Obras desaparecidas da coleção de arte do Estado afinal serão 112

  • ECO
  • 7 Fevereiro 2020

Contrariamente às 94 identificadas pela ministra da Cultura, afinal serão 112 o total do número de obras de arte do acervo do Estado que estarão desaparecidas.

A dimensão do acervo da coleção de arte do Estado, cujo paradeiro está por identificar, será maior do que a avançada recentemente pela ministra da Cultura. Em vez de 94, o número de obras desaparecidas será 112, avança o Público (acesso condicionado) nesta sexta-feira.

O número divulgado por Graça Fonseca resultou de um trabalho de revisão do inventário provisório, datado de 2011, daquela que é conhecida como Coleção SEC. O balanço dessa contabilização permitiu identificar 94 obras, entre pinturas, gravuras ou esculturas cujo destino está por apurar, sendo que a titular da pasta da Cultura tem deixado de fora 18 fotografias que deviam estar à guarda do Centro Português de Fotografia (CPF), mas cujo paradeiro é desconhecido.

Entre essas fotografias, estará uma das mais icónicas do século XX — a Migrant Mother, de Dorothea Lange –, possivelmente também uma das peças mais valiosas.

O gabinete de Graça Fonseca justifica a não-inclusão destas 18 imagens alegando que não fazem parte da Coleção de Arte do Estado de 1997, mas antes da Coleção Nacional de Fotografia. Contudo, segundo documentos consultados pelo Público, os próprios serviços do Ministério da Cultura não estarão muito certos sobre como delimitar o primeiro destes acervos.

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Rui Pinto suspeito de negociar venda de dados a “entidades com relevante poder económico”

  • ECO
  • 7 Fevereiro 2020

Na altura da sua detenção, foi encontrado em casa de Rui Pinto um documento que mostra que o hacker estaria a negociar a venda de informações a este tipo de entidades.

O Ministério Público (MP) suspeita que o hacker Rui Pinto pudesse estar a negociar a venda de informações, obtidas através da entrada ilegal em sistemas informáticos, com entidades de “relevante poder económico”. Em contrapartida, o MP acredita que essas empresas poderão ajudar o hacker a “manter-se em local oculto”, avança o Diário de Notícias (acesso pago).

“À data da sua detenção o arguido detinha na sua residência um papel por si manuscrito, do qual resulta, indiciariamente, que se encontraria a negociar algum tipo de situação profissional ou de colaboração com terceiros, mediante determinadas condições que pretendia ver satisfeitas, de modo a assegurar o seu futuro”, refere o acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa proferido esta terça-feira, citado pelo Diário de Notícias.

“Nessas negociações”, refere o documento, “poderão estar envolvidas entidades com relevante poder económico e que o poderão auxiliar a manter-se em local oculto”.

Rui Pinto vai continuar em prisão preventiva porque, para além de não mostrar arrependimento, o Tribunal da Relação de Lisboa acredita não haver razão para que o hacker não continuasse a usar os seus conhecimentos informáticos para cometer crimes. Entre as acusações estão crimes de acesso ilegítimo, acesso indevido, violação de correspondência, sabotagem informática e tentativa de extorsão.

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Brexit obriga Banco de Portugal a dar 28,6 milhões ao BCE

  • ECO
  • 7 Fevereiro 2020

Reforço será necessário para compensar a saída do Banco de Inglaterra, que era um dos maiores "acionistas" do BCE.

A saída do Reino Unido da União Europeia vai obrigar ao reforço da contribuição do Banco de Portugal (BdP) para o Banco Central Europeu (BCE). Reforço será necessário para compensar a saída do Banco de Inglaterra, que era um dos maiores “acionistas” do BCE, avança o Jornal de Negócios (acesso pago), nesta sexta-feira.

A entidade liderada por Carlos Costa terá assim de pagar 28,6 milhões de euros em duas tranches iguais no final de 2021 e 2022, aumentando o capital realizado de 177,5 milhões de euros para 206,1 milhões de euros.

Esse acréscimo resulta da redistribuição da participação do Banco de Inglaterra — 14,3% — pelos bancos centrais nacionais da Zona Euro e da União Europeia que irá permitir que o capital total do BCE se mantenha estável nos 10,8 mil milhões de euros.

O BdP, a par dos restantes bancos centrais nacionais, terá assim de compensar a totalidade da quota-parte dos 14,3% que lhe cabe, com a contribuição acrescida desses cerca de 28 milhões de euros.

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Hoje nas notícias: Angola, Brexit e Rui Pinto

  • ECO
  • 7 Fevereiro 2020

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O Reino Unido “divorciou-se” da União Europeia, mas também houve consequências para o Banco de Portugal, que terá de “colmatar” a saída do Banco Central de Inglaterra do capital do Banco Central Europeu. De Angola vem a notícia de que o Procurador-Geral angolano pediu ajuda a Portugal para localizar fortunas de ex-governantes. E por falar em localizar, afinal são 112 as obras de arte do Estado desaparecidas, e não 94 como a ministra da Cultura tem referido. Na Justiça, Rui Pinto poderá ter tentado negociar a venda de informações a “entidades com relevante poder económico”.

Angola pede ajuda a Portugal para localizar fortunas de ex-governantes

O Procurador-Geral de Angola, Pitta Grós, pediu apoio a Lucília Gago para localizar bens de figuras políticas, militares e empresários em Portugal. Na lista estão nomes como o general Higino Carneiro, o ex-ministro Manuel Rabalas e Joaquim Sebastião, e ainda o ex-diretor do Instituto Nacional de Estradas de Angola. Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

Brexit obriga Banco de Portugal a dar 28,6 milhões ao BCE

O Banco de Portugal (BdP), um dos “acionistas” do Banco Central Europeu (BCE), terá de aumentar a sua participação no capital, para compensar a saída do Banco Inglaterra, que era responsável por uma das maiores fatias do capital. Assim, Carlos Costa irá pagar 28,6 milhões de euros em duas tranches iguais, no final de 2021 e 2022, aumentando o capital realizado de 177,5 milhões de euros para 206,1 milhões de euros. Com a saída do Banco de Inglaterra, o peso do BdP passou de 1,6367% para 1,9035%. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Afinal são 112 as obras de arte que estão desaparecidas

A Ministra da Cultura, Graça Fonseca, tem referido que são 94 as pinturas, gravuras ou esculturas do Estado que estão desaparecidas, mas esse número deixa de fora as 18 fotografias das coleções do Estado que também deviam estar à guarda do Centro Português de Fotografia (CPF), mas que não estão. Uma delas, pelo menos, deverá estar entre as obras mais valiosas. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Justiça acelera investigações nos clubes para evitar prescrições

A Justiça portuguesa está a acelerar as investigações dos cinco mega-inquéritos abertos pelo Ministério Público e pela Autoridade Tributária a vários negócios de transferência de jogadores nos clubes portugueses. O objetivo é que estes não prescrevam. Envolvido nestas investigações estão Pinto da Costa, suspeito de fraude e lavagem de dinheiro nas transferências de, pelo menos, 15 jogadores. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (link indisponível)

Rui Pinto suspeito de negociar venda de dados a “entidades com relevante poder económico”

O Ministério Público (MP) suspeita que o hacker Rui Pinto tenha estado a negociar a venda de informação que tinha obtido ao entrar ilegalmente em sistemas informáticos. No acórdão, o MP refere que “à data da sua detenção”, Rui Pinto “detinha na sua residência um papel por si manuscrito, do qual resulta, indiciariamente, que se encontraria a negociar algum tipo de situação profissional ou de colaboração com terceiros, mediante determinadas condições que pretendia ver satisfeitas, de modo a assegurar o seu futuro”. Leia a notícia completa no Diário de Notícias(acesso pago)

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Infraestruturas de Portugal tem quase mil obras mal conservadas ou sem inspeção

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2020

O PETI3+ foi atualizado a nível ferroviário e rodoviário, houve uma redução de 21% dos quilómetros a construir e de 28% (de 3.537 para 2.534 milhões de euros) no investimento a realizar, diz o TdC.

O estado de conservação de 12%, ou seja, 936, das infraestruturas sob a alçada da Infraestruturas de Portugal (IP) é “inferior a regular” ou não está classificado, concluiu o Tribunal de Contas (TdC) numa auditoria divulgada esta sexta-feira.

A entidade levou a cabo uma Auditoria à Operacionalidade de Infraestruturas e Transportes em que analisou a execução do Plano Estratégico dos Transportes e Infraestruturas (PETI3+ 2014-2020) e a gestão do risco de inoperacionalidade de infraestruturas de transportes.

Nesta análise, o TdC diz que existe um “risco material” nesta área, tendo em conta que o “conjunto das 7.608 obras de arte [omo pontes, viadutos ou túneis] em exploração sob jurisdição direta da IP” não abrange “infraestruturas de transportes sob gestão de outras entidades públicas ou objeto de concessão, cujo risco de inoperacionalidade importa conhecer”.

A entidade alerta para o facto de “o estado de conservação de 936 das obras de arte (12%) ser inferior a regular (satisfatório) para 779 obras ou não estar classificado (ainda não estar inspecionado) para 157 obras”.

O TdC realça ainda que o estado de condição dos ativos é “inferior a satisfatório em 33% da ferrovia e 18% da rodovia, com destaque para 62% da via férrea, em que 15% é avaliada com estado insatisfatório (necessita de investimento)”.

Esta auditoria “revelou a materialidade financeira do investimento previsto no PETI3+ que faltava realizar em 31/12/2018, face à taxa de execução financeira reportada na CGE [Conta Geral do Estado] de 2018 (13%) e à previsão de investimento total (6.456 milhões de euros) reportada pelo Governo em 12/01/2019 (já sem o défice de financiamento original de 1.428 milhões de euros), após quatro dos seis anos previstos para executar esse plano”.

No entanto, alerta o TdC, “foram detetadas deficiências que consistem na falta de informação sobre os projetos de transportes de passageiros e dos setores marítimo-portuário e aeroportuário”, bem como “na inconsistência entre os dados reportados quanto à execução financeira e quanto ao investimento previsto”.

O tribunal ressalva, por isso, que “a omissão e a inconsistência referidas comprometem a fiabilidade da informação divulgada sobre a execução do PETI3+ em 31/12/2018, pois a taxa de execução financeira (13%) reportada na CGE apenas respeita à execução dos projetos dos setores rodoviário e ferroviário (321 milhões de euros) face ao respetivo investimento previsto (2.534 milhões de euros)”.

Além disso, o TdC concluiu, depois de examinar a informação sobre os projetos do PETI3+ nos setores ferroviário e rodoviário, que houve uma “atualização dessa parte do plano com a redução de 21% (de 1.485 para 1.178 km [quilómetros]) na extensão global a construir e de 28% (de 3.537 para 2.534 milhões de euros) no investimento a realizar”.

Paralelamente, a auditoria indica que existiu uma “execução física (extensão global construída) de 7% (77 km) do previsto no PETI3+ atualizado (5% do previsto no PETI3+ inicial) até 31/12/2018” e que, do lado financeiro, a execução foi de 13% face ao anunciado no plano atualizado e 9% do inicial, até ao último dia de 2018.

O TdC conclui ainda que as estimativas apontam para que 71% (1.521 milhões de euros) do investimento nos projetos para a ferrovia seja realizado após 2020 e até 2023.

De acordo com o organismo, o atraso verificado na execução do plano a 31 de dezembro de 2018 “compromete”, os objetivos, bem como “o principal objetivo do programa orçamental com a gestão das infraestruturas – potenciar o papel das infraestruturas e serviços de transportes no crescimento económico”.

O TdC recomenda assim ao Governo que promova as condições para que o investimento nestes planos seja implementado, destacando que é preciso “concretizar, com urgência, o financiamento necessário para, pelo menos, passar a satisfatório o estado de condição das infraestruturas avaliado como insatisfatório”, entre outras recomendações.

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5 coisas que vão marcar o dia

5G e TDT estarão em destaque. Esta sexta-feira fica também marcada pelos dados relativos à remuneração média dos trabalhadores e do comércio internacional.

Com o Orçamento do Estado para 2020 aprovado, o Governo ruma, esta sexta-feira, ao Conselho de Ministros para discutir a estratégia para o 5G. O dia fica ainda marcado pela mudança de frequência do TDT em Sines, pelos dados sobre a evolução orçamental do CFP e pelos vários números divulgados pelo INE: a remuneração média dos trabalhadores e o comércio internacional.

Governo discute estratégia para o 5G

Um dia depois da aprovação do Orçamento do Estado para 2020, o Conselho de Ministros reúne-se para aprovar a estratégia nacional para o 5G, um documento fulcral para o desenvolvimento da rede de comunicações de quinta geração no país. A reunião estava marcada originalmente para quinta-feira, mas acabou por ser adiada. Esta sexta-feira, o Governo dará indicações sobre o 5G que quer em Portugal, e como o quer, sendo que poderá avançar com restrições à participação de fornecedores considerados de “alto risco”, como a chinesa a Huawei. Esta manhã, o Governo explica, às 10h00, a estratégia aprovada.

Como têm evoluído os salários em Portugal?

O Instituto Nacional de Estatística publica, esta sexta-feira, os dados relativos à remuneração bruta mensal média por trabalhador no quarto trimestre de 2019. No trimestre anterior, a remuneração média tinha aumentado 3%, em termos homólogos, para 1.220 euros. A componente regular subiu 2,8% para 1.039 euros. Foi no setor da eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio que se registou o salário mais elevado (2.652 euros) enquanto no alojamento, restauração e similares foi verificada a remuneração média mais baixas (813 euros). Na componente regular, um outro setor ficou abaixo deste último: o das atividades administrativas e dos serviços de apoios, com uma remuneração média de 655 euros.

Exportações e importações voltam a aumentar?

O Instituto Nacional de Estatística divulga, esta sexta-feira, os dados do comércio internacional relativos ao mês de dezembro. Em novembro, as exportações e as importações de bens subiram, respetivamente, 8,6% e 1,3%, destacando-se os acréscimos no material de transporte, nos automóveis para transporte de passageiros e nos materiais de transporte no setor aeronáutico. Além disso, o défice da balança comercial de bens registou uma diminuição de 329 milhões de euros face ao mês homólogo de 2018, atingindo 1 735 milhões de euros em novembro de 2019.

TDT muda hoje em Sines

Depois de Odivelas, Sines. A migração da Televisão Digital Terrestre (TDT) para novas frequências dá, esta sexta-feira, mais um passo. Portanto, se vive em Sines e usa a televisão grátis TDT vai ter de sintonizar novamente a sua televisão. É que a faixa dos 700 MHz tem de ser libertada para a transição para o 5G. Atualmente, o emissor de Sines funciona no canal 56. A partir desta sexta-feira, esse canal muda para o 43. Caso não consiga sintonizar novamente a TDT, pode recorrer à linha gratuita de apoio do regulador das comunicações através do 800 102 002.

CFP divulga execução orçamental

O Conselho de Finanças Públicas (CFP) divulga, esta sexta-feira, os dados relativos à evolução orçamental das Administrações Públicas até setembro de 2019. Em outubro, na análise relativa aos primeiros seis meses do ano, o CFP tinha indicado que era necessário ter um excedente de 0,6% para o défice ficar em 0,1%, meta que foi enviada pelo Governo para Bruxelas. “Para o cumprimento da nova estimativa do Ministério das Finanças para o saldo [orçamental] em 2019 (-0,1% do PIB), o segundo semestre terá de observar um saldo das Administrações Públicas (AP) de pelo menos 0,6% do PIB”, indicou a entidade liderada por Nazaré Costa Cabral, no relatório sobre a evolução orçamental até junho de 2019.

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Depois de Odivelas, TDT muda hoje em Sines. Saiba como não ficar sem sinal

Se reside na região de Sines e usa a televisão grátis TDT, vai ter de sintonizar novamente a sua televisão, porque o emissor muda de canal esta sexta-feira. Saiba o que fazer para não perder o sinal.

A migração da Televisão Digital Terrestre (TDT) para novas frequências conhece mais um passo esta sexta-feira. Depois da mudança de canal do emissor de Odivelas Centro em novembro, muda agora o canal do emissor de Sines, com o objetivo de libertar a faixa dos 700 MHz, necessária na transição para o 5G.

Os portugueses que acedem à televisão gratuita e que são abrangidos pela cobertura deste emissor, naquela região, vão ser abrangidos pela mudança e ficarão sem sinal de televisão por volta das 16h30, até sintonizarem novamente os seus recetores.

Tanto para quem tem um descodificador de TDT (vulgo box) ou uma televisão mais moderna, o processo de mudança de canal é simples. Não precisa de reorientar as antenas, nem de trocar de recetor, nem de “subscrever serviços de televisão paga para continuar a aceder aos canais gratuitos“, alerta a Anacom.

Atualmente, o emissor de Sines funciona no canal 56. Esse canal vai mudar para o 43. Para continuar a aceder à TDT, terá de aceder ao menu do descodificador (com o comando da box), procurar as configurações e efetuar ou uma sintonização automática ou uma sintonização manual para o canal 43. No caso das televisões mais modernas, aceda ao menu da TV com o comando e procure a configuração dos canais.

Mas a sintonização automática deverá funcionar. “Só tem de fazer a sintonização automática da seguinte forma: 1) Use o comando da TV ou do descodificador TDT (box); 2) Vá ao menu e com as setas escolha uma das seguintes opções: Configurar | Antena | Setup | Instalar | Ajuste do canal | Procura de canais | ou outra equivalente (consoante a marca da TV ou box); 3) Siga as instruções que aparecem no ecrã”, informa um folheto que está a ser divulgado pelo regulador.

Caso não consiga sintonizar novamente a TDT, pode recorrer à linha gratuita de apoio da Anacom, o regulador das comunicações, através do 800 102 002. A linha está aberta das 9h às 22h, todos os dias. Também deverão existir equipas no terreno a dar informação às populações afetadas.

Depois de Sines, o Algarve

“A alteração da rede de emissores da TDT a nível nacional vai começar já na próxima sexta-feira, dia 7, com o emissor de Sines, seguindo-se os emissores do Algarve, a partir de dia 10, e o processo continuará, do sul para o norte do país, concluindo-se no final de junho. As pessoas saberão que são abrangidas pela mudança se a sua televisão ficar sem imagem”, informa a entidade liderada por João Cadete de Matos.

Meses antes, em novembro, o emissor de Odivelas Centro passou do canal 56 para o canal 35, num passo que marcou “o arranque da migração da rede de TDT”. Neste folheto poderá consultar os novos canais nas várias regiões de norte a sul do país, e arquipélagos dos Açores e Madeira.

A faixa dos 700 MHz do espetro eletromagnético, que é atualmente usada na emissão da TDT, vai ter de ser libertada. Esta faixa fará parte do leilão de frequências para o 5G e reveste-se de importância acrescida, por servir a transição das atuais redes 4G para a quinta geração.

O que é o 5G? Se perguntou ao Google, nós respondemos:

http://videos.sapo.pt/iupMhsViMKu31M9gYTms

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Governo vota hoje estratégia para o 5G. Restrições à Huawei em cima da mesa

O Conselho de Ministros vota esta sexta-feira a estratégia nacional para o 5G, estando em cima da mesa a possibilidade de avançar com restrições à participação da Huawei nas partes nucleares da rede.

Vencida a “batalha” do Orçamento do Estado, o Governo foca-se agora no tema do 5G. O Conselho de Ministros que estava previsto para esta quinta-feira foi adiado para hoje — e, da “reunião”, que se realizará por via eletrónica, deverá resultar a aprovação da estratégia nacional para a quinta geração de rede de comunicações.

O dossiê tem estado na ordem do dia para o setor das telecomunicações. Mas a aprovação desta estratégia ficou pendente desde a passada legislatura. No documento, o Executivo deverá explicitar que 5G quer para o país e quanto. Poderá, também, dar uma primeira indicação oficial sobre o montante que prevê arrecadar com o leilão de licenças às operadoras.

Mas nada disto é garantido, até porque o teor do documento tem sido mantido em segredo. Há vários dias, o ECO colocou questões ao Ministério das Infraestruturas e Habitação acerca dos planos do Governo para o 5G, mas o gabinete do ministro Pedro Nuno Santos recusou responder.

Esta quarta-feira, contudo, chegou ao conhecimento público um primeiro detalhe sobre a estratégia governamental para a quinta geração das telecomunicações: poderão existir restrições à participação da Huawei e de outras fabricantes de “alto risco” na construção de partes críticas das redes 5G em Portugal, ou obrigações para que as empresas de telecomunicações tenham mais do que um fornecedor. Em causa, as recomendações de Bruxelas, que o Governo se prepara para adotar, segundo avançou o Expresso.

Esta decisão poderá representar um revés para as operadoras de telecomunicações nacionais, uma vez que há contratos que já foram assinados com a Huawei e redes que já começaram a ser construídas. Altice Portugal e Nos poderão ser as mais afetadas nesta situação, penalizadas pelas acusações à Huawei de que é um veículo chinês de espionagem, o que a empresa tem rejeitado com veemência.

Ainda assim, é incerto o que acontecerá se o Governo decidir “banir” a fabricante chinesa, ainda que parcialmente, dada a forte presença da empresa em Portugal. Contactada pelo ECO, a Huawei Portugal ainda não reagiu à notícia de que poderá ser alvo de restrições também em Portugal.

Depois de conhecida a estratégia nacional para o 5G, fica a faltar conhecer os cadernos de encargos para o leilão das frequências que será levado a cabo pela Anacom. Está previsto o leilão arrancar em abril de 2020.

Altice nega impacto. Vodafone está a analisar

Na semana passada, a Comissão Europeia emitiu uma série de recomendações sobre o 5G aos Estados-membros, que ficaram conhecidas por “caixa de ferramentas do 5G”. Apesar da pressão dos EUA para banir a fabricante chinesa Huawei, Bruxelas optou por, sem mencionar nomes, limitar a participação dessas fabricantes de “alto risco” nas partes não nucleares das redes, ao invés de um travão completo.

Ao ECO, fonte oficial da Altice Portugal reconhece que “cada Estado-membro é soberano nestas matérias, cabendo-lhe decidir se legisla no sentido das medidas recomendadas de acordo com as suas circunstâncias específicas”. Lembrando que “parte das medidas propostas são generalistas”, a dona da Meo garante que “enquadram-se num conjunto de melhores práticas de segurança” que a empresa “já tem vindo a implementar nas suas redes”.

No entanto, confrontada com a hipótese de restrições à Huawei em Portugal, a Altice Portugal escuda-se no facto de Bruxelas não ter mencionado o nome específico da empresa chinesa: “Em parte alguma existe menção específica a qualquer empresa fornecedora de serviços, sendo que, mesmo que tal tivesse acontecido, a tecnologia da Altice Portugal em nada se sente visada relativamente ao plano divulgado pela Comissão Europeia”.

Sobre se há risco de a operadora ficar impedida de usar algum equipamento já encomendado à Huawei, a Altice Portugal aponta para a “atualização periódica e regular” dos mesmos: “Quando falamos de tecnologia, sabemos perfeitamente que esta torna soluções e equipamentos rapidamente ultrapassados, pois os avanços em inovação são mais que muitos e quase à velocidade da luz. Pelo que o nosso plano de investimentos contempla a renovação e atualização periódica e regular destes”, garante.

Em parte alguma existe menção específica a qualquer empresa fornecedora de serviços, sendo que, mesmo que tal tivesse acontecido, a tecnologia da Altice Portugal em nada se sente visada relativamente ao plano divulgado pela Comissão Europeia.

Fonte oficial da Altice Portugal

A Vodafone Portugal, por sua vez, tem apostado em tecnologia da Ericsson nas redes de 5G no país. Assim, em resposta ao ECO sobre as recomendações de Bruxelas, a empresa diz que está a avaliar a situação: “Vamos analisar em detalhe as novas recomendações, continuando a trabalhar ativamente com o Governo, o Regulador e os parceiros do setor para garantir a segurança das nossas redes”, refere a empresa.

Assim, conclui: “Consideramos que tanto a Avaliação de Riscos da União Europeia, divulgada pela Comissão Europeia no passado mês de outubro, como a ‘caixa de ferramentas’ para o 5G agora apresentada são propostas importantes para se uniformizarem padrões e garantias de segurança entre todos os Estados-membros”.

Contactada, a Nos não quis responder às perguntas colocadas pelo ECO.

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Ups… Quando os deputados deram o dito por não dito no Orçamento

Durante as votações na especialidade do Orçamento do Estado, não foram raros os casos em que os partidos tiveram de corrigir o sentido de voto. Algumas vezes ditou o chumbo de medidas.

O Parlamento viveu dias agitados. Assistiu-se a uma verdadeira maratona de votações, com os deputados dos vários partidos com assento parlamentar a levantarem a mão em sinal ora de concordância, ora de oposição, às mais de 1.300 propostas de alteração à proposta de Orçamento do Estado apresentada pelo Governo. Nem todos tinham, contudo, a lição bem estudada. Não foram raros os casos em que foi necessário voltar atrás e mudar o sentido de voto alguns minutos, ou mesmo horas, depois.

Foi logo no primeiro dia que se registaram os maiores lapsos nas votações. E ambos do PSD. Os social-democratas aprovaram uma alínea da proposta do PCP que ditava que o aumento extraordinário das pensões, de 10 euros, também se iria aplicar aos pensionistas com pensões acima dos 1,5 IAS (658,2 euros, por mês), mas acabaram por recuar. De aprovação, passou a rejeição. E, assim, acabaram por inviabilizar a medida.

Não foi, contudo, a única votação errada no arranque das votações das propostas de alteração. Foi também aprovada uma proposta do PCP que retirava os rendimentos dos filhos do apuramento do Complemento Solidário para Idosos (CSI). Mas na terça-feira, o segundo dia de votações, a medida foi chamada de novo a plenário e o PSD alterou o sentido de voto — passando de voto a favor para abstenção — ditando assim o chumbo da medida dos comunistas.

O PCP conseguiu assegurar a creche gratuita para o primeiro escalão e para o segundo para quem tem dois ou mais filhos. O Bloco de Esquerda também vislumbrou a aprovação da sua medida que garantia, em quatro anos, creches gratuitas para todas as crianças. Mas o PSD voltou a trocar as voltas à esquerda. Os social-democratas acabaram por mudar o sentido de voto de favorável para abstenção, quando o relógio marcava já as 4h00, inviabilizando a iniciativa.

Mas o PSD não foi o único a enganar-se nas votações. O PS tinha dado “luz verde” a uma proposta do PAN que previa o alargamento da tarifa social de energia para quem recebe o salário mínimo. Mas os socialistas acabaram por mudar o voto e chumbaram a medida.

Quando estava em causa o reforço de verbas de 1,5 milhões por ano para a Agência Lusa, os socialistas também trocaram as voltas. O PS começou por chumbar a medida, mas reconsiderou e votou favoravelmente, permitindo a aprovação deste reforço.

Novo Banco às voltas no Parlamento

Ocorreu ainda outro volte face nestas votações na especialidade do Orçamento do Estado. Foi na proposta do PSD que previa que valores superiores a 850 milhões no empréstimo do Estado ao Fundo de Resolução para o Novo Banco tinham de ser autorizados pelos deputados, que foi aprovada pelos deputados da COF na terça-feira.

A medida foi chamada de novo ao plenário na quarta-feira, onde os votos de Joacine Katar Moreira e dos Verdes entraram na mistura e fizeram com que a medida chumbasse. No entanto, os serviços do Parlamento informaram que a votação da proposta do PSD teria de ser repetida para fazer nova contagem de votos.

Na manhã do último dia desta maratona, a proposta foi voltou a ser aprovada, com 109 votos a favor (PSD, BE, IL, CDS, CH, PAN) e 108 contra (PS). Houve 13 abstenções (PCP, PEV e deputada não inscrita). A deputada não inscrita, Joacine Katar Moreira, mudou o sentido de voto face à votação do dia anterior, acabando por alterar o resultado. Na quarta-feira tinha votado contra, mas esta quinta-feira absteve-se, viabilizando a medida.

Baixa do IVA da eletricidade brilhou… mas não teve “luz verde”

As posições que mais vezes mudaram nestes dias foram mesmo aquelas relativas às propostas de descida do IVA da luz de 23% para a taxa mínima, os 6%. O tema assumiu um lugar central na discussão deste Orçamento do Estado, sendo que tanto o PSD, o Bloco de Esquerda e o PCP queriam avançar com a medida, ao contrário do Governo.

Mas os detalhes de cada proposta condicionaram os apoios, e fizeram com que as negociações decorressem até ao último minuto. Primeiro foi votada uma parte das contrapartidas do PSD para a descida do IVA, de cortes nos gabinetes ministeriais, mas foi chumbada. Vendo que ainda não tinham apoios garantidos, os social-democratas decidiram alterar a proposta, horas antes da votação, na quarta-feira. Adiaram a data de entrada em vigor três meses, para 1 de outubro, e mudaram as contrapartidas.

As alterações não foram, no entanto, suficientes. As contrapartidas foram votadas primeiro na COF, e rejeitadas. Perante o chumbo, o PSD decidiu retirar a proposta da descida do IVA, sendo que o partido já tinha garantido que a medida não ia a votos sem compensações.

Os deputados da COF também chumbaram as propostas do Bloco e do PCP, ambas com a abstenção do PSD, na quarta-feira. Mas o assunto não ficou por aqui. O tema foi chamado de novo a votos no plenário, esta quinta-feira, e o PSD garantiu que iria votar a favor da proposta comunista.

No entanto, a votação não seguiu o caminho pedido pelo PSD, e as suas contrapartidas foram a votos à frente. E mais uma vez, chumbaram. Restava a proposta do PCP, que o PSD prometeu aprovar. Mas o partido deu o dito por não dito e absteve-se, justificando a decisão com o facto de as contrapartidas não terem sido aprovadas. Acabou por votar a favor da proposta do BE, mas esta também não teve sucesso.

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IVA da luz. Tribunal Europeu de Justiça pode ter palavra final sobre fatura mais baixa para os portugueses

Apesar da autorização legislativa inscrita no Orçamento do Estado para 2020, cabe ao Tribunal Europeu de Justiça decidir se a mexida no IVA da luz quebra os princípios da neutralidade e concorrência.

É oficial. O IVA aplicado ao consumo de eletricidade não mexe para já. Mantém-se, contudo, em cima da mesa, e em ampla análise técnica em Bruxelas, a autorização legislativa já inscrita pelo Governo de António Costa na proposta de Orçamento do Estado 2020 para a criação de taxas variáveis consoante os escalões de consumo sejam maiores ou menores.

Indiferente à polémica instalada em Portugal nas últimas semana em torno do IVA da luz, “o Conselho Europeu está neste momento a debater a nível técnico” a proposta já enviada a Bruxelas pelo Governo de António Costa para fazer variar as taxas deste imposto aplicadas em função de um maior ou menor consumo de eletricidade. A confirmação foi dada ao ECO por fonte de Bruxelas, que tinha já avisado que a resposta final da Comissão Europeia só chegaria a Lisboa já depois da entrada em vigor do Orçamento do Estado para este ano.

Isto porque “a próxima reunião do Comité do IVA da Comissão Europeia só terá lugar em meados de março”, ou seja, já depois do Orçamento do Estado ser validado na especialidade pelo Parlamento e da sua entrada em vigor que deverá acontecer a 1 de março.

A mesma fonte sublinhou ainda que, caso uma primeira análise do Comité do IVA da Comissão Europeia revele “possíveis problemas legais na taxação, causadas pela medida” de introduzir diferentes taxas para um mesmo bem de consumo, a decisão final poderá ter de ir até à última instância, ou seja, até ao Tribunal Europeu de Justiça.

“Cabe ao Tribunal Europeu de Justiça decidir sobre se uma medida de alteração [à taxa de IVA aplicada à eletricidade] resultará na quebra do princípio da neutralidade do IVA ou se provoca alguma distorção à concorrência que viole as leis da União Europeia”, disse a mesma fonte.

À luz da lei europeia, qualquer mexida em Portugal para baixar o IVA da luz começa sempre com a Diretiva do IVA, que especifica que as regras para a aplicação deste imposto pelos Estados-membros. De acordo com a mesma fonte de Bruxelas, o artigo 102º da Diretiva do IVA especifica que as taxas sobre o consumo se devem situar entre um valor mínimo (5%) e um valor máximo. No entanto, antes de aplicar as taxas mais reduzidas a certos bens e serviços, como é o caso da eletricidade, do gás natural ou do aquecimento urbano, os Estados-membros são obrigados a consultar o Comité do IVA.

“Este processo de consulta é uma formalidade, já que o comité não pode aprovar ou rejeitar a medida proposta” (responsabilidade que cabe à Comissão Europeia e, em última análise, ao Tribunal Europeu de Justiça), podendo no entanto sublinhar “preocupações legais” ao nível do impacto fiscal, decorrentes da alteração.

“O processo de consulta em questão deve estar muito claramente separado de qualquer possível avaliação da medida face a outras áreas da lei europeia, como por exemplo, ajudas de Estado”, sublinhou fonte de Bruxelas, confessando que em relação ao pedido do Governo português para diferenciar as taxas de IVA aplicadas ao consumo de eletricidade “não é possível revelar ainda mais informação sobre o processo de consulta em curso” no Comité do IVA.

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Das famílias às empresas. Tudo o que muda com este Orçamento do Estado

Um travão aos vistos gold em Lisboa e no Porto, um novo aumento extra das pensões, um reforço das deduções para as famílias com múltiplos filhos. Orçamento traz mudanças para famílias e empresas.

Depois de quatro dias de votações e debate na especialidade, o Orçamento do Estado para este ano foi aprovado. À proposta apresentada pelo Governo em dezembro, somam-se agora as propostas de alteração defendidas pelos partidos que mereceram “luz verde” dos deputados. Resultado? Vêm aí mudanças para as famílias e para as empresas, para os pensionistas e para a Função Pública, para o setor imobiliário e para o investimento.

No capítulo dedicado às famílias, a primeira alteração a ter em conta diz respeito às deduções em sede de IRS para famílias com múltiplos filhos. A medida constava originalmente na proposta orçamental apresentada em dezembro por António Costa, mas foi clarificada com a aprovação de uma proposta de alteração dos socialistas. Assim, o “bónus” que acresce à dedução fixa por dependente (600 euros), a partir do segundo filho, passa dos atuais 126 euros para 300 euros. Esta dedução aplica-se independentemente da idade do primeiro filho, desde que esse segundo dependente não ultrapasse os três anos de idade. De acordo com as contas do Governo, esta medida deverá abranger cerca de 135 mil famílias.

Ainda no que diz respeito aos dependentes, foi aprovada a proposta que estabelece que as crianças com menos de três anos de famílias carenciadas (primeiro escalão) passam a ter acesso gratuito às creches. No final de janeiro, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social já tinha anunciado que o Governo estava disponível para avançar com esta medida, que abrangerá 40 mil crianças. Na especialidade, foram também aprovadas as propostas do PS e do PCP que preveem que, este ano, deve ser regulamentado o complemento creche que comparticipe o custo com creche a partir do segundo filho.

Para as crianças, ficou ainda aprovada a distribuição de manuais novos de forma gratuita no primeiro ciclo do Ensino Básico da rede pública, a partir do próximo ano letivo. E para os alunos mais velhos, as propostas que estabelecem a redução em 20% do valor da propina máxima, de 871 euros para 697 euros, receberam “luz verde”. Esta tinha sido, de resto, uma das medidas fechadas pelo Bloco de Esquerda com o Governo como condição para a bancada de Catarina Martins viabilizar, na generalidade, a proposta orçamental.

E por falar em estudantes, foi também aprovada a isenção de IRS para os rendimentos de trabalho auferidos por estes jovens, até ao limite anual de cinco vezes o Indexante dos Apoios Sociais, isto é, 2.194,05 euros. Para jovens e também em sede de IRS, há também a uma isenção parcial durante os seus três primeiros anos no mercado de trabalho. No primeiro ano, só pagam IRS sobre 70% dos rendimentos; no segundo, sobre 80%; e no terceiro, sobre 90%.

Outra das medidas que poderá deixar mais rendimentos nas carteiras das famílias é o fim das taxas moderadoras nos cuidados primários de saúde. A proposta do Bloco de Esquerda estabelece que, no caso das taxas moderadoras aplicadas às consultas em cuidados primários, a eliminação terá efeito imediato com a entrada em vigor do Orçamento do Estado. Já no caso das taxas exigidas nos exames complementares de diagnóstico e terapêutica que forem prescritos no âmbito dos cuidados primários, a eliminação será feita em duas fases: em setembro, para os serviços realizados no seio do SNS, e a partir de 1 de janeiro de 2021, para os serviços convencionados em entidades externas.

À semelhança da redução da propina máxima, esta também tinha sido uma das propostas fechadas pelos bloquistas como condição para viabilizar o OE na generalidade. Nesse pacote, estava também incluído um novo aumento extraordinário das pensões. Os deputados da Comissão de Orçamento e Finanças acabaram por aprovar as propostas do Bloco de Esquerda e do PCP que determinam que as pensões até 1,5 vezes o valor do Indexante dos Apoios Sociais (isto é, 658,2 euros mensais) terão um aumento de dez euros, a partir do mês seguinte à entrada em vigor do Orçamento.

Deste modo, as pensões até 658,2 euros vão beneficiar de um aumento adicional além da subida de 0,7% que já tinha sido registada em janeiro à boleia da inflação e do crescimento económico, perfazendo o total de dez euros. O PSD ainda fez aprovar a proposta comunista que previa que este aumento extra abrangesse também as pensões acima dos 1,5 IAS, mas acabou por mudar o sentido de voto.

No capítulo dedicado aos pensionistas, mudam também as regras de acesso ao Complemento Solidário para Idosos, passando a não serem ponderados os rendimentos dos filhos até ao quarto escalão na condição de recursos do requerente, o que determina o valor da prestação a receber. Mais uma vez, o PSD ainda chegou a viabilizar a proposta do PCP que previa a eliminação total desta ponderação, mas a bancada de Rui Rio acabou por dar um passo atrás, deixando apenas a proposta do PS e do BE aprovadas.

Para as famílias, há ainda a notar que os idosos de baixos rendimentos deixam de perder a isenção do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), quando se mudam para casa dos familiares. Esta foi uma proposta apresentada pelo CDS-PP que, primeiro, foi chumbada, mas depois acabou por receber “luz verde”, tendo o PS mudado o seu sentido de voto de contra para a favor.

No capítulo do IMI, o Parlamento aprovou, além disso, a proposta que determina que os casais em união de facto ou os cônjuges não separados judicialmente passam a poder pagar em prestações este imposto, recebendo assim a nota de cobrança em conjunto.

Este Orçamento do Estado não traz, contudo, apenas boas notícias para as famílias. As propostas de alteração para atualizar os escalões de IRS em linha com a inflação prevista para 2020 (1%) e não com a registada em 2019 (0,3%) foram chumbadas, mantendo-se a vontade do Governo e a perda de poder de compra para os trabalhadores cujos rendimentos subam mais de 0,3%, em 2020.

Será também agravado o imposto aplicado às bebidas açucaradas e ao tabaco aquecido, bem como aos espetáculos tauromáquicos. A subida do IVA das touradas gerou muitas críticas dentro do próprio PS, mas acabou por passar, com os votos favoráveis do PS, do BE e do PAN. Também o imposto do selo passa a pesar mais nas carteiras das famílias, tendo sido agravado no que diz respeito ao crédito ao consumo. Isto só para novos contratos.

E pelo caminho ficou — pelo menos, para já — a redução do IVA da eletricidade para as famílias. As propostas do PSD, do PCP e do BE foram chumbadas, ainda que a bancada de Rui Rio tenha dado várias “cambalhotas” para transformar esse “não” num “sim”, o que acabou por não conseguir. Foi aprovado, então, apenas o ponto que autoriza o Governo a criar “escalões de consumo de eletricidade baseados na estrutura de potência contratada existente no mercado”. Essa medida está, no entanto, ainda a aguardar “luz verde” de Bruxelas.

Atenção, trabalhadores independentes

Os trabalhadores independentes que falharam a entrega das declarações trimestrais de rendimentos à Segurança Social em 2019 não vão ser alvo de coimas. Este “bónus” já tinha sido avançado, no verão do ano passado, ao ECO pela então secretária de Estado da Segurança Social, Cláudia Joaquim, e foi agora transformada em lei neste Orçamento do Estado para 2020.

Os trabalhadores independentes passam, além disso, a ter como teto para a isenção de IVA não dez mil euros, mas 12.500 euros anuais. Da autoria do PAN, esta proposta diz respeito aos contribuintes que não têm contabilidade organizada para efeitos de IRS e IRC.

Do privado para o público, o Orçamento do Estado incluiu duas grandes medidas para os funcionários do Estado: o regresso à normalidade no pagamento dos acréscimos remuneratórios resultantes da progressão na carreira e um programa estratégico plurianual, no âmbito do qual se irá trabalhar os critérios de acesso ao tão polémico regime da pré-reforma.

Num capítulo bem distante, o PS viu aprovada a sua proposta que põe termo ao “eldorado fiscal” dos pensionistas estrangeiros. Os residentes não habituais perdem a dupla isenção fiscal, passando a ser alvo de uma taxa de IRS de 10% em Portugal. Isto para os reformados que cheguem agora a terras lusitanas. Os demais mantêm a isenção em causa.

E o que traz o Orçamento para as empresas?

Duas das principais reivindicações levadas pelos patrões à Concertação Social para dar o seu “sim” ao acordo sobre competitividade e rendimentos foram incluídas neste Orçamento do Estado. Em causa está o aumento do teto de lucros reinvestidos que podem ser deduzidos em sede de IRC, de 10 para 12 milhões, bem como o alargamento do limite de lucro tributável (de 15 para 25 mil euros) que permite às pequenas e médias empresas terem acesso à taxa reduzida de IRC de 17%.

No Orçamento do Estado para este ano, consta ainda uma autorização legislativa para criar novos benefícios fiscais para incentivar as exportações das empresas nacionais. Esta medida também está, contudo, à espera do “sim” de Bruxelas, pelo que não terá efeitos imediatos.

Numa nota menos positiva, as empresas do setor das celulosas vão passar a pagar uma taxa para a conservação dos recursos florestais. O PS decidiu apoiar a proposta bloquista, que acabou por ser aprovada. No horizonte, está, portanto, uma taxa de “base anual” que irá incidir sobre o volume de negócios dos sujeitos passivos de IRS e IRC que “exerçam, a título principal, atividades económicas que utilizem, incorporem ou transformem, de forma intensiva, recursos florestais”.

Além disso, o Governo prometeu no OE 2020 que o peso do investimento do Produto Interno Bruto (PIB) irá subir para 2,3%, repetindo a promessa — que deixou por cumprir — feita em 2019. Nesse bolo, estão 15 milhões para reforçar os transportes públicos, setor que mereceu duras críticas ao Governo durante a legislatura anterior.

A propósito, foram aprovadas as propostas do PCP e BE para aumentar as verbas disponíveis para passes sociais. Além disso, o alargamento dos passes com desconto a estudantes do ensino profissional recebeu “luz verde” dos deputados e irá ser posto em prática

Imobiliário também sofre mudanças

O Governo propôs revogar a isenção do pagamento do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) de que beneficiam, atualmente, os prédios classificados como monumentos nacionais e os prédios de interesse público, mas o Parlamento disse “não”. A proposta foi chumbada com os votos desfavoráveis do PSD, CDS-PP, Iniciativa Liberal, Chega, Bloco de Esquerda e PCP.

Por outro lado, há mudanças a manter debaixo de olhos no imóveis de mais de um milhão de euros, que passam a pagar uma taxa de Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) mais pesado: de 6% para 7,5%.

E no capítulo dedicado ao alojamento local, há duas alterações relevantes. Os rendimentos obtidos através de alojamentos locais em zonas de contenção passam a ser taxados sobre uma parcela de 50%, face aos anteriores 35%. Por outro lado, há um alívio do IRS na transferência de imóveis de alojamento local para arrendamento acessível, pondo fim às mais-valias atualmente implicadas neste processo.

O Orçamento do Estado para 2020 inclui, além disso, um travão à concessão de vistos gold aos investimentos imobiliários em Lisboa e no Porto. Contudo, a proposta não prejudica a possibilidade de renovação das autorizações de residência concedidas ao abrigo do regime atualmente em vigor, nem a possibilidade de concessão ou renovação de autorizações de residência para reagrupamento familiar previstas na lei, quando a autorização de residência para investimento tenha sido concedida ao abrigo do regime atual.

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Vistos gold “procuram alternativas” à habitação. Viram-se para as lojas

O CEO da Century 21 nota que, no ano passado, os investidores que procuraram conseguir vistos gold o fizeram através de imóveis comerciais, não tanto de habitações.

O Parlamento aprovou o travão aos vistos gold nas duas principais cidades do país, por considerar que têm vindo a provocar um aumento dos preços das casas, tal como referiu o ministro da Habitação. As imobiliárias, entre elas a Century 21 (C21), discordam. Dizem que “não são, de todo” a causa do aumento dos preços na habitação. Aliás, Ricardo Sousa, CEO da C21, diz que os investidores até estão a mostrar mais interesse em investir no imobiliário comercial do que no residencial.

No ano passado, 18% de todas as transações feitas pela C21 foram com investidores internacionais, um peso que se manteve praticamente estável face ao ano anterior. Embora a imobiliária não tenha tido muitos clientes interessados em investir para obter um visto gold, Ricardo Sousa admite que, quanto aos que investiram, se observou uma “mudança de paradigma”: “inicialmente a procura estava associada à aquisição de habitações, mas em 2019 se verificou uma maior preferência por lojas e escritórios”, refere a imobiliária, em comunicado.

Ao ECO, Ricardo Sousa explica que “tendo em conta a oferta mais limitada no residencial, muitos investidores olharam para outras tipologias que permitem igualmente obter um visto gold e fazer um investimento com uma rentabilidade bastante interessante, sobretudo nos mercados mais prime“.

Na zona de Lisboa, por exemplo, o responsável admite que o foco continua a ser o mercado residencial mas, a nível nacional, os interesses dos investidores estão desviados para outros mercados, como a logística, que “tem tido uma dinâmica bastante interessante”. “Foi uma mudança importante no que era o comportamento deste tipo de clientes”, sublinha.

Neste sentido, o CEO da C21 defende que “os vistos gold têm uma representação muito pequena nas transações [imobiliárias] em Portugal e que não são, de todo” a causa da subida dos preços da habitação no país. Assim, acredita que a suspensão destes golden visa nas cidades do litoral do país não foi uma boa opção. “Mais do que limitar a atribuição, é fundamental incentivar a promoção de outras regiões turísticas”, diz, ao ECO, acrescentando que “os benefícios serão sempre inferiores aos danos que esta medida poderá causar na dinâmica do mercado”.

Defendendo ser necessária uma “análise mais detalhada” desta ferramenta, Ricardo Sousa afirma que “a conclusão foi precipitada”. Isto porque, explica, “o mercado está a corrigir” e o país deve “utilizar esse fluxo de entrada de potenciais investidores e apresentar opções”.

Os dados divulgados pela C21 referentes a 2019 mostram que os franceses e os brasileiros são as nacionalidades que mais investem no imobiliário nacional, de um modo geral, mas cada cidade tem o seu próprio “público”. O Porto é procurado essencialmente por franceses, brasileiros, israelitas e chineses, mas também por turcos e iranianos. Estes compram “quase em exclusivo” apartamentos T2 entre os 100.000 e os 200.000 euros.

Lisboa, por sua vez, atrai maioritariamente nacionalidades europeias como franceses, italianos, espanhóis e luxemburgueses. Mas também desperta o interesse de brasileiros e chineses. Já o Algarve tem recebido investimento essencialmente de franceses, alemães, britânicos, russos, italianos e norte-americanos, que compram apartamentos T2 e moradias V3 até 500.000 euros.

Lisboa domina, mas preço em Viseu disparou 32%

A C21 nota que, no ano passado, quem comprou casa procurou, sobretudo, apartamentos T2 ou T3. Foram realizadas 13.291 transações, maioritariamente por portugueses (82%), com um valor médio de 147.700 euros, uma subida de 5% face ao ano anterior (140.000 euros). Houve apenas três cidades que superaram este valor: Lisboa, Faro e Açores.

Tal como tem sido habitual, Lisboa continua a liderar, seja em valores de venda, seja em valores de renda. Das 13.291 transações feitas pela C21 no ano passado, foi na capital que se venderam as casas mais caras, com uma média de 200.257 euros, uma subida de 6,39% face ao ano anterior. Atrás aparece Faro, com uma média a superar os 185.000 euros. Já o Porto aparece como a sexta cidade com as casas mais caras, com um preço médio de 136.065 euros, uma subida de 9,6% face a 2018.

Os dados mostram que, em termos de evolução dos preços, as subidas foram mais moderadas nas metrópoles — exemplo de Porto (9,6%) e Lisboa (6,39%) –, enquanto distritos mais pequenos observaram acentuados aumentos. A maior evolução aconteceu em Viseu, onde o preço das casas vendidas disparou para uma média de 32%, à frente dos Açores (25,4%) e de Faro (20%). Por outro lado, Santarém e Braga viram os preços caírem cerca de 10% face a 2018, uma evolução influenciada pelo “aumento da oferta”.

Para Ricardo Sousa, citado em comunicado, estas evoluções mais moderadas dos preços em distritos como Lisboa e no Porto mostram que “a capacidade financeira das famílias portuguesas já não consegue acompanhar a subida de preços da habitação”, enquanto já “é evidente a descentralização da procura para zonas periféricas do centro das duas principais cidades nacionais”.

Rendas subiram mais em Évora, Açores e Coimbra

Enquanto as operações de venda subiram apenas 6%, as operações de arrendamento da C21 aumentaram 19% para 2.539, contrariando a tendência observada em 2018, ano em que se notou a “escassez de oferta de imóveis para aquisição ajustados ao poder de compra dos portugueses”, refere a imobiliária. Em termos de valor médio de arrendamento, este fixou-se nos 807 euros, uma “descida irrelevante” de 1%.

Contudo, apesar desta descida, o valor médio nacional foi superado em três distritos: Lisboa, Porto e Faro. Na capital, o preço das rendas fixou-se nos 1.014 euros, enquanto na Invicta ficou pelos 868 euros e em Faro nos 811 euros. Para a C21, estes valores mostram que “apenas os consumidores do segmento médio, e médio alto, conseguiram aceder às soluções de arrendamento que estão em oferta no mercado”.

Em termos de crescimento, as zonas onde este indicador mais subiu foram Évora, Açores e Coimbra. O Porto, por sua vez, registou a quarta maior subida do valor das rendas (25%), à frente de Lisboa (19,2%). Em sentido inverso, Setúbal, Madeira e Braga viram os preços caírem 32%, 16% e 5%, respetivamente.

C21 encerra 2019 com faturação de 47 milhões de euros

A imobiliária liderada por Ricardo Sousa encerrou o ano passado com uma faturação de 46,9 milhões de euros, uma subida de 14% face ao ano anterior (41 milhões de euros), refere o comunicado. O volume de negócios mediado diretamente pela C21 e em partilha com outros operadores aumentou 16% para os 1,97 mil milhões de euros, um número que reflete “a tendência crescente de cooperação e profissionalização do setor, onde um agente imobiliário representa o proprietário e outro, de outra empresa, representa o comprador”.

2019 foi também marcado por uma “forte expansão” da rede imobiliária, que abriu 20 novas lojas, contratou 669 novos funcionários e conta agora com 150 agências num total de 3.150 colaboradores em todo o país.

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