja clara entre as empresas reguladas e as comerciais no grupo EDP, pelo que a imagem e nome das primeiras deve mudar.

Segundo o Público, esta mudança de imagem deverá ter de entrar em vigor pelo menos a partir de 2018, na altura em que mudam os regulamentos da ERSE. A entidade reguladora do setor antecipa problemas no âmbito da diretiva europeia do mercado interno da eletricidade, onde poderia haver dúvidas “na adequada separação de imagem comercial das empresas de distribuição e de comercialização de um mesmo grupo económico”.

A EDP, em resposta ao Público, assinalou que ainda não está definido “o grau de profundidade adicional de diferenciação na imagem que é pretendido”, sendo que as empresas já têm uma imagem própria. Os custos finais da mudança, afirma o grupo, deveriam ser assumidos pelos consumidores de eletricidade.

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CMVM dá ok à EDP. OPA à Renováveis chega hoje ao mercado

A OPA da EDP sobre a EDP Renováveis pode avançar. A CMVM aprovou o prospeto da operação com uma contrapartida de 6,75 euros. Os investidores podem aceitar a oferta a partir desta quinta-feira.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) aprovou o prospeto da oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela EDP sobre a EDP Renováveis. Três meses depois do anúncio, o regulador deu luz verde à operação, mantendo a contrapartida nos 6,75 euros (deduzindo os cinco cêntimos distribuídos em dividendos). A OPA chega ao mercado esta quinta-feira, 6 de julho.

O prospeto da operação anunciada a 27 de março tem poucas alterações face ao que tinha sido revelado à data pela EDP, mas é incluído o pedido de exclusão da negociação. “No caso em que a oferente venha a requerer a exclusão de negociação a oferente manterá uma ordem permanente de compra das ações da sociedade por um prazo máximo de três a seis meses após a aprovação do pedido de exclusão de negociação”, refere o documento.

A contrapartida oferecida aos investidores manteve-se. A EDP propõe pagar 6,75 euros por cada ação, um valor inferior aos 6,80 euros inicialmente apresentados aos investidores já que a cotada liderada por Manso Neto procedeu ao pagamento de dividendos desde então.

A EDP Renováveis, recorde-se, afirmou a 26 de abril que entendia “que a oferta, não obstante não ter sido solicitada, é amigável, na medida em que é realizada pela acionista fundadora da EDP Renováveis, que sempre foi titular de uma posição de controlo maioritário no seu capital”. E acrescentava que considerava o preço de “adequado” ao contrário de outros investidores.

A MFS Investments, que representa clientes com 35,5 milhões de ações da EDP Renováveis, ou seja, 4% do capital e direitos de voto da empresa, defende que como a EDP Renováveis entrou em bolsa a valer oito euros, o preço que agora é oferecido não reflete a capacidade de crescimento no longo prazo. A EDP Renováveis está a cotar nos 7,03 euros, 4,15% acima do valor da OPA.

Oferta chega hoje ao mercado

A EDP pretende adquirir 22,5% da unidade de energias renováveis que ainda não controla. Os investidores terão, de acordo com o prospeto, quatro semanas para decidirem se aceitam ou não a oferta apresentada pela empresa liderada por António Mexia. A OPA chega ao mercado esta quinta-feira, 6 de julho, sendo 3 de agosto o último dia em que podem apresentar a ordem de venda.

A oferta decorrerá entre as 8h30 horas do dia 6 de julho de 2017 e as 15h00 do dia 3 de agosto de 2017, podendo as respetivas ordens de venda ser recebidas até ao termo do deste prazo. Os detentores das ações que aceitem a oferta poderão revogar as suas declarações de aceitação até às 15h00 horas do dia 31 de julho de 2017. A data prevista para o apuramento e divulgação dos resultados da oferta é o dia 4 de agosto de 2017.

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Bruxelas avalia entrega de barragens à EDP sem concurso

  • ECO
  • 24 Junho 2017

A Comissão Europeia descarta ajudas de Estado, mas diz que está a avaliar o facto de o alargamento do prazo das barragens à EDP ter sido feito sem concurso público.

A notícia é do Público que está este sábado nas bancas (conteúdo condicionado). Escreve o jornal que a Comissão Europeia está a analisar se a extensão do prazo das concessões de 27 barragens à EDP é compatível com as regras europeias de contratação pública.

Este alargamento de prazo sem processo concursal foi decidido em 2007, durante o primeiro Governo de José Sócrates, e também está a ser investigado pelo Ministério Público que no início deste mês fez buscas às sedes da EDP, EDP Renováveis e REN, tendo na altura constituído sete arguidos, entre os quais António Mexia, presidente da maior elétrica portuguesa.

O Público recorda a decisão divulgada no mês passado, em que a Comissão Europeia afastou qualquer ilegalidade da medida em matéria de auxílios de Estado na questão do alargamento das concessões. No entanto, fonte oficial da Comissão Europeia disse ao jornal que “a análise no âmbito da contratação pública ainda está em curso”.

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