Países, a Fed e até empresas. Dez vezes que os tweets de Trump atingiram os mercados

O presidente dos EUA usou a rede social para anunciar tarifas à China e arrasou as bolsas mundiais. Esta não foi, no entanto, a primeira vez e já há vários alvos na lista.

Fotomontagem: Lídia Leão / ECO

O Twitter tem sido o meio de comunicação de eleição do presidente dos EUA. Donald Trump reforçou a pressão sobre a China, anunciando novas tarifas comerciais e dizendo que as negociações estão a demorar demasiado este domingo, e lançou o pânico nos mercados globais. Esta não foi, no entanto, a primeira vez que um tweet de Trump fez mexer os mercados. Países, o banco central e até empresas têm sido os principais alvos.

China: ora dá, ora tira

1. Desta vez o tweet foi negativo e tanto ações como petróleo e moedas tombaram. Mas também já aconteceu o contrário. Ainda em fevereiro, o presidente norte-americano anunciou o adiamento do limite para o aumento das taxas de importações da China, após “substanciais progressos” nas conversações entre os dois países. Wall Street quebrou uma série de perdas e valorizou à boleia do comentário.

2. A China é o país mais afetado atualmente, mas houve tempos (não muito longínquos) em que o alvo era o México, não só por causa do financiamento do polémico muro como também devido ao comércio entre os dois países. “Temos um grande défice comercial com o México e o Canadá. A NAFTA, que está a ser renegociada neste momento, tem sido um mau negócio para os EUA”, escreveu Trump, a 5 de março de 2018, lançando dúvidas sobre o futuro do acordo.

3. Também a relação entre EUA e Coreia do Norte gerou receio no mercado, com o Twitter de Trump em riste. Antes do encontro entre os dois, o verão de 2017 foi quente para as tensões entre líderes Donald Trump e Kim Jong-Un. Em agosto, o presidente norte-americano anunciava no Twitter “as soluções militares” estavam “preparadas, bloqueadas e carregadas”, caso o norte-coreano continuasse os testes militares. Num mês tipicamente calmo para os mercados, as bolsas registaram a pior semana do ano (até aí) nessa altura.

A mão invisível no petróleo

4. A influência de Donald Trump na geopolítica não se limita às relações do seu país com pares — que têm determinado as negociações em Wall Street –, mas vai também a círculos onde os EUA não estão presentes. O norte-americano tem sido especialmente crítico em relação à atuação da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). Os EUA não estão no cartel nem pertencem ao grupo de produtores de fora do grupo que alinhou no acordo de cortes de produção que entrou em vigor em janeiro do ano passado. Apesar de não estar nas reuniões do grupo, tem tido uma presença invisível, com comentários que indicam claramente a sua posição. “O mundo não quer ver, nem precisa, de preços mais elevados do petróleo!”, afirmou, na rede social, a 6 de dezembro de 2018.

5. Aliás, no final do ano passado, pronunciou-se várias vezes sobre o mercado petrolífero, elogiando a queda nos preços e pressionando para que se mantivesse assim, sendo que os EUA têm aumentado a produção à medida que a OPEP corta a oferta para equilibrar o mercado. “Os preços do petróleo estão a cair. Ótimo!”, escreveu em novembro do ano passado, referindo a queda de 82 para 54 dólares por barril. “Obrigado à Arábia Saudita, mas vamos descer ainda mais!”, saudava o presidente dos EUA.

Nem banco central, nem governo escapam

6. Nem só de tiros internacionais se fazem os tweets de Trump. O presidente tem apontado também para dentro, em especial para a Reserva Federal dos EUA, pondo em causa a independência entre administração e banco central. Além de várias declarações polémicas em entrevistas, houve também ataques à instituição liderada por Jerome Powell no Twitter. “É incrível que, com um dólar muito forte e praticamente sem inflação, com o mundo a explodir à nossa volta, Paris a arder e a China em queda, a Fed esteja sequer a considerar mais uma subida de juros“, escrevia em dezembro do ano passado.

7. O maior shutdown governamental da história dos EUA não passou ao lado do smartphone de Trump. Em janeiro, o presidente dos EUA reunia-se com os líderes republicanos e democratas do Congresso para discutir a paralisação (provocada por um desacordo em relação ao financiamento do muro com o México) e avisava no Twitter que a situação se iria manter pelo tempo “necessário”. O potencial impacto (que se revelou mais tarde pouco significativo) do shutdown na economia norte-americana levava as bolsas a caírem.

Gigantes tecnológicas na mira

8. Além de países ou instituições públicas, há também empresas no grupo de lesados. As gigantes tecnológicas parecem ser os alvos prediletos, com a retalhista Amazon a liderar. “Ao contrário de outros, [a Amazon] paga pouco ou nenhum imposto aos governos nacionais e locais, usa o nosso sistema postal como estafeta (o que causa uma perda tremenda para os Estados Unidos) e está a acabar com muitos milhares de retalhistas”, disse Trump em março do ano passado. Dia depois, acrescentava: “tem de pagar os custos reais (e impostos) agora!”.

9. Já a Google é acusada pelo presidente de censura: “96% dos resultados para ‘Trump News’ são de meios de comunicação de esquerda“, afirmou, sem referir a fonte do dado estatístico. E à Apple já quis dar recomendações de negócio: “fabriquem os vossos produtos nos Estados Unidos e não na China. Comecem a construir já novas fábricas“. No caso das gigantes tecnológicas — que estão entre as cotadas que mais têm valorizado nos últimos meses a corrigir após as quebras no final do ano passado –, os tweets têm sido relativamente inofensivos apesar dos impactos iniciais.

10. Foi também o caso da Boeing que, em dezembro de 2016, soube pela rede social que o presidente estava descontente com os aviões que estavam a ser construídos para a administração norte-americana. “A Boeing está a construir um novo 747 Air Force One para os futuros presidentes, mas os custos estão fora de controlo, mais de quatro mil milhões de dólares. Cancelar encomenda!”, escreveu Trump. As ações da Boeing desvalorizaram 1,5% nesse dia.

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Gira vai duplicar rede de bicicletas em Lisboa. Concurso arranca na próxima semana

  • Lusa
  • 6 Maio 2019

A EMEL vai lançar na próxima semana um novo concurso para a expansão da rede de bicicletas partilhadas Gira, que prevê um máximo de 350 estações e 3.500 bicicletas.

A Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa vai lançar na próxima semana um novo concurso para a expansão da rede de bicicletas partilhadas Gira, que prevê um máximo de 350 estações e 3.500 bicicletas, foi anunciado esta segunda-feira.

A empresa (EMEL) rescindiu em abril o contrato com a Órbita, fornecedora das bicicletas do sistema Gira, por incapacidade para prestar o serviço contratualizado.

Falando na reunião da Comissão Permanente de Mobilidade na Assembleia Municipal de Lisboa, Jorge Oliveira, do conselho de administração da EMEL, avançou que a empresa prevê lançar o novo concurso público na próxima semana, com um preço base entre 40 e 50 milhões de euros.

Cerca de 80% das bicicletas deverão ser elétricas e 20% tradicionais, pelo que o adjudicatário só entregará bicicletas elétricas.

Segundo Jorge Oliveira, que se escusou a avançar quando é que o sistema estará totalmente implementado, o novo contrato será “adjudicado no verão” e “o início da operação deverá ocorrer no prazo de seis meses”.

A EMEL adiantou também que celebrará ainda esta semana “um contrato com a Siemens, que é quem tem a máquina que permite manter o sistema em funcionamento, por um período de seis meses, para que o sistema não entre em colapso e continue a funcionar melhor do que tem funcionado”, até que haja “novo adjudicatário”.

Questionado pela deputada do BE Isabel Pires sobre se na altura em que foi celebrado o contrato com a Órbita (2016) já “não haveria algum indicador de que poderia existir algum problema”, o presidente da EMEL, Natal Marques, foi perentório: “nada nos fazia prever o que estaria para acontecer”.

“Não tínhamos indicadores para desconfiar que o desfecho seria este”, reforçou, acrescentando que o novo concurso corresponderá à extensão da rede Gira, bem como à resolução da primeira fase do sistema que previa a instalação de 140 estações e 1.400 bicicletas.

Jorge Oliveira reiterou que o contrato com a Órbita foi celebrado em 2016 e “só no segundo semestre de 2018 é que a empresa começou a manifestar incapacidade para cumprir o contrato”.

A EMEL “fez todo o possível para salvaguardar a empresa e dar-lhes as condições para que eles cumprissem o contrato”, acrescentou.

Intervindo na sessão, o presidente da Comissão Permanente de Mobilidade, António Prôa (PSD), defendeu que a rede Gira “nunca funcionou bem” e “nunca cumpriu aquilo que eram os objetivos e aquilo que eram as obrigações”.

Jorge Oliveira justificou que “estes modelos de bicicletas partilhadas são recentes” e “o número de casos de insucesso são superiores aos casos de sucesso”.

A EMEL aplicou penalidades contratuais à Órbita num valor total superior a quatro milhões de euros.

Natal Marques adiantou também que a EMEL começou por fazer um adiantamento à Órbita superior a quatro milhões de euros para a aquisição de equipamentos, estando a empresa a dever cerca de 1,8 milhões à empresa de mobilidade.

Por isso, referiu Jorge Oliveira, os adiantamentos a serem feitos à nova empresa serão concedidos “em fatias mais pequeninas”.

O vereador da Mobilidade na Câmara Municipal de Lisboa, Miguel Gaspar (PS), disse em março, em entrevista à Lusa, que esperava que o sistema estivesse em todas as freguesias em 2020.

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Huawei ultrapassa Apple na venda de smartphones. Samsung lidera

  • ECO
  • 6 Maio 2019

Foram vendidos 310,8 milhões de smartphones no primeiro trimestre do ano. Foi o sexto trimestre consecutivo de quebra nas vendas, mas não para todas as fabricantes. A Huawei bateu a Apple.

As vendas de smartphones estão em queda acentuada. Recuaram pelo sexto trimestre consecutivo, quase duplicando o ritmo do trambolhão face ao registado nos primeiros três meses do ano anterior. No meio da “crise”, a Huawei sorri, superando a gigante Apple num ranking que continua a ser liderado pela Samsung.

Segundo a Internacional Data Corporation (IDC), o volume das vendas de smartphones a nível mundial caiu 6,6% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior — no arranque de 2017, as vendas já estavam a cair, registando, à data, uma quebra de homóloga de 3,5%. As vendas de smartphones caíram de 332,2 milhões nos primeiros meses de 2018 para 310,8 milhões em 2019.

Esta quebra, explicada por Roberta Cozza, diretora de pesquisa da consultoria Gartner, com a desaceleração económica global, mas também com algum desencantamento dos consumidores perante os produtos que são lançados no mercado, não afetou todas as marcas por igual. Enquanto as concorrentes viram as vendas a cair, a Huawei continua a crescer.

Ao longo do primeiro trimestre de 2019, a empresa chinesa fabricou 59,1 milhões de smartphones, registando um crescimento de mais de 50% em comparação ao ano transato. Este número permitiu à empresa que tem estado na mira da administração Trump ascender à segunda posição no ranking de fabricantes, superando a Apple, com uma quota de 19% no mercado de smartphones.

A marca da maçã apresentou uma queda de 30,2% quando comparado com o ano passado e acabou por cair para a terceira posição, fabricando apenas 36,4 milhões de iPhones. Aquele que é o ex-líbris da Apple registou uma quebra de 17% nas vendas nos últimos três meses, quando comparado ao primeiro trimestre de 2018. Ficou com uma quota de 11,7%, segundo a IDC.

A liderar o mercado continua a Samsung com 71,9 milhões de telefones Galaxy comercializados entre janeiro e março, uma quota de mercado de 23,1%. Apesar da liderança, a empresa coreana sofreu igualmente uma redução nas vendas: caíram 8,1% comparativamente com o mesmo período do ano passado.

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Trump dá terceira pior sessão do ano a Lisboa. Bolsa recua 1,45%

Donald Trump anunciou o aumento das tarifas sobre os produtos chineses e provocou um autêntico trambolhão nos mercados, tanto nas praças asiáticas como nos índices da Europa. Lisboa não foi exceção.

A primeira negociação da semana arrancou com quebras e acabou ainda pior, com 17 das 18 cotadas no vermelho. Trump anunciou o aumento das tarifas sobre os produtos chineses e provocou um autêntico trambolhão nos mercados, tanta nas praças asiáticas como nos índices do Velho Continente. Lisboa não foi exceção, tendo concretizado aquela que foi a terceira pior sessão do ano.

O PSI-20 desvalorizou 1,45% para 5.301,3 pontos, com 17 das 18 cotadas em queda. Apenas a Ramada resistiu à maré de pessimismo, somando 0,26% para 7,72 euros.

Na origem desta queda está o anúncio do presidente dos Estados Unidos da América, que afastou as esperanças em torno do alcance de um acordo comercial entre as duas maiores economias do mundo. Este domingo disse que as tarifas de alguns produtos chineses iam subir para 25%. Os novos preços entram em vigor na sexta-feira e significam uma agravamento face aos 10% suportados até agora.

Na sequência destas declarações a praça chinesa registou uma forte queda, mas não foi a única. Também no continente europeu, Donald Trump fez mossa, com a generalidade dos índices a apresentarem desvalorizações significativas. O Stoxx 600 recuou 0,94%, enquanto o espanhol IBEX desvalorizou 0,73% e o francês CAC perdeu 1,18%.

Por cá, a liderar as perdas, esteve a Mota-Engil, que recuou 2,60% para 2,252 euros, e, também, o BCP, que perdeu 2,50% para 0,25 euros.

Bolsa em queda

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“Gestão prudente” permitiu à RTP fechar 2018 com lucros marginais

As perspetivas eram de que a RTP fechasse 2018 com prejuízos. Mas uma "gestão prudente" das contas permitiu que a empresa pública fechasse o ano da Eurovisão e do Mundial com lucros de 330 mil euros.

A RTP conseguiu fechar o ano de 2018 com lucros de 330 mil euros, num ano marcado pela organização do Festival da Eurovisão e pelo Mundial de Futebol. A subida nos lucros surge ainda num ano marcado pelo impacto da reversão dos cortes na Função Pública e em contraciclo com as perspetivas económico-financeiras, que apontavam em maio para um regresso das contas ao vermelho, como avançou o ECO na altura.

Em comunicado, a administração liderada por Gonçalo Reis também dá conta da subida dos lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA), indicador que cresceu mais de 13% no ano passado, para 12,9 milhões de euros. “O balanço é claramente positivo”, refere, na mesma nota, a empresa pública de televisão e rádio.

“2018 foi um ano de acontecimentos especiais, como o Festival da Eurovisão e o Mundial de Futebol, eventos que geraram custos extraordinários não compensados totalmente pelas receitas adicionais”, reconhece a empresa, que garante que os números mostram a “capacidade de adaptação e sustentabilidade da estratégia da RTP”.

“A nível interno, neste ano foi reposta na íntegra a antiguidade na remuneração aos trabalhadores e foram descongeladas as progressões na carreira”, confessa também a empresa, falando numa “gestão prudente” das contas que “permitiu mesmo assim melhorar os resultados” em 2018.

A dívida da RTP subiu 1,3% face a 2017, para 101 milhões de euros, uma “estabilização” num “patamar historicamente baixo”, considera a empresa. Do montante da dívida, 55 milhões “correspondem ao edifício sede”.

“O plano da RTP para 2019, 2020 e 2021 mantém a trajetória de desempenho económico sustentável, ou seja, resultados operacionais no patamar dos dez milhões de euros, resultados líquidos positivos e estabilização da dívida, para além da valorização da prestação do serviço público nas suas várias dimensões, na rádio, televisão e digital”, conclui a empresa pública.

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Canal Zap Viva, de Isabel dos Santos, a caminho da grelha da Nos

O canal angolano de entretenimento Zap Viva vai estrear a 11 de maio na grelha de TV da Nos. Isabel dos Santos inaugurou recentemente os estúdios da Zap em Luanda.

O canal angolano Zap Viva, da empresária Isabel dos Santos, está a caminho de Portugal. A partir de 11 de maio, este canal de entretenimento da rede Zap vai estar disponível em exclusivo na grelha da Nos NOS 1,33% , em alta definição, na posição 125, anunciou a operadora liderada por Miguel Almeida. A estreia será “marcada pela transmissão do espetáculo Team de Sonho III“, em direto do Campo Pequeno, Lisboa.

“Com o objetivo de reforçar a sua oferta de conteúdos de entretenimento internacional e promover uma maior proximidade, não só com a comunidade angolana residente em Portugal mas também com todos os portugueses que se interessam por Angola e pela sua cultura, música e desporto, a Nos lança o Zap Viva, o canal angolano líder de audiências”, informou a Nos, em comunicado.

Nos últimos dias, a empresária angolana tem virado os holofotes para este projeto, inaugurando os estúdios da Zap em Talatona, município da província de Luanda. “Hoje voltamos a fazer história em Angola. Trabalhar o que é nosso, com os nossos recursos, as nossas pessoas. Do sonho vem a conquista e com a nossa Zap Estúdios assim foi”, escreveu Isabel dos Santos no Instagram.

Isabel dos Santos anunciou o lançamento dos estúdios da Zap no Instagram.D.R.

“Quando sonhei em produzir os nossos próprios programas e partilhá-los com todos os angolanos, juntou-se uma grande equipa, que é mais uma família para falar verdade. Investimos em infraestrutura, em recursos, material, formação e conhecimento. E hoje inauguramos os estúdios da Zap em Talatona e assim levamos Angola ao mundo”, frisou a empresária.

A estreia do canal Zap Viva na grelha da Nos não é inocente. Apesar de ser maioritariamente controlada por Isabel dos Santos através da holding SOCIP, a operadora Nos conta com uma participação de 30% na operadora angolana.

Evolução das ações da Nos em Lisboa

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Ocupação hoteleira no Algarve na Páscoa foi a maior dos últimos 20 anos

  • Lusa
  • 6 Maio 2019

A taxa de ocupação dos hotéis foi de 68,4%, em abril, acima de 2018 e a mais alta desde o mesmo período de 1999 (67,7%). Espanhóis, portugueses e britânicos foram os mercados que mais contribuíram.

A Páscoa aumentou a ocupação hoteleira no Algarve no mês de abril, registando-se o valor mais elevado em comparação com o mesmo período dos últimos 20 anos, anunciou esta segunda-feira a maior associação hoteleira da região.

“A taxa de ocupação global média/quarto foi de 68,4%, mais 12,1% do que em abril de 2018, tendo a época da Páscoa influenciado positivamente os resultados”, informou a Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA).

O volume de vendas acompanhou o crescimento da taxa de ocupação, registando-se um aumento de 9% em abril passado, relativamente ao mesmo período de 2018.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da AHETA, Elidérico Viegas, indicou que “para a excelente taxa de ocupação no mês de abril muito contribuiu o facto de as férias da Páscoa se verificarem a meio do mês, o que originou uma maior procura pelo Algarve dos mercados interno, espanhol e britânico”.

“Houve um aumento significativo, principalmente, por parte dos espanhóis e dos portugueses, acompanhando a tendência verificada nos últimos anos”, sublinhou.

Elidérico Viegas disse ainda que a ocupação no Algarve não foi afetada pela greve dos motoristas de veículos pesados de matérias perigosas, “ao contrário do que se temia”.

“Existia alguma preocupação, mas a crise que se previa com a greve, entretanto desconvocada, acabou por não ter qualquer impacto na ocupação hoteleira durante a Páscoa no Algarve”, destacou.

De acordo com os dados provisórios revelados pela AHETA, a ocupação média/quarto no mês da Páscoa deste ano é a mais elevada no mesmo período desde o ano 1999 do século passado, altura em que se registou uma ocupação de 67,7%.

Os mercados que mais contribuíram para a subida foram o espanhol (mais 105%), o português (+39,7%) e o britânico (+9,9%).

Os mercados francês e holandês apresentaram as maiores descidas, menos 32,0% e 18,9%, respetivamente.

Em termos acumulados, desde o início do ano, a taxa de ocupação quarto regista uma subida de 4,2%, anunciou a associação no “resumo da evolução” mensal da atividade do setor.

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Mário Nogueira: Se esquerda inviabilizar condicionantes da direita está a fazer um “favor” ao Governo

Mário Nogueira diz que seria "estranho" que os partidos à esquerda inviabilizassem a contagem integral do tempo dos professores ao chumbarem as condicionantes defendidas pela direita.

Se os bloquistas e os comunistas chumbarem o travão financeiro proposto pela direita para condicionar a recuperação do tempo “perdido” pelos docentes estarão a fazer um “favor” ao Executivo de António Costa, uma vez que assim deverão ser “apagados” mais de seis dos nove anos congelados. Quem o diz é o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof). Em declarações à SIC Notícias, Mário Nogueira sublinha que a alternativa às condicionantes apresentadas pela direita não é “uma negociação sem critérios, é apagar esse tempo”.

Na semana passada, os deputados aprovaram na especialidade a recuperação dos nove anos, quatro meses e dois dias congelados, tendo chumbado os calendários propostos pela esquerda e as condicionantes financeiras sugeridas pela direita.

Face a esta votação, o primeiro-ministro ameaçou demitir-se, caso essa lei fosse aprovada, defendendo que tal recuperação “condicionaria de forma inadmissível a governação futura”. Em reação a este ultimato, o PSD desafiou o PS a votar favoravelmente a proposta do PSD de “salvaguarda financeira” e esclareceu que, sem esse travão, os social-democratas não poderão viabilizar a recuperação integral do tempo perdido pelos professores.

Horas antes, o CDS já tinha tomado uma posição semelhante, dizendo que vai levar a votos uma proposta que faz depender o pagamento do tempo integral de serviço aos professores do crescimento económico, da sustentabilidade financeira, da negociação do estatuto da carreira dos docentes e do regime de aposentação. Se esta proposta não for aprovada, a bancada de Assunção Cristas admitiu mesmo mudar o seu voto na lei face à votação feita na especialidade na noite de quinta-feira.

Entretanto, os professores fizeram saber que vão pedir à esquerda que viabilize estas condicionantes propostas pela direita, evitando assim que se apaguem os tais seis anos congelados. “Aquilo que nós esperamos é que, confirmando as suas posições, a esquerda não acabe por impedir que a recuperação se dê”, sublinhou Mário Nogueira, esta segunda-feira.

De acordo com o secretário-geral da Fenprof, a alternativa às propostas das bancadas do PSD e do CDS não é uma “negociação sem critérios”, é “apagar” seis dos nove anos congelados. “Percebemos as posições que os partidos têm em votar aqueles critérios, mas também pretendemos que os partidos percebam que, se não deixarem passar a proposta, o que estão a fazer é um favor a um Governo que quer apagar aos professores seis anos e meio, salientou o sindicalista.

Mário Nogueira disse ainda que consideraria “estranho” ver a esquerda a inviabilizar a recuperação integral do tempo de serviço, já que tem defendido essa contagem dos nove anos desde o início. Estranho ou não, o Bloco de Esquerda já frisou que vai manter “todas as votações feitas no processo de especialidade da apreciação parlamentar sobre a recuperação de tempo de serviço dos professores”, ou seja, deverá chumbar as condicionantes propostas pela direita. O PCP, por sua vez, não comenta.

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Wall Street em queda com tweets de Trump

As ameaças de Trump caíram mal junto dos responsáveis chineses, que ponderam agora desistir das negociações. Novas tensões comerciais pressionam negociações em Wall Street.

As bolsas norte-americanas abriram em queda. À semelhança do que está a acontecer na Europa, as negociações estão condicionadas por dois tweets do Presidente dos EUA. Trump recorreu à rede social para criticar a “lentidão” nas negociações sino-americanas e para anunciar um reforço nas tarifas e a implementação de novas taxas sobre um conjunto adicional de produtos importados da China. Na sequência das ameaças, a China está a considerar desistir das negociações.

Poucas cotadas estão a escapar à pressão vendedora desta segunda-feira. O fraco desempenho das ações reflete-se na evolução negativa dos índices, com o S&P 500 a cair 1,57%. O industrial Dow Jones desliza 1,4% e o tecnológico Nasdaq perde 1,7%. O Vix, um índice que mede a volatilidade nos mercados e que é tradicionalmente associado ao receio dos investidores, subiu 4,53 pontos para um máximo desde o final de janeiro, a cotar agora em 17,4.

A correção acontece porque o clima tem sido de esperança em torno das negociações entre China e EUA, sentimento que tem impulsionado o preço das ações em Wall Street (e não só). As considerações feitas por Donald Trump no Twitter foram, por isso, um balde de água fria para os investidores.

As ações da Apple estão a cair mais de 3%, na medida em que o país é sensível às questões comerciais devido à grande penetração do iPhone no mercado chinês. Além disso, soube-se esta segunda-feira que a empresa liderada por Tim Cook vai ser alvo de uma investigação por parte da Comissão Europeia, na sequência de uma queixa interposta pela empresa europeia Spotify. Já a Caterpillar derrapa 3,1%, enquanto a Boeing cai 2,42%.

Mas o que dizem os tweets de Trump? “Nos últimos dez meses, a China tem pagado tarifas aos EUA de 25% sobre 50 mil milhões de dólares de [produtos de] alta tecnologia e 10% sobre 200 mil milhões de dólares de outros bens. Estes pagamentos são parcialmente responsáveis pelos nossos grandes resultados económicos”, começou por escrever o Presidente dos EUA.

Trump anunciou de seguida que “os 10% vão subir para 25% esta sexta-feira” e disse que “325 mil milhões de dólares de bens adicionais” importados da China continuam sem pagar taxas aduaneiras, mas que vão passar a estar sujeitos a uma “taxa de 25%”. O Chefe de Estado norte-americano terminou com uma crítica aos chineses. As negociações em torno do “acordo comercial com a China continuam, mas demasiado devagar”, atirou o Presidente dos EUA.

A China está agora a considerar pôr fim às negociações, deitando por terra meses de conversações que os investidores esperavam que viessem travar a escalada das tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

Os investidores estão igualmente atentos às tensões entre os EUA e o Irão. Segundo a CNN, os norte-americanos enviaram para o Médio Oriente o porta-aviões USS Abraham Lincoln e um grupo de bombardeiros, numa clara mensagem aos iranianos perante um “conjunto de indicações problemáticas” vindas do Irão, disse o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton.

(Notícia atualizada às 14h54 com informação sobre as tensões entre EUA e Irão)

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O mundo está “gamificado”

  • Ricardo Vieira
  • 6 Maio 2019

Plataformas bancárias, employer branding, e-learning, ativação de marcas e eventos, cabe de tudo nas talks programadas para o Gamify Europe’19.

Ser entrevistado por um robot num processo de recrutamento, vestir uma t-shirt que dá acesso a um personal trainer ou a um médico para monitorizarem dados são apenas dois exemplos bem distintos de como a gamification já chegou.

Com base nesta tendência, a Gamify Europe’19, que regressa esta semana a Lisboa, desafiou agentes e decisores a focarem-se nos factos e mostrarem como o game thinking impactou os objetivos das suas organizações ou clientes. É o que vai fazer David Balfour, Co-Founder da Lightblue (Dubai), com a apresentação de um caso de estudo da Adidas, mas também Rui Cordeiro, da Worten, Jari Kloppenburg, da Polícia Holandesa, Ricardo Costa, da Caixa Federal do Brasil e sem esquecer João Dinis, com o projeto europeu da Cascais Ambiente.

“A gamification já não é apenas uma buzzword que ouvimos por aí, tendo-se tornado numa ferramenta de envolvimento que muitas organizações já usaram ou estão agora a usar para atingir objetivos de negócio ambiciosos. A questão é, se já é uma ferramenta estabelecida, porque não vemos mais resultados a serem divulgados?”, questiona a organização.

Consciente disso, a Gamify Europe quer mudar a tendência e por isso vai “dar o palco aos outliers, ou seja, aquelas agências e/ou organizações com os números para sustentar os seus sucessos, focando-nos nas suas histórias e nas vitórias alcançadas”.

Nesta terceira edição, vão “destacar projetos nas mais variadas áreas, como ativação de marcas e eventos, banca e finanças, setor público e employer branding, equipas de Vendas e até esports”. “Mas não nos vamos ficar apenas pela introdução aos projetos, vamos explorar resultados, processos e o impacto real que tiveram”, afirmam.

No programa do evento, onde pode inscrever-se gratuitamente, estão previstos workshops de storytelling, com Nuno Bernardo da beActive e João Moura da PSP, e outros de UX/UI e game thinking. Todos com a duração de 90 minutos.

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